Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni

A noticia se espalhou rápido. Anahi Portilla tinha recebido alta do hospital Overlake.

Julie teve um vislumbre do ocorrido sendo noticiado na tv. Questionavam o estado dela pós-coma, se havia tido sequelas, sobre Miguel, só que nada muito concreto uma vez que os Puente eram muito discretos, e não costumavam falar muito de suas vidas pessoais.

Anahi foi submetida a mais uma bateria de exames, alguns de resultados imediatos e outros não, para sua volta ao hospital.

O tempo era precioso demais, e ansiedade tomava conta dela, assim como o medo.

Teria que enfrentar o mundo lá fora de novo, e sabia muito bem no que estava envolvida. E ao que parecia Alfonso não parecia mais tão disposto a destruir cada um de seus medos. Não mais.

Talvez estivesse sendo injusta com ele, uma vez que ele resolveu esperar a sua alta, o que levaria horas. Perdeu o restante do dia de trabalho a acompanhando, assim como toda a sua família. Dulce estava em seu ateliê, Christopher no escritório, Christian revisava um projeto na construtora onde trabalhava, e então Maite apareceu, dando uma fugida da revista onde trabalhava.

Mais meia hora se passou antes que ela terminasse os benditos exames e então chegou a parte mais difícil de todas...Ter que deixar Miguel no hospital.

Isso a deixava tão receosa que não sabia até onde era bom ter recebido alta. Seu coração estava despedaçado ao meio. Era seu filho afinal.

Pensou um dia que precisasse de Alfonso para respirar, ou até mesmo de Kevin. Tola foi ela ao pensar isso - disse a si mesma - pois o homem de sua vida por quem ela deveria respirar estava justamente ali na sua frente, e ele se chamava Miguel Puente Portilla Herrera.

Então, ter que ir, sem poder levá-lo, para onde quer que fosse, era como se ela ainda permanecesse quebrada de alguma forma.

Chorou, sorriu, viveu um misto completo de emoções ao dar tchau para seu pequeno que era tão bravo e guerreiro. Conversou mil e umas coisas com as enfermeiras e a chefe da pediatria, e então, após prometer pela enésima vez ao seu filho que ia voltar para vê-lo, ela se viu parada na porta do hospital sendo abraçada de lado por Maite, que a acompanhava.

-E agora gente? - disse Anahi nervosa.

-Agora você está de volta gata. Para o terror das inimigas! - disse Maite fazendo até os pais de Anahi rirem.

Ela viu o carro de seus pais, lá estava o motorista esperando com a porta aberta logo em frente a entrada. Outro carro que ela conhecia muito bem parou logo atrás da mercedes preta de seus pais, e logo Alfonso estava saindo do seu Bugatti que havia ido tirar do estacionamento.

 Eu estou tentando me conectar com você para ver o mundo do jeito que você vê
, tentando entender o que está na sua cabeça, estou ouvindo o que você diz

Aquela era a visão que ela tinha dele todas as manhãs em sua época de escola. Ela parada no estacionamento da Private Monsoris, sendo abraçada por Maite ou Dulce, enquanto elas falavam alguma besteira, e então ele estacionava no bloco B, onde ela procurava ficar para vê-lo chegar, e então, após toda uma baba escorrer de sua boca, ela levantava a cabeça cheia de si e dizia a si mesma que não estava apaixonada por ele.

Porque eu queria dizer, quando eu te vejo dessa maneira...
Nunca deixe seu coração se despedaçar
Eu vou voltar para o início

Maldito o dia em que se apaixonou por ele e por todas as visões que tinha dele. Aquilo era demais para ela, relembrando detalhes do passado que a faziam querer sair de seu próprio corpo e lhe dar um belo chute no traseiro.

É como um espaço vazio
Você não aprecia o sabor
Eu só preciso de um lugar para me esconder
Em algum lugar para fazê-la direito

Ela é despertada de seu devaneio quando percebe toda a sua família focada nela e Alfonso para ao seu lado , após pegar a sua pequena mala das mãos de Enrique.

-Tem certeza que não quer ir pra Capitol Hill comigo Anahi? Quer dizer, não precisa ir para a casa de seus pais. Eu e Maria conseguimos cuidar de você caso precise. - disse parecendo um pouco mais com o Alfonso de alguns anos atras que ela havia conhecido, com um jeito desconcertado. Afoito.

Se isto não é o que você quer, volte para o seu próprio refúgio
E você vai encontrar uma peça que faltava
Não apenas um grande alívio

Ela olhou para Julie, e então para Maite, buscando uma ajuda. Mas viu seus pais esperando na porta do carro com uma expressão esperançosa e qualquer possibilidade de ir com ele se esvaneceu ali mesmo.

-Eu não acho que seja viável. - disse sentindo pelas próprias palavras. Mas céus, não sabia o que ele estava pensando, e isso a matava - Mas eu agradeço Poncho, embora prefira ficar com minha mãe por enquanto. Você entende não?

Talvez você perdeu o controle, caída em um buraco
A maneira que era antes é tudo o que você está procurando

E então ela achou que ele insistiria mais uma vez, e no fundo no fundo, ela queria muito isso, porque sabia que se ele tentasse, ela não iria saber dizer não. Mas ele não o fez.

-Me deixe ao menos levar você. Eu os acompanho em casa.

Anahi não respondeu ainda perdida em sua própria confusão, tentando de alguma forma, entender o que aqueles olhos verdes que um dia costumaram ser tão transparentes escondiam dela.

-Claro, obrigada esquisito. - disse Maite tomando a frente do assunto. - Julie pode ir com seus pais, eu vou atrás porque preciso falar com você sobre a editora, lembra?

-Oh sim! Claro - disse Julie entrando no assunto - Tudo bem. Obrigada cunhadinho. Até agora mesmo - disse dando um beijo no rosto de Alfonso e logo em seguida abraçando Anahi ignorando o apelido pelo qual ela o chamou - Nos vemos logo nerd. Pai, mãe, vamos?

Julie se dirigiu ao carro onde o motorista ainda os esperavam e os três se foram assim que Alfonso entregou os pertences de Anahi a Peter.

Anahi nervosa, foi logo entrando no carro assim que Alfonso abriu a porta para ela, como o perfeito cavalheiro que era. Antes que ele entrasse no carro Maite o para, logo atrás, fora da visão de Anahi. Segurou-o pelo braço o impedindo de sair.

-Não sei o que você está fazendo, mas pare! O orgulho de vocês vão acabar os matando e ela está triste, está confusa. Só volte a ser você ok? - disse ela rápida e friamente.

Você só precisa dar um passo atrás
Este piloto automático será iniciado

Alfonso a olhou atônito, pensando em responder, mas ela o soltou e foi para seu carro logo atrás.

Você está se sentindo como se você nunca fosse ganhar

Sabia que estava sendo duro com Anahi em alguns momentos lhe dando motivos para pensar que ele não estava nem aí . Mas não sabia que a estava entristecendo. Mesmo chateado, angustiado, ele tomava cuidado para não machuca-la como ela havia feito com ele mesmo inconscientemente.

Ouvir aquilo de Maite o deixou com uma pulga atrás da orelha.

Resolveu ignorar o ocorrido e entrou no carro, dando de cara com uma Anahi curiosa olhando para fora da janela, observando a entrada do hospital com as mãos entrelaçadas uma a outra em um gesto de nervosismo.

Sentiu seu coração apertar. Ela estava com medo, e isso o matava por dentro porque ele apesar de tudo ele a entendia.
E então ...

"...então não adianta você lhe dar o tapa e depois beija-lá na face logo em seguida"

Hey, talvez eu possa ajudá-la
 Não caia na sua dúvida
Eu ouço você gritar

Respirou fundo quando ela lhe deu um sorriso, que não chegou aos seus olhos. Maldita! Tinha que ser tão linda? E tão frágil? Olha-lá daquela forma, tão vulnerável, fazia as palavras de Clarisse soavam tão ridículas!

-Preparada? - perguntou buscando parecer o mais normal possível. Os olhos azuis dela piscaram, como se saísse de um transe.

É como um espaço vazio
Você não aprecia o sabor
Eu só preciso de um lugar para me esconder

E foi aí que ele vacilou. Vacilou ao deixar seus olhos se perderam no dela e vice-versa. Eles se olharam parecendo perdidos um no outro no que poderia ser uma eternidade. E o sentimento era bom, porque não precisavam dizer nada, não precisavam medir suas palavras porque aquele olhar já dizia tudo...

Não era o fim. E não, não estava tudo quebrado, destruído.

Em algum lugar para fazê-la direito
Se isto não é o que você quer, volte para o seu próprio refúgio

Anahi não tinha opção alguma a não ser mudar de tática. Era isso, ou era ela sem ele. Não sabia ainda se estaria pronta para uma vida sem ele.

-Se você ainda quiser destruir todos os meus medos, eu estou sim. - respondeu firme, não deixando que seus olhos desviassem do dele.

Aquela afirmação o atingiu em cheio. Era para ele ser o cara que destruiria todos os medos dela. Foi uma promessa...

"Me diga quais são os seus medos Portilla, e eu destruirei todos eles"

A palavra ruína gritava em sua mente enquanto seu coração parecia fazer mais barulho que uma escola de samba gritando amor.

E você vai encontrar uma peça que faltava, não apenas um grande alívio

O que eles sentiam, o que ele sentia era inegavelmente amor. E isso só o fazia ver que não seria tão fácil assim resistir a Anahi se ela tentasse lutar por ele.

É tudo o que você está procurando
Um amante é tudo o que você precisa
Alguém que você compreenda dia após dias

Poderia ser o início de uma grande batalha.

Significa que essa pessoa é tudo 🎶

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Amooores, como sempre passadinha rápida para não deixá-las mais tempo sem capítulos! Na próxima postagem respondo aos comentários, promisse! Obrigada por cada um dos comentários 😻😘

Beijos de luz, Nai <3