Fanfic: Nova Chance | Tema: Rebelde - Ponny - Pouco Vondy e Chaverroni

-Oi, aqui é o Alfonso! Infelizmente eu não posso te atender agora, mas eu tenho seu número no meu identificador. Deixa o seu recado e eu retorno, a não ser que eu não queira falar com você! - e termina com a risada dele no fundo.

Era bem a cara dele aquela mensagem, mas a aquela altura Anahi já não aguentava mais ouvir sua secretária eletrônica.

Frustrada ela bateu as mãos no volante antes de prosseguir - Oi, Alfonso, sou eu! Sabe, é frustrante ter que falar com sua caixa eletrônica, mas preciso falar com você e vou desabafar agora porque não aguento mais esperar. Eu não aceito que Miguel fique um dia sequer longe de mim. Eu não quero que um dia, quando ele for um rapaz lindo de olhos claros como os seus e engraçado como você, que ele não tenha o que conversar comigo, que não tenha nenhuma ligação entre nós! E é o que vai acontecer se ficarmos separados porque ele vai preferir você. Você é o Alfonso né. Então era isso, eu acho que realmente não aceito uma guarda compartilhada, e acima de tudo, acho que também não aceito ficar longe de você. Eu fui precipitada, precisamos conversar. Volta logo, ou me liga.

Aquela foi a quinta vez que ela ligava naquela manhã. Será que ele estava ouvindo tudo e não queria ligar pra ela? Se ele estivesse a ignorando, tudo ficaria uma grande merda.

Anahi chegou na empresa e foi arrastada para o starbucks mais próximo dali o possível por Belinda.

O namorado dela a havia pedido em casamento, mas ela não tinha certeza se ia querer aquilo.

Era algo que não era muito a pauta dos assuntos na empresa, mas sim entre Anahi e Belinda. Belinda era mãe de uma menina de cinco anos de uma garotinha chamada Rebeca. Anahi havia até ido no aniversário da menina que era adorável e foi quando conheceu Marcus, o namorado dela.

Belinda estava insegura porque quando teve Beca, era muito jovem e seus pais e ex-sogros, forçaram a barra para que ela e o pai de Beca casassem. Foi o que após muita pressão aconteceu.

O problema foi que Drew não segurou a barra. Ele no fundo não queria aquela filha. Não queria aquela família. Ele só queria ser livre, enquanto Belinda passava por cima de todas as suas grosserias e falta de empenho para dar a sua filha uma família, para cuidar dela.

Mas foi após descobrir a traição dele com a sua melhor amiga da época de escola, madrinha da Beca, que seu mundo caiu de vez. Já não aguentava mais, e quando decidiu que não queria mais ser esposa dele, ele simplesmente foi embora com sua ex-amiga, abandonando não só a ela e sim a Rebeca também.

Foi quando ela veio para Seattle tentar a vida e conheceu Marcus. Ele adorava a menina mas ela ainda tinha receios.

No início tudo parecia fácil com Drew também. Ele dizia que amava Beca e a ela. E depois as largaram com a maior facilidade do mundo.

E se o mesmo acontecesse agora com Marcus? E se ele se cansasse delas também e as abandonassem? Não queria passar por isso. Não queria ver a filha ser abandonada de novo.

-Beli, eu vi o Marcus! Ele te venera! E ele ama muito a Beca. Ele cuida dela como se fosse pai da menina!

-Mas ele não é! E se o pai verdadeiro nos abandonou, por que ele não o faria em algum momento também? - disse Belinda com os olhos cheios de lágrimas. Ela amava Marcus, mas existiam muitas cicatrizes que nem ele havia sido capaz de curar.

Anahi não estava com a cabeça no lugar naquele momento, não conseguia parar de pensar no sonho que tivera e em como queria aquela família com Alfonso, era tudo o que ela conseguia pensar, mas se esforçava para entender Belinda e ajudá-la de alguma forma.

-Bel, o Drew era um canalha. O casamento de vocês já começou errado para início de conversa, foi algo praticamente forçado e você era quase uma criança ainda! E outra, Marcus e você já estão juntos há um bom tempo para sanar suas dúvidas. Ele é bem mais pai da Beca do que o Drew um dia já foi. Pai é quem cria, quem cuida, quem dá amor. O sangue não importa, acredite. Ele se sente pai da Beca e isso ficou bem claro pra mim nas vezes em que eu os vi juntos. Ele a aceita como filha dele tanto quanto ela o aceita como pai e vocês se amam. Isso basta.

-Se fosse o Alfonso... Se você fosse mãe da Luna e Alfonso não fosse o pai dela...Você pensaria da mesma forma?

Anahi automaticamente se lembrou de seu sonho, o carinho de Alfonso com Luna veio logo em sua mente. Ela a chamava de princesa.

-Pai é quem cria! - repetiu - Tenho certeza que Alfonso a amaria da mesma forma que eu a amo. Isso se aplica ao seu caso.

-Ah é? Por que não contou a ele sobre ela então?

Anahi baixou a cabeça por um segundo sem saber o que responder - Não estávamos juntos quando conheci ela. Não estamos juntos ainda. - reforçou a ideia.

-Pai é quem cria não é Anahi? Eu sei que ele criaria ela da melhor forma possível. Mas quem disse que você precisa dele para ser mãe dela? Entende o que quero dizer?

Anahi parou refletindo sobre as palavras de Belinda. Ela não precisa mesmo de Alfonso para reivindicar a guarda da menina, para adota-lá. Quem quer que fosse o casal que estava em processo para a adoção de Luna, ela poderia muito bem ir contra eles e tentar também.

Quando se deu conta que estava deixando este sonho para trás por um medo bobo, Anahi simplesmente pegou sua bolsa e se levantou rapidamente.

-Você ama o Marcus, Beca também e ele ama vocês. Pense nisso! Você tem razão sobre não precisar de um pai para criar ela, mas ter um no caso da Beca, vale muito a pena, para vocês três! Eu tenho que ir agora! Mais tarde eu apreço na empresa. Esqueci que tinha um compromisso!

-Anahi onde você vai? Não vi nada na sua agenda! - disse Belinda estática. - Como vou pagar a conta? Você comeu demais!

-Cartão corporativo. Tchau Beli, até mais tarde.

E então Anahi estava dentro de um táxi. Não dava tempo de correr até a empresa. Não sabia explicar mas tinha uma urgência em ver Luna naquele momento. Sentia-se mãe da menina, e pela primeira vez na vida ela precisava deixar de ser covarde e lutar pelo o que realmente queria. Não importava o que que sua família, Alfonso e todos os outros pudessem pensar. Ela ia ser mãe de Luna.

Anahi tentou ligar para Kevin por duas vezes durante o caminho, mas ele não atendia, devia estar ocupado.

Mas não estava. Ele estava vendo todas as suas chamadas enquanto Jennifer tagarelava em seu ouvido. E então recebeu a seguinte mensagem.

"Você não me atende, então só vou avisar. Estou indo ver Luna, agora. Sinto falta dela."

Kevin leu a mensagem e logo se alarmou para decidir algo no instante seguinte. Ignorou a mensagem e colocou o telefone no bolso.

-Aconteceu alguma coisa? - perguntou Jennifer preocupada. Kevin estava mais branco que o normal.

-Não, vai acontecer.

-Não entendi - disse ela confusa.

Ele sem paciência ou vontade para explicar o que quer que fosse, olhou na direção de Alfonso que havia vindo direto do aeroporto para o orfanato e agora estava com Luna em seu colo. Isso deixou Jennifer mais confusa ainda.

-Vamos acabar de uma vez por todas com esse jogo.

E Anahi estava cada vez mais próxima de Luna e de uma descoberta que ninguém sabia como ela iria reagir.

Era o fim do jogo?

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Ooooooolá meninas! Aqui estou haha

Gente, não abandonei a fic não, mas nunca fui uma autora que posta com frequência. Eu peço desculpas pela demora nas postagens e agradeço de coração a paciência de cada uma de vocês. 💕

O que será que a Anahi vai pensar quando ver o Alfonso com a Luna eim? Próximo post será "do babado" kkkkk

Beijos de luz gatitas!

P.s: estou respondendo a vocês nos comentários 🤗😘