Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso
Abri a porta de casa, apenas Phonso veio me receber com muitos latidos. Apertei o botão da secretária eletrônica. Essa era minha rotina, ouvir os recados sempre que chegava. Deixei a boina em cima da mesa, ao lado da minha pasta e das chaves do carro.
_ “Alfonso, eu vou à casa de uma colega para fazer o trabalho da escola, tá? Eu chego para a janta, beijos da Anniezinha”. _ a voz dela ecoou por toda a casa. Fechei a porta da geladeira e bebi um pouco do suco de laranja que havia colocado no copo.
_“Alfonso, é a nora do Lodovico...” _ ao ouvir aquela voz, parei no meio do corredor. _ “... Eu estou tentando te ligar, mas nao consegui...” Senti um aperto no coração e um mau pressentimento. Fechei os olhos em uma prece. _“Meu sogro faleceu. Sei que vocês eram amigos, então, te liguei para dizer, desculpe ter sido assim. O enterro foi ontem”.
A secretária fez um sinal de mensagens encerradas. Não há palavras certas para dizer que perdemos um amigo. É sempre um golpe. Uma perda inexprimível. Engoli em seco e fui para a varanda dos fundos, perdido, sem direção. Abri os botões da farda. Estava com uma raiva enorme do que aconteceu. Levantei-me, pego um facão que usava para podar as árvores.
Olhei para o pequeno arbusto que crescia e cortei alguns galhos com um golpe certeiro, outro e outro. Descontei com toda a força nos galhos secos.
_Alfonso? Você já chegou. _ ouvi a voz de Annie, que acabara de apontar a cabeça na porta da cozinha.
_Já, está tudo bem. _ falei-lhe. Continuei podando a árvore. Até que, em um certo momento, o facão pegou na minha mão e fez um corte profundo. _Ai...
_Alfonso?_ Dul veio correndo em minha direção preocupada.
_Deixa, foi só um corte. _ levantei a mão e o sangue sujou meu braço. Ela se afastou e seus olhos estavam amedrontados. Annie ficava assim quando eu era rude com ela.
Abri a torneira do tanque e tingi a água de vermelho.
_Deixa eu cuidar de você... _ colocou a mão no meu ombro. _Alfonso, por favor... _ fez-me virar. _ Onde colocou a caixa de curativos?
_No armário do banheiro. _ respondi.
Foi pegá-la e abriu a caixa em cima da mesa velha de madeira que havia na varanda. Sentei em cima da mesa.
Annie posicionou-se entre minhas pernas entreabertas, pegou delicadamente minha mão e limpou com algodão. Depois, cortou finas tiras de esparadrapo, cerca de dois centímetros cada, que usou como se fossem pontos, unindo um lado ao outro da pele cortada. Por fim, envolveu minha mão toda.
Enquanto fazia os seus procedimentos, não vi nenhum medo do sangue, nem do corte, em seu rosto. Estava tranqüila, como se sempre tivesse feito isso. Comentou que tinha visto na televisão, mas não se ensina na TV esse grau de controle.
Annie estava tão perto de mim que eu podia sentir o barulho da sua respiração saindo pelas narinas. Seu cabelo preso em um rabo de cavalo deixavam alguns fios caírem no rosto. Vestia uma blusa branca de mangas compridas.
Eu podia puxar seu rosto para mim e beijá-la, mas era uma idéia sem corpo, sem coragem, só idéia fixa na cabeça.
_Sujou sua camisa. _ comentou e eu puxei a roupa pela cabeça para tirá-la. Minha mão enfaixada roçou sua cintura. Os olhos de Annie se encontraram com os meus, ela engoliu em seco. Será que em nenhum momento ela quis como eu, puxar, sentir, respirar junto, sôfregos, lábios nos lábios?
_O que está havendo? _ perguntou.
_Perdi meu amigo, ele morreu. _ respondi, voltando a lembrar-me da notícia.
Annie acariciou meu rosto com o polegar da mão direita e, em seguida, com a outra puxou-me pela nuca para abraçá-la. Fechei os olhos e senti seu corpo envolver-me, ou era eu envolvendo-a. Ficamos assim unidos por um bom tempo que eu queria eterno.
_Lamento. _ disse-me baixinho. _ Vou prepara alguma coisa para você comer, tá? _ voltou a olhar-me alma na alma.
_Obrigado. _ agradeci pelo afeto, pelo abraço, pelo toque, mesmo que tudo isso só tenha se passado em minha cabeça.
Fui até o banheiro, abri a porta do armário e procurei meu vidro de remédios pra dormir. Não estava lá. Antes que pudesse ir a cozinha perguntar a Annie, a vi na porta do banheiro.
_Você não precisa mais disso.
_Preciso. _ irritei-me. _ Onde está?
Ela aproximou-se e chegou tão perto que sua testa encostou na minha:
_Não precisa. _ segurou meu rosto com as duas mãos. _ Toma um banho quente, tudo bem?
Respirei fundo e ela fechou a porta. Foi o que fiz, esqueci-me debaixo da água esfumaçante.
_Annie, eu quero dormir. Me dá logo o vidro de reméidio...
_Não. _ ela segurou delicadamente a minha mão e puxou-me até o quarto e pediu para eu deitar. Ela sentou-se ao meu lado e fez um carinho na minha cabeça.
Agachou-se à minha frente.
_Você vai fechar os olhos e deixar o sono vir, ok? Eu vou pegar o meu livro e sentar ali na cadeira para estudar. Vou estar aqui o tempo todo.
Eu sabia que aquela Annie era a Annie do carro antes do churrasco, a Annie que inexplicavelmente deixava de ser menina por alguns minutos. Eu não sei qual das duas amei mais. Amei a primeira sem exigências, garota ingênua. E quis da segunda, firme, forte. Que fosse sempre assim: por fora mulher e por dentro completamente suave.
Mas não tinha como estabelecer uma ordem, uma dentro da outra. Annie era híbrida, ao sabor do seu humor, ou quem sabe ao rigor das circunstâncias.
Meu único medo era que nenhuma viesse a ser capaz de me amar. Mas, meu amor por aquele anjo-mulher não pedia muito, só que ela precisasse de mim. Annie era um sopro dentro dos meus pulmões adormecidos.
_Você podia ser enfermeira. _ disse-lhe, vendo-a agora de lado, por causa da minha posição deitado.
_Eu sei, é o que vou ser. _ sorriu-me e aquele sorriso me transmitiu toda a paz de que eu precisava. _ Descobri isso. _ contou-me._ Você não precisa mais de remédio porque não está mais sozinho.
Fechei os olhos e o sono chegou devagar e pesado, escuro, profundo, silencioso e tinha o cheiro do perfume de Annie.
Autor(a): ponny_aya
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_Por que você acordou tão cedo? _ Alfonso perguntou-me quando entrei na cozinha, às cinco e meia da manhã. _Eu vim ver como está sua mão. _ respondi e peguei uma xícara em cima do escorredor de pratos. Servi-me de café. _A mão não caiu ainda. _ ele sorriu e mostrou-a. _Dormiu bem? _ perguntei. _Um pouco ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 144
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maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09
Ameii, chorei, simplesmente lindo !
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09
:)
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blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31
No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53
Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51
Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52
Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3
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blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06
Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas
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franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25
***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)
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cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24
Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*