Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso
Annie era a flor que nunca tive em casa porque flores precisam ser amadas. Elas murcham sem explicação e necessitam de água em uma precisão saudável. Eu era tudo, menos preparado para ter uma flor. Ela, no entanto, me apareceu como uma encomenda dada por um entregador que não quer muito assunto, estende a mão e oferece o embrulho.
Ela tinha um jeito desde menina de me atear fogo aos olhos quando eu os punha sobre as ondas de seu corpo protuberante, fruta carnuda que balança faceira no pé, prontinha para cair, mas de maldade não cai. E quem terá coragem de enfrentar a altura da árvore para roubá-la? Eu não podia, Annie era um anjo e eu não queria ser remetido ao abismo por tê-la feito qualquer mal. Por isso, a coloquei em uma redoma de vidro, afastada das obsessões de meu coração. Talvez, esse tenha sido meu erro: a fiz deusa e a amei com volúpia humana.
De um homem de trinta e poucos não se espera menos que um casamento, um filho, uma casa, um carro. Mas, quando conheci Annie, quis virar-me de costas para o futuro, andar em direção ao meu passado e só parar naquele ponto em que não seria pecado amá-la. Quem sabe roubar-lhe um beijo de seus lábios de pitanga e não ter medo de tal idéia. Quem sabe tocar em sua mão e levá-la pela minha. Quem sabe mais nada, devo guardar essas cenas repetidas em alguma parte bem escura dentro de mim.
Ela era Anahí, com toda ênfase no “hí” quando eu gritava para que largasse o computador e viesse comer. Ou Annie com maior prolongação no “Annie” quando eu sentia que estava fazendo coisa errada.
A pronúncia certa se encontrava fora do português, como era fora do normal essas esquisitices de minha cabeça de estudá-la com primor de um matemático e não ter o que fazer com as fórmulas. Eu queria a matéria, fora dos planos, palpável, geometria espacial.
Eu dizia-lhe qualquer observação sobre a cor de leite de sua pele e ela não pensava duas vezes em me despertar a surpresa, aparecendo tostada de sol. Só para me irritar, talvez. Eu apenas acompanhava suas transformações no rabo de olho, no canto, na brecha, na fresta imperceptível que abrem os bons observadores.
Eu pedia-lhe para abaixar o som, pois precisava ler.
Mas, me explicava que sua música eletrônica não poderia ser ouvida na altura que eu queria, pois precisava vibrar em seu corpo. Eu corria dela, não querendo mais qualquer detalhe sobre aquilo, pois era no meu corpo que começavam os efeitos da imaginação de suas pernas e braços oscilando no espaço. Que ouvisse como preferisse, eu podia me espichar na rede da varanda e ler ao ar livre. Era muito mais seguro nos mantermos àquela distância.
Mas para entenderem o meu grau de loucura por essa menina, que esperei crescer mulher pacientemente como único público do desabrochar de cada sépala, preciso voltar no dia em que a me deram por confiança.
_ Capitão, Capitão! _ ouvi a voz desesperada do soldado. Assustei-me. Naqueles últimos dias de calmaria, ouvir um sinal de pânico era preocupante.
_Que houve? _ perguntei.
_O sargento Portilla! Ele levou um tiro.
_O quê? _ não acreditei no que estava ouvindo.
Corremos até o pátio e encontrei o sargento ensangüentado no chão. No caminho, o soldado me explicara que fora um acidente que fizera a arma de um dos homens disparar. Algum inexperiente provocara aquela falha e isso me trouxe uma raiva que precisei conter, pois o mais importante agora era salvar aquela vida.
_Capitão, eu tenho uma filha. _ disse o sargento, se agarrando a minha mão e me sujando de sangue.
_Eu sei... Calma que...
_Capitão, eu tenho uma filha.
_Chamem um médico, rápido! _ ordenei.
_Capitão, a minha filha... _ ele repetiu pela terceira vez. Olhei nos seus olhos e vi que não daria tempo do médico chegar. _ Ela é a coisa mais importante do mundo. Cuida dela.
_..._ eu não tinha o que falar, só ouvir.
_Eu preciso morrer e saber que você vai cuidar dela, você vai cuidar dela...
_Vou, vou cuidar dela... _ prometi o que queria ouvir.
_Tem que ser um juramento, você...
_Eu juro.
E ele se foi. Só deixando em minhas mãos o seu sangue e, em meus lábios, o juramento que mudaria a minha vida. Eu jurei cuidar de sua filha.
Autor(a): ponny_aya
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_Fred, sai! _ empurrei o focinho do meu cachorro para o lado antes que ele lavasse o meu rosto com lambidas. _ Eu quero dormir mais um pouco... _ resmunguei. Fred latiu. Fechei os olhos para que percebesse que eu não estava lhe dando atenção. Quem sabe desistisse e me deixasse prolongar meu sono. _ Fred, pára! _ gritei já irritada por ter ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 144
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maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09
Ameii, chorei, simplesmente lindo !
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09
:)
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blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31
No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53
Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51
Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52
Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3
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blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06
Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas
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franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25
***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)
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cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24
Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*