Quando paramos os beijos, eu o olhei bem nos olhos sorrindo.
- Obrigada meu amor. De verdade. - eu disse segurando seu rosto em minhas mãos, querendo manter o contato entre nossos olhares.
- Por que ta falando isso? Obrigada pelo o que? - ele perguntou confuso, mas com um pequeno sorriso nos lábios.
- Por tudo isso, por tudo mesmo. Mesmo tendo tanta coisa na cabeça, tantas opções, ainda assim está comigo. O tempo todo me dando apoio, carinho...amor ...
- Annie - ele disse com as mãos em meus braços que ainda o seguravam.
- Espere...É que as vezes eu acho que não faço o suficiente por você, que não faço tudo como merece e você é tão maravilhoso comigo! Sério, eu te amo por tudo o que você é, e por mais que eu não diga isso sempre, é a mais pura verdade. Nunca duvide Poncho, nunca mesmo, não duvide que eu te ame. - Pronunciei cada palavra com uma urgência que eu desconhecia, mas eu sabia que precisava dize-las, não importando se soassem bem ou não, tanto faz, só precisava deixa-lo saber que ainda o amava com a mesma intensidade de sempre. Ele sorriu pra mim e seus olhos brilharam, causando mais uma pontada em meu coração que parecia se preencher cada vez mais dele.
- Oh linda, eu nunca duvidei disso , jamais! Não estamos juntos há dias, já são anos amor. Você me mudou Anahi e sabe sabe disso. Desde o momento em que coloquei os olhos em você, dali para virar amor foi um pulo e eu sabia que seria difícil algumas vezes, mas hoje estamos aqui e se tem algo que tenho certeza nessa vida, é sobre nós, eu sei que é amor e sei que é reciproco.
E era isso. Sempre que eu pensava que algo estava faltando, sempre que parecia que íamos cair numa rotina e que talvez algo mudasse -porque chegávamos a ficar um pouco distantes ás vezes, não posso negar - ele me falava algo que renovava o que sentíamos ou simplesmente o fazia com atitudes que só ele seria capaz de ter. Eu sabia, não importava o que viesse, Poncho e eu nunca deixaríamos de nos amar.
Sorri para ele e lhe dei um selinho.
- Lindo! -eu falei sorrindo. Ele tomou meu rosto em suas mãos e sorriu mais ainda. Parecia aquele mesmo Poncho de sempre, uma criança grande de novo.
- Linda , maravilhosa, perfeita, gostosa, maluca...Eu te amo! - ele dizia rindo entre beijos e me empurrando contra a rocha bem atras de nós. Eu comecei a rir e acabei batendo as costas.
- Au! Olha só o que você faz! - Disse soltando uma risada alta.
- Não importa, vem cá!
Então ele juntou nossos corpos, de modo que nem um fio conseguisse passar entre nós, me apertando forte e me embriagando em seus beijos, que mais tarde, me deixariam completamente tonta. Mas não me importava, eu só ligava para o fato de que eu era, totalmente sua.
Meu telefone começa a tocar no meu bolso.
- Não pense em atender! - ele disse distribuindo beijos pelo meu pescoço. Eu não pensava mesmo. Ele me beijou de novo e eu tentei me entregar aquele momento, o que não foi difícil, mas a droga do telefone não parava de tocar, mas que musica irritante. Que merda!
Suas mãos deslizaram mais baixo, em minha perna e eu sorri ainda o beijando. Droga! Telefone maldito!
- Hm ... o telefone. Não dá - falei ofegante.
- Droga! - ele disse sem me soltar. Eu pensei a mesma coisa.
Atendi o telefone. Dulce.
- Anahi, onde você está? - eu estava pronta para responde-la quando Poncho continuou me beijando. Ficava difícil se concentrar quando tinha um moreno difícil de olhos verdes tomando toda a sua atenção com aquelas caricias que eu não iria querer perder por nada. Ah não, por que fez isso Dulce, por que?
- To ocupada Dulce. - falei rápido e dei um tapa em Poncho que mordeu minha orelha. - Para!
- Han? Okay, não to com tempo pra grosseria Annie - "Espere, era pro Poncho. A culpa é dele!" Bem que eu queria dizer isso a ela, mas eu tentava sair dali em vão, pois meu braço estava sendo puxado. Comecei uma guerra para me soltar, meu braço era a corda da brincadeira. - Escute, venha falar comigo agora. Tem algo muito importante que voce deve saber amiga, é sério. - Fico um tanto preocupada e paro com a expressão seria. Começo a ouvir uma voz no fundo dizendo "Ah não Dulce, voce não fez isso! Já te pedi pra deixar isso pra lá" Christopher? Sim, era ele "Eu não falei nada Ucker, ainda. Ela tem o direito de saber!" Eles estavam brigando? Eu comecei a chamar seu nome na linha mas era ignorada, Ucker fala mais uma vez e Poncho parece quietar, me olhando confuso. "Me dá o telefone Dul" ouço um grito esganiçado de raivavindo da Dulce e então a voz fala comigo.
- Annie é o Ucker.
- O que está acontecendo? Ta tudo bem? - perguntei preocupada.
- Ta sim, a Dul está doida pra fazer fofoca da vida alheia, por favor, não ouça o que ela disser, isso nao tem nada a ver com voce e muito menos com ela.
- Han? Pelo amor de Deus , nao entendo nada! - dessa vez Poncho se manifestou perguntando o que estava acontecendo. Eu também queria saber.
- Okay, só não fique preocupada, não é nada demais o que Dulce quer falar, prometo. Preciso desligar Annie, beijos.
Poncho solta meu braço e sem perceber eu caio no chão. Pronto, noite acabada, clima acabado, preocupação aumentando, vestido sujo e uma puta duma raiva. Obrigada Dulce e suas fofocas.