[Anahi narrando]
O dia foi péssimo. Eu estava com a cabeça doendo e fiquei o fim da manha toda lendo, até que resolvi dar uma volta pelo central park, tentando me acalmar. Poncho esteve muito estranho durante o café da manha, acho que não estava passando bem.
Por mais que eu tentasse, lembrar da noite passada por completo era muito difícil. Eu nunca bebi tanto! Na verdade, nem sequer bebo muito, mas naquela noite eu devo ter experimentado com Poncho quase todo tipo de bebida que eles tinham. Espero não ter feito nenhuma besteira, ter dito algo que magoou Poncho, porque sinceramente, era só isso que vinha a minha cabeça ao lembrar do seu jeito hoje cedo no café.
Já eram 6:40 quando fui tomar meu banho. Entrei na banheira tentando relaxar e quis ficar ali para sempre, mas não podia me atrasar. Quando fui colocar meu vestido preto, que Julie havia escolhido quis mata-la. Ele era lindo, confesso, mas o achei provocante demais com aquele decote em v que não combinava nada comigo. Arrumei meu cabelo eu mesma com o secador que eles tinham, mas resolvi depois chamar o serviço do hotel. Uma moça muito gentil que trabalhava pra eles cuidou da maquiagem e fez uns cachos longos e abertos nas pontas do meu cabelo, deixando-o de lado. Estava linda por fim, tinha que admitir. Fui ao espelho no banheiro colocar o meu colar quando reparei numa mancha vermelha em meu pescoço...não parecia uma mancha e fiquei olhando-a confusa, e minha cabeça voltou a doer. Que droga! Argh! Resolvi apenas tentar cobrir com um pouco de pó. Provavelmente tinha sido um bicho que tinha me picado e ficou irritado o local.
Não mandei nenhuma mensagem, não fui no quarto, nem fiz nada sobre Alfonso, mas ele também não deu as caras, então quando deu as oito horas, desci e encontrei um carro de luxo a nossa espera. Abriram a porta para mim e quando eu entrei Poncho já estava lá dentro. Todo lindo, todo sério, sexy e convidativo naquele smolking! Oh céus, como eu quis beija-lo, mas ele não parecia muito animado, então me fechei um pouco.
Conversamos pouquíssimo no caminho. Ele perguntou do meu dia, e eu falei , e ele havia passado o dia com uma amiga e depois outro amigo dele havia se juntado a eles em uma sorveteria. No fim da tarde ele já estava de volta e dormiu. Tentei não parecer nervosa e entender o que estava acontecendo hoje para estarmos tão estranhos. e vez ou outra eu sentia seu olhar pesado em mim, anaslisando cada centimetro meu, mas tentei ignorar.
Ao chegar, flashs , jornalistas aglomerados e pessoas provavelmente da alta sociedade tomaram conta de nossa visão. Nos pararam e deram total atenção a nossa presença ali e forçávamos um sorriso enquanto Poncho dizia alguma coisa sobre seu pai e o meu.Eu estava agoniada e segurei sua mão a apertando.
- Vocês dois, são filhos dos sócios e donos da maior empresa do momento no ramo do automobilismo , isso já lhes dá uma expectativa de como serão o futuro de vocês profissionalmente, mas ao que parece, estão juntos, isso é verdade? E acha que isso poderá ajuda-los quando seus pais passarem a empresa para vocês?
Nesse momento me irei para a jornalista, e Poncho a olhou sério colocando uma mão em seu bolso, enquanto a outra segurava a minha.
- Sim, já temos noção de que algum dia, vamos ser responsáveis por um império que foi construído com muita força por dois homens de tamanha competência, e faremos o possível para que ela continue com o mesmo status e mesma importância no mercado como está hoje. Com licença - ele sorriu e me puxou para dentro da festa. Poncho adorava se exibir, por que não respondeu que estávamos juntos? "Por que vocês não estão Anahi, mas que droga!" Pelo visto essa noite vai acontecer mais coisa do que eu queria.