Fanfics Brasil - Entre Cordas Invisíveis (Alfonso) O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA

Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Entre Cordas Invisíveis (Alfonso)

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Olhei através da janela do escritório a noite quieta lá fora. Mãos no bolso e cabeça no vidro. Tantas lembranças de um passado morto ainda teimavam reviver na minha mente. O tempo não apaga, apenas guarda o que não queremos que seja presente.



Meu coração adormeceu por tantos anos em uma era glacial que se findou ao encontrar Anahí. O calor desse sentimento novo derreteu a dureza da alma cristalizada. Novamente voltou a germinar a vida dentro de mim.



Fechei os olhos e senti medo da força motriz daquele amor. Eu não podia amar essa garota. Meu corpo, porém, não continha minha alma, que se precipitava à frente para segui-la.



Meu amigo Ferreira perguntou-me no churrasco onde eu queria chegar com aquele romance impossível. Não tive resposta exata para lhe dar, mas disse-lhe que já a algumas noites não preciso de remédios para dormir. Ferreira dimensionou aí as proporções do meu amor por essa criatura de olhos de mel.



Meu amigo fez-me ver que eu estava em uma corda bamba entre dois arranha céus, qualquer queda seria fatal.
Queria poder fazer o meu coração parar de pulsar tão forte quando estivesse perto de mim. Mas, eu não tinha como abandoná-la agora. Annie precisava de mim.



Minha única saída era tentar enganar-me.



Foi assim que, hoje, reencontrei Belinda, uma antiga amiga de quando eu viera pela primeira vez para essa cidade.



Nos conhecemos em um bar, dali fomos para cama e nunca passamos disso. Minha relação com ela sempre ficara extra corpo.



Belinda me amou algumas dezenas de reais e eu contentava-me com isso, com alguém que não precisasse demandar nada além de umas notas.
Encontrei-a trabalhando no mesmo bar, nessa tarde. Quando me viu, deu um gritinho e um beijo rápido estalido na bochecha, sem rodeios, sem cerimônias.



_Meu Deus, como você está bem! _ sentou-se à mesa comigo.



Conversamos no tempo de duas rodadas e fomos para seu apartamento na rua de trás. Matamos a saudade e ela ficou com todo o dinheiro do fim de semana que eu havia sacado do caixa eletrônico.



Depois do prazer saciado, Belinda ficou roendo o esmalte vermelho de sua unha e eu sentei-me em uma cadeira próximo à janela.



_Você continua o mesmo de quando te conheci! É só acabar para correr para a janela e ficar calado. Quem dessa vez é a dona da sua tristeza?



_Ninguém. _ respondi-lhe.



Ela disse “dessa vez” porque Belinda conhecera-me quando eu acabara um namoro de quatro anos.



_Então, vem para cá, gostosão. _ bateu no colchão e sorriu com sua boca carnuda. Mostrou-me provocativa suas pernas brancas para fora do lençol.



Levantei-me da cadeira e voltei para a cama. Ela sabia fazer bem o que se propunha, mas não deixava-me nenhum elo de ligação. Ao contrário de Anahí, que parecia unida a mim por cordas invisíveis.



Meu corpo naquela noite estava calmo e bem servido por Belinda, mas minha alma debatia-se inquieta com a idéia de querer Annie.
Olhei para o meu violão e sentei no sofá para tocá-lo. Meu coração se expressava melhor através das notas musicais.



Folheei minha pasta com as cifras que eu imprimira da Internet.



Afinei o instrumento e comecei a tocar:



_I can`t believe this moment`s come / It`s so incredible that we`re alone
/ There`s so much to be said and done / It`s impossible not to be overcome/ Will you forgive me if I feel this way/ Cuz we`ve just met - tell me that`s OK/ So take this feeling`n make it grow/ Never let it - never let it go(Don`t let go of the things you believe in)/ You give me something that I can believe in / (Don`t let go of this moment in time)/ Go of this moment in time / (Don`t let go of things that you`re feeling)/ I can`t explain the things that I`m feeling…



Anahí deu uma leve batidinha na porta para chamar a minha atenção e eu parei de tocar.



_Posso entrar? _ perguntou.



_Claro, entra. _ respondi.



Ela sorriu. Estava com o cabelo molhado, cheirando a xampu de frutas. Caminhou na minha direção e, chegando bem perto, inclinou-se para pegar a pasta que estava do meu lado esquerdo. Seu cabelo levemente roçou as minhas bochechas e eu pude ver o seu seio por um reflexo de segundos no decote do seu vestido verde, ou talvez tenha sido a força do meu pensamento. Depois de provocar aquela abrupta erupção no centro do meu corpo, ela deixou-se jogar no sofá, sentada sobre uma das pernas. Eu ainda abraçado ao violão, observei-a.



_Continue, não quis atrapalhar… _ pediu. _ Ah! A cifra, desculpe! Você estava tocando essa aqui... Você é fan do Bryan Adams, hen?! _ fez um beicinho e o engoliu para dentro da boca com uma breve mordida. _ Anda, Alfonso! _ empurrou meu braço.



Eu olhei para frente, sorri e balancei a cabeça para os lados, voltei à cifra.


_No, I won`t let go now would you mind if I bared my soul/If I came right out and said you`re beautiful/ Cuz there`s something here I can`t explain/I feel I`m diving into driving rain/ You get my senses running wild/I can `t resist your sweet, sweet smile/So take this feeling `n make it grow/Never let it - never let it go/ I`ve been waiting all my life/To make this moment feel so right/ The feel of you just fills the night/So c`mon -just hold on tight.



_Não conhecia essa. _ encostou a cabeça em uma das mãos. Seu braço estava apoiado no encosto do sofá e seu rosto muito perto do meu.



_Eu posso te ensinar essas, tem outras também...



_Eu sei que vou aprender muitas coisas com você. _ disse-me. _ Mas, você vai fazer comigo o que faz com seus alunos?



_Como assim...?



_Pro chão! _ gritou e imitou minha voz, com caretas. _ Agora, flexão, vamos lá... _ ordenou para uma pessoa imaginária a nossa frente. _ Mais rápido, com uma mão só!



_Pior! _ deixei o violão no chão, apoiado no pé de ferro. _ Eu vou usar métodos de tortura.



_É?!



_É. _ peguei seus punhos e os segurei. _ Cada vez que você não acertar... Eu vou te amarrar e... _ fiz cócegas em sua barriga e ela riu até perder a voz e jogou a cabeça para trás. Meu corpo se precipitou sobre o dela.


_ Pára, Alfonso... Por favor...



Eu parei e nossas respirações estavam ofegantes. Nossos olhos seguiam as pupilas um do outro. A veia do seu pescoço pulsava, indicando que seu coração estava tão disparado quanto o meu.



Na medida em que ela se levantou, eu lentamente me afastei para trás. Annie tirou o cabelo que estava em sua boca e deu uma leve tossidinha.



_Você disse que queria falar comigo sobre o colégio.



_É. Eu conheço um ótimo colégio aqui. Pensei em pedirmos sua transferência para lá. É o ano do seu vestibular...



_Alfonso... eu não tenho...



_Eu vou pagar, enquanto não desenrolarmos o dinheiro do seguro de vida a que tem direito.



_Não quero que se sacrifique...



_Annie. _ toquei nos seus lábios. _ Eu quero te ajudar, ok?



Ela engoliu em seco.



_Então, o que vai querer fazer na faculdade?



_Eu? Não sei! _ riu e franziu a testa. _ Eu tenho que saber agora?



_Tem porque precisará dirigir seus estudos para as provas específicas e não específicas.



_Hum. Mas eu não sei, Alfonso...



_Olha, tenta pensar nas matérias que você tem mais afinidades. Só que tem que focar no futuro também, o que vai te dar dinheiro, independência...



Aquela idéia de liberdade que estava passando me fez parar para pensar na possibilidade dela bater asas e voar para longe um dia. Eu estava dando a chave da sua libertação de mim.



_É estranho porque ninguém me perguntou isso a vida toda.



_Eu entendo. _ sorri. _ Já reparou que, quando somos crianças, nos perguntam “O que você quer ser quando crescer?”. O verbo usado é “ser”, como se a criança não “fosse” algo de fato. A criança nada mais é que a narração dos seus pais. Só quando cresce que se torna a dona da própria história.



_Pareceu um psicólogo agora falando assim. _ comentou.



_Há muitas coisas que você “deveria” ser... mas você vai descobrir aquela que “quer” ser.



Coloquei minha mão sobre a sua e seu polegar roçou os meus dedos. Olhamo-nos.


FRANMARMENTINI:Acho que esse capitulo responde suas perguntas...


EDLACAMILA:Acho que não haha..


 Gente como ontem foi meu niver não deu pra postar,mas mais tarde eu recompenso,porquestra agora eu vou sair Bjs!!


E talvez também poste na minha outra fanfic Inevitável te amar-AyA...


 



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Autor(a): ponny_aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 144



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  • maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09

    Ameii, chorei, simplesmente lindo !

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09

    :)

  • blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31

    No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53

    Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51

    Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52

    Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3

  • blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06

    Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas

  • franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25

    ***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24

    Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*


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