Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni

Não foi uma noite fácil para Alfonso. As coisas saíram de controle e após ser tratado como uma criança birrenta por Julie e Dave, ele caiu no sono rapidamente mas não imune ao que acontecia em sua vida.

Anahi invadiu seus sonhos naquela noite, como ele havia feito com ela na noite anterior. Era um maldito de um carma.

Se no sonho dela acontecesse metade do que ele viu acontecer no dele, estaria explicado o motivo da ligação desesperada na madrugada passada porque ele mesmo mal conseguiu se segurar na manhã seguinte e ligar para ela.

A sorte era que sua dor de cabeça estava tão forte que ele só conseguiu levantar após tomar dois analgésicos.

Não conseguia ser lógico e enquanto tomava um café forte e fingia ler o jornal, não se conteve e largou tudo pegando as chaves do primeiro carro que viu e conferiu sua carteira no bolso.

Foi até a mansão dos Puente resolver aquele maldito mal entendido.

[...]

-Belinda, Anahi ja está na sala dela? - perguntou Alfonso assim que pôs os pés na empresa.

Já passava das dez e meia da manhã e ele foi atrás de Anahi em sua casa sem obter sucesso. Anahi não estava e ninguém sabia dizer para onde ela teria ido se não para a empresa ou o hospital.

Ele passou no hospital durante o percurso até a empresa, e não pôde ver o filho por mais de cinco minutos o que o enfureceu mais ainda, além do fato de Anahi não estar lá. Onde essa garota tinha se metido?

-Na verdade, ela nem chegou ainda. Pensei que estava com você. - disse Belinda confusa. Aqueles dois eram complicados demais, ela já não sabia nem como ajudar. A verdade era que seus chefes eram dois malucos.

Alfonso ficou desesperado com a ideia fé Anahi estar aprontando. Pronto, agora só lhe faltava essa. Entrou para seu escritório bufando de nervoso. Ali estava o início de uma bela disputa.

Alfonso saia e entrava na sua sala quase a todo instante. Chegou a um ponto que ele só aparecia na porta e Belinda balançava a cabeça negativamente como aviso de que ela ainda não tinha chegado.

Já descrente Alfonso sai de sua sala para almoçar quando o as portas do elevador se abrem, chamando atenção dele e de Belinda, de onde saiu uma Anahi sorridente e...Diferente.

Aquela Anahi na sua frente tinha algo de diferente, misterioso e até mesmo divertido. Era uma Anahi pronta para jogar. Um vestido justo demais sem ser vulgar, um sorriso quase diabólico e cabelos impecáveis como se tivesse acabado de sair de um salão.

Alfonso parecia preso ao lugar em que estava, e ela o olhava divertida.

-Boa tarde Bel, Ponchito! - disse sorrindo. - Antes que pergunte Alfonso, sim, já almocei, Bel, trás minha agenda para hoje por favor, estou na minha sala. - disse ela não sem antes tocar o queixo de Alfonso e dar uma piscadela para ele.

-Anahi, espere! Chegou isso aqui para você! - Anahi curiosa volta para trás e Alfonso finalmente se mexe também intrigado quando Belinda tira algo que estava do seu lado escondido atrás da mesa . Nada mais era do que um buquê de rosas azuis.

Antes Alfonso não quisesse que Anahi tivesse voltado. Sua cara foi praticamente ao chão. Voltou à estaca zero.

Suas mãos se fecharam em um punho. Iria socar a cara de Kevin por isso. Filho da mãe aproveitador!

-São pra mim? - disse Anahi realmente surpresa. Pegou o buquê azul completamente fascinada. Quem mais sabia de seu amor pela cor azul além de ... - Alfonso?

Alfonso somente negou com o maxilar travado e ela se arrependeu no mesmo instante de ter se iludido com esta possibilidade. Ele estava possesso.

-Com licença eu vou almoçar, Jennifer está me esperando. - e saiu como um raio do andar.

Anahi e Belinda observaram perplexas o elevador no qual Alfonso já tinha desaparecido dentro dele se fechar.

Olharam uma para a outra e como se um peso do momento se esvaísse, as duas caíram na risada.

E foi ali, naquele instante, que começou uma guerra de titãs.

Segunda, terça, quarta, quinta e sexta também passaram... Todos os dias era um buquê diferente sendo entregue a Anahí.

No último que Alfonso viu, ele teve a sorte de pega-lo antes de Anahi e ler o cartão mas só o que havia era "Estou chegando baby. S. "

-Quem está chegando? Não é o desgraçado do Dustin que está enviando isso? - foi o que perguntou a Belinda que apenas riu dando de ombros. - Puta merda, essa pessoa é dona de uma floricultura? Só pode ser!

Anahi chegou nesse exato momento o olhando insinuativa enquanto ele segurava o buquê em suas mãos. Nervoso ele apenas passou por ela jogando o buquê em seus braços - Mais um. - disse antes de continuar andando.

Naquela tarde Alfonso quebrou muitas coisas em seu escritório e em sua casa. Anahi imaginava que havia um louco na sala em frente à sua e isso só lhe fazia rir, mas não imaginava que Alfonso chegou ao ponto de bater a cabeça na parede, talvez pensando que era o Kiko do Chaves. Meu Deus, o que ele faria com aquela mulher?

As coisas não ficaram muito fácil também para ela. Alfonso não ia facilitar de forma alguma. A presença de Jennifer virou constante em sua vida. Seja quando ele saia para almoçar com ela ou quando ela o ouvia conversando com ele no telefone.

Cada dia era algo mais provocativo. Ora ela era carinhosa, outra era agressiva na luxúria. Alfonso se segurava para não cair na risada quando Anahi entrava em sua sala com papéis e mais papéis, praticamente fazendo o trabalho de Belinda e se jogava pra cima dele com toda a vontade que tinha.

O plano era deixá-lo saber que ela o queria mas mostrá-lo que ele não era a única pessoa no mundo.

Foram dias de risos e martírios que durou mais do que deveria até aquela terça feira à tarde quando Anahi entrou na sala de Alfonso.

[...]

-Ela me provoca Jennifer! Ela me deixa maluco! Ela só pode estar mandando flores para si mesma, não é possível.

-E isso te afeta? - perguntou Jennifer calmamente sentada em uma poltrona. Alfonso estava em pé, de costas para ela enquanto observava a cidade diante de si.

-Não há nada que ela faça que não me afete. - cortou ele simples. Jennifer assentiu pensando sobre como vivia o mesmo jogo com Kevin há muito tempo já.

Nunca sabia o que ele queria, nunca sabia até quando ficaria ao lado dela, aí ele simplesmente cansava de bancar o cara legal e sofria por Anahi como uma criança.

Anahi parecia fazer esse jogo muito bem, confundindo Alfonso, fazendo-o pirar com seus joguinhos. Era uma prepotente, isso sim! Não sabia que não gostava em demasia dela até que a conheceu e tirou suas próprias conclusões sobre a moça.

Sem entender o porque, Jennifer somente se levantou calmamente indo em direção a Alfonso e o tocou no ombro fazendo-o se virar para ela. Aquilo era perto demais.

Alfonso observou os olhos verdes de Jennifer magoados. Eles sabiam muito bem da dor um do outro e ela realmente era uma ótima amiga.

Existe uma linha invisível que divide o amor da amizade, quanto mais longe da linha do amor você manter alguém do sexo oposto que conheça seus sentimentos, seus pensamentos e vontades, melhor será. Porque se a pessoa achar que pode ultrapassar essa linha, coisas como um beijo completamente fora de hora pode acontecer.

E foi o que aconteceu entre Alfonso e Jennifer naquele escritório.

Ele não o teria feito se soubesse que aquilo era errado naquele momento, mas ela não lhe deu a oportunidade de pensar e simplesmente o beijou.

Ela não sabia o porque estava fazendo aquilo mas na sua cabeça, dois corações quebrados podiam se ajudar a juntar os pedaços.

E embora tivesse consciência que sua relação com Alfonso era a mais pura amizade, não podia negar que ele era extremamente lindo e sexy também. E pior ainda, ela gostou daquele beijo.

O beijo durou tempo o suficiente para que Alfonso conseguisse recobrar sua consciência e visse o que estava fazendo.

-Jennifer, não devíamos ter feito isso. - disse calmamente a afastando enquanto segurava os pulsos da loira.

-Me diz um motivo para não fazermos isso!

Alfonso a olhou, completamente confuso - Vou te dar um apenas um nome... - Alfonso pensou em dizer o nome de Anahi, mas sabia que sua ex noiva não valia como argumento para Jennifer, mas o nome de quem era queria sim - Kevin.

-Alfonso...- disse tentando se aproximar de novo, porém ele a deteve mais uma vê a segurando.

-Jenn, você ama o Kevin!

-Ele ama a Anahí! - rebateu ela com raiva.

-E eu também a amo! - disse alto demais, assustando um pouco Jennifer.

Aquelas palavras a mataram. Quem não amava aquela mulher por ali eim? Não conseguia entender como duas pessoas tão boas conseguia amar alguém tão arrogante e egoísta como Anahi. Não fazia sentido amar quem só brincava com os sentimentos dos outros.

-Eu sinto muito Jenn, mas não sou como o Kevin. Não sou capaz de me apaixonar por outra pessoa que não ela, mas se pudesse ter a chance de esquecer o que sinto por ela e amar outra pessoa, eu gostaria que fosse você. - disse tentando amenizar a situação.

Mas todos sabiam que essa possibilidade não existia. Não existia uma só parte dele que não pertencesse a Anahi, não existia a chance de esquecê-la. A forma com que ele agia com Anahi no momento era pura a unicamente parte de uma estratégia. Às vezes a única saída é fazer a pessoa sentir a sua ausência, é se afastar de quem vive com dúvidas e nunca te teve como certeza, e era apenas disso que se tratava seu jogo com Anahi.

Jennifer absorveu o que tinha acabado de fazer e após um tempo, conseguiu pedir desculpas a Alfonso e ficaram entendidos que aquele beijo não se repetiria, mas que a amizade não mudaria, e o jogo muito menos.

Quando Alfonso apareceu no orfanato e deu de cara com Jennifer, uma provável longa amizade nasceu ali e mesmo se ele voltasse com Anahi, essa amizade não acabaria e ela iria ter que lidar com isso.