Fanfic: Stripped (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
Os lábios de papai caem em horror. — Anahí, você não sabe o que está dizendo. Você está chateada. É compreensível, mas você não pode dizer essas coisas.
Eu quero gritar em frustração. — Papai, sim, eu estou chateada, mas eu sei exatamente o que estou dizendo. Isso é uma coisa que eu queria dizer há anos. Só não disse antes porque não queria aborrecer a mamãe. Eu não quero brigar. Sou basicamente uma adulta agora, e eu... eu não tenho mais nada a perder.
— Anahí, você tem dezoito anos. Você acha que você é adulta, mas não é. Você nunca trabalhou um dia em sua vida. Suas roupas, suas manicures, as aulas de dança, tudo, tudo pago pela generosidade da congregação... A igreja que eu construí sozinho.
Comecei com seis pessoas na parte de trás de um restaurante em 1975. Você não duraria um dia por conta própria.
Coisa errada a dizer.
— Vamos ver se não. — Eu pego minha mala e estendo o punho, puxo a mala sobre suas rodas, grunhindo como o peso que quase me tomba.
Papai se move em frente da porta. — Você não está indo embora, Anahí.
— Saia do caminho, papai.
— Não. — Ele cruza os braços sobre o peito.
Ponho a mala na posição vertical e esfrego a testa com as costas de meu pulso. — Apenas me deixe ir.
— Não. — Ele parece inchar, tomando força para me desafiar. — Você não está indo para a Babilônia. Los Angeles é a casa de... de... prostitutas e homossexuais. Você não vai lá. Você não está indo embora.
— Papai, seja razoável. — Eu tento o método de persuasão. —Por favor. Você sabe que eu queria isso antes de Mama ficar doente.
— Você não vai e ponto final.
Eu grito em seguida, um uivo furioso. — Deus. Você é um filho da puta teimoso! — Eu quero chocá-lo com a minha vulgaridade, eu não gosto de palavrões, mas quero fazê-lo ficar com raiva. — Basta sair do meu caminho!
Eu o empurro e ele se move. Eu sou uma garota alta, forte por causa da dança. Ele tropeça para o lado e eu escancaro a porta com tanta força que ela bate na parede, quebra o gesso e derruba um retrato de mamãe e papai quando eles eram jovens, antes de mim.
Ele pega o quadro da porta da frente aberta, e o aperta contra ele. — Anahí... por favor. Não me deixe.
Eu quero amá-lo. Eu quero que ele seja o pai que eu preciso, o tipo que me abraça e me segura. O tipo que me conforta. Minha mãe, sua esposa, está morta. Nós dois perdemos. Mas em vez de nos unir, isto nos quebra.
Devin está lá horrorizada, do lado de fora da porta. Ela pega a minha mala e corre para o carro, ergue a mala preta pesada e a põe no carro. Sigo atrás dela, parando quando estou na porta aberta, entro e olho de volta para o meu pai sobre o tecido azul do teto conversível. Ele fica na porta, parecendo perdido. Eu quase volto.
Quase.
— Adeus, papai. — É a última tentativa.
Ele dá um passo em minha direção, endurecendo seus olhos. —Anahí, por favor. Não nos quebre assim. Não faça isso com a gente.
— Como você pode virar o jogo para mim desse jeito? Eu não estou indo embora para sempre. Estou indo para a faculdade, papai. Eu... Eu só estou fazendo o que é certo para mim. Por favor, tente entender.
— Se você deixar esta casa, você já fez a sua escolha. Se você sair, você vai deliberadamente escolher o pecado.
— Não é pecado! É a minha vida. Por que você não pode ser razoável?
Ele cerra os punhos, endireita as costas. — Eu estou sendo razoável. Volte e vamos discutir as suas opções.
— Tenho que ir, pai. Eu tenho. — volto, fico na frente dele. — Eu te amo. Sei... eu sei que temos nossas diferenças, mas... Eu te amo.
— Você vai ficar, então? — Ele pega a minha mão, a dureza em seu olhar suavizando ligeiramente. Puxo minha mão.
— Não. Eu tenho que ir.
— Então, você já fez a sua escolha. Adeus, Anahí. — Ele se afasta de mim e fecha a porta sem olhar para trás.
E assim, eu estou sozinha no mundo.
Eu vou para o funeral. Claro que sim. Devin me leva. Ela segura minha mão, envolve seu minúsculo braço em volta da minha cintura, e me segura quando baixam o caixão no chão. Durante a celebração me sento com Devin, longe do meu pai. Ele não olha para mim. Nem uma vez. Ele parece tão forte, como se ele fosse um dos pilares da fé divina e perfeita. Eu o odeio.
Eu choro novamente. Pensei que eu ia perder todas as minhas lágrimas, mas elas nunca param de sair. Eu puxo minha câmera flip da minha bolsa e filmo a primeira pá de terra atingir o topo em madeira de carvalho do caixão de Mama. Pessoas engasgam com minha ousadia. Eu não me importo. É a última cena de seu filme, a gravação final da vida de Leanne Beth Portilla.
Quando tudo acabou, eu me agarro ao braço de Devin e tento respirar enquanto nós escolhemos o nosso caminho cuidadosamente através da grama e entre as lápides. Meus saltos fincam no chão molhado de uma chuva recente.
— Anahí, espere! — Eu ouço a voz do meu pai.
Eu paro e viro. Concordo com a cabeça para Dev, assim ela continua até seu carro. Eu espero por papai correr até mim. Ele está lutando contra as lágrimas enquanto para a minha frente.
Ele limpa o rosto com a palma da mão. — Eu odeio a maneira como as coisas estão. Você é tudo que me resta.
Seus pais morreram quando eu tinha nove anos, e os pais de Mama morreram antes de eu nascer. Ele é tudo que eu tenho também. — Eu odeio a maneira como as coisas estão também, papai.
— Então você vai ficar? — Ele soa tão esperançoso.
Eu rio/choro. — Não, eu não vou ficar. Eu poderia ficar se você pudesse me aceitar como eu sou. Apoiar as minhas decisões, mesmo que você não concorde com elas.
— Você realmente vai se mudar para Los Angeles, eu querendo ou não?
— Sim, papai. Estou indo para Los Angeles, não importa o quê. Você é o meu pai, e eu quero te amar. Eu quero ter um relacionamento com você. Mas se você não consegue entender que eu vou viver a minha vida do meu jeito, por que se preocupar? Você nunca me entendeu e nunca quis tentar. Você nunca aprovou qualquer coisa que eu faça, qualquer coisa que eu gosto. Você não entende por que eu danço. Você não entende por que eu quero fazer filmes. E o pior é que você não tenta entender. — Eu mudo minha bolsa no meu ombro e encontro seus olhos, suplicando-lhe uma última vez.
Ele só olha para mim. — Anahí, não podemos nos comprometer um pouco?
— Nos comprometer como? Quer que eu desista da escola de cinema para fazer você feliz?
Ele revira os ombros em dá um meio-encolher de ombros. — Bem... não desistir do que você quer, apenas me encontrar no meio.
— Não há meio-termo nisso, papai. Vou, de uma maneira ou de outra. Não termos uma relação quando eu for, é com você. Nosso relacionamento é com você.
Seus olhos endurecem, e mexe as mãos no bolso. — Tudo bem, então. Seja um pródigo.
Eu rio. — Deus, você é tão dramático. Eu não sou um filho pródigo, eu estou fazendo o que é certo para mim.
Você simplesmente não pode aceitar isso. — Eu endireito as costas e endureço meu coração. — Adeus, papai.
— Adeus, Anahí.
Nenhum de nós diz ‗Eu te amo‘. Não há abraços. Esperava que ele mudasse de ideia. Ele não faz. Eu me viro então, entro no carro de Devin, no banco passageiro.
Devin pergunta: — Você está...
— Estou bem. — aperto meu queixo para não chorar de novo.
— Bem, isso é uma besteira, mas se isso te ajuda. — Devin olha para mim, os olhos preocupados.
— Ele não... ele só não consegue perder o controle. Nunca vai conseguir. — esfrego os olhos com as palmas das minhas mãos, tentando afastar a ardência. — Ele não vai aceitar o que eu quero fazer, e eu não vou deixá-lo ditar minha vida.
As lágrimas vêm em seguida. Eu não posso segurar. Apenas algumas escorrem, e eu não me incomodo de limpar. Eu não me importo se minha maquiagem está borrando.
— E agora? — Devin pergunta.
Eu dou de ombros. — Agora? Eu vou para L.A.
— Sozinha?
Concordo com a cabeça. — Eu acho que sim.
O resto da viagem para a casa de Devin é tranquila. Ela não sabe o que dizer, e nem eu.
Devin me leva até o portão de segurança no aeroporto. Tudo o que tenho se encaixa em uma mala e uma mochila, que foram verificadas por dentro. Eu voei apenas uma vez antes, há dois anos, para a minha doce viagem de dezesseis para Nova York com Mama. Ela me ajudou com o processo. Eu abraço Devin, digo-lhe adeus. Estou sozinha agora.
Viro-me e aceno uma última vez para Devin, e depois me concentro na segurança. Um homem mais velho com óculos de lentes grossas está sentado em uma mesa, a camisa do uniforme azul brilhante. Na minha mão eu tenho o cartão de embarque impresso pelo pai de Devin para mim.
— Carteira de motorista? — ele diz, sem olhar para mim.
Eu vasculho minha bolsa, encontro a minha licença, e a mostro para ele. Ele olha para mim, para a identidade, rabisca algo no meu cartão de embarque, e , em seguida, me manda seguir. Ao meu redor , as pessoas parecem saber o que estão fazendo. Eu não. Eu assisto a mulher antes de mim sair de seus saltos, puxar um laptop preto grosso de sua bagagem de mão e colocar isso em um recipiente branco. Em outro recepiente separado passa a bolsa, carteira, cartão de embarque, e sapatos. Eu sigo o exemplo dela, saindo de minhas sapatilhas de dança e as coloco em um recipiente com meus outros pertences. Eu espero a minha vez de entrar em uma coisa que se parece com algo de Star Trek, uma parede girando em uma caixa de vidro circular.
Disseram-me para levantar os braços acima da minha cabeça, e a máquina girou em torno de mim .
E se eles quiserem me revistar? Eu não tenho nada a esconder, mas eu estou ansiosa mesmo assim. Eles me passam sem um segundo olhar, e eu recupero minhas coisas. Todo o processo parece... embaraçoso, estranhamente íntimo. Empresários de terno caminham vestindo meias, as mulheres com os pés descalços, fazendo malabarismo com seus pertences e tentam juntar suas coisas, e ao mesmo tempo, homens e as mulheres com uniformes da Segurança os assistem apaticamente, gritando instruções e olhando para todos.
Acho meu portão de embarque depois de passar por livrarias, lojas duty-free, restaurantes e grupos de viajantes com mochilas e fones de ouvido, rolando a bagagem de mão com os punhos estendidos. Todo mundo está com outra pessoa. Eu vejo um outro viajante solitário no meu portão, um homem na casa dos trinta, com um cavanhaque cuidadosamente aparado e uma maleta de aparência cara. Ele tem três telefones celulares em seu cinto e o casaco do terno caído sobre seu braço, e está lendo um New York Times precisamente dobrado.
Ele olha para mim, mas logo me ignora. Ninguém mais parece me ver.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Pessoal comentem o que estão achando da fic por favor preciso saber se eu continuo ou excluo a fic. Essa estoria é mto boa
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
franmarmentini Postado em 25/07/2014 - 09:23:22
to muito triste que acabou :/ essa foi uma das melhores histórias que eu já li ;) bjussssssss
-
edlacamila Postado em 25/07/2014 - 00:09:23
Aaaaaaaain epilogo? Cm assim? Mds nn tava preparada pro fim :'( aaaaaaaaaain foi pft do começo ao fim *-*
-
edlacamila Postado em 24/07/2014 - 12:42:02
Eita q o ponchito adorooooooou esse presenteeeeeee <3 postaaaaaaaaaa <3 nn quero o fimmmmmmmmm :'(
-
edlacamila Postado em 23/07/2014 - 01:08:42
Acho q o ponchito ta amando os presentes da anny :3 postaaaaaa <3 nn to preparada pro fim :/
-
franmarmentini Postado em 22/07/2014 - 23:59:37
uallllllll
-
franmarmentini Postado em 22/07/2014 - 09:09:51
como vc para bem agora...quer me matarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
-
edlacamila Postado em 22/07/2014 - 00:04:27
Cm para ai??????????????? Mds vou infartar e o Alfonso tmb postaaaaaaaaa <3
-
franmarmentini Postado em 21/07/2014 - 08:49:17
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai any santo deus vc me mata de tanto rir...
-
edlacamila Postado em 21/07/2014 - 01:14:27
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ANNY BEBADA Q TUDOOOOO KKKKKKKKKKKKK Posta maaaaaaaaais <3
-
franmarmentini Postado em 20/07/2014 - 10:03:28
amo demais essa fic* não queria que terminasse :( poncho é maravilhoso pra any...os dois se fazem tão bem...o amor deles é maravilhoso ;)