- Voce é linda meu amor, muito linda - Alfonso abaixou um pouco e tomou meios seios com a boca, ele os beijava, mordia, chupava, e eu já estava em chamas implorando por ele. Ele parecia brincar com a língua, me deixando completamente e mercê das suas vontades, eu não conseguia raciocinar, a unica coisa que queria, ela ele dentro de mim logo.
- Poncho por favor ! - choraminguei e ele sorriu, se ergueu e tomou minha boca de novo.
Lentamente suas mãos me tocaram dentro do tecido da minha calcinha. Oh não, isso não.
Antes que eu protestasse seus dedos começaram a se mexer, ele sabia que eu ficava louca quando fazia isso.
- Voce gosta disso?
- Sim - minha voz era tão falha que pensei que ele não poderia ouvir, mas ele sorri e seus dois dedos já estão dentro de mim, é impossível ficar quieta, me arqueio e puxo seus cabelos enquanto ele assalta minha boca, ele faz movimentos mais fundos e eu deixo escapar quase um grito.
Ele tira suas mãos me deixando frustrada e eu resmungo um palavrão sem querer, ele ri porque eu quase nunca faço isso então me ergue em seu colo e me leva para a cama.
[...]
Aquela vez foi diferente... Ele não me poupou de nada, suas estocadas eram rápidas e fortes, me deixando desconcertada, sem nenhuma reação, eu alternava entre arranha-lo, morder seu ombro e agarrar os lençóis, e eu estava tão perto... Tudo parecia estar fora de foco, eu só via ele, apenas ele e seus olhos verdes soltando faíscas de desejo contra os meus, as vezes era tudo tão intenso que parecia que eu teria um infarte ali mesmo, nos seus braços, mas eu não me importaria.
As ultimas palavras que consegui realmente raciocinar foram...
- Tão apertadinha, meu Deus Annie, voce é perfeita.
Eu sorrio e então não aguento mais, chego ao ápice, sendo calada por um beijo envolvente de Alfonso que logo depois me acompanha.
Então se fosse isso, se cada briga nossa, terminássemos daquela forma, eu não me importaria mais com nenhuma delas, porque naquele momento, eu senti que ia ficar tudo bem.
[...]
- Amor, já são quatro horas, agora me deixa dormir.
- Não, vamos lá pra fora, o sol vai nascer, anda - ele se levanta e puxa o lençol. Em plena madrugada Alfonso quer me arrastar pra fora da cama, fala sério, isso me deixa de muito mal humor, o sono já tinha batido a esta altura. Me virei pronta para xinga-lo, quando o vejo me olhando descaradamente.
- Nem pense nisso Herrera! - sibilei pra ele. Ele ergue os braços como em sinal de rendição.
- Eu não pensei nada! - ele faz uma de suas caretas e eu rio. Não existe nada mais fofo nesse mundo do que as caretas do Poncho, são de matar. Rendida, eu me levanto e procuro um hobby para vestir.
- Voce é irritante, na verdade muito irritante, já te falaram isso?
- Só voce amor. - ele diz zombeteiro e vai para a varanda. Eu o sigo e nos sentamos la fora nos degraus que davam para a água, e então ele faz sinal para que eu sente em seu colo e eu o faço. Ele me abraça forte pela cintura, e eu me perco em seu cheiro.
- Me desculpe por ter sido um idiota com voce no clube.
- Tudo bem, já tinha até esquecido, mas voce precisa parar com estes impulsos, voce faz isso direto e eu nunca lhe dei motivo para isso, como hoje, não tinha motivo algum para fazer aquele show. Não sei o que deu em voce, mas por favor, só não faça mais está bem? Se tivermos algum problema, de agora em diante, vamos resolver juntos, conversar, só nós, okay? Acho que já está na hora de agirmos como adultos se quisermos ter uma vida juntos, e até pelo nosso trabalho também.
- Voce tem toda a razão, prometo que agora vou tentar agir mais com mais responsabilidade. Vou pensar, conversar e dependendo das conclusões, depois eu bato no safado.
Não consegui segurar o riso, e nem ele - Voce é impossível. Se nós tivermos algum filho com essa sua personalidade, coitada de mim, vou ficar louca!
Ele ficou em silencio me olhando atônito então abriu um sorriso enorme. - O que? Voce falou em filhos? Não acredito nisso, que milagre foi esse que desceu sob voce cariño? - ele diz divertido. Eu o olho bem nos olhos e percebo a felicidade dele ao me ver mencionando filhos, pois sempre "rejeitei" a ideia , fugia do assunto quando conversávamos. Não que eu não quisesse, eu sempre pensava nisso, sou louca por crianças, mas não gostava de falar sobre isso, não queria apressar as coisas, pois Poncho sempre levou tudo muito ao pé da letra.
- Não faz essa cara, não to pensando nisso agora se é isso que está imaginando, uma coisa de cada vez meu amor, mas ...
- Annie, voce não quer ter filhos?- eu o olho intrigada e ele me aperta mais passando uma segurança que só ele tinha - Me diz a verdade, não vou ficar chateado.
- Não meu amor, não é isso - digo segurando seu rosto em minhas mãos e lhe dando um selinho -É claro que quero, mas acho que quando for a hora, nós iremos saber. Seja sincero, acha que seria bom para nós uma criança agora por exemplo?
- É voce tem razão, tudo ao seu tempo. - ele fica em silencio por um longo tempo e solta um suspiro frustrado - Eu não quero um filho agora Annie, não posso, eu só quero cuidar de voce. - Eu o olho com a expressão franzida, ele estava com os olhos marejados...O que eu tinha dito de errado afinal?
Sua expressão estava com a preocupação, tristeza estampada e eu fiquei sem saber o que fazer, apenas o abracei forte, muito forte.