Fanfics Brasil - 156 - Seus medos Nova Chance

Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni


Capítulo: 156 - Seus medos

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Após Julie sair com Dave do quarto, Anahi não pôde ver ninguém, sendo encaminhada para uma bateria de exames. 


 


Durante esse tempo não foi liberada nenhuma visita e por isso seus amigos tiveram que esperar e esperar... E esperar mais ainda quando ela foi liberada e pediu para ver o pai. 


 


Anahi se ajeitou em sua cama para após os médicos saírem da sala e então seu pai entrou. 


 


A primeira reação dela foi o susto ao ver como o pai aparentava estar tão mais velho. Os olhos cansados, como os de Alfonso, a expressão dura desaparecida do rosto, e os ombros levemente caídos. Nem quando havia perdido o seu avô, Anahi vira o pai nesse estado. 


 


E então inconscientemente ela se sentiu mal, pois embora soubesse que ele não era nenhum santo, aquele estado no qual seu pai se encontrava era graças a ela.


 


Enrique por sua vez parecia ter travado ao encontrar-se com os olhos da filha em cima dele. Ele a decepcionou, quase a perdeu, e então ela acordou e agora não sabia o que ela sentia. 


 


Só sabia que mesmo que ela estivesse com ódio dele, ele seria capaz de entender e poderia muito bem viver com isso, pois ela estava viva. 


 


Deu um passo tímido até ela que tomou a iniciativa para matar o silêncio pesado no quarto.


 


- Papai... 


 


Foi preciso somente uma palavra, essa única palavra para que Anahi visse algo mais inédito que um choro de Julie... E isso era o choro de seu pai. 


 


Enrique começou a chorar e a abraçou fortemente, como nunca havia feito na vida na frente de Anahi, e ela não soube como agir, e por isso sequer chegou a perceber que também estava chorando. 


 


- Me perdoa minha princesa, me perdoa por tudo que é mais sagrado. Eu errei, errei com você, com todos, eu sei que errei. Por favor, não me odeie, eu não sabia o que estava fazendo.


 


Anahi não soube o que dizer, não soube explicar o que estava sentindo. Amava seu pai, amava desde que se entendia por gente. Amava mais ainda quando lembrava dos domingos em família, amava quando via o vídeo de seus primeiros passinhos e ele estava lá segurando sua mão, amava quando ele a fazia se sentir inteligente o suficiente, capaz o suficiente para fazer qualquer coisa. O amava também mesmo quando tiveram seus anos de desavença, quando brigavam diariamente e ela dizia que o odiava. E o amou mais ainda quando ele a apoiou após a ida de Kevin para fora, e no entanto, tudo isso, era porque ele mesmo havia causado essa dor em sua filha. 


 


Mas Kevin teve opção de escolha. Embora tivesse sido chantageado, não houve uma arma apontada para a sua cabeça o obrigando a aceitar o acordo. 


 


A mente de Anahi ainda estava confusa, o que a impedia de distinguir muito bem os fatos, mas sabia que apesar de tudo isso ela amava seu pai. 


 


Não suportando ver a dor que causou nele, ela o afastou calmamente secando suas próprias lágrimas e a dele, tentando esboçar um sorriso.


 


- Pai... Eu não... Me desculpa ter causado tudo isso. Pai, por favor, não chore, não suporto ver todos vocês assim! Eu estou viva, está tudo bem, eu to bem. 


 


- Não está tudo bem minha filha, eu fui um monstro com você, foi tudo culpa minha. Eu te causei tudo isso, veja onde você está agora. 


 


- Papai, eu viva não estou? É o que importa agora, o resto nós saberemos lidar com isso. Por favor , não se culpe.


 


- Eu vou sempre ser o seu daddy minha filha - disse relembrando a forma que Anahi o chamava quando era criança. Ela sorriu - Eu sempre, sempre e sempre quis somente sua felicidade, mas entendi que ao resolver pegar um atalho, fui por um caminho errado. Eu preciso que você me perdoe, ou não saberei lidar com isso. 


 


- Pai... A culpa não foi sua, a culpa do acidente foi minha. - disse sem saber o que dizer para acalmar a dor de seu pai. 


 


- Então diga que me perdoa minha filha, por favor. Diga que me perdoa! 


 


Foi aí que houve o silêncio novamente. 


 


Perdoar... O que significava dizer "eu perdôo" naquele momento? Anahi sabia que amava o pai e que doía ver a dor que ela causava nele, mas também sabia que sempre tivera o defeito de não saber lidar com a palavra "perdão". Parecia algo tão simples mas para ela era tão forte! 


 


Aliás, não era isso que a impedia de estar com Alfonso? O perdão dela? 


 


Ela poderia perdoar o fato de seu filho ter nascido prematuro? O fato dela não ter acompanhado acordada o parto? Mas não era afinal culpa dela o acidente? 


 


Não conseguia organizar as ideias em sua mente e estava prestes a se desesperar ao ver a expressão ansiosa e preocupada de seu pai esperando uma resposta quando a porta se abre revelando Alfonso. 


 


Ela o olhou como se ele fosse sua salvação, e ele sorriu para ela como se tivesse visto o sol.


 


- Com licença Enrique. Annie, está tudo bem? - disse sorrindo mais ainda se aproximando dela, porém era um sorriso calmo. 


 


- Está sim, eu só to cansada. Há quanto tempo estou aqui? 


 


- Acordada? Há umas cinco horas eu acho. 


 


- Eu quero ver o meu filho! Por que não me deixam ver ele Poncho? Não aguento mais! 


 


- Anjo, eles precisam ter os resultados dos exames primeiro. O importante é você estar bem agora, e então, eu mesmo te levarei até nosso filho. 


 


- Pai? - disse indagando para ter certeza da afirmação de Alfonso. Tinha a impressão de que ele estava tentando era acalma-la com esse papo. 


 


- Ele está certo querida. 


 


- Fique tranquila, eu já contei pra ele que você acordou. Ele pareceu prestar atenção em tudo o que falei. - disse em seu ouvido, fingindo contar um segredo e ela sorriu. 


 


Seu pai sentiu-se deslocado e então aproximou-se da filha dando um beijo em sua testa - Eu vou deixá-los sozinhos. Pedirei que sua mãe entre logo em seguida com sua vó, posso? 


 


- Sim, por favor! - disse ela assentindo ao pai ainda um pouco sem graça. 


 


- Enrique, antes, eu gostaria que vocês falassem com o Doutor Harrison. Eles possuem algumas recomendações a todos nós. 


 


- Que recomendações? - questionou Anahi preocupada. 


 


- Nada demais cariño, não se preocupe- disse dando novamente um sorriso para ela. 


 


- Tudo bem, com licença querida. - disse Enrique.


 


Assim que a porta foi fechada Poncho se vira novamente para Anahi. 


 


- Obrigada, eu não sabia o que dizer a ele. - começou ela.


 


- Eu sei, não se preocupe, com nada.


 


A verdade foi que quando Alfonso saiu da UTI neonatal o doutor Harisson pediu para falar com ele em particular e disse que Anahi não podia passar por nenhum tipo de estresse, ou fortes emoções pois isso poderia ser como uma bomba na cabeça dela que havia acabado de sair de um coma, Sabia que qualquer conversa sobre o ocorrido com Enrique não desencadearia coisas boas, por isso ao perceber o que estava acontecendo, resolveu intervir.


 


Eles ficaram em silêncio por alguns segundos. Anahi não podia deixar de amar Alfonso, em momento algum e saber de tudo o que ele passou por conta dela só fez com que ela o admirasse, sem contar o fato de que ela entrava em desespero só de pensar que poderia te-li deixado com Miguel. Quanto a ele, pensava não ser possível, mas maldita era a sensação de se estar se apaixonando de novo pela mesma mulher por quem ele estava apaixonado ontem mesmo. Os sentimentos eram palpáveis, rondavam no ar sem ser emitida uma palavra sequer, até que ele voltou a falar.


 


- Você poderá ver Miguel logo mais. 


 


- Oh! Eles deixaram? - disse com seus olhos brilhando. Saber que em alguma parte daquele hospital, estava seu bebê, a mesma criança que ela passava tanto tempo imaginando o rostinho. 


 


Ele apenas assentiu, admirando o olhar dela como se fosse uma criança que acabara de receber um doce. O olhar admirado um para o outro durou até que não conseguissem mais se manterem daquela forma. 


 


Foi um impulso, algo que não pôde controlar...Ele se aproximou, calmamente, acariciando seu rosto. 


 


Foi só tocar nela, um simples toque, que ele sentiu aquele calor tão bom passear pelo seu corpo. Como um adolescente, sentindo frio na barriga, tentando entender o que a fazia tão especial se era tão comum, tentando amá-la menos para não doer tanto, mas sem querer ter forças para entender isso, ele a abraçou, e então a soltou, segurando seu queixo mantendo seu olhar no dela.


 


Deus era um cara muito legal por deixá-la viva, precisava se lembrar disso. Ele a amava demais, a queria demais, e não importasse o preço a ele, só queria vê-la bem e feliz. 


 


Foi perdido em seus próprios sentimentos que ele não percebeu quando uma lágrima tímida desceu do rosto dela. 


 


Ela o amaria mesmo quando pensasse que não amava,quando realmente queria não amá-lo, quando ele a enlouquecia, quando a enfurecia, quando cuidava dela, quando ele sorria e passava a mão nos cabelos despreocupadamente e dava de ombros, e o amaria mais e mais, se a vida permitisse. Quisera ela que ele pudesse entender isso.


 


- Alfonso... 


 


- Não cariño, não precisa dizer nada, eu sei...Eu sempre soube.


 


E então ele a beijou...


 


Quando Alfonso e Anahi haviam se beijado pela primeira vez, a única coisa que conseguiram pensar antes, durante e depois foi que era uma loucura.


 


Agora, a única coisa que conseguiam pensar e sentir que nunca nada fora tão certo quanto aqueles beijos, quanto aqueles momentos. 


 


Pensar que o tempo mudaria o que sentiam, já era uma besteira, achar então que um acidente poderia mudar também tudo o que havia entre eles, já era ingenuidade. 


 


- Minha, sempre minha! - disse Alfonso tomado pelo momento e se afastando com pequenos selinhos. 


 


Ela sorriu calma - Me desculpa por causar tudo isso, mais uma vez. 


 


- Eu sempre te disse senhora teimosa, que ficar brava e sair por aí achando que faz parte dos velozes e furiosos não era prudente. - eles riram - Mas não se preocupe, ficaremos bem agora. 


 


Ela assentiu, sendo obrigada a concordar que após tudo o que passaram, teriam que ficar bem.


 


- Nós precisamos conversar não é mesmo? - disse ela pensativa. 


 


Uma hora ou outra teriam que resolver suas pendências, que não eram poucas e nem pequenas. Mas foi justamente esse pensamento que fez Alfonso despertar do seu estado de "embriagues" pós Anahi. 


 


Não era o momento. 


 


- Eu sei Annie, mas não precisamos resolver nada agora tudo bem? O importante é que você fique bem. Só isso. 


 


- Que nós fiquemos bem. - corrigiu ela - To com medo Poncho. - admitiu ela. Estava assustada demais para entender o que acontecia. 


 


Havia uma fila de pessoas a espera de poder vê-la. Ela assustou a todos, e a si mesma. Só estava acordada a algumas horas e não sabia como as coisas iriam prosseguir a partir dali. 


 


- Não precisa... "Me diga quais são os seus medos Portilla, e eu destruirei todos eles", lembra? - disse a lembrando de quando ainda eram apenas dois amigos sentados na praia admirando os prédios se fundindo ao mar logo à frente, e então começaram a se conhecer.


 


- "Me diga quais são seus sonhos, e eu vou realizar todos o que puder" - completou ela lembrando de quando ele a relembrou dessa frase dele em uma outra conversa no meio da madrugada quando já eram namorados.


 


- Os que eu puder não, todos eles. - disse acariciando o rosto dela - Quando tudo isso passar Anahi, pode me cobrar, eu colocarei meu mundo aos seus pés. 


 


Não dava para esperar tudo isso acabar, pois ele já havia colocado todo o seu mundo aos pés dela assim que a conheceu. 


 


Mas ele estava certo, pensou ela. A única coisa que lhe importava mais que qualquer outra coisa agora era em dar o fora daquele hospital e levar seu filho consigo.


 


Parecia tão clichê e virara tão corriqueiro esta situação que não dava mais para sentir pena de si mesmo... Kevin estava olhando através do vidro aquela cena. Mais uma confirmação, mais um soco no estômago. 


 


Esse triângulo precisava parar.


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Olá meninas, a Nai está um pouco atrapalhada com as coisas dela, pediu que eu postasse hoje, acredito que depois ela passe por aqui para ver e responder os comentários. Bjos Edna




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 739



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  • mileponnyforever Postado em 08/01/2023 - 02:12:49

    Poxa queria que essa fic tivesse tido um final, ela é maravilhosa!

  • diasferreira Postado em 11/09/2019 - 10:33:27

    Essa é uma das fic top 5 da minha vida

  • diasferreira Postado em 11/09/2019 - 10:32:50

    Ah gente to tão tão querendo o próximo

  • andresarbd Postado em 21/01/2018 - 17:32:46

    pelo amor de deus eu preciso saber o fim dessa história voltaaaaaa

  • ponnyayalove Postado em 05/12/2017 - 22:15:00

    Continuaaa Nay por favor ,eu juro que tive vontande de matar o poncho em certos momentos

  • Feponny Postado em 27/11/2017 - 16:39:12

    Uppppppppp

  • babyblue_ Postado em 17/09/2017 - 19:34:35

    Posta mais pelo amor de Deus

  • nayara_lima Postado em 14/07/2017 - 20:33:20

    Aaaaaaaaaaaaaah saudades da minha fic 😔😔😔 Acaba 2017 e não vem nenhum cap mais da Nairana 😔😔😔 Kero kennie juntos 😔😔😔

  • Feponny Postado em 12/06/2017 - 12:52:06

    Poxa acho q ela abandonou

  • Feponny Postado em 16/04/2017 - 18:33:35

    PostaaaaaAaaaaa, que sdds daqui!!


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