Fanfic: Entorpecida | Tema: Original, adolescentes, depressão,drogas, bebidas alcólicas...

 -Emma, venha jantar. Já chamei 2 vezes, não queira  que eu chame a terceira vez! - falou minha mãe pela décima vez.

 -Você me chamou umas 11 vezes, mãe - gritei, revirando os olhos.

 Eu não estava com fome alguma.

 Eu simplismente queria ficar no meu quarto, com meus fones de ouvidos no volume máximo.

 Faz tempo que eu não tinha paz...

 Para ser sincera, acho que nunca tive.

 Uma batida na porta me fez saltar da cama.

 - Emma, você precisa comer.

 - Não estou com apetite. AGORA SAI DAQUI E ME DEIXA EM PAZ -falei bem alto, quase gritando. Fiqueide frente a porta e a toquei. Fiquei passado os dedos pela madeira branca cheia de manchas e arranhados. Essa porta me fazia lembrar tantas coisas desagradáveis...

 Ouvi um suspiro e barulho de passos.

 Acho que ela finalmente desistiu, pensei.

  Mais tarde, quando minha mãe e o retardado do meu padrasto, o Will, estavam dormindo, sai o mais silenciosamente do meu quarto para a cozinha.   

  Peguei um copo d` água e uma maçã. Era apenas isso que eu conaeguia comer em um dia inteiro. As vezes eu comia mais um pouco, mas quando a situação piorava eu não comia nada.

  Saí de casa o mais silenciosamente possivel e segui em direção ao fim da rua. Lá ficava um parque que eu frequentava desde pequena.

 Sentei em um dos bancos de madeira e olhei em volta. Não tinha ninguém - já que era mais ou menos 1:00 da manhã. O que era muito agradável ficar aqui sozinha, sem o barulho alto de crianças gritando e gargalhando enquanto seus pais gritavam coisas como: "Não corra assim, você pode cair e se machucar!"

  Mas agora, tarde da noite, era possivel apreciar o silencio da madrugada, o vento frio contra a pele, fazendo os pelos dos braços se arrepiarem.

  Andei para um dos balanços e comecei a me balançar. E de repente eu estava em uma memória dos meus dias felizes, em que eu não tinha que me preocupar com nada, a não ser com o que seria o jantat pu que filme passaria na TV.

 Meu pai costumava me balançar nesse balanço enquanto eu gritava: " Mais alto, mais alto!" e gargalhávamos enquanto mamãe ficava preocupada pensando que eu iria cair e machucar feio.

 Lágrimas correm por minhas bochechas. Oh, pai, como sinto suq falta...

 Tudo que eu tinha simplismente desapareceu em fração de segundos. Toda a alegria e inocencia foram deixadas pra trás e substituidas pelo que eu sei agora.