Por um momento esqueci-me de respirar, esqueci até o meu próprio nome, ele não diz nada, só me abraça, e quando percebo, estou lhe beijando por todo o rosto e com minhas pernas presas em sua cintura. Inalo seu cheiro e a sensação não é nem de longe parecida com a de cheirar um travesseiro sem graça.
- Senti tanto sua falta Anahi, tanta ... - ele diz com a voz falha colando nossos rostos, em meio a caricias e eu amoleço. Passo a mão pelo seu rosto, minhas mãos não conseguiam ficar quietas perto dele.
- Eu também, tanta! E essa barba, hm? Está querendo me enlouquecer? - digo lhe dando um beijo. Meu folego vai todo embora, minhas lamentações, meus problemas, não são nada, tudo o que eu tenho e preciso, está ali e agora, naquele beijo, naquele corpo colado ao meu, não imaginava que a saudade estava tão forte daquele jeito, mas me sentia uma pessoa que acabava de encontrar a água depois de um mês no deserto.
Não tenho tempo para pensar quando vejo estou sentada em minha mesa entre suas pernas ainda o beijando ferozmente e o melhor era ver a urgência nele tão forte quanto estava em mim.
- Diz que me ama Anahi. - ele diz beijando meu pescoço e mordendo minha orelha, um gemido escapa de minha garganta antes que eu o impeça de sair - Eu preciso ouvir isso meu anjo.
Sem entender a urgência nesse pedido simplesmente digo a unica certeza que eu tinha naquele momento - Eu te amo Poncho, te amo, te amo, muito.
Ele sorri pra mim com uma expressão clara de alivio e meu coração dispara com a intensidade do seu olhar. Sim, eu o amo, amo demais.
Poncho me larga sentada na mesa e pega meu telefone do escritório, me deixando maluca, respirando alto e confusa.
- Belinda, não deixe ninguém nos incomodar. Eu e Anahi temos...assuntos familiares para resolver, está bem? [...] Obrigada.
- Mas o que ...
- Eu passei quase o mês inteiro imaginando como seria possuir voce aqui, nessa sala, e é o que eu vou fazer agora.
Não tenho como responder, nem o quero, era insuportável demais a atmosfera intensa que tomou conta da sala para protestar. Eu o queria também, ali mesmo.
Ele joga pro lado sem nenhuma cerimonia os papéis e nós rimos quando disse "Sempre quis fazer isso"
No momento em que suas mãos pousaram fortes em minha cintura eu já estava totalmente pronta e entregue e ele não foi carinhoso como a maioria das vezes, me puxou com tanta força após desabotoar sua calça que tomei um susto, apertando minha coxa. Meu vestido foi embora mais fácil do que quando o coloquei naquela manha, e eu estava exposta para Poncho naquele momento.
Eu não sabia nem o meu nome quando ele segurou com força minhas pernas e as abriram mais, levando minha excitação a mil, antes que ele me possuísse de forma urgente e voraz , os dois sobre a mesa sem se importar com o que tinha lá fora e a sensação foi tão forte e diferente que foi quase impossível não gritar, mas sua boca abafou aos meus gemidos quase gritantes enquanto ele me invadia de uma forma avassaladora.
Meu corpo se retesa pronto para atingir o clímax, então mordo seu ombro com força, arrancando dele um gemido de dor, mas que com certeza também continha prazer. Não suporto mais esperar e deixo que o orgasmo chegue, minha cabeça rodando, não parecia real. As mordidas, as coisas que ele sussurrava em meu ouvido como "senti tanto sua falta meu cariño" "saudades do seu corpo" "voce é deliciosa" e até algumas sujeiras que me fez foi rir, não saiam da minha mente no momento em que eu amoleci em seus braços.
Após um tempo uniformizando nossas respirações olho para ele e rio, vendo sua cara arranhada. Meu Deus, o que eu fiz com ele? Nossa! Será que Belinda estava ouvindo de sua mesa? Ai não! Fiquei com certo desespero e um rubor me subiu a face e depois de receber um beijo na ponta de meu nariz me afastei de Poncho pegando o vestido e corri para o banheiro que tinha no escritório.
Foi enquanto me organizava que me lembrei de nosso filho.
"Mas que merda Anahi, voce é muito estupida!"
Certo, ele está aqui, se adiantou, isso muda os planos.
"Então, quais são os planos agora Anahi?"
"Sei lá, eu nem tinha um! Pode ser - Olha Poncho, voce vai ser pai, isso não é lindo? Estou gravida"
Não acredito que estava conversando comigo mesma sobre um assunto tão sério. Na teoria era mais fácil falar, nela tudo saia como o planejado, um momento lindo, mas agora, minhas mãos suavam e eu não sabia como dar a Poncho uma noticia que mudaria a vida dele e que já estava mudando a minha.
Cheguei a conclusão que eu não precisava fazer um circo para poder lhe dar esta noticia então respirei fundo duas vezes e coloquei um sorriso no rosto antes de sair do banheiro e ir conversar com ele.