Fanfics Brasil - 23 - Editado Stripped (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Stripped (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 23 - Editado

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Quero contratá-la em tempo integral. Eu realmente quero. Acho que você poderia ir longe. Mas... se você recusar isso, minhas mãos estão atadas, a menos que tenha as acusações contra Alfonso, você precisa fazer isso. Esta é a maior oportunidade de sua vida. Poderia fazer a sua carreira, mas se não fizer, vai quebrá-la. Estou sendo honesto com você.


Eu não choro, então, algumas lágrimas vazam. — Eu entendo.


— Por que você não vai para casa e pensa sobre isso?


Concordo com a cabeça. — Eu vou, senhor. Obrigada.


Levantando nos pés instáveis, deixo seu escritório, pego o elevador descendo, e ando duas quadras e meia até o ponto de ônibus. Eu não percebi que ele estava atrás de mim, até que fosse tarde demais.


— Onde você está indo? — Sua voz está bem atrás de mim, intimamente zumbindo no meu ouvido.


Eu pulo, e então curvo para a frente, para longe dele, longe da sua presença intensa. — Casa.


— Do que você tem medo... Gracie?


Eu giro no lugar e tenho que conter meu impulso de esbofeteá-lo. — Esse não é meu nome. Não me chame assim, e não me toque.


Eu dou um passo para trás. Se ele me tocar, estou perdida. Alguma coisa ruim vai acontecer. Eu sei o que vai acontecer.


Ele diminui o espaço entre nós e, apesar do calor escaldante no início da noite, ele está perfeitamente calmo. Seu cabelo é perfeito, suas roupas estão secas. Minhas axilas estão suadas e minha testa está cheia de humidade e minhas mãos estão tremendo. É depois das sete da noite, e eu não comi desde as seis da manhã e estou ficando tonta. Mas tudo isso é irrelevante em comparação ao efeito da sua proximidade. Ele não está nem mesmo a centímetros de distância. Meus seios estão raspando em seu peito. Lembro-me de como seus olhos olham para mim, como ele me devorava com os olhos. Ele me queria. Mas ele me viu, também. Viu a mim, por dentro.


Você não pertence a este lugar, ele disse.


E então ele me beijou. Ele está tão perto de novo, e eu estou me afogando. Se ele pressionar sua boca na minha, eu não vou ser capaz de detê-lo.


Meu estômago ronca, e uma onda de vertigem me esmaga. Eu balanço sobre os meus pés, e eu cairia se não fosse por um braço de ferro em torno da minha cintura me segurando.


— Quando foi a última vez que comeu?


Eu me mexo para me libertar. — Eu estou bem. Só preciso voltar para o meu dormitório. — tropeço novamente, ao tentar ficar longe dele. Eu me inclino contra o sinal de parada de ônibus, e luto pela estabilidade e pela respiração.


— Você não está bem. Deixe-me levá-la para casa — ele diz.


Eu queria que fosse para casa. É apenas um dormitório, que não é estar em casa. Eu não tenho uma casa. Eu balanço minha cabeça e agarro o sinal.


Ele olha para mim, parecendo ofendido pela minha teimosia. —Você vai desmaiar.


— Eu vou ficar bem.


Ele balança a cabeça e gira sobre os calcanhares. Eu ouvi-lo murmurar baixinho: — Garota idiota.


— Eu ouvi isso. — murmuro.


Ele não responde, apenas dá passos para longe. Não posso deixar de observá-lo, ele se move como um predador, como uma pantera espreita através da grama. Eu cerro os olhos. Algo nele fala comigo, me chama.


Não é só porque ele é tão bonito. É algo nele. Algo magnético em seus olhos e sua presença me arrastando para ele.


Pneus guincham e o carro prata e elegante, o que eu tinha visto no estacionamento, ruge em direção a mim. Não. Eu tenho que resistir.


Ele derrapa até parar no meio da pista junto ao meio-fio, escancara a porta e sai, sem se importar com o tráfego se acumulando atrás dele, sem se importar com as buzinas e os gritos. Quando ele se move em direção a mim, seus olhos estão diferentes. Azul-cinza agora, e com raiva. Ele abre a porta do passageiro com um empurrão, envolve um braço em volta da minha cintura, e com facilidade e não gentilmente me empurra para dentro do carro. A porta se fecha, e então ele preenche o lado do motorista, e eu sou agredida por seu perfume, colônia e suor. O carro é legal, ar condicionado explodindo. Rock retumba nos alto-falantes, algo forte e pesado. Estou tonta, tão tonta. O mundo gira, e tudo o que eu vejo é Alfonso ao meu lado, uma gota de suor escorrendo de seu pescoço bronzeado e sob o colarinho da camisa. Tudo o que eu sei é o movimento de balanço de condução de Alfonso ao som dos tambores batendo do heavy metal. Estou ciente do poder deste veículo, a velocidade sem esforço. Eu olho para o painel de instrumentos, e ele está fazendo sessenta, costura através do tráfego com habilidade louca e irresponsável. Eu me lembro de que ele fez um filme no qual ele interpretou um motorista, e os rumores eram de que ele fez, o próprio, quase toda a condução perigosa. Eu fecho meus olhos ao passar através de um cruzamento, passando um sinal vermelho e quase causando um acidente atrás de nós. Estou pressionada contra o assento, lutando para respirar.


Este carro vale mais do que eu vou ver na minha vida, e ele está dirigindo com um absoluto desprezo por ele e nossa segurança. Sou arremessada para frente como se derrapando até parar. Minha porta está aberta, e o cinto que eu não me lembro de ter prendido é destravado. Sou levantada do carro com os braços poderosos de Alfonso. Eu sinto o cheiro dele, algum tipo fraco, mas inebriante perfume de suor e do homem.. Eu reconheço o modo como meu corpo reage à sua presença.


Eu o empurro. — Ponha-me no chão.


— Não.


Eu olho ao meu redor. Estamos no campus da USC, e todo o corpo discente está assistindo, pelo menos é o que parece. Eu ouço sussurros. Eu vejo as pessoas segurando celulares e tirando fotos.


— Que prédio? — Sua voz é sedosa e íntima, quase gentil. Quase.


Eu aponto, e ele faz um caminho mais curto para lá. Eu não sou nada em seus braços. Ele se move com desembaraço. — Por favor. Ponha-me no chão. Posso caminhar.


— Não. — Ele abre a porta e faz uma pausa.


— Segundo andar. Duzentos e dezesseis.


A notícia se espalhou, e as portas estão se abrindo à medida que subimos. Eu ouço sussurros, ouço o clique eletrônico de câmeras de telefones celulares.


Eu ouço o grito de uma voz feminina. — É Alfonso Herrera! Ah, meu Deus, é Alfonso! Pode me dar o seu autógrafo! Por favor? Você quer entrar?


Ele a ignora, passa bruscamente. — Não agora, moças. Vou assinar alguns autógrafos quando eu sair. — Algo em sua voz não deixa argumentos.


Ele está na minha porta, de alguma forma torcendo a maçaneta sem me largar. Eu ouço os gemidos reveladores de Lizzie e seu último namorado. Brinquedinhos, como ela chama. Ela é um brinquedo para eles também, ela troca meninos mais rápido do que troca de roupa. A porta bate aberta, contra a porta e estremecendo ruidosamente conforme ela volta para o portal.


— Oh meu Deus, que porra...? — Ouço Lizzie começar, e, em seguida, ela reconhece quem está se intrometendo. — Alfonso Herrera? Oh Meu Deus, você é ainda mais lindo em pessoa, Sr. Herrera! Anahí, o que está acontecendo? O que ele está fazendo aqui?


Eu sinto Alfonso tenso ao meu redor, com as mãos virando-se permanecerem ao redor dos meus ombros e debaixo dos meus joelhos. — Não agora, Lizzie. Eu não estou me sentindo bem. Você pode me dar um minuto?


— Sai. Agora. — Alfonso rosna, e o som é pura ameaça.


Estou torcendo nos braços de Alfonso por ver Lizzie desastrada sob o lençol para pegar a calcinha ao lado da cama. Seu atual garoto faz o mesmo, mas ele acidentalmente chuta para longe o lençol, e eles ficam nus.


Lizzie guincha, bate no braço dele, e se enfia em sua calcinha, cobrindo os seios com um braço. Alfonso não me coloca no chão, e mesmo que eu tenha sólidos 63kg, ele me segura com ausência de esforço completo.


Ele apenas espera impassível enquanto Lizzie se enfia em suas roupas.


O menino, - que realmente não se passa de um menino, um calouro loiro bem apessoado, com uma grande construção que não foi inteiramente finalizada, - enfia os pés em seus jeans e pula com sua camisa em uma mão e tênis Adidas esportivos na outra. É uma dança estranha que ele faz com familiaridade suficiente para me fazer pensar que ele já fez isso muitas vezes. Quando eles se foram, Alfonso olha ao redor da sala procurando um lugar para me colocar. Eu chuto meus pés, e ele relutantemente me coloca de pé, mas suas mãos não deixam meus braços.


Eu saio de suas garras e afastar-me para se sentar na minha cadeira. — Eu estou bem, Alfonso. Sério. — Meu estômago ronca novamente, e sua testa enrugada.


— Quando foi a última vez que você comeu? — Ele exige novamente.


Eu dou de ombros. — Eu não sei. Esta manhã? — Eu não minto bem, ou com facilidade, e Alfonso apenas levanta uma sobrancelha para mim. Eu suspiro e murmuro. — Antes da aula. Seis?


O rosto de Alfonso se contorce. — Você não comeu em 12 horas? E você andou quantos blocos para o escritório?


Eu cavo uma barra energética de minha mesa e a desembrulho, segurando pelo invólucro. — Eu estou bem, veja. Jantar. Está tudo bem. Estou bem. Estou acostumada a isso.


— Acostumada? Isso significa que você costuma ficar 12 horas sem comer? — Quando eu simplesmente dou de ombros novamente, ele rosna. — Isso não é saudável. Barra energética não é jantar.


Ele vasculha o frigobar, mas eu impeço-o. — Isso é da Lizzie. Nada aí é meu. — Abro minha gaveta de lanche na minha mesa, onde guardo barra energética, barras de granola, um saco de rosquinhas, e alguns chips.


Alfonso apenas olha para mim. — Onde está o resto?


— O resto do que? — Pergunto entre mordidas.


— Sua comida. O que você come?


Eu dou de ombros novamente, e, em seguida, decido não fazê-lo novamente. Dei de ombros muitas vezes com Alfonso, e eu só conheço há duas horas, se tanto. — Eu como. Só que não aqui. Como uma rosquinha na parte da manhã, e às vezes tomo um lanche em uma máquina de venda automática entre as aulas. Eu janto no trabalho.


— E o almoço?


Estou ficando irritada. Eu amasso a embalagem e lanço-a no pequeno lixo branco, em minha mesa, que está cheia dessas mesmas embalagens. — Por que você está tão interessado em meus hábitos alimentares?


Alfonso apenas olha para mim. Seus olhos eram de um tom claro de azul, quando ele estava com raiva, na rua.


Agora eles estão de volta para um avelã silencioso. Eu não consigo desviar o olhar, não posso tirar os olhos de seus olhos. Longe dele. Sua mandíbula se desloca, e eu percebo que ele está rangendo os dentes, pensando. Ele cava o telefone celular do bolso, e eu fico perplexa ao perceber que é um iPhone. Depois do carro esporte caro, eu esperava que ele tivesse algum tipo de aparelho da era espacial de um filme de sci-fi, e não um iPhone 5 preto básico. Ele bate nele algumas vezes e, em seguida, leva-o ao ouvido.


— Ei, Greg. Sim, olha eu estou no campus da USC, e eu preciso de um pouco de comida entregue. — Ele se vira para olhar para mim. — Você é vegetariana ou algo estranho?


Eu balancei minha cabeça. — Não, mas...


Ele olha para longe de mim e fala ao telefone mais uma vez. —Só um pouco de comida, eu acho. Sanduíches, hambúrgueres, qualquer coisa. Sim, no campus, nos dormitórios. — Ele dá orientações básicas para meu dormitório. — Oh, e Greg, traga o Rover e o conjunto de chaves de reserva. Vou te dar uma carona de volta no Bugatti. Legal, tchau.


Bugatti. Esse deve ser o carro prata espelhado.


Ele enfia o telefone no bolso de trás e despenca na cadeira de Lizzie. Antes de eu saber o que está acontecendo, ele tira meus sapatos e coloca minhas pernas sobre seus joelhos. Suas mãos e dedos massageiam meu pé direito. É chocantemente íntimo, sensual, e nem um pouco assustador. Eu quero ter o meu pé de volta, mas ele não vai soltar. Ele segura meu pé pelo tornozelo e cava o arco do meu pé com o polegar. É tão bom. Eu não posso evitar que um gemido escape. É um som alto, constrangedor, eu coloco a minha mão sobre a minha boca. Alfonso apenas sorri, e o pequeno sorriso satisfeito nos lábios faz dele tão bonito que minha respiração falta em meus pulmões.


Seu toque no meu pé é... É pecaminoso. Isso me faz sentir coisas que eu não entendo, faz com que meu estômago turve, faz as coisas virarem e torcerem. Alguma coisa acontece lá em baixo, perto do meu centro.


Eu não sei se esta é uma reação incomum para uma massagem nos pés ou não. Talvez eu tenha pés sensíveis. Talvez ele seja simplesmente fantástico esfregando pés. Eu não posso evitar em relaxar na minha cadeira enquanto ele massageia meu pé. E então eu percebo que estive sobre meus pés o dia todo, e eles provavelmente fedem. Eu puxo meus pés para longe e enfio-os embaixo da minha perna, mantendo o tecido da minha saia modestamente estendido sobre os joelhos.


— Não gosta de massagens nos pés? — Ele parece se divertir.


— Não, eu só... eles fedem. Isso é nojento.


— Seus pés não fedem. — Ele se inclina para frente e agarra meu pé. Sua mão está sobre minha coxa, perto da minha bunda, quando ele puxa os meus pés de volta. — Agora, me dá aqui. Não acabei.


— Por quê?


— Por quê, o quê? — Ele retoma a sua lenta massagem profunda do meu pé direito.


Eu começo a dar de ombros novamente e, em seguida, paro, o que acaba em um movimento estranho do meu ombro. — Por que você está aqui? Por que você... Por que está fazendo tudo isso?


Seus olhos são intensos, ficando escuros e tempestuosos conforme ele me prepara e considera a sua resposta. — Porque eu quero.


— Mas por quê?


Ele não respondeu, mas em vez retorna com sua própria pergunta. — Por que você está questionando isso?


— Porque você não deveria. Você não deveria estar aqui. Você não deveria massagear meu pé. Você deveria apenas ir para casa e me deixar em paz.


— Mas isso não é o que você quer. E não é o que eu quero.


Droga, ele está certo. Eu o quero aqui. Eu quero essa massagem nos pés. Sua presença é... inebriante. Eu estou tonta com sua proximidade. Isso tudo é um sonho do qual vou acordar, eu tenho certeza. Mas eu não quero.


— Você não sabe o que eu quero. — digo. É uma mentira, e eu sou uma péssima mentirosa.


Ele não responde mais uma vez, apenas coloca meu pé direito para baixo em sua coxa e pega o esquerdo, e seus dedos deslizaram ao longo da minha panturrilha, o polegar rola no meu arco, arrancando outro gemido. E então seus dedos deslizar um pouco mais alto, em direção a parte inferior do meu joelho, e é muito, muito íntimo. É sensual demais.


Eu puxo meu pé e ele não solta, mas o movimento traz a minha perna longe de seu toque.


— Não, Alfonso.


— Por quê?


— Porque... por favor, não.


Ele só me olha e, agora, o único contato é a mão em volta do meu tendão de Aquiles e seu polegar no meu arco e os dedos um pouco acima dos meus dedos. O silêncio reina quando eu luto comigo mesma. Eu quero levar o meu pé para trás e pedir-lhe para sair. Ele vê muito, seus olhos perfuram minha alma e veem o que eu quero, quando eu não sei nem por mim mesma. Mas eu também quero deslizar da minha cadeira e ir para seu colo, e eu quero beijá-lo novamente. O pensamento me assusta. Eu não deveria querê-lo. Ele é... errado.


Querer ele é errado. O sexo é errado. Foi gravado em mim desde que eu era uma menina pequena. Casamento acontece na castidade, no amor divino, e as crianças nascem de algum tipo de ato puro e santo. Mas isso que eu quero e é pecaminoso e sexual.


Está uma guerra dentro de mim, e isso me congela em silêncio. Eu assisto seus braços flexionarem em sua camisa cinza apertada, vejo seus olhos mudarem e vagarem. Minha saia vai até os joelhos e as pernas estão pressionadas justas para apresentar uma visão modesta da panturrilha e nada mais, mas eu sinto que seus olhos vêem através das minhas roupas. Ele olha para mim como se me visse assim como na sala VIP do Exotic Nights.


— Alfonso, ouça... — Eu começo.


— Não faça isso. Agora não. Discutiremos isso mais tarde. Greg vai estar aqui com a comida em um minuto.


— Isso não é necessário. Eu não estou com fome — eu digo, bem quando o meu estômago ronca, mostrando a minha mentira.


Ele apenas balança a cabeça, confuso. Eu fecho meus olhos e inclino a cabeça para trás para descansar em minha mesa, minhas pernas esticadas na cadeira e no colo de Alfonso. Estou tão cansada de repente. O aperto e o esfregar das mãos sobre os meus pés é suave, incrível, relaxante. Sinto-me à deriva e não posso detê-lo.


O telefone de Alfonso toca, e, em seguida, a porta se abre. Eu me esforço para manter a sanidade, forço-me a sentar e pisco o sono para longe. Um homem de meia-idade, que eu assumo que é Greg, entra no meu quarto, com a cabeça raspada com a suavidade de um ovo. Ele é largo e corpulento, com os pés de galinha ao redor seus olhos castanhos escuros e acentuadamente inteligentes. Seus braços esticam as mangas de sua camiseta com gola da Lacoste, e ele tem um telefone celular preso a um cinto de couro preto fino. Ele traz uma pilha de recipientes, que ele coloca em cima da mesa na minha frente. O cheiro de hambúrgueres grelhados e batatas fritas quebram a minha decisão e eu abro rasgando o recipiente superior. Dou três mordidas no gigante cheeseburger com bacon antes de eu perceber nem Greg nem Alfonso se moveram. Eles estão apenas me assistindo comer.


— O quê?


Alfonso apenas limpa o seu sorriso com a palma da mão, em seguida, pega o recipiente por baixo do que eu estou comendo. —Nada. Apenas... esta é LA. Você não costuma ver as meninas comerem um hambúrguer assim por aqui.


Eu engulo, subitamente tomada pelo constrangimento. Eu estava me dando conta de como eu estava faminta.


— Oh. Eu... oh. Estou com fome. Eu só... Sinto muito.


Alfonso franze o cenho. —Não se desculpe. É refrescante.


Eu me forço a dar pequenas mordidas. Eu não comi um hambúrguer tão bom desde que eu me mudei para Los Angeles, e é delicioso. Quero devorá-lo, mas desacelero, ao invés. Eu não quero que Alfonso me veja como um caipira.


Olho para o homem que trouxe a comida. — Obrigada... Greg, certo? — Greg concorda. — Obrigada.


— Não há de quê. — Sua voz é rouca, grossa de um fumante. Ele tem uma tatuagem em seu pescoço, ―Não pise em mim‖ serpenteia do lado da sua garganta. Eu vejo mais bordas de tatuagens espreitarem debaixo de sua camisa, em seguida, a miríade de cicatrizes nos braços e no rosto e marcas de socos. De repente, eu estou vendo Greg de verdade, e eu estou percebendo que ele é um grande, forte e ameaçador homem, algo como um Anjo do inferno misturado com um motocilista, em roupas de negócios casuais. Ele é um guarda-costas, evidenciado na forma como ele se move para ficar de costas para a porta, com as mãos cruzadas na frente que apenas seguranças fazem e não parecem estúpidos.


Alfonso está devorando um sanduíche de carne e sinto-me melhor sobre o meu próprio apetite. Ele lança um olhar para Greg e diz: — Por que você não espera lá fora? Vamos sair em um minuto.


— Você tem um jantar de negócios com Uri Ivanovich em meia hora. — Greg diz.


Alfonso franze o cenho. —Eu tenho? Sobre o quê?


—Ele quer lançar um script para você. É um thriller, eu acho.


— Eu não me lembro de concordar com isso.


Os lábios de Greg se apertam em uma sombra de um sorriso. —Eu não estou surpreso. Você se encontrou com ele na outra noite. Você estava muito atordoado naquela hora.


— Cancele. — Alfonso diz.


Greg levanta uma sobrancelha. — Tem certeza? Coisas com Uri tem muito dinheiro na jogada. Ele não entra em scripts de merda.


— Basta enviar-lhe as minhas desculpas e que ele envie o script pelo correio para mim. Vou lê-lo depois. Eu não irei jantar, apesar disso. — Alfonso mastiga e engole, e continua. — Eu não tenho certeza se quero fazer um filme de suspense, para ser honesto com você.


Minha mente de negócios aparece. — Eu não acho que um filme de suspense seria uma boa jogada para você.


— eu digo, antes que possa repensar minhas intenções. — Você quer reinventar sua imagem, então precisa ficar com papéis dramáticos mais profundos. Uri Ivanovich faz os scripts de muito dinheiro, mas eles são blockbusters de verão, não projetos profundos para o Oscar.


Alfonso franze a testa para mim. — Verdade. — Não é uma pergunta, mas seus olhos me convidam para continuar.


— Antes de você deixar Hollywood, a maioria de seus papéis foram em suspense e ação, algumas comédias aqui e ali. O Vento Levou é o papel de um grande retorno para você. Ele envia a mensagem de que você está falando sério.


— Sério sobre o quê?— Alfonso pergunta.


— Rejuvenescer a sua imagem. Sua reputação.


— O que você sabe sobre a minha imagem e reputação? — É um desafio.


Eu dou de ombros. — Só o que tem sido escrito sobre você.


— Só porque eles escreveram... — Alfonso corta, mas eu falo sobre ele.


— Se é verdade ou não é irrelevante. Os escândalos sozinhos, merecido ou não, deram-lhe uma imagem negativa. E sim, eu sei o que eles dizem sobre a publicidade negativa ser melhor do que nada, mas eu não sei o quão correto isso é. Para um retorno, é preciso que você se apresente mais maduro.


Eu preciso de uma distração para me impedir de cair pelo quão sexy ele é. Pensamentos que eu não deveria ter. Mesmo comendo, ele é lindo. Robusto e divino. Seus mandíbula se move, aperta, e brilha na luz da noite enquanto ele mastiga. Ele lambe o lábio por fora, e lembro-me da maneira que seus lábios tocaram os meus, o modo como sua língua traçou meu lábio inferior.


Eu me livro desse pensamento e foco o meu hambúrguer, meio comido, foco no grão da madeira falsa da minha mesa, foco em qualquer coisa, menos nele.


Greg desliza para fora, e eu ouço vozes conversando do lado de fora, vejo alguns flashes de câmeras, e seu rosnado baixo quando ele empurra a multidão para trás. Alfonso lança um olhar tenso na porta. Uma multidão está esperando por Alfonso sair. Ele está aqui comigo, comendo sanduíches, e lá fora, estão dezenas de pessoas esperando, clamando por um mero vislumbre dele. Minha cabeça gira um pouco.


Eu termino o hambúrguer, abafo um arroto embaraçoso, que faz um sorriso em Alfonso, e eu limpo minha boca com um guardanapo. As vozes do lado de fora crescem em volume, e a expressão de Alfonso fica séria mais uma vez.


— Sinto muito — eu digo, apontando para a porta e, por extensão, a multidão além dela. — Agora você tem que lidar com isso.


— Eu fiz a escolha. Isso faz parte do negócio. — Ele dá de ombros, agindo indiferente. — Não se preocupe.


Eu franzo a testa. — Eles vão escrever sobre mim?


— Provavelmente. Eles vão inventar mentiras. Apenas ignore-os. Eles vão embora.


Possibilidades e potenciais ramificações voam pela minha cabeça, e o pânico começa a se definir — Mas... e se eles me seguirem?


Alfonso dá de ombros. — Não responda. Faça o que tem que fazer e ignore-os.


Ele não entende.


— Eu não sou uma atriz famosa, Alfonso. Eu sou uma estudante. Uma estagiária. — Eu mantenho meus olhos baixos. —Você sabe onde eu trabalho. Que eu faço. E se me seguirem até lá? As pessoas vão descobrir.


Alfonso fecha a tampa de isopor e enxuga as mãos e a boca, então ele coloca meus pés de volta no chão, se inclina para frente e leva as minhas mãos nas dele. — E isso é um problema?


— Sim!


— Você tem vergonha do que você faz?


Eu não respondo, não olho para ele. Eu só puxo minhas mãos livres e me levanto. — Você deveria ir.


Ele se levanta, também, mas apenas para ficar acima de mim, o corpo perto do meu. Seu dedo indicador toca no meu queixo e me obriga a olhar para ele. Eu faço, e eu estou sem fôlego. Seus olhos são o cinza-azulado de chateado agora, intenso e conflituoso.


— Anahí.


— O quê? — É uma respiração, um sussurro.


— Por que você faz isso, se você sente vergonha? — Seu olhar queima dentro de mim, e sei que ele pode ver os meus segredos, ver a minha vergonha, ver a minha necessidade e meu medo. Seu dedo polegar segurar suavemente o queixo, então não posso me afastar.


Eu me recuso a responder. — Por favor, apenas vá.


— Tudo bem. — Libera o meu queixo e vira em direção à porta. Minha pele queima, onde ele me tocou. — Vejo você no escritório amanhã.


— Não.


Ele para e volta. — O quê? Não, o quê?


— Eu não posso fazer isso.


— Anahí, do que você está falando? — Ele franze a testa para mim.


— Eu não posso trabalhar com você. Eu apenas não posso fazer isso.


— Eu tive a impressão de que você tem que fazer isso, se quiser terminar o estágio. — Ele coça a mandíbula.


— Eu não sei do que você tem tanto medo. Apesar da minha reputação, eu não sou tão ruim assim.


Eu balancei minha cabeça. — Não é isso.


— Então o quê? Explique-se.


— Você não entenderia. Você não poderia.


— Você ficaria surpresa com o que eu posso entender. — Alfonso diz. Seus olhos atentos nos meus, não vacilam, desafiando-me a olhar para longe, o que é claro que eu não posso fazer.


— Você sabe. — eu sussurro. — Você me viu. Você viu Gracie. Você nunca vai me enxergar como nada além disso agora.


— Eu estou te tratando como uma stripper? — Ele diz a palavra casualmente, como se ouvir isso a cada vez não abrisse um buraco em mim.


— Não. — Eu mal posso sussurrar a resposta.


— Você acha que é a primeira menina a sobrevivar na faculdade desta forma? Você está incrivelmente bem, Anahí. Você merece. Isso não te define.


— Define sim.


— Então esse é o seu problema. Você vai deixá-lo arruinar a sua carreira antes mesmo de começar? Sério?


Se é grande coisa, eu não vou contar a ninguém. E eu vou falar com Armand e certificar-me de que ele não conte também. Adam e Nate estavam acabados, e eu duvido que seriam capazes de reconhcer você. Basta vir trabalhar amanhã.


— Apenas... vá. Por favor. — Estou quase chorando, segurando-as de volta desesperadamente.


Alfonso balança a cabeça lentamente, como se estivesse confuso e irritado. — Droga, Anahí. Apenas deixe-me...


— Deixe o quê? O que você vai fazer? Mudar a realidade?


Ele suspira, exasperado. — Porra, tudo bem. Que seja assim. — Ele se vira para a porta e coloca a mão na maçaneta, depois para, como se lembrando de algo. Puxando um conjunto de chaves do bolso, ele atravessa o pequeno cômodo com dois passos, pega a minha mão na sua, e coloca as chaves na minha mão. — Aqui. Você não deveria estar andando por todos os lugares sozinha.


Eu olho para baixo e vejo um emblema da Land Rover, a chave dobrada dentro de um oval de prata no plástico preto com as letras verdes da assinatura. —O quê? Eu não posso, quero dizer... o quê?


— É o meu Rover. Está lá fora. Essas são as chaves. Quero que o dirija.


— Mas... não. Quer dizer, você não me conhece. Nós nos encontramos duas vezes. Eu não posso dirigir o seu carro.


— Sim, você pode. E você vai. Você é a minha assistente para este projeto, o que significa que você tem que fazer o que eu lhe digo. Seu trabalho é manter-me feliz. Então, dirija meu carro.


— Mas... e se eu bater?


Ele bufa. — Amor, eu sou Alfonso Herrera. Eu poderia comprar uma dúzia deles com o meu cartão de débito.


Eu não poderia me importar menos se você batê-lo, exceto por você se machucar, é claro.


— Você tem um cartão de débito? — pergunto. Parece uma coisa tão comum para uma celebridade do calibre de Alfonso ter.


Ele parece confuso. — Eu tenho uma conta bancária, portanto, sim, eu tenho um cartão de débito. Também tenho cartões de crédito.


E uma carteira de motorista. — Seu tom de voz muda para provocação. — Você sabe o que mais? Eu sou um cara. Faço xixi e vou ao banheiro. Faço merdas. Como cheeseburgers. Vejo baseball e bebo cerveja.


Eu olho para ele. — Isso não é... Quer dizer, eu só...


Ele ri, e esfrega um dedo sobre as linhas de expressão na testa. — Relaxe. Estou brincando com você. Meu ponto é, eu sou apenas um cara.


— Você não é, apesar de tudo. Você até mesmo disse. Você é Alfonso Herrera.


— Será que isso a intimida? — Ele está se aproximando, e sua boca está a centímetros da minha, sua respiração no meu rosto e os olhos fazendo buracos em mim.


Ele poderia estalar os dedos, e qualquer mulher no mundo saltaria para fazer o que ele quisesse. No entanto, aqui ele está, no meu atarracado dormitório, agindo como se gostasse de mim, como se ele visse algo de especial em mim, além do fato de que eu sou bonita o suficiente. Isso não é vaidade, mas mais sobre saber quem eu sou. Eu não sou o tipo de garota que ele está acostumado. Eu não sou uma garota de LA. Eu não sou uma atriz ou alguém sexy, confiante e segura de quem eu sou. Eu sou uma bagunça. Uma confusa, envergonhada, bagunça vergonhosa.


E ele é o deus de Hollywood.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Ele é o rosto de Caim Riley, herói da trilogia Mark of Hell, uma série de paranormal/ação/aventura de livros de romance que vendeu tanto quanto Harry Potter e Crepúsculo. Esses filmes fizeram a carreira de Alfonso. Seu rosto está nos livros agora. Há uma marca de Mark of Hell na Universal Studios, com o rosto de Alfonso ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • franmarmentini Postado em 25/07/2014 - 09:23:22

    to muito triste que acabou :/ essa foi uma das melhores histórias que eu já li ;) bjussssssss

  • edlacamila Postado em 25/07/2014 - 00:09:23

    Aaaaaaaain epilogo? Cm assim? Mds nn tava preparada pro fim :'( aaaaaaaaaain foi pft do começo ao fim *-*

  • edlacamila Postado em 24/07/2014 - 12:42:02

    Eita q o ponchito adorooooooou esse presenteeeeeee <3 postaaaaaaaaaa <3 nn quero o fimmmmmmmmm :'(

  • edlacamila Postado em 23/07/2014 - 01:08:42

    Acho q o ponchito ta amando os presentes da anny :3 postaaaaaa <3 nn to preparada pro fim :/

  • franmarmentini Postado em 22/07/2014 - 23:59:37

    uallllllll

  • franmarmentini Postado em 22/07/2014 - 09:09:51

    como vc para bem agora...quer me matarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

  • edlacamila Postado em 22/07/2014 - 00:04:27

    Cm para ai??????????????? Mds vou infartar e o Alfonso tmb postaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini Postado em 21/07/2014 - 08:49:17

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai any santo deus vc me mata de tanto rir...

  • edlacamila Postado em 21/07/2014 - 01:14:27

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ANNY BEBADA Q TUDOOOOO KKKKKKKKKKKKK Posta maaaaaaaaais <3

  • franmarmentini Postado em 20/07/2014 - 10:03:28

    amo demais essa fic* não queria que terminasse :( poncho é maravilhoso pra any...os dois se fazem tão bem...o amor deles é maravilhoso ;)


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