Anahi não conseguia dormir, virava de um lado para o outro, não conseguindo relaxar.
Já era muito tarde e ela não sabia mais o que fazer, quando em desespero escondeu a cabeça com o travesseiro, sem lençóis a cobrindo. Por um momento, tudo foi a maior calmaria, mas assim que parou, respirando fundo sentindo o sono vir, a porta do seu quarto se abre. Mas que drog...
-Poncho? - disse quase caindo da cama em um salto assustada, porém ele não a respondeu adentrando no quarto e trancando a porta atrás de si, relaxado e com um meio sorriso no rosto - Ei, to falando com você? O que veio fazer aqui?
Calmamente Alfonso se aproxima de sua cama, desabotoando a própria camisa e ficando sem os sapatos.
-Eu não aguento mais - se aproximou mais - Eu pensei que podia ficar longe de você, mas porra...Não consigo passar um maldito segundo sem pensar em você, em como você está!
A essa altura Alfonso já tinha subido na cama de Anahi, como se estivesse em casa, não se importando de estar na casa dos Puente.
Anahi sentia seu coração bater mais forte a cada movimento dele em direção a ela. Engoliu em seco, presa no lugar.
-Você veio me dizer isso? - disse quase em um gaguejo.
-Eu vim buscar você. Você é minha Anahi, já cansei desse jogo.
-Então ... - tentou ela finalizar.
-Então primeiro eu vou te amar e te lembrar como é bom estar comigo, porque não posso mais ficar só com a lembrança de você. - disse ajoelhado em sua frente na cama, tomando o rosto de Anahi em suas mãos, suas testas se colaram, e ela não acreditando no que ouvia, somente fechou os olhos sentindo a carícia - Não paro de me lembrar do seu beijo, do seu cheiro, do seu corpo, não paro de me lembrar de cada parte sua, eu sou louco por você Anahi.
Anahi não deixou que ele terminasse o que quer que fosse dizer a mais. Colou sua boca na dele de forma possessiva e fervorosa. Não era nem de longe parecido com o beijo de saudade do escritório, no qual saboreavam a calma do momento.
Aquele beijo era mais. Era mais para ele, era mais para ela. As mãos de Alfonso pareciam ter vida própria ao tocar o corpo de Anahi já em chamas, subindo e descendo a camiseta de seu pijama. Anahi se colava mais a ele, como se qualquer distância entre os dois devessem ser eliminada ou o mundo acabaria.
Aliás, ela podia jurar que se o mudo acabasse ali naquele beijo, ela não se importaria.
O que veio a seguir foram roupas sendo jogadas para todo o lado sem a menor cerimônia. Mãos nervosas dos dois lados se permitiam reencontrar o caminho do corpo um do outro.
A última vez que aquilo havia acontecido parecia que tinha sido há anos atrás e só o que eles queriam eram aproveitar o momento.
Os gemidos de Anahi foram ficando mais fortes a medida que Alfonso chupava cada parte seu pescoço, buscando marca-lá de tudo que era forma, o peito nu colado a ela que segurava os curtos cachos de seu cabelo desgrenhados, fazendo-o parecer mais jovem ainda.
-Anahi ...
-Por favor, não vai dar para trás né? - disse ela se insinuando contra ele, provocando contra sua ereção.
Alfonso pareceu titubear sem deixar de toca-lá. Anahi foi mais rápida sentando no colo dele de uma só vez e forçando sua entrada contra ele dessa vez mais forte.
Aquilo era só o que precisava para fazê-lo perder o um por cento de sua razão que ainda tinha. Alfonso gemeu conta a boca dela.
-Que se foda! - grunhiu antes de avançar e Anahi foi jogada contra a cama com força mas não antes de ter seu pijama rasgado.
O resto não é muito difícil de imaginar, os dois se entregaram sem medo ou pudor. Alfonso exigiu de Anahi tudo o que não havia exigido em todo este tempo. Ele foi forte, foi sem piedade nenhuma, tomando conta de cada espaço disponível no corpo de Anahi. Aquele corpo era seu , ela era sua! Cada parte dela, até a mais escondida, cada pedacinho.
Anahi esperava por aquele momento como uma criança espera pelo natal. E com a mesma euforia com que ela viu ele começar, o viu também terminar quando acordou de súbito, sozinha na sua cama.
Observou incrédula seus lençóis na cama, não no chão como pensava que estava, a porta fechada, seu pijama intacto.
Anahi passou as mãos pelos cabelos frustrada, sem querer fazer movimentos bruscos. Queria voltar para aquele sonho, não queria sequer esquecer aquele sonho. Mas que coisa, parecia ter sido tão real!
Se ficasse quietinha em seu canto e se concentrasse, podia lembrar da sensação, dos toques, dos beijos e das palavras ditas. Era como se ainda pudesse sentir os arranhões, ele apertando e beijando cada parte dela, e ainda do calor de sua pele colada na dela.
Não acreditava que um sonho pudesse ser tão real, tão forte como aquele. Fechou os olhos de novo tentando se forçar a voltar para ele. Droga! Droga! Não podia ter sido um sonho! Não queria que fosse só o maldito de um sonho!
Ainda de olhos fechados sentiu o peito apertar com a dor de não ter realmente Alfonso ali com ela. Doía saber que tinha perdido ele por conta de seus próprios atos impensados, das suas dúvidas e complicações.
Queria tanto ele ali que sua vontade beirava o desespero naquele momento e foi por este motivo que começou a chorar, mais uma vez.
Porque ela se lembrava muito bem de como era bom estar com ele, só que ela não estava. Aquilo era a única certeza dela no meio de seu choro baixo e sentido.
E estou me sentindo tão pequeno
Isso estava tomando conta da minha cabeça
Eu não sei nada
Anahi abriu os olhos, desistindo de tentar voltar para seus sonhos. Se virou de lado esperando que as lágrimas fossem embora quando viu seu telefone.
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
Eu serei o seu amor, se você quiser
Pensou se devia ou nao fazer o que estava em sua cabeça. Queria tanto ouvir a voz dele, ao menos para se sentir melhor. Saber que ele em algum lugar estava ali na mesma cidade, que ainda podia falar com ele quando quisesse...Talvez acalentasse seu coração naquele momento. Não sabia dizer porque estava tão emotiva, mas tudo parecia pior do que realmente era.
Eu te seguiria para qualquer lugar
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
Não pensou mais, senão desistiria e então quando viu já estava com o telefone na orelha esperando ser atendida.
-Anahi? - disse uma voz sonolenta do outro lado da linha. Anahi se encolheu, sem saber porque, se sentindo uma completa covarde.
-Anahi? Você está aí? - disse ele um pouco menos sonolento. Anahi até tentou responder mas o que ia dizer? Por que estava ligando?
E eu vou tropeçar e cair
Eu ainda estou aprendendo a amar
Apenas começando a engatinhar
-Annie eu vou desligar está bem?
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
Sinto muito por não ter conseguido te alcançar
-Oi, eu estou aqui! - disse de pronto.
Alfonso estranhou. Já era tarde, o que Anahi queria? Sem muita disposição se sentou na sua cama, os olhos fechados de tanto sono. Ela ainda iria enlouquece-lo, não conseguia entender Anahi de jeito nenhum. Ela estava dando muitas voltas ultimamente e nunca chegava a lugar nenhum, agora mais essa...
Eu te seguiria para qualquer lugar
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
-Annie, são quatro da manhã, por que está ligando?
E eu vou engolir meu orgulho
Você é a pessoa que eu amo
E eu estou dizendo adeus
-Eu não estava conseguindo dormir. - disse ela como uma menina assustada. Ouvir a voz dele, do outro lado de um telefone e não do seu lado na cama, só fez a ilusão do sonho parecer pior ainda. As lágrimas de alguns minutos atrás mal tinham secado e lá estavam elas novamente se formando.
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
-Você teve outro pesadelo? Por causa do acidente? - disse ele com uma real preocupação. Anahi vinha tendo pesadelos com o momento de seu acidente frequentemente. Via o poste de iluminação como um flash em sua mente, o cantar alto dos pneus e o impacto da batida, então acordava assustada e suada. Mas nunca realmente tinha chegado a ligar para ele nessas horas, isso o preocupou.
-Não foi um pesadelo com o acidente. - foi só o que ela respondeu.
-O que foi então? Foi comigo? - disse ele usando a lógica, para justificar a ligação para ele a altas horas da madrugada. A resposta de Anahi não veio, mas ele pôde imagina-la assentindo para o telefone como se ele pudesse ver e isso o fez sorrir.
Lamento que eu não possa te alcançar
Eu te seguiria para qualquer lugar
-Na verdade, não foi pesadelo. Foi uma coisa muito boa Alfonso, muito linda ... Mas acabou! - disse sendo sincera.
Sua voz saiu cheia de magoa e aqui atingiu Alfonso como sempre atingia. Anahi tinha seu coração, essa era uma verdade incontestável, e saber que ela sofria o causava dor também. Não era isso que ele queria.
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
Ele quase voltou atrás, quase desistiu de tudo e pegou as chaves de seu carro para ir atrás dela e trazê-la para sua casa de onde ela nunca deveria ter saído, do seu lado! Mas foi quase .... - Anahi, se foi bom não era para você ter ficado assim.
Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você
Diga alguma coisa
-Foi bom, mas não foi verdade. Esse é o problema, foi só um maldito sonho - disse chorando - Alfonso, por favor, por favor me diz que eu não estraguei tudo entre nós e que eu posso ter tudo aquilo de volta.
Então era sobre eles juntos que ela havia sonhado. Ele mesmo já estava cansado de sonhar com ele acordar completamente frustrado, às vezes, ou várias vezes, até excitado. Os piores sonhos eram aqueles em família, esses o matavam porque parecia mais longe ainda.
-Anahi, me desculpe, por favor. Seria bom você descansar, deve estar com sono, não foi um dia fácil.
-Não muda o assunto por favor! Eu estou te pedindo! Não é possível que tudo aquilo que tínhamos não fosse verdade. Quando é de verdade não acaba Poncho!
-Essa conversa agora está fora de cogitação Anahi, eu mal estou acordado! - desviou ele. Ele não estava conseguindo mais, estava quase jogando tudo para o alto sem se importar por quanto tempo sua felicidade com Anahi duraria.
-Será que um dia você vai ser capaz de me perdoar?
-Anahi, você é capaz de perdoar os erros daqueles que ama? E é capaz de se perdoar? - silêncio. Aquilo atingiu Anahi como um soco. Ela odiava quando ele jogava a verdade na cara dela, pois ela mal conseguia perdoar a mãe e foi preciso e mãe para conseguir perdoar o pai - Você precisa cuidar de você primeiro, esquece o "nós" agora.
-Okay, eu entendi Alfonso. Me desculpe, eu não deveria ter ligado, esta tarde. Eu só...Eu só pensei que deveria falar com você. Me desculpa.
Alfonso mais uma vez se perguntava se não havia jogado pesado, pois ela sempre vinha saindo dessas conversas cabisbaixa. Se lembrou de suas palavras para ela "Quantas vezes mais você vai me magoar com suas palavras Anahi, até que eu pare de tentar?"
Suspirou cansado, balançando a cabeça em negação.
-Dorme Anahi, eu vou ficar aqui. - disse com a voz mais baixa se sentando com a cabeça encostada na cabeceira da cama, jogando-a levemente para trás, o corpo coberto somente da cintura para baixo, mostrando seus músculos tensos.
-Você pode desligar. - disse ela.
-Está tudo bem, vai ajudá-la a não se sentir sozinha. Agora durma... - cariño! Quis completar Alfonso.
Anahi não se seu ao trabalho de dizer boa noite, se encolhendo debaixo dos lençóis, de repente a noite em Seattle fazia jus ao clima chuvoso da cidade. Anahi conseguia ouvir a chuva começando do lado de fora.
Alfonso esperou o silêncio, sabendo que ela tinha o obedecido, mas não conseguia desligar, não queria desligar.
Imaginava como sua Annie estava naquele momento, imaginou seu estado ao acordar de um sonho que ele fosse igual aos dele, havia causado um grande estrago no psicológico dela. As vezes nem ele sabia separar a realidade da imaginação.
De alguma forma, após algum tempo, que ele não soube dizer quanto tempo era, imaginou ter ouvido a respiração pesada de Anahi do outro lado, um suspiro cansado. Aquilo era demais para que ele pudesse suportar, ela para ele estar do lado dela, ouvindo sua respiração e a admirando com calma enquanto ela dormia abraçada a ele.
-Annie...- perguntou para ter certeza we ela não estava mais acordada. Aquele era seu limite, não podia mais ficar se martirizando por não estar lá. Anahi não respondeu, e após alguns segundos ele resolveu desligar, mas antes sem saber o porque, se pegou falando - Eu só queria que você soubesse que você é a minha verdade mais bonita.
E desligou, ciente de que quem agora tinha perdido completamente o sono, era ele.
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Gatitaaaaaaaas, como vão??
Anahi: Oláaaa gatita, olha, muita coisa ne kkkkkk acho que essa foi surpresa para voces haha mas olha, não sei... Ainda não to 100% certa de que ele seja pai dela, vamos ver no que dá kkkkk Anahi agora vai sofrer um pouco na mão dele viu kk beijinhos flor! <3
Ginja2011: Oiiii sumida! Bom, vou bancar a advogada da Anahi agora... kkk ela é humana, erra. Em fic, geralmente a pessoa tende a querer beirar a perfeição, mas não é o caso dela kkk como ja vimos! Eu mesma, não sei como agiria em certas situações como essa que ela passa kkk mas vamos ver no que dá! beijos linda, some não <3
Kahportillaherrera: Caaaaalma que ta acabando kkkk voce já já vai saber o final disso tudo ai kkkkk beijos amiga <3
Lenny_ponny: Haha, Annie agora não vai estar pra brincadeiras, prometo, mas não vai ser tão fácil. Fico com pena, não deve realmente ser fácil poder não ser filha do Enrique e sim do Wilde :s mas vamos ver no que dá ne kkk beijos amiga <3
Feponny: Postado flor <3
Gatitas de mi core, beijos de luz, até a próxima <333