- Querido, onde você estava? Não te achei no quarto. - Eu disse ao chegar em Poncho, lhe dando um beijo e deixando a mulher que estava com ele na mesa sem graça. Era alta, com cabelos castanhos, usando um vestido preto provocante e reconheço que era linda e isso me causou um ciumes incontrolável. Eu odiava esse tanto de mulher que precisava espantar, poxa, eu am... " Nem ouse em pensar isso Anahi". Balancei a cabeça em negativa, encostando meu braço direito no ombro de Poncho.
- Oh, me desculpe, não sabia que tinha namorada! - ela disse com um pouco de vergonha. Menos mal, pelo menos vergonha na cara tinha.
- Não, não é namorada, é esposa. - sorri e pisquei pra ela.
- Com licença, vou deixa-los a vontade. Foi um prazer Alfonso.
- Igualmente Rose.
Ela saiu e eu tomei o seu lugar na mesa. Poncho começou a rir descaradamente.
- Quer dizer que já elevamos o nosso relacionamento ao matrimonio? - ele disse com as sobrancelhas erguidas.
- Acho que exagerei- e tinha exagerado mesmo. Esposa? Onde? Eu devia ter pensado em algo melhor.
- Pois é, só me avise para comprar uma aliança , senão ninguém acreditará nisso. - começou a rir mais descaradamente ainda.
- Por que está rindo Poncho?
- Estou rindo de você com ciúmes. Fica linda brava, já te contei isso? - ele continuou rindo e eu me mantive irritada
- Eu não estou com ciumes Alfonso, não ria. Só não acho que ela seja a mulher certa pra você - dei de ombros - Me pareceu vulgar.
Alfonso não me respondeu, me olhando fixamente com um sorriso de canto nos lábios que eu achei sexy, me despertado a vontade de beija-lo ali, mas apenas segurei o seu olhar junto ao meu, tentando não parecer estupidamente hipnotizada. Ele apoiou um dos braços na pequena mesa, erguendo seu corpo para mais perto de mim, chegando bem perto de meu rosto.
- Não? E quem seria a mulher certa pra mim Anahi? - pude sentir seu halito quente contra meu rosto de tão perto que ele estava e fiquei estática, buscando alguma reação, mas nem meu cérebro trabalhava naquele momento. Me afastei um pouco quebrando a tensão que havia tomado conta da mesa e principalmente do meu corpo.
- Eu não sei quem seria, mas ela pode ter certeza que não. - disse firme - E outra, acho que você já deve ter bebido o suficiente por agora não?
- Não bebi quase nada ainda querida. Garçom ! - ele disse calmamente ao rapaz que passou ao seu lado - Um Long Island Ice Tea para mim e ... Quer algo Anahi? - eu assenti - E um Apple Martini.
- Um LIIT e um Apple Martini, com licença.
E assim o que era para ser só meia hora antes do jantar, virou a noite toda. Eu e Poncho começamos a beber que nem dois idiotas, confesso, e eu nem sei em qual rodada estávamos mais, quem dirá ele que já havia experimentado quase todas as bebidas que lhe deu vontade.
- Annie, acho que já estou um tanto alterado e você? - ele disse rindo
- Eu também e a culpa é sua "Pancho"!
- Calada. Acha só porque ta gostosa com essa saia que pode colocar a culpa em mim agora? - ele disse zombando.
- O que? Não calo! - ignorei a parte do gostosa. Existem algumas coisas que Alfonso fala que é preciso relevar.
- Não vai me fazer te calar com um beijo Anahi.
- Sério? é só isso que você pode me dar? - eu disse irônica
- Você sabe que não. De onde vem um beijo, pode vir muito mais.
- Eu quero saber o que vem então. - sorri maliciosa e pisquei.
- Sem problemas, mas eu acho melhor subirmos. Você está péssima!
- Não - eu disse manhosa e comecei a protestar. Depois de cinco minutos e um chute por debaixo da mesa, finalmente subimos, um agarrado ao outro, mas não parecíamos bêbados. Olhando para nós dois no espelho, parecíamos até bem. Apenas um casal. Paramos cada um na porta de seu quarto.
- Boa noite Ponchito - disse com voz de bebê.
- Boa noite Annie. Sonhe comigo e a tequila. - ele disse rindo e eu entrei, mas não o escutei fechar sua porta. Ele a fechou apenas depois de um demorado minuto e a vontade já de vê-lo novamente tomou conta de mim.