Fanfics Brasil - 174- A verdade Nova Chance

Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni


Capítulo: 174- A verdade

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Assim que Anahí saiu porta a fora, deixando Alfonso sozinho em seu escritório, a realidade voltou a bater na sua porta, e o barulho da batida foi ensurdecedor.


 


No entanto ela saiu do prédio da PHMotors de cabeça erguida. Nem por um momento, ela poderia cair na pilha de ser filha do cara que tentou matá-la. Era só um jogo dele, era só uma piada de mal gosto.


 


Anahí não sabia o que doía mais, a idéia de ter ligação com Jonathan Wilde ou sua mãe ter traído Enrique. Eram as duas coisas mais absurdas que ela já vira.


 


Enquanto voltava pra casa, alheia a presença do motorista, lembrava de sua infância. Não foram poucos os lombos em que viu que o amor de seus pais era verdadeiro. Enrique muitas vezes podia parecer uma pedra de gelo, mas era só ver Tisha e ele parecia outra pessoa, com uma expressão abobalhada e risonha. E quanto a sua mãe, ela fazia de tudo pelo seu pai. Sempre do lado dele, rindo de suas piadas nada engraçadas, o tratando como se ele fosse o único homem no mundo. Ao que parecia as coisas não eram do jeito que ela pensava ser.


 


Respirou fundo e fechou os olhos, pensando em seu filho, em Alfonso... em qualquer outra coisa, até que o carro passou pelo portão da mansão dos Puente. Como diria a seu pai que seu “colega” vinha tentando matá-la há meses? Como dizer que ele e sua mãe... Foram amantes! Amantes? Será? Ainda não sabia se deveria contar a ele. Sua mãe teria que se explicar.


 


Assim que entrou dentro de casa deu de cara com Dolores, mas ela não estava com muita cabeça para conversar.


 


- Anahi, ainda bem que chegou. Está tudo bem? Não passou mal lá? Está com uma cara pálida querida – disse a senhora a lotando de perguntas com um olhar solidário como sempre.


 


- Estou bem Dolores. Onde está minha mãe? – disse sem rodeios.


 


- Acho que está no quarto dela. 


 


- Meu pai? 


 


- No escritório aqui debaixo. Aconteceu alguma... – a pergunta ficou no ar. Anahí saiu em disparada subindo as escadas, praticamente correndo até o quarto de sua mãe.


 


Quando chegou até a porta, respirou fundo. Embora tentasse parecer indiferente, embora depois de ter chorado até o cansaço para logo em seguida fingir que estava tudo bem para Alfonso, ela tinha que admitir que estava com medo, muito medo do que viria a seguir. 


 


- Vamos lá, você consegue Anahí. – disse baixo para si mesma a abrindo a porta.


 


Sua mãe estava se arrumando, provavelmente estava de saída para algum lugar.


 


Anahí achava que estava pronta. Achava que ia conseguir manter-se fria, mas assim que sua mãe lhe dirigiu um sorriso enorme e acolhedor ao vê-la, sentiu de verdade pela primeira vez uma dor aguda no peito, alertando-a que aquilo podia destruir sua vida.


 


- Como foi sua volta á empresa minha filha? Conseguiu falar com o Alfonso? – Anahí assentiu para a segunda pergunta – E aí?


 


- E aí que Jonathan Wilde foi preso. – disse passando a mão pelos moveis de forma desinteressada antes de se jogar numa poltrona.


 


- O que? Como? – disse alarmada. Anahí analisou bem a expressão da mãe. Obviamente qualquer um ficaria surpreso, mas sua mãe estava horrorizada.


 


- Ah, nada demais. Ele roubou a empresa e tentou me matar algumas vezes. – Anahí não se intimidou com o grito surpreso de sua mãe. Ainda bem que tinha trancado a porta assim que passou por ela – Mas isso não foi o pior mãe.- disse ainda em seu papel de desinteressada.


 


- Oh meu Deus minha filha, o que aconteceu? Não acredito que aquele maldito fez isso.


 


- Ah, ele fez, pode apostar que sim. E disse que você e ele já fizeram muitas coisas juntas também. E então mãe, eu quero ouvir o que você tem a dizer. Ou prefere que o papai também participe da conversa? 


 


[...]


 


 


Já haviam se passado cerca de mais de um minuto, e a mãe de Anahí conseguiu ficar mais branca do que já era, como um papel. Os olhos condenando um misto de emoções. Então foi ai que Anahí soube que era verdade.


 


- Filha, como você soube? Como ele pôde?


 


- Então é verdade? Mãe, como você pôde? Você traiu o meu pai todo esse tempo!


 


- Anahi, não! Eu posso explicar tudo.


 


Anahí ergueu o braço como se dissesse “vá em frente” e disse – É pra isso que eu estou aqui mãe.


 


Anahi observou sua mãe engolir em seco, com um olhar perdido e completamente desolada e então ela desandou a falar.


 


Tisha conheceu Jonathan no colegial. No segundo ano começaram a namorar, depois de muita insistência dele, e bom ela ate que gostava do rapaz – na época ele era somente isso mesmo. Quando terminaram o colegial, a mãe de Anahí queria sair de Seattle e conhecer novos ares, freqüentar alguma faculdade da Ivy League, e foi assim que com muito esforço ela entrou em Harvard. 


 


Foi lá onde conheceu Ruth, a mãe de Alfonso que namorava um veterano que era justamente Armando, o pai dele. As duas viraram amigas inseparáveis e Tisha disse ter ganhado uma irmã. É a então ela conheceu o melhor amigo de Armando, Enrique.


 


“Foi amor a primeira vista filha, eu juro. Nunca houve algo tão sincero e puro quanto aquele momento em que nos vimos. Eu pensei que o mundo tinha parado para que eu o admirasse” – disse Tisha com o olhar sonhador.


 


O resto dessa parte da história era meio obvio, eles se apaixonaram, casaram, e não, os filhos não vieram antes. Tisha e Ruth, uma graduada em administração e a outra em economia, ajudaram seus esposos a erguerem a PHMotors, com muito esforço e suor. Tudo parecia na mais perfeita sintonia....


 


Até Enrique e Armando abrirem uma filial em Seattle. 


 


Anahí observou a mãe se lembrar pesarosa da noite em que foram para inauguração e lhe foi apresentado o mais novo diretor financeiro da empresa....Ninguém mais ninguém menos que Jonathan Wilde. 


 


O mundo de Tisha parecia prestes a desmoronar – palavras delas. Isso porque ela tinha terminado com ele antes de se mudar, de uma forma nada amistosa. Jonathan era ciumento, possessivo, e assustava Tisha, e quando ela decidiu ir embora, ele ficou louco, disse coisas horríveis, a ameaçou, e ela se foi para sua nova jornada praticamente fugida.


 


Mas ali estava ele, sorrindo para ela como se sequer lembrasse dela. Ela considerou por alguns instantes até chegar a conclusão de que ele poderia muito bem ter mudado e todo o passado deles tivesse ficado para trás, afinal, ele também havia se casado com Valerie. 


 


- Pobre mulher, que Deus a tenha.


 


Anahí ergueu as sobrancelhas, sua mãe estava enrolando demais.


 


Foi ai que Tisha desenrolou a falar.


 


Wilde não tinha mudado. Comecou a persegui-la, implorava uma nova chance, parecia doentio a forma com que ele estava sempre onde ela estava quando saia sozinha, por isso havia grudado em Ruth. Mas ai enrique decidiu ficar em Seattle, para a sua total desgraça e enquanto isso Armando e Ruth voltaram para a empresa em Nova Yorque. E no meio disso tudo, ela engravidou de Julie.


 


Tisha usou o nascimento de Julie para se afastar da empresa. Não podia dizer nada a Enrique, pois ou ele mataria Wilde, ou mataria ela. O senhor em escrúpulos, dizia que ele faria qualquer um acreditar que eram amantes se ela abrisse o bico. Sem contar que o homem tinha caído nas graças de Enrique, e então quando Tisha dava graças a Deus por ter se afastado da empresa e poder ficar só com sua família e longe daquele maluco, ele consegue se enfiar dentro de sua casa, fazendo parte de um circulo seleto de amigos do seu marido.


 


Ela pensou que estivesse no inferno. Mas inferno ela conheceu quando Enrique fez uma viagem as pressas para Nova Yorque, e ela não pode ir junto, pois Julie estava doente, com catapora.


 


Jonathan entrou em sua casa com o pretexto de uma visita rápida e para deixar alguns documentos, a empregada claro, não desconfiou de nada, embora fosse tarde da noite. Julie dormia e então ela viu aquele homem na sua casa, como se fosse alguém, como se tivesse direito a tudo aquilo e isso a enojou. Estava pronta para dar um ponta pé nele quando ele a intimidou.


 


De repente a mãe de Anahí parecia estar de novo naquela noite, com os olhos chorosos, o medo escancarado em sua cara. Disse a Anahí que ele nunca foi tão ameaçador, que nunca ele havia lhe dado tanto medo quanto naquela noite.


 


Foi por este motivo que ela aceitou aquela maldita taça de vinho que ele a obrigou a tomar. Depois disso, ela só se lembra de ter acordado na mesma cama que o seu ex-namorado maluco, sem roupas. Aquele sim era o inferno.


 


Ele riu dela quando ela inutilmente chorou, e descabelou, o ameaçou. Ele tinha foto, dos dois deitados em uma mesma cama. Quem iria acreditar nela? Nem ela mesmo se lembrava do que tinha acontecido. Agora sim ela seria ameaçada por ele pelo resto de sua vida.


 


Foram dias horríveis, foram os piores momentos de sua vida. Ela não conseguia olhar para Enrique, chorava o dia todo e nada, extremamente nada a tirava do quarto.


 


Somente quando Enrique chamou um médico que eles souberam, ela estava grávida.


 


Para Enrique era a justificativa de tudo, sua esposa estava emotiva porque estava grávida.


 


Foi aqui que ela implorou ao marido para que voltassem para Nova York, e pediu segredo absoluto sobre esta gravidez. Depois de muito esforço foi assim que eles foram embora e ela conseguiu se reerguer, com suas duas filhas e seu marido, embora aquele tormento a acompanhasse sempre, até os dias de hoje. Ele não podia vê-la, não podia pensar nela, que sua vida voltava a ser o inferno.


 


Anahí quis dizer a ela que estava tudo bem, que Wilde estava preso e ele não poderia usar mais provas nenhuma contra ela, mas ela não conseguiu. As idéias estavam se formando em sua cabeça numa rapidez que ela não conseguia armazenar nada. Ainda não sabia como prosseguir.


 


Sua mãe chorava, muito, e ela segurava o choro também, mas foi impossível conter algumas lagrimas solitárias que insistiam em descer.


 


- Anahi, eu juro, eu amo o seu pai, como nunca amei ninguém nessa vida. E jamais irei amar. O Jonathan é doente! Eu não era amante dele, eu sempre fui só do Enrique. Mas agora ele mexeu com minha família, aquele psicopata tentou te matar! Isso não vai ficar assim filha, não vai! Ele vai nos pagar por isso.


 


- Como mãe? Como ele vai pagar? Você vai pedir ajuda para quem? Pro papai? Vai contar a verdade a ele? Porque pelo o que entendi, você não sabe o que aconteceu naquele noite. Vocês podem muito bem ...- disse se engasgando com as palavras que não conseguia dizer em voz alta, mal conseguia pensar nelas – Você...eu...Eu posso muito bem ser filha daquele desgraçado! – começou chorando. Pronto, estava demorando – Pelo amor de Deus mãe, o que você fez? – disse soluçando. 


 


A ideia de ser filha de um monstro, tirava de Anahí toda sua percepção de felicidade. Mais uma vez, só o que conseguia pensar, era que sua vida era uma mentira. E isso estava lhe matando! Era uma dor agonizante a que estava sentindo. 


Ele não estava brincando com ela. Era tudo verdade, bom, de certa forma.


 


Não percebeu que estava em prantos até sua mãe, que já chorava desde o inicio da conversa, se ajoelhou na sua frente, segurando suas mãos. – Filha, não! Por favor não pense uma coisa dessas! Por tudo que é mais sagrado, esqueça o que aquele maldito falou. Você não é filha dele. Seu pai é o Enrique! Eu juro filha. Você sempre teve somente um pai, e é o que cuidou de você todos os dias desde que você nasceu. 


 


- Mas...você...- ela apenas tentou responder, pois não conseguia nem formular frases.


 


- Mas nada. Pode me odiar, pode me xingar filha, eu não me importo comigo, mas por favor, tire essa ideia da cabeça. Você é uma Puente. Você e o seu pai, são praticamente a mesma pessoa, nada vai mudar isso. Eu entendo o que esteja sentindo, eu me odiei por muito tempo por tudo isso, mas eu fiz as contas na época, eu juro, não existe essa possibilidade. Nada aconteceu naquela noite, foi tudo uma armação, ele queria acabar comigo. Demorou, mas pelo visto, ele conseguiu. Eu te imploro filha, acredite em mim! – disse desesperada.


 


Anahí se levantou bruscamente, se afastando da mãe o máximo que pôde. – Me desculpe se eu não consigo acreditar em você. Você mentiu para o meu pai este tempo todo! Ele ia acreditar em você, ele ia te ajudar, ia se livrar daquele pedaço de lixo com quem você namorou! E mesmo assim você não o fez. Você mentiu!


 


Completamente desesperada, a mãe de Anahi viu ameaça naquelas palavras – Filha, por favor, por tudo que é mais sagrado, não conte ao seu pai. Isso vai destruir nossa família! Vai acabar com tudo, com todos nós. Pense no seu pai, na Julie...por favor.


 


- Você acha que não sei disso? Isso já me destruiu, imagina ao meu pai e a Ju que vive um conto de fadas? E é somente por isso que eu ainda estou aqui. Porque eu queria saber o que fazer, mas a que parece, não sou eu que devo fazer algo. – disse nervosa limpando as lagrimas.


 


- Como? 


 


- Eu vou tirar de vez essa historia a limpo, eu não quero mais me sentir suja com a possibilidade de não ser filha do Enrique.Mas quanto a você...você vai contar a ele.


 


- Anahi, não! Ele não vai entender.


 


- Se você não fizer mãe, eu farei. Eu não consigo mentir, e eu não vou fazer parte disso. 


 


- Annie...meu amor, eu não posso. Eu já tentei – disse chorando – Mas eu não consigo.


 


Anahí sentiu pela mãe. Era realmente tudo muito sujo, mas seu pai merecia a verdade. Se tinha algo que ela não entendia era a mentira. Não conseguia aceitar que sua mãe tenha vivido em silencio durante tantos anos.


 


- Não vou mudar de ideia. Eu só...eu só preciso sair daqui, preciso pensar. Eu vou pro hospital ver o Miguel, não consigo pensar olhando pra você mãe. Eu vejo ele, eu vejo meu pai...Eu não vou agüentar a mentira.


 


Anahí então, ainda relutante, sentindo que tinha muito mais coisas a serem ditas, se obrigou a limpar as lagrimas e se recompôs. Aquela conversa não ia dar em nada. 


 


Abriu a porta sem sequer olhar para a sua mãe, mas a mesma a chamou.


 


- Anahi.


 


Ela se virou, sem nada dizer.


 


- Será que um dia vai conseguir me perdoar? 


 


Anahi avaliou, tentando raciocinar – Você é quem vai decidir isso mãe. Eu te amo, mas nesse momento, eu só consigo ver você e o cara que tentou me matar juntos. Talvez isso passe, talvez não, mas a única coisa que pode aliviar um pouquinho que seja a dor que estou sentindo, é você falar a verdade.


 


E então saiu dali, sentindo-se sufocada. Sem saber pra onde ir, sem saber o que fazer.


 


 


_________________________________________________________________________


 


Olá girls! Post rápido só para não deixarem vocês curiosas.


 


No próximo post eu respondo os comentários e vai ter ponnyyyyyyyy! haha 


 


Beijos de luz! <3


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 739



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  • mileponnyforever Postado em 08/01/2023 - 02:12:49

    Poxa queria que essa fic tivesse tido um final, ela é maravilhosa!

  • diasferreira Postado em 11/09/2019 - 10:33:27

    Essa é uma das fic top 5 da minha vida

  • diasferreira Postado em 11/09/2019 - 10:32:50

    Ah gente to tão tão querendo o próximo

  • andresarbd Postado em 21/01/2018 - 17:32:46

    pelo amor de deus eu preciso saber o fim dessa história voltaaaaaa

  • ponnyayalove Postado em 05/12/2017 - 22:15:00

    Continuaaa Nay por favor ,eu juro que tive vontande de matar o poncho em certos momentos

  • Feponny Postado em 27/11/2017 - 16:39:12

    Uppppppppp

  • babyblue_ Postado em 17/09/2017 - 19:34:35

    Posta mais pelo amor de Deus

  • nayara_lima Postado em 14/07/2017 - 20:33:20

    Aaaaaaaaaaaaaah saudades da minha fic &#128532;&#128532;&#128532; Acaba 2017 e não vem nenhum cap mais da Nairana &#128532;&#128532;&#128532; Kero kennie juntos &#128532;&#128532;&#128532;

  • Feponny Postado em 12/06/2017 - 12:52:06

    Poxa acho q ela abandonou

  • Feponny Postado em 16/04/2017 - 18:33:35

    PostaaaaaAaaaaa, que sdds daqui!!


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