-Então seguimos para dentro da cabana e quando entrei, havia uma cama, a nossa frente, e velas espalhadas pelo local, com pétalas jogadas em todo canto , principalmente sob a cama, que estava com uma colcha um pouco insinuativa assim por dizer e eu olhei confusa pra Kevin.
- Kevin? O que é isto? - Ele sorriu maliciosamente e me virou , me abraçando pela cintura e colou sua testa na minha.
- É a nossa viagem de despedida não? - ele fechou os olhos - Eu estive pensando a melhor forma de causar uma lembrança perfeita desse momento e bom, já vinhamos conversando sobre isso desde sempre meu amor - ele abriu os olhos e escondeu seu rosto em meu pescoço começando a beija-lo e em seguida mordiscou minha orelha direita, passando a alternar entre os dois e eu me limitei a segurar seus braços ate que o puxei para beija-lo de forma demorada e calorosa. Eu sabia do que estava prestes a acontecer ali, sabia pois era algo que sempre cogitávamos , principalmente nas intermináveis sessões de amassos entre nós dois, mas o meu combinado era, que por eu ser totalmente avessa as regras de uma sociedade , eu iria fazer algo certo em nosso relacionamento : sexo, só com o anel na mão esquerda. Então eu o separei de mim calmamente mas ele continuou me segurando contra si pela minha cintura.
- Mas amor...eu não - ele mordia minha orelha novamente e passava uma das mãos pelas minhas costas - O combinado... - Meu Deus, eu o queria mas, não , não era assim que eu imaginava. Ele parou as caricias e olhou pra mim.
- Any, eu vou embora, não sei o quão grande será a saudade, não sei como vou viver sem seu abraço, seu beijo - ele olhava fixamente em meus olhos - Eu não sei de nada mais, mas eu sei que eu te amo, te amo como nunca amei ninguém e nem vou amar em toda minha vida. Se fosse esse o caso, eu te pediria em casamento agora, porque eu sei que você vai ser minha esposa um dia, vai ser a mãe dos meus filhos, mas você não aceitaria agora, eu te conheço, só que eu te quero, eu te preciso, preciso te fazer minha por completa, pra carregar comigo, todo o seu eu em mim enquanto eu estiver longe, e isso não é um capricho de garoto, eu juro, e sei também que você quer, que você sente o mesmo que eu. Não há mau nenhum nisso.
Eu me peguei sem saber o que falar pela segunda vez na mesma noite. Logo eu, que falo mais que um papagaio. Então ele me apertou mais forte contra si e eu não lutei mais, apenas assenti. E ele me beijou. Mas foi um beijo diferente, foi quente, foi urgente, foi fugaz, foi num ritmo maluco, com nossos corpos colados, nos esquentando, e eu sentia que estava corada, certeza,mas não conseguia, não queria parar o beijo, nunca! Então ele foi me puxando para a cama insinuativa que nomeei de "deite, faça algumas besteiras" e ele me deitou nela, logo subindo por cima de mim,com o beijo mais acerelado então ele começou a passar as mãos numa das minhas coxas, parando e apertando-a logo em seguida, e puxou minha perna mais para si enquanto dava um chupão no meu colo, em meu pescoço em seguida e eu só conseguia arranhar suas costas, apertar seus bíceps e alternando minhas mãos em seus cabelos e dando pequenos beijos quando se virava pra mim, então desci meus braços até o seu peito e comecei a desabotoar sua camisa, rápida e urgente e ele ergueu seu rosto novamente e me beijou , só que depois desceu umas das mãos até a minha intimidade e começou a passear seus dedos por lá e eu já estava completamente exitada, e ele também, pois eu pude sentir sua ereção por cima de seu calção de tecido fino. Eu o queria, muito e o pressionava contra mim, o apertava , o arranhava, o beijava onde conseguia até que ele com sua outra mão foi descendo uma alça do vestido, logo depois a outra e parou olhando para os meus seios, ainda cobertos por um sutiã tomara que caia e eu corei, mas não estava muito lucida do que estava fazendo, e quando a sua mão livre tocou um deles, já se preparando para o momento de arrancar o sutiã uma voz gritou na minha mente. "Any, não, voce não quer isso. Não agora. Isso acabaria com parte do sonho" e então eu consegui forças e puxei a mão de Kevin, fazendo o parar com tudo o que fazia. Ele me encarou por uns segundos e eu me virei por cima e levantei da cama, já apenas de calcinha e sutiã.
- O que foi meu amor? O que aconteceu? - Kevin ficou de joelhos na cama, me observando de pé no canto. Eu fitava o chão, envergonhada.
- Isso não pode acontecer Kevin. - eu disse baixo, mas ele conseguiu ouvir.
- O que? - eu tom sobressaiu, mas não era um tom de quem estava nervoso, apenas confuso. Ele se levantou , parando na minha frente, erguendo meu queixo para que eu o olhasse. - Meu amor, o que aconteceu? Me fala! Por que não?
- Eu não posso Kevin - e uma lágrima escorreu do meu rosto - Não pode ser assim. Eu não quero fazer isso, quer dizer, eu quero, mas não dessa forma. - e mais lagrimas silenciosas caiam sobre meu rosto enquanto Kevin mantinham os olhos fixados em mim, ainda confuso - Você vai embora, você ... voce vai me deixar ... eu não quero assim. Eu te quero aqui, eu não quero uma noite pra lembrança... Eu quero uma noite que inaugure o resto das outras várias noites da nossa vida até o fim de tudo. Quero uma noite que sele o que vai ser dito em um altar. Quero que seja como sonho desde muito tempo - e eu chorava mais e mais então Kevin me apertou em um abraço que mostrava que ele entendia tudo.
- Eu sei meu bem, eu só pensei que... bom, que as circunstancias mudariam os fatos. Você não aceitaria um casamento agora né? Ou aceitaria? Porque se quiser eu...
Eu sorri entre as lágrimas.
- Não, você sabe que não. Ai Kevin, por favor, ta muito embaraçoso, to estragando tudo, por favor, só diz que tudo bem, que a gente pode ir dormir, não quero mais falar disso. Me perdoa.
Ele ficou em silencio enquanto as lagrimas cessavam comigo aninhada em seu peito, ele respondeu.
- Olha, ta tudo bem. Eu te amo, só queria que fosse especial, mas não muda nada. Eu vou me casar com você algum dia, isso tudo pode esperar, eu juro. Ta tudo bem. - ele beijou meus cabelos e me apertou mais e ficamos assim por uns segundos até que ele me chamou calmamente.
- Vem, vamos dormir- Ele se soltou do meu abraço e pegou minha mão indo em direção a cama e eu travei. - Calma Any, só dormir prometo. Vem! - eu fui, mas antes ele me apontou o pijama em cima duma comoda, era o meu. Eu coloquei e me juntei a ele que estava apenas de bermuda, deitado , me esperando. Eu fui e me virei contraria a ele. Ele tocou meu ombro.
- Podemos ao menos dormir juntinhos? - eu virei meu rosto pra ele e sorri, e então o beijei calmamente, um beijo doce e simples.
- Tudo bem - selinho - Me perdoa ta?
Ele fez aquela cara protetora dele que me matava, me olhando tão ternamente daquele jeito.
- Eu te amo Any, passou. Agora vem pra cá, quero cuidar de você. - Eu fui e ele beijou minha cabeça, me virei e deitei com suas mãos pousadas sob minha barriga.
- Também te amo. - Sussurrei e logo adormecemos.