Não acreditei quando vi Dulce armando o barraco na loja, logo ela que é tão controlada! Ela estava apontando o dedo na cara de uma mulher alta e esguia, com cabelos cacheados e toda empinada, com saltos altos e toda dona de si. O pior, é que Maite também brigava com ela.
Seria uma cena bastante cômica, se não estivesse sendo protagonizada por minhas melhores amigas totalmente desengonçadas diante da mulher que nem conhecia.
- Voce é uma má educada, eu nunca encostei no seu noivinho.
- Não? E o que foi aquela mensagem no celular dele? Garota, se eu não o conhecesse bem, ia acreditar que tinham um caso. Voce é doente!
´- É uma cachorra sem vergonha isso sim! - diz Maite sem medir as palavras.
Eu estava sem reação por ver a doce Dulce se alterando, mas meus olhos se arregalaram quado ela impulsionou seu pequeno corpo pra cima da mulher a atacando e puxou o seu cabelo com força. Meus pés travaram no lugar e eu quis matar Maite por estar incentivando .
Então a coisa ficou séria com as duas brigando e Maite por um momento quis até ajudar, e eu não sabia o que fazer, e então dois seguranças vão em direção as três. Eu estava diante de uma Dulce furiosa, uma Maite maluca, uma mulher cara de socialite e outras mulheres curiosas. Forcei-me ater alguma atitude intervindo na situação.
Um segurança segura Dulce e o outro a mulher que eu não conhecia.
- Ei, o que está acontecendo aqui? O que houve Dulce?
- O que houve? Essa sua amiga aqui é uma insegura, baixa e vulgar e pensa que vou roubar o noivinho dela. Voce é uma tola Dulce Saviñon - a mulher diz com deboche e Dulce da um pulo pra cima da mulher, sendo incentivada por Mai que fala "Isso ai amiga, mostra quem manda" , mas o segurança a segura.
- Já chega! Que palhaçada Dulce! - digo a ultima parte mais baixo e colocando do lado de Maite repreendendo-a também.
Resultado: fomos todas expulsas da loja, mas eu conversei com o rapaz e fiz um gesto pra Maite se aproximar. Dulce ainda parecia possessa de raiva, nem parecia ela. Quem quer que fosse e mulher, com certeza, despertava o que havia de pior na ruiva.
- Maite, pega, toma a chave do meu carro - entrego a chave e pego as compras da mão de Dulce que ela tinha feito - Leva a Dulce pro carro e me espera lá que estou indo. - digo em meu tom mais autoritário que pude.
Vejo Dulce saindo com os dentes cerrados e punhos fechados, junto com uma Maite indignada. Elas ja conheciam aquela mulher, e eu não sabia do que se passava, mas não deixaria minha amiga sair como uma mulher baixa que briga com qualquer uma. Me viro e a mulher vem atras de mim.
- Muito obrigada por controlar sua amiga, acho que ele é doente, muito possessiva e ciumenta, nossa.
Então era sobre o Ucker que elas falavam. Me virei para a mulher e disse:
- Não me agradeça, sequer lhe conheço ... senhora - disse om a consciência de que ela não gostaria de ser tratada como tal e lhe dei um olhar especulativo - Só não queria que minha amiga fosse obrigada a continuar descer o nível por nada , literalmente. Com licença.
Paguei as coisas e me direcionei pro estacionamento, e depois de dar uma longa bronca nas meninas pelo episódio - eu estava fadada a constrangimentos nessas lojas, só pode - deixei que Dulce me contasse toda a história sobre a moça que descobri que se tratava de Natalia Tellez, advogada e totalmente sem escrúpulos, e pelo o que foi dito, apaixonada por Christopher.
Ela me contou de varias coisas sobre ela e o que ela fazia parar atormentar os dois. Eu me perguntei que tipo de mulher era capaz de ficar tentando seduzir seu próprio chefe comprometido da forma que ela fazia, descaradamente. Para mim isso era coisa de filme.