Fanfics Brasil - 166- Uma mentira Nova Chance

Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni


Capítulo: 166- Uma mentira

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O que nos faz pensar que estamos no caminho certo? Como é que temos certeza que estamos fazendo tudo corretamente? Será que realmente existe esta possibilidade de estarmos cem por cento certo de nossas escolhas? Anahi estava crente que não.


No entanto, lá estava ela, buscando uma forma de fazer Alfonso entender sua escolha e ainda por cima, tentando convencer a si mesma. Mas pelo visto ele não estava em busca de solucionar as coisas entre eles por enquanto.


O caminho até a mansão dos Puente, foi feito praticamente em silêncio. Alfonso havia ligado o som, deixando tocar suas músicas preferidas aleatoriamente, e tentou assim ignorar o olhar curioso de Anahi sobre ele. Geralmente ela não tinha esse costume de ficar o olhando fixamente, e a conhecia bem o bastante para saber que o que ela estava buscando eram respostas para as mil e uma perguntas que deviam estar passando em sua mente.


Quando ela lançava aquele olhar semicerrado a alguém era porque algo lhe incomodava e ele sabia muito bem que a resposta que ela buscava era porque ele não esboçou reação nenhuma desde que saíram do maldito hospital onde ela estava internada.


É fato que ele não tinha conseguido agir naturalmente quando ela lhe disse que ela estaria pronta se ele estivesse ao lado dela para destruir seus medos.


Somente os dois sabiam do peso daquela promessa feita em um momento tão especial para eles. Ainda conseguia se lembrar do coração batendo descompensado, do barulho das águas, os dois sentados nas rochas durante a madrugada...Foi naquele momento que ele soube, que Anahi Portilla realmente havia tornado dona de sua vida.


Ela lhe dava tudo, e em seguida tirava, e então reavaliava e voltava atrás. Era algo inconstante uma vez que ela vivia com essa necessidade de mostrar que não dependia dele. Durante os quatro anos de relacionamento nunca havia entendido essas atitudes dela e era por isso que ele estava agindo daquela forma, para que este jeito dela mudasse. Não aceitaria mais estar ao lado dela sem saber até quando ela ficaria.


Os portões da mansão dos Puente se abriram assim que os viram, liberando a entrada de Alfonso, que foi tirado de seus devaneios. Anahi preferiu focar seu olhar nas árvores, tentando ignorar seu nervosismo.


Nunca tinha realmente pensado sobre isso, mas a casa de seus pais parecia um paraíso privado. E realmente era, afinal ali existiam três hectares de jardins, fontes e cachoeiras, sendo uma verdadeira paisagem de acalmar os ânimos, cheia de beleza. Ali pretendia ter sossego enquanto pensava no que fazer para reconquistar seu Alfonso brincalhão.


Assim que estacionaram Anahi faz menção de abrir a porta porém Alfonso segura sua mão. Seus olhos se encontraram, e no olhar de cada um existia uma súplica não expressada em voz alta. Ela queria que ele voltasse a ser quem sempre fora com ela, e ele queria que ela ficasse perto dele.


-Sabe que não precisa ficar aqui. Ainda está em tempo que irmos para casa se quiser.


Era uma proposta tentadora. Ela poderia voltar a estar sob o mesmo teto dele e talvez assim quem sabe, eles não conseguissem dar um jeito em tudo. Mas a verdade irrefutável era que ela tinha medo dele a rejeitar morando com ela e então não haveria como ela fugir de lá. Sabia que Alfonso a amava, era a única certeza que a vida já havia lhe dado. Mas não era inocente a ponto de não saber que era justamente esse amor que os feria, que os faziam sofrer. Ela o feriu demais, aliás, havia colocado a vida dela em risco e a de seu filho por causa de uma briga com outro cara, o que ela queria que Alfonso sentisse sobre isso?
Foi pensando assim que ela abriu o seu melhor sorriso calmo e apertou a mão dele que ainda estava sob a sua.


-Eu acho que é melhor, para nós dois, que eu fique aqui por enquanto. Eu preciso te dar um tempo...para pensar, sei lá. Eu tenho te atrapalhado muito já, não quero atrapalhar mais.


-Anahi, você nunca atrapalha - disse ele tomando o rosto dela em suas mãos de forma carinhosa. O coração de Anahi amoleceu com o contato visual - Olha, eu sinto muito por qualquer coisa mas ...


Mas então nada. A frase ficou no ar porque afinal, Alfonso não precisava se explicar, o seu olhar dizia tudo. Foi então que sem forças para se manter naquele diálogo , que Anahi findou por abrir a porta do carro e sair.


Alfonso pegou suas coisas rapidamente e a seguiu mansão adentro.


Anahi foi monopolizada pela sua família que não a deixou em paz um segundo sequer. Queria fugir o mais rápido possível para seu quarto, e foi o que fez assim que pode, dando a desculpa de ir até o banheiro.


Subiu os dois lances de escada o mais rápido que pôde sentindo sua respiração falhar. Mas que merda, estava se sentindo sufocada demais! Não sabia até quando ia se sentir uma estranha daquela forma.


Estranhamente a porta do quarto estava aberta e foi quando ela percebeu que Alfonso estava lá dentro e falava com alguém.


-Eu não quero saber! [...] Escute só, vou lhe dizer só mais uma vez - continuou Alfonso entredentes - Eu não posso esperar, eu sou muito ocupado e tenho urgência nisso! Qual parte do "Este cara é perigoso" você não entendeu? [...] - Okay. Só não se esqueça que o relógio tá contando os minutos e segundos já há um bom tempo, e o seu tempo está acabando. Arranje logo essas provas antes que eu mesmo o faça. [...] - Tudo bem, fico no aguardo, obrigado.


Foi então que ele a viu parada na porta, enquanto enfiava o celular no bolso. Anahi engoliu em seco e Anahi o olhou confusa.


-Ah, oi, vim deixar suas coisas aqui no quarto.


Anahi bem que poderia confronta-lo ali mesmo e questionar o que diabos ele fazia naquele celular falando daquele jeito. Estava cansada dos segredinhos de Alfonso, queria ajudá-lo até, se possível, mas sabia que ele jamais falaria se ela o pressionasse. Então ciente que se quisesse saber de algo teria que descobrir sozinha como sempre, ela apenas lhe olhou demoradamente o avaliando.


-Okay,obrigada.


Um silêncio se instalou no quarto e Alfonso se preparou para ir embora, mas deteve-se ao avistar um porta-retrato seu e de Anahi, em cima da cômoda branca dela.


Anahi percebeu o olhar dele para a fotografia e sorriu.


-É uma das minhas preferidas. - disse se manifestando e parando ao lado dele. Alfonso pegou o retrato na mão analisando melhor a foto. Eram só dois adolescentes, até então amigos, despreocupados com a vida. Alfonso tinha acabado de ganhar o primeiro jogo do campeonato, estava todo suado porém sorridente e apertava Anahi em seus braços, estando ela pouco se importando pelo abraço melado, exibindo seu melhor sorriso.


-É uma das minhas preferidas também. - respondeu ele - as lembranças vieram como chuva, coincidentemente na cabeça dos dois. Alfonso tinha mandado revelar aquela foto no mesmo dia em que tiraram e colocou no porta-retrato. Juntou tudo o que mais Anahi gostava em uma sacola e levou junto com o porta-retrato para a antiga casa dos Puente, onde ele morava agora, e passou a noite na casa de Annie, abdicando de qualquer festa. Jogou uma foto dela e de Kevin fora, dando lugar a foto deles, decidido que naquele dia, faria com que no coração de Anahi só houvesse espaço pra ele. - Eu só espero que você nunca se esqueça, do motivo pelo qual esta foto surgiu neste porta-retrato.


-Eu digo o mesmo a você. - disse ela com o nariz empinado - Na verdade eu espero que não se esqueça de nada. Do que fomos, do que nós dois ainda somos e principalmente o que sentimos.


-O que quer dizer Anahi?


-Quero dizer, ou melhor, quero pedir, que você pare de agir como se não existisse nada entre nós.


-Não estou agindo que não existe nada, eu estou tentando é matar o que existe de mau em mim Anahi. Isso tudo... Nós... Isso tem nós feito mal. Não vou deixar que nossos problemas respinguem em meus filhos.


-Seus filhos? Ah, claro. Ian... - disse ela sentindo aquela pontada familiar ao lembrar-se de Perla - Havia me esquecido disso - finalizou incrédula. - Você está certo. Faça o que quiser, mas saiba que o que eu falei naquele hospital foi sincero, eu escolhi você.


Alfonso não queria ter dito "filhos", mas como um reflexo, a frase saiu. Pior ainda era o fato dele estar se referindo a Luna, não a Ian. Queria explicar a Anahi, mas não sabia como e ela ainda o fez se sentir mal por não tratar Ian como ele merecia. Mas ele sabia, Ian com toda a certeza não era seu filho, estava pronto para provar isso. Mas antes Anahi teria que mudar o seu jeito indeciso. Recuperou-se rápido di baque e ergueu a sobrancelha.


-Até quando eu serei sua escolha Anahi? Até a nosso próximo desentendimento? Aí você vai correndo para o Kevin no orfanato chorar nos braços dele enquanto ele tenta te conquistar. Será que serei sua escolha caso realmente seja pai do Ian?


-Eu...


-É por isso que to estranho, e agora você sabe! Porque eu já disse, não posso viver com a sua metade Anahi e você sabe o que fazer. - um silêncio se instalou pelo quarto. Alfonso calmamente colocou o porta-retrato dos dois, que nem sabia como foi parar na sua mão, no seu lugar. Queria que tudo fosse como naquela época.


Não percebeu que Anahi estava nervosa, e quando se virou, ela deslanchou a falar.


-Pra você é fácil me pedir que eu esteja inteira! Você acha que isso não faz mal pra mim? Eu acabei de sair de um coma, eu sofri um acidente grave porque fiquei abalada, estava cansada de tudo já e descubro que minha vida toda é uma mentira! Meu pai, meu ex, todos, me manipulando, como se eu fosse uma marionete! Eu não tenho nem mais certeza se o que eu e você tivemos foi real pra você também.


-Você não está querendo dizer que ...


-Eu não sei! Não sei de mais nada! Não
duvidaria se descobrisse que nossos pais o obrigaram a querer estar comigo. Isso explicaria o fato de você sempre ter sido tão perfeito comigo e agora ...


-Chega! Não fala mais nada, profecia! Eu não acredito que você está ... Meu Deus, o que você tem na cabeça? Eu comi o pão que o Diabo amassou por sua causa e você ainda me diz isso?


-Poncho, tenta entender que


-Não tenho que entender nada. - disse ele passando a mão pelos cabelos, os bagunçando - Preciso ir pra empresa agora. Se precisar de mim ou de ir ver o Miguel, me ligue. Tchau Annie, se cuida.


-Poncho!


E então era só ela, sozinha no quarto. Ela e a fotografia que denunciava que tempo que não voltaria.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 739



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  • mileponnyforever Postado em 08/01/2023 - 02:12:49

    Poxa queria que essa fic tivesse tido um final, ela é maravilhosa!

  • diasferreira Postado em 11/09/2019 - 10:33:27

    Essa é uma das fic top 5 da minha vida

  • diasferreira Postado em 11/09/2019 - 10:32:50

    Ah gente to tão tão querendo o próximo

  • andresarbd Postado em 21/01/2018 - 17:32:46

    pelo amor de deus eu preciso saber o fim dessa história voltaaaaaa

  • ponnyayalove Postado em 05/12/2017 - 22:15:00

    Continuaaa Nay por favor ,eu juro que tive vontande de matar o poncho em certos momentos

  • Feponny Postado em 27/11/2017 - 16:39:12

    Uppppppppp

  • babyblue_ Postado em 17/09/2017 - 19:34:35

    Posta mais pelo amor de Deus

  • nayara_lima Postado em 14/07/2017 - 20:33:20

    Aaaaaaaaaaaaaah saudades da minha fic 😔😔😔 Acaba 2017 e não vem nenhum cap mais da Nairana 😔😔😔 Kero kennie juntos 😔😔😔

  • Feponny Postado em 12/06/2017 - 12:52:06

    Poxa acho q ela abandonou

  • Feponny Postado em 16/04/2017 - 18:33:35

    PostaaaaaAaaaaa, que sdds daqui!!


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