Fanfic: Stripped (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
Eu chego em casa depois das três da manhã, então eu não tenho tempo para voltar para os arquivos do projeto antes das aulas no dia seguinte. Minha primeira aula é às oito, e já que eu tenho que estar no escritório da Fourth Dimension imediatamente depois da aula, visto minha roupa de trabalho antes de eu sair do dormitório. Não há tempo entre as aulas para nada, mas me apresso para a próxima aula. Eu nem sequer tenho tempo para almoçar, como a maioria dos dias. Desde o momento que deixo a minha aula de História da Europa desde 1700, meu estômago fica rosnando por horas. Eu carrego minha mochila cheia de livros e cadernos, lanço a minha bolsa no meu corpo, e ando em meus saltos de oito centrímetos para o ponto de ônibus.
Meu estômago está uma bagunça, agitando e rosnando, entre fome e náuseas. Hoje é o primeiro dia que a equipe da Fourth Dimension se encontrará com o elenco do filme. O projeto passou por desenvolvimento e pré-produção, e agora estamos nos preparando para começar realmente a filmagem. Eu não sei o que esperar. Eu deveria, mas não sei. Eu deveria ter todos os aspectos do projeto memorizados agora, mas eu nem mesmo sei quem é o líder. Estou nervosa, animada, e com medo. Nas minhas aulas de cinema eu já passei por todo o processo de fazer cinema em miniatura, desde o desenvolvimento de som e elétrica, câmera de audições até a pós-produção. Mas isso tudo foi em maquetes na aula. Isto é real. Eu vou trabalhar com um ator de verdade, ser praticamente uma assistente pessoal dele e vários outros requisitos.
O estacionamento da Fourth Dimension está cheio de carros caros. Há uma Ferrari, um Bentley, uma limusine, e uma variedade de Mercedes e BMW. E então, na parte de trás, está um carro esportivo de prata-cromado que é quase um espelho. O carro parece que vale mais do que todos os outros carros no estacionamento juntos, embora eu não poderia dizer de que marca é. E aqui estou eu, chegando a pé da parada de ônibus.
Eu entro no banheiro feminino antes de ir para a sala de conferência. Eu trouxe uma nova blusa para trocar, sabendo que eu iria suar com o que estou vestindo. Coloco desodorante, minha blusa nova, retoco a maquiagem e arrumo meu cabelo. Eu estou vestida com minha roupa mais conservadora. É uma saia de linho cinza claro que vai até o tornozelo, um par de sapatos de salto pretos, e uma blusa branca não reveladora. Eu pareço profissional, como uma empresária. Não há um nada sexy na minha aparência, e isso é exatamente como eu quero.
Eu pego o elevador e sigo o som de vozes para a sala de conferência. A reunião está em pleno andamento, mas Kaz sabe que eu venho direito da aula. Faço uma pausa fora da porta, fora da vista, e tomo uma respiração profunda, seguro o ar e conto até dez. Através dessa porta sentam alguns dos homens e mulheres mais poderosos e influentes de Hollywood. E depois vem eu, a filha problemática de um pastor da Georgia, uma estudante de cinema cursando o seu caminho na faculdade.
Eu não sei por que este pensamento me atinge agora. Ninguém sabe o que eu faço. Lizzie mal reconhece a minha presença, Kaz acha que trabalho em um bar (que é uma espécie de verdade), e não há ninguém que se importa. Eu não sou amiga de qualquer um dos meus colegas de classe. Devin está ocupada com a sua própria vida em Auburn, e meu pai não quer saber se eu estou viva. É melhor assim. Eu não estou sozinha, eu estou muito ocupada para os amigos.
Então, por que eu pisco evitando o borrão, o sal molhado em meus olhos? O tapete bege liso sob meus pés se movimenta.
Respirações profundas, longas e lentas, e firmeza. Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso.
Eu pisco forte, cavo um lenço de papel da bolsa, e enxugo os olhos, em seguida, verifico a minha maquiagem em um espelho compacto.
Eu empurro a porta, com um sorriso apertado no meu rosto. Uma dúzia de cabeças se volta para mim. Kaz sorri para mim de seu lugar na cabeceira da mesa oval de comprimento e com um aceno me indica a mesa. Ele aponta para eu sentar em uma cadeira vazia. Estou muito nervosa para registrar quem está na sala. Eu tomo o assento e me concentro em respirar. Ouço Kaz falando no meu ouvido, e percebo que ele está me apresentando. Perco vários nomes, mas eu sei a maioria deles. Eu reconheço Bill Henderson, o diretor de áudio; Francine James, a diretora de elenco; Ollie Muniz, o diretor da unidade. Alguns outros nomes, eu perco, mas está listado nos arquivos. Eu forço minha atenção em Kaz.
—... Erskine, nosso diretor. Atrás de você, Anahí, é Rose Garret, que será Scarlett. Ao lado de Rose é Carrie Dawes, fazendo Melanie. Armand Larochelle à sua esquerda, que será Ashley Wilkes... — Minha respiração pega dolorosamente no meu peito quando eu ouço o nome de Armand. Ele está me olhando atentamente, um pequeno sorriso em seus lábios. Mas Kaz não terminou com as apresentações ainda. — E, por último, mas não menos importante, na cabeceira da mesa é Alfonso Herrera, que tem o papel de Rhett.
Estou tonta, o mundo está girando, meu coração arrebentando no meu peito. Não. De jeito nenhum. Eu forço meus olhos até Alfonso. Seu rosto está vazio e cuidadosamente inexpressivo, mas sua boca está voltada para baixo um pouco, apertado nos cantos.
Kaz está claramente alheio à tensão súbita. — Eu tenho certeza que você está familiarizada com o trabalho de Alfonso, Anahí. Você vai ser sua assistente durante o filme. Qualquer coisa que ele precisar, você irá proporcionar. Qualquer coisa. — Os olhos de Kaz estalam nos meus, e me obrigo a respirar antes que eu desmaie. Kaz aborda Alfonso. — Anahí é a melhor estagiária que eu já tive, Sr. Herrera. Tenho total confiança em suas habilidades.
Alfonso esfrega o lábio superior com o dedo. — Anahí, não é? Você tem um sobrenome, Senhorita Anahí?
Eu engulo em seco. — Sou... Portilla. Anahí Portilla.
Estou a dois assentos de distância de Alfonso, mas parecemos ser as duas únicas pessoas na sala. Ele está me olhando atentamente, como se pudesse ver os meus segredos através dos meus olhos. Só que, ele já sabe o meu segredo.
Eu relembro a noite anterior, o seu olhar quente no meu, suas mãos na minha pele, os olhos investigando o meu corpo nu. Eu sinto seus lábios contra os meus. Eu tropeço em meus pés e me encaminho para a porta.
— Desculpe-me, — eu murmuro para Kaz. — Eu não estou... Eu não estou me sentindo bem. Alguma coisa... que eu comi. — coloco minha mão sobre a minha boca e corro para o banheiro feminino, onde me curvo em um vaso sanitário e vomito, uma inundação ácida que queima.
Isso não pode estar acontecendo. Não é real. Eu sei que é fato que Kaz vai me demitir num piscar de olhos, se descobrir que eu sou uma stripper. Eu o vi demitir uma secretária-assistente quando ele descobriu que ela tinha feito striptease na faculdade. Ele a demitiu, não por ter sido uma stripper, mas por ter mentido sobre isso. Eu menti sobre isso. Não diretamente, mas por omissão. É o suficiente. Eu não posso trabalhar com Alfonso. Agora não. Ele sabe o meu segredo. Ele tem poder sobre mim.
Não importa tudo isso. Alfonso é mesmo o problema. A maneira como ele olha para mim, do jeito que ele me toca. Mesmo no ambiente de negócios em público na sala de conferências, seus olhos ardiam nos meus, mercúrio cinza e hipnótico. Sua mera presença faz o meu sangue correr e meu corpo tremer.
Eu ouvi a porta do banheiro abrir e um par de saltos andar em todo o azulejo. Carrie Dawes empurra a porta do box aberta e toca minhas costas, em seguida, afasta meu cabelo.
— Anahí? Você está bem? — Carrie é jovem e bonita, com o cabelo naturalmente vermelho e pele clara, e ela ganhou muita atenção recentemente por seus papéis principais em alguns dos filmes dramáticos de melhor avaliação dos últimos três anos.
Concordo com a cabeça e me forço a ficar de pé. — Sim, eu estou bem. — Eu limpo minha boca e passo por Carrie em direção à pia. — Obrigada. Algo que eu comi não me fez bem.
Carrie se inclina para trás contra o balcão, e eu a vejo em dúvida. — Uh-huh. Parece que você viu um fantasma.
— Eu tive uma noite longa e alguns alimentos ruins. Estou bem. — tenho uma garrafa de enxaguante bucal na minha bolsa, e eu lavo a boca com ele.
Carrie revira os olhos. — Se você diz. — Ela sai, então, e eu estou sozinha mais uma vez.
Ligo a torneira e molho as minhas mãos em concha sob a água fria, enxáguo a boca e cuspo várias vezes para tirar o gosto de bile da minha boca. Retoco meu lábio manchado quando a porta do banheiro se abre. Alfonso passa pela porta, e eu não posso respirar de novo. Ele está vestido com calça de brim azul escura e uma blusa cinza apertada que parece mais suave do que nuvens. Seu cabelo escuro está artisticamente despenteado, e uma sombra de barba cobre o queixo áspero. Seus olhos combinam com sua camisa, a cor de um céu nublado. Ele não para e atravessa o banheiro para ficar apenas a um centímetro de distância.
Eu não posso encontrar seus olhos. Minhas bochechas se sentem como se tivessem sido incendiadas. — Sr. Herrera. O que posso fazer por você?
— Você pode se explicar. — Sua voz é como um terremoto sentido a quilômetros de distância, um ruído surdo.
Eu me afasto para longe dele, mas eu ainda posso sentir o calor que emana do seu corpo, duro, enorme, como se ele fosse uma fornalha. Eu dou de ombros, giro um ombro. — Não há nada para explicar, senhor.
— Pare com isso. Mesmo se você fosse apenas uma estagiária-assistente, não me chame de senhor. Como você chegou aqui?
— Eu tomei um ônibus.
Alfonso grunhe em irritação e esfrega as mãos sobre o rosto. —Não seja estúpida.
Tento respirar, mas eu não posso. Eu vejo o seu reflexo no espelho, e a realidade ofuscante de sua presença na minha frente. Ele é muito lindo para palavras. Muito homem para ser real. Suas bochechas são altas e afiadas, sua mandíbula é como uma escultura de mármore. Seus braços são grossos, longos e ondulados com músculos. A camisa é uma segunda pele sobre os músculos. A calça jeans recebe as coxas e o traseiro, e eu simplesmente não posso olhar para longe dele. Eu fecho meus olhos e tento respirar. Estou enjoada novamente.
— Eu vou fazer isso ser fácil. — Alfonso diz. — Você estava no clube na noite passada. Você é a Gracie. Agora você está aqui, e você é Anahí.
Sinto uma onda de pânico, e ela sai como raiva. — Não há nada para explicar! Você já sabe de tudo, não é? Você viu o que eu faço. Que mais você quer que eu diga?
Eu me afasto do balcão, mas os meus pés deslizam. E eu não gosto. Braços fortes me pegam e me seguram, me colocam de pé.
— Não me toque. — eu agarro, empurrando para longe dele.
— Anahí, está tudo bem. Eu não me importo.
— Não está tudo bem. Eu me importo. — Eu estou encarando a porta, com Alfonso atrás de mim.
Seus dedos tocam meu ombro e facilmente me giram. Eu abaixo minha cabeça para evitar seus olhos, porque seu olhar é muito objetivo, parecem saber tudo. Apenas o toque de seus dedos no meu ombro é suficiente para deixar o meu coração batendo. Eu estava saindo, eu estava indo para fora, mas eu não posso me mover.
Eu não posso me afastar. Ele está me sugando para a órbita de sua intensidade. Seu toque é uma correnteza.
Ele me suga. É um catalisador, acendendo o fogo de necessidade. Eu preciso. Dele, do seu toque, algo assim. Qualquer coisa. Eu nem ao menos sei. Só ele.
Eu entro em pânico e corro para longe dele. — Eu tenho que ir.
— Para onde?
— Embora. Eu não sei. — Eu escancaro a porta, mas sua mão pega meu pulso e me para. Eu reclamo que me solte. — Eu disse, não me toque! Isso não vai funcionar, Sr. Herrera. Pedirei para Kaz... Quero dizer, o Sr. Kazantzidis, atribuir outro estagiário para você.
— Eu acho que não.
Eu não respondo. Argumentar é inútil. Não posso fazer isso. Ele é demais. Ele sabe. Trabalhar com ele profissionalmente, quando ele sabe o que eu sou... não. Eu não posso.
Volto para a sala de conferências, e todo mundo pergunta se eu estou bem. — Estou bem. — eu digo. — Kaz, podemos ter uma palavra em particular?
Ele franze a testa, mas acompanha-me ao seu escritório. Sento-me na cadeira de couro profundo na frente de sua mesa e espero que ele se sente. — Está tudo bem, Anahí?
Balancei minha cabeça em uma negativa. — Não, senhor. Eu... Eu não posso aceitar esta missão.
— Anahí, eu não entendo. Isso é de vital importância. Isso é potencialmente o maior filme que o estúdio já trabalhou. Poderia arrecadar bilhões. Qual é o problema?
Eu não sei o que dizer, como explicar sem explicar tudo. — Eu só... Eu não posso trabalhar com Alfonso Herrera.
Kaz se recosta na cadeira. — Deus. Eu estava me perguntando se isso seria um problema. — Ele suspira e mexe com sua caneta, girando-a em entre seus dedos. — Eu sei que Alfonso tem uma certa... reputação. Mas tenho certeza de que o seu tempo longe de Hollywood o amadureceu.
Eu não tenho nenhuma ideia do que ele está falando no começo, mas depois eu lembro de ter lido uma série de artigos em várias revistas sobre Dawson. Ele tinha uma reputação como um festeiro e playboy mulherengo. Houve um escândalo envolvendo uma assistente casada, e depois outro com uma atriz famosa, também já casada. E nem se fala no desfile interminável de namoradas com que ele tinha sido fotografado. Ele tinha uma mulher diferente em seu braço em cada fotografia, várias das quais venderam histórias para a mídia sobre suas predileções no quarto. Ele gostava de sexo selvagem, de acordo com as histórias. E muito. Os escândalos montavam e giravam em torno dele como um furacão, mas apesar de tudo ele continuava atuando, e cada papel era melhor que o anterior, por isso ele continuou ganhando papéis. Em seguida, houve uma acusação de estupro, e foi quando Alfonso desapareceu dos olhos do público nos últimos anos. Este papel de Rhett Butler vai ser seu grande retorno, o ‗começar de novo‘ da sua carreira e sua imagem.
— Ele deu em cima de você? — Kaz pergunta.
Eu quero dizer que sim. Quero colocar a culpa toda em Alfonso, deixar sua reputação vencer a luta para mim.
Mas eu não posso. Eu balancei minha cabeça. — Não, não é isso.
— Bem, então, eu confesso que não entendo. Qual é o problema?
Estou à beira das lágrimas. Eu respiro e tento me concentrar. — É... eu não posso, Kaz. Sinto muito. Eu só... não posso.
Kaz aperta a ponta de seu nariz. — Anahí, eu gosto de você. Você é trabalhadora, é inteligente e realmente parece amar tudo isso.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Quero contratá-la em tempo integral. Eu realmente quero. Acho que você poderia ir longe. Mas... se você recusar isso, minhas mãos estão atadas, a menos que tenha as acusações contra Alfonso, você precisa fazer isso. Esta é a maior oportunidade de sua vida. Poderia fazer a sua carreira, mas se não fizer, vai q ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
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franmarmentini Postado em 25/07/2014 - 09:23:22
to muito triste que acabou :/ essa foi uma das melhores histórias que eu já li ;) bjussssssss
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edlacamila Postado em 25/07/2014 - 00:09:23
Aaaaaaaain epilogo? Cm assim? Mds nn tava preparada pro fim :'( aaaaaaaaaain foi pft do começo ao fim *-*
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edlacamila Postado em 24/07/2014 - 12:42:02
Eita q o ponchito adorooooooou esse presenteeeeeee <3 postaaaaaaaaaa <3 nn quero o fimmmmmmmmm :'(
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edlacamila Postado em 23/07/2014 - 01:08:42
Acho q o ponchito ta amando os presentes da anny :3 postaaaaaa <3 nn to preparada pro fim :/
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franmarmentini Postado em 22/07/2014 - 23:59:37
uallllllll
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franmarmentini Postado em 22/07/2014 - 09:09:51
como vc para bem agora...quer me matarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
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edlacamila Postado em 22/07/2014 - 00:04:27
Cm para ai??????????????? Mds vou infartar e o Alfonso tmb postaaaaaaaaa <3
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franmarmentini Postado em 21/07/2014 - 08:49:17
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai any santo deus vc me mata de tanto rir...
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edlacamila Postado em 21/07/2014 - 01:14:27
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ANNY BEBADA Q TUDOOOOO KKKKKKKKKKKKK Posta maaaaaaaaais <3
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franmarmentini Postado em 20/07/2014 - 10:03:28
amo demais essa fic* não queria que terminasse :( poncho é maravilhoso pra any...os dois se fazem tão bem...o amor deles é maravilhoso ;)