Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni

Anahi estava devastada.

Seu coração parecia que ia sair pela boca. Que sentimento ruim, que dor aguda e insuportável era aquela?

Quando você ama alguém e vê ou descobre algo que lhe machuca sobre ela, parece que até respirar fica difícil, e o coração aperta. Fica difícil acreditar que aquilo seja verdade. Só o que você queria era que tudo estivesse bem, que você estivesse feliz.

Mas pobre Anahi, ela não estava bem. Não após ver Jennifer e Alfonso se beijando no escritório dele.

Ela havia ido perguntar se ele gostaria de almoçar com ela e então quando abriu a porta deu de cara com uma cena que era tão temida por ela há dias. Seu Alfonso, o pai do seu filho, seu ex-noivo, beijando outra. Foi difícil de ver.

E aquilo a magoou. Magoou mais do que ela poderia imaginar. Quando pensava sobre os dois, se estavam tendo algo, aquilo já a magoava, mas ver seu medo acontecendo bem diante dela, a matou. Aquilo matou algo nela que ela julgava ser sua esperança.

Sim, a esperança estava quebrada, partindo para longe dela. Pela primeira vez ela realmente avaliou se o amor de Alfonso por ela não havia acabado.

Completamente indignada Anahi fechou a porta quase no mesmo instante que a abriu, e saiu da mesma forma que havia entrado, em completo silêncio.

Com o coração descompensado e não acreditando no que viu, ela correu em direção a sua sala logo ao lado ignorando Belinda e lá se trancou, se permitindo finalmente desmoronar.

Aquilo doía, e doía de verdade. Nunca realmente tinha passado por alguma situação daquelas. Alfonso apesar de tudo sempre foi dela e ela sempre foi dele, e nem mesmo quando namorou Kevin tinha passado por isso.

Agora ela estava com medo porque infelizmente estava perdendo a terceira pessoa que mais amava no mundo, porque as primeiras eram Miguel e Luna e a promessa de uma vida feliz cuidando dos dois ao lado de Alfonso estava se desfazendo bem na sua frente.

Com as mãos tremendo, já foi pegando o telefone, enquanto se encolhia no sofá creme que ficava no canto esquerdo de sua sala. Foi logo discando o número de sua irmã como sempre, em busca de socorro, mas se deteve. Aquele era um problema dela! Ela não podia esperar que Julie a salvasse sempre, aquela dor era dela, o problema era dela! Não de Julie ou de qualquer outra pessoa.

Foi por isso que jogou o telefone no outro lado do sofá e se permitiu desmoronar ao o que parecia pela milionésima vez naquele mês.

Chorou. Chorou porque o aperto no peito era insuportável, chorou com pena de si mesma e de sua fraqueza, chorou de raiva.

Sim, ela tinha o direito de estar com raiva, ou não? Aquilo era uma afronta a ela! Trazer uma qualquer para dentro da sua empresa e beija-lá no seu local de trabalho, isso se era só beijos mesmo.
Esse pensamento lhe causou mais raiva ainda e só o que ela sentia, infantilmente diga-se de passagem, era uma vontade enorme de fazê-lo se arrepender disso.

Queria que ele sentisse o mesmo que ela estava sentindo, queria que ele odiasse ter feito aquilo e que odiasse que ela estivesse bem.

Anahi ficou incomunicável por aproximadamente uma hora até conseguir se recompor e então se obrigou a sair daquele sofá e foi em direção à sua bolsa onde pegou sua maquiagem e a refez calmamente, quase sem sinal de choro, apenas um olho semicerrado cheio de gana, pronta para esmagar Jennifer.

Passou um batom vermelho e ajeitou os cachos cor de chocolate para o lado e então saiu porta a fora.

Deu de cara com Alfonso que provavelmente estava voltando de seu almoço - o qual ela queria ter sido a companhia dele, pensou ela - e foi só vê-lo que seus olhos viraram pura fúria.

-Belinda, eu estou indo embora. Remarque qualquer compromisso para amanhã por favor e se precisarem de mim não me liguem, estou na China, Iraque, Alemanha, Marte... Onde você preferir que eu esteja. - Belinda já acostumada com a guerra dos dois, apenas assentiu, sabendo que Alfonso tinha algo a ver com isso.

Aliás, Alfonso ouviu o que Anahi tinha dito e se aproximou.

-Anahi você vai embora mais cedo de novo? Sabe isso está ficando demais! Não pode sair assim e pronto. Você tem responsabilidades.

Anahi se virou para ele novamente, encenando um sorriso diabólico que ele conhecia muito pouco porque quase nuca era direcionado a ele.

-Senhor Herrera, vamos combinar uma coisa aqui entre nós dois. Você cuida da sua parte da empresa, deixa que do meu trabalho cuido eu okay? Quem sabe das minhas responsabilidades sou eu, não acha?

-Anahi! - disse ele o incrédulo - Eu não tenho culpa se tem tido um dia ruim, não vim ouvir má resposta sua, não sou seu capacho. - Anahi riu seca, pois a culpa era toda dele - Aliás, o que aconteceu? - perguntou sem paciência com as mãos na cintura jogando o paletó para trás. Aquele gesto normalmente encantaria Anahi, pois ela era ligada em cada detalhe e mania dele, no entanto, naquele momento, nada do que ele fizesse diminuiria a raiva que ela estava sentindo, estivesse ela sendo injusta ou não.

-Me faz um favor Alfonso, só vamos conversar o necessário. Se tiver algo a falar sobre a empresa, tem meu telefone comercial, meu ramal o que for, e sabe que estou a disposição quanto a Miguel, qualquer coisa, mas fora isso, cada um cuidando do seu pode ser? - disse com uma falsa educação. Belinda arregalou os olhos. Aquela discussão ali era diferente.

Alfonso se dividiu entre a incredulidade e a raiva. Se não fosse uma mulher e se não fosse Anahi, ela já teria levado um belo de um safanão para aprender a lidar com as pessoas. Alfonso simplesmente não sabia o que responder e não sabia muito menos o que estava acontecendo, a perplexidade não lhe deixava ser lógico. Anahi era maluca!

Depois de contar até dez e respirar fundo Alfonso respondeu - Bom, se é assim que você quer, assim será. Estou às ordens, afinal, eu sou só o pai do seu filho e seu sócio não é? - disse ironicamente como se ser as duas coisas não fossem nada.

-É, é só isso mesmo. Se me der licença, estou atrasada e quero chegar em casa cedo.

Aquilo acertou Alfonso em cheio. Anahi nunca, nunca mesmo, chamava a mansão dos Puente de casa. Ela dizia que era a casa de seus pais e no seu íntimo, ele mantinha o pensamento que isso era porque ela ainda via a casa antiga dela como seu lar. Seu e dele.

-Ao menos posso saber porque está indo embora cedo? - perguntou Alfonso ao vê-la dar as costas a ele em direção ao elevador.

Anahi parou e se virou dando de ombros e após um breve silêncio retorceu os lábios em uma careta pensativa - Não estou disposta.

E então foi embora, com um coração em pedaços, mas uma muralha intacta por fora. Aquela era a Anahi e ela odiava o fato de ter que ser daquela forma. Não queria ser forte, não mais. O problema é quando ser forte é sua única opção.

Quando o elevador se fechou Alfonso ainda ficou um tempo parado pensando na recepção do andar da presidência.

Ao se dar contas que estava lá como um bobo, se virou para Belinda que o olhava especulativa.

-O que? - perguntou pra ela.

-Posso perder meu emprego se eu for sincera? - perguntou receosa.

Alfonso pareceu avaliar a hipótese e deu de ombros - Sim, você pode. - Belinda revirou os olhos com a ironia na voz dele e repetiu o gesto.

-Que seja então, mas sinceramente, vocês são dois idiotas viu, vou te contar!

[...]

-Anahi, oi! - disse uma voz animada do outro lado da linha.

-Oi Ken, tudo bem? - disse ela largando sua bolsa no banco do passageiro - Você pode falar agora?

-Claro, o que manda?

-Eu estou indo para aí. Preciso ver a Luna. - o desespero na voz de Anahi quase quebrou Kevin. Ele a conhecia muito bem e sabia que a sua amada estava com problemas. Mas o que podia fazer? Até a resposta do juiz, era um perigo que Luna dissesse algo a Anahi sobre Alfonso. Ele
ia lá todos os dias e a menina achava que Anahi ainda estava dodói e por isso viajou. Embora não concordasse com nada disso, ele tinha prometido a Alfonso que ia ajudá-lo.

-É que eu não estou no orfanato agora Annie, eu estou em casa, de saída para comprar o presente de aniversário do Brad.

-Eu já fui ver a Luna sem você estar lá Kevin, qual o problema?

-Não tem nenhum problema! - se apressou em dizer - Mas eu queria sua ajuda com esse presente. Você está ocupada?

Anahi parou, tentando descobrir o que estava errado no meio daquela conversa. Kevin estava sendo bastante superficial no modo de falar, ele estava escondendo algo - Ken, o que foi? Por que eu não posso ver a Luna? Você está me escondendo algo e eu odeio isso, você sabe! Espera! Não me diga que ela já ... Kevin, ela foi adotada? É isso?

-Não, não! Ela ainda não foi adotada, o processo está parado Anahi. Eu não estou escondendo nada, só não acho que seja u bom dia para visitas. Vamos sair para conversar e então eu te explico tudo - disse enrolando Anahi - Eu realmente não sei inquérito dar ao Brad, ele parece ter tudo! Por favor, vamos, me ajude!

Anahi cedeu sem ânimo para discussões. Era isso ou era ela ir pra casa ficar remoendo o beijo de Alfonso e Jennifer e foi assim que os dois se encontraram vinte minutos depois em um restaurante.

Já fazia mais ou menos uma hora que eles estavam andando e eles tinham acabado de comprar o presente de seu afilhado, um boneco gigante do Capitão América, que era o super herói favorito de Brad e um escudo do herói para o garoto se sentir o próprio Steve Rogers.

Estava sendo uma tarde agradável, Kevin realmente sabia como distrair Anahi, conversar sobre mil e uma coisas e não conversarem nada. Ele tinha assuntos interessantes e uma piada sempre pronta mas embora tudo parecesse bem enquanto ela estava com ele, Kevin sabia que tinha acontecido alguma coisa com Anahi.

Ela tinha uma mania meio diferente de estralar os dedos quando estava com algum problema e foi quando pela milésima vez ela foi estralar os dedos que ele segurou suas mãos na dele.

-Anahi, o que houve?

-O que houve? Nada! Só os problemas de sempre, você sabe, Miguel. - mentiu.

-Anahi, vou perguntar mais uma vez e espero que não minta pra mim. O que aconteceu?

-Eu já disse! Eu ...

-Eu sei que o Miguel está bem, que ele recebe alta pelas próximas duas semanas no máximo. Você deve é estar feliz com isso Anahi. Ao menos me arranje uma desculpa melhor.

Anahi bem que queria ter perguntado como ele sabia disso tudo, mas se tocou que a tagarela da Julie que tinha dito quando foi entregar o convite de aniversário do filho.

Ela podia procurar outra desculpa e talvez o que ela falou em seguida fosse errado porque sabia que Kevin jamais seria imparcial, mas quando percebeu, ela já estava falando.

-O Alfonso beijou outra. Acho que ele está tendo um caso, um romance sei lá, com uma moça que ele conheceu. É isso aí, acabou Kevin. Agora foi. - disse simples e voltou a andar pelas calçadas de Seattle, sentindo o clima frio tomar conta de si e era até bom.

Kevin parou, completamente perplexo. Só havia uma possibilidade de Alfonso ter outra pessoa e a única pessoa com quem ele tinha certa proximidade naquele momento era Jennifer. Não foi muito difícil chegar a esta conclusão. A mulher era Jennifer.

Tentando ignorar a dor e a raiva que também estava sentindo, ele ouviu abai dizendo tudo o que aconteceu desde a chegada de Jennifer na vida dela.

Ele não sabia até onde ou como ele deveria se intrometer nessa história, mas sabia que nada disso ia ficar assim. Não ia deixar Jennifer fazer parte disso, e muito menos se envolver com o Alfonso. Onde ela estava com a cabeça?

Foi quando caiu em si que aquilo tudo não passava de um jogo. Olhou para uma Anahi cansada e cabisbaixa embora para os outros parecesse o contrário. Admirava o fato de ainda conseguir enxerga-lá melhor do que qualquer pessoa.

Foi vendo que sua Annie estava sofrendo que ele odiou Alfonso, odiou tudo o que ele eatava fazendo e ainda envolvia Jenni nisso. Calmamente ele segurou a mão de Anahi e a fez olhar para ele.

-Barbie, não fica assim. Quer que eu seja sincero? Seu ex namorado playboy está querendo é te atingir, isso está muito claro pra mim. 

-Será mesmo? E se for Kevin, eu só queria que ele parasse porque desde que sofri esse acidente eu já tenho me sentindo atingida demais e eu não sei mais como agir para resolver tudo sem ser injusta com alguém, mas eu não quero também ser injusta comigo. Eu estou sofrendo. 

Prevendo as lágrimas de sua ex-namorada, Kevin simplesmente a puxou ao encontro de seu peito a abraçando. Anahi chorou sem se importar se era Kevin que estava ouvindo tudo aquilo. Só precisava de alguém em quem confiasse.

-Calma Annie, ninguém pode te atingir! Eu não vou deixar isso acontecer! - disse a consolando.

Aquela conversa chegaria no ouvido de Alfonso, isso era certo e Kevin não tinha planos de deixar isso barato. Mais essa agora!

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Hi girls! Já já volto e respondo os comentários de vocês!

beijinhos