Fanfics Brasil - O professor e a aluna (Alfonso) O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA

Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: O professor e a aluna (Alfonso)

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_Eu sou um fracasso. _ Annie entrou no escritório falando alto e com passos firmes, caiu no sofá à minha frente.



_E posso saber por quê? _ perguntei, suspeitando que não passava de um exagero seu.



_Eu queria muito participar da liga estudantil e jogar na equipe de handebol.



_E o que te impede?



_A treinadora disse que eu não tenho fôlego para agüentar nem o início do jogo.



Eu sorri ao ver sua cara de irritação.



_Alfonso, isso não é uma brincadeira!



_Tudo bem. _ fiquei sério outra vez e continuei a escrever no computador o relatório que precisava entregar no dia seguinte.



_Poxa, você não pode fazer nada por mim?



_Eu? Bom, quer que eu vá na escola e...?



_Não, né?!



_Então?



_Você não treinava lá os seus soldados?



_Hum, que tem?



_E se eu fosse o pelotão de uma pessoa só?



_Eu te treinar?



_Alfonso, ou é isso ou nada!



_Annie, você está encarando isso como uma questão de honra.



_Mas é “uma questão de honra”. _ ela levantou-se e veio até minha mesa, onde apoiou-se com as duas mãos, inclinou o rosto mais para perto do meu. _ Eu quero provar para aquela professora que eu posso, sim! Me ajuda?



Com seus olhos brilhantes tão fixos e esperançosos em mim, eu estava disposto a ensinar-lhe qualquer coisa. Escalar o Everest, mergulhar em algum fosso abissal, o que quisesse!


_Quando quer começar?



_Agora?!



Fomos para a rua que havia na frente da nossa casa. Era bem larga e muito extensa. As pessoas se exercitavam ali todos os dias. Era o lugar que dispúnhamos.



_Annie, correr é uma arte... _ comecei a explicar-lhe com a mão direita apoiada em seu ombro. Ela revirou os olhos, entediada. Mas, eu não me deixaria vencer por sua impaciência. Se tinha uma coisa que eu entendia era de exercícios físicos. _ Você não vai só movimentar as pernas e sair feito uma maluca porque não vai ter o melhor resultado. Bom, primeiro de tudo, olhe para o meu pé e veja. _ mostrei-lhe, apontando para o meu tênis. _ O calcanhar que deve ser a primeira parte do pé a tocar o chão, depois encoste a planta do pé e, só aí, os dedos. Entendeu? _ perguntei e após sua afirmação de cabeça, coloquei minha mão na sua coluna. _ Quando correr, mantenha as costas e o abdômen firmes e contraídos. Já os braços também têm uma forma de se posicionar. Assim: dobre o cotovelo em 90 graus e faz o movimento a partir dos seus ombros, que têm que ficar em linha reta e não deixe o corpo girar na cintura, não faz aquele vai e vem dos quadris, tudo bem?



_Tá, é para correr igual um robozinho, entendi. _ ironizou e começou a correr, antes mesmo que eu terminasse de lhe dizer a parte mais importante.



Depois de alguns metros ela parou, apoiou as mãos no joelho e sentou no meio fio. Não agüentei e comecei a rir. Corri até ela e me agachei:



_Annie, tudo bem com você?



_Morri. Morri.



_... _ eu controlei minha risada. _ Você não acha que vai começar disputando a Meia Maratona, né? _ brinquei.



_... Eu não tenho tempo a perder, Alfonso! O campeonato está ai!



_Preste atenção, Annie! Você tem o seu ritmo e deve ensinar o corpo a progredir. Não por violentar os seus músculos. Vamos estabelecer um cronograma para você, essa semana vai correr trinta minutos três dias. Depois na outra semana, 40 minutos 3 vezes aí na outra aumenta para 45, mas agora 4 vezes e por fim você chegará há 50 minutos, cinco vezes. Tudo bem?



_Alfonso, eu não vou conseguir... _ ela teatralizou um choro.



_Annie, se você fosse um soldado, eu gritaria com você! _ perdi a paciência.



_Desculpe. _arregalou os olhos. _ Mas como eu sou uma menina tão boazinha, você vai ser bem paciente, né?



Fizemos um alongamento e eu vigiei seu primeiro dia de exercícios, depois partimos para o supermercado, era dia de fazer compras.



_Se você quer mesmo potencializar os seus resultados, não adianta trabalhar só nos músculos, é preciso cuidar do seu interior. _ expliquei-lhe e pegamos um carrinho.



_Sim, explique-me, professor. _ disse em tom de brincadeira, caminhando sempre ao meu lado.



_O tomate, por exemplo. _ peguei um bem vermelho, joguei para o alto e depois agarrei-o no ar. _ Eles não são o enfeite da salada. São super ricos de antioxidantes. Sabe o que isso significa? Ele combate os radicais livres e retarda o envelhecimento! Vamos levar.



Escolhemos alguns e colocamos no carrinho.



_Agora minha preferida! _ peguei um cacho de bananas. _ Elas são carregadas de potássio, vitamina C e amido e isso é ótimo para quem faz exercícios físicos. Anota aí!



Assim fomos passeando pelas gôndolas e escolhendo os alimentos mais apropriados. Aos poucos, Annie olhava para mim com respeito e atenção. Senti-me importante e feliz por ela estar me admirando. Tudo que eu sempre pesquisei para mim mesmo a vida inteira poderia dividir com ela e isso me alegrava e elevava a moral.



_Alfonso, nunca entendi bem a diferença entre Light e Diet. _ Annie perguntou.



_Ah, essa é uma coisa que os comerciais de televisão nunca explicam mesmo na hora de falar dos grandes milagres dos produtos light e diet. Bom, pelo que sei é assim. O Diet não quer dizer que você não vai engordar, não. Eles eliminam algum ingrediente da fórmula do produto original. Tipo, pode ser que não tenha gorduras, ou açúcares, ou sódio, ou proteínas. Por exemplo, um chocolate diet, sem açúcar, tem praticamente a mesma quantidade de calorias do chocolate normal, sabe por quê? Porque possuem mais gorduras. Tudo que é diet, em geral, é recomendado para quem tem alergia, ou não pode mesmo comer algum tipo de substância. O exemplo bem clássico é dos diabéticos, hipertensos que não podem comer sal e tal.



_E o light?


 


_ Os alimentos diet tiram um ingrediente e os light reduzem 25%. Isso não quer dizer que o light emagrece mais que o diet, porque vai depender de que substância foi reduzida. Para isso é preciso reduzir algum ingrediente calórico como carboidrato, gordura ou proteína e não substâncias como o sódio, que é o sal light. _ expliquei-lhe.



_Ah! Saquei. _ Annie suspendeu as sobrancelhas.



Tentei guiá-la pelo melhor caminho do treinamento físico. Ela até que foi uma boa aluna e no cabo de três semanas já havia ganhando músculos e perdido gordura. Nossa rotina de treinos chamou a atenção do meu amigo Fonseca, que também corria por ali no fim do expediente. Ele parou ao meu lado.



_Eu ainda não acredito em tudo que me contou. É maluco demais! _ ele comentou e sabia que se referia a história toda do meu encontro com a Annie e como ela viera parar na minha vida. _ Você não acha que as coisas não acontecem por acaso?



_Pode ser... _ olhei o relógio. _ É isso aí, garota! Melhorou seu tempo! _ gritei para Annie que diminuiu o ritmo e veio até nós, ofegante.



_Já conhece? Meu amigo Fonseca, estudou comigo na academia. _ apresentei-lhe.



_Oi. _ ela sorriu e pegou mais ar. O suor escorria por seu pescoço e escorregava por entre seus seios escondidos sob a blusa e lá estavam dois marmanjos fixados nos seus mamilos eriçados, meu Deus, aquela garota era o caminho para o pecado. _ Vou tomar um banho, Alfonso, por hoje chega. _ riu.



_Tá, vai lá. _ disse-lhe e ela afastou-se, caminhando para nossa casa.



_Vocês já...? _ Fonseca insinuou.



_Não! _ franzi a testa. _ Eu estou gostando dela, mas olha, é só uma garota de quase dezoito anos! _ confessei-lhe o que nos afastava. Fonseca era um grande amigo, com ele podia me abrir. _ Mas não me falta vontade.



_Eu já vi de tudo nessa vida, cara, e acho que se é para você finalmente ser feliz, vai lá e conquista ela!



_Eu tenho medo de atropelar tudo e assustar porque me acho um tiozinho, sabe?



_É, vai ter que esperar mesmo o tempo dela, não dá para se afobar. Mas enquanto isso...



_Ah! Eu vejo a Belinda de vez em quando, mas não sinto nada por ela, é só tesão mesmo. Ela também não exige nada em troca, fica a combinação perfeita.



_... O corpo de uma e o coração de outra? _ ele completou.



_Mais ou menos isso. _ cruzei os braços. _ Cara, eu tenho que ir. _ apertei sua mão e voltei para casa.



Passando pelo corredor, percebi que Annie havia se esquecido de trancar direito a porta que estava meio empenada. O vento empurrou-a e eu pude ver a silhueta de seu corpo atrás do vidro fosco do box. Senti meu corpo em combustão com aquela imagem que ganhava todos os detalhes em minha cabeça. Olhei o relógio e não pensei muito. Peguei a chave do carro em cima da mesa e fui procurar Belinda.


Se eu não conseguia ser completo, que ao menos pudesse ser metade.
Mas não apenas uma das metades era suficiente, então, eu sempre voltava para casa em busca da presença de Annie, mesmo que só para senti-la por perto, em algum cômodo ouvindo música ou estudando. Passei por seu quarto e ela estava no computador.



Bati na porta três vezes e disse que eu podia entrar.



_Annie, preciso te dizer uma coisa.



_Fala. _ virou-se para mim.



_Eu te prometi que iria assistir o seu jogo, mas... não vai dar, eu vou estar em missão.



_Ah! Não! Alfonso... Eu...!



_Desculpe, mas é a minha profissão.



_Tudo bem. _ fez um semblante triste.



_Annie, lamento mesmo. Mas eu vou chegar do campo no sábado.



_O jogo é no sábado!



_Dificilmente dará tempo.



_Eu queria que alguém estivesse lá torcendo por mim.



_Eu também queria, você sabe disso. Por isso te ajudei.



_Entendo, você foi demais, nem sei o que seria de mim sem suas aulinhas.



Sorri.



_Eu queria que você não fosse militar.



_Annie!



_Só por um dia,Alfonso, só por um dia! _ explicou-me.



_Lamento mesmo... _ fiz um afago no seu cabelo e sai do quarto.



Annie me fez sentir culpado, não queria faltar por nada ao seu jogo porque eu era parte do processo, acompanhei tudo de perto. Agora eu não vivia apenas em função do meu trabalho, tinha uma outra pessoa a quem eu deveria corresponder às expectativas. Isso não era fácil, mas também dava mais valor à minha vida.



Eu fiquei com aquela idéia fixa na minha cabeça e não teve um dia que não lembrei de Annie no acampamento. Fiz de tudo para correr e alcançar o final do seu jogo. Joguei a mochila no chão da sala, corri para o quarto, me enfiei no primeiro jeans e camisa que encontrei no armário e peguei as chaves do carro.



Queria lhe fazer a surpresa de me ver. Quando cheguei ao ginásio do seu colégio, faltava cinco minutos para o fim do jogo. Sentei na arquibancada e a procurei com os olhos. Ela estava com as mãos levantadas fazendo barreira para aos adversários. Seu time vencia com uma vantagem de seis pontos.



Pensei em todas as emoções que perdi, mas não me condenei por isso, eu tinha conseguido estar ali contra todas as dificuldades. O árbitro apitou e elas começaram a pular e se abraçarem.



_Annie! _ gritei-lhe e ela virou o rosto para o lado.



_Alfonso! _ li meu nome nos seus lábios.



Ela correu até mim e chegou perto da grade onde eu estava.



_Você veio, não posso acreditar!



_Eu fiz o impossível.



_Eu imagino! _ ela riu e me puxou para abraçá-la. _ Obrigada.



_Eu pensei em a gente sair para comemorar.



_Claro!



Duas amigas de Annie aproximaram-se:


_Annie, vamos no carro do Fernando? A gente achou melhor ir para um rodízio mesmo.



_Tá... _ Annie voltou a olhar para mim.



_Tudo bem, não sabia que vocês tinham planos antes.



_Não... _ Dul interrompeu-me e virou-se para elas. _ Eu não vou poder ir, desculpe, mas estou feliz por termos ganho.



_Por quê? _ elas não se conformaram.



_Porque eu prometi ao meu amigo que a gente sairia.



Elas olharam para mim e depois para a Annie e aceitaram a desculpa.



_Tudo bem. _ foram embora.



_Annie, não precisava...



_Alfonso, eu sei dar o devido valor às pessoas. Você passou uma semana cansativa e correu para vir me ver jogar. Podemos pedir pizza em casa e você me conta como foi seu campo.



_Que bom que pense assim..



_Mas tem que ser com muito queijo gordurento, muita borda recheada, muito refrigerante calórico e, se quiser, pode ter um pouco daquele tomate com antioxidantes.


Sorrimos um para o outro.



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Autor(a): ponny_aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 144



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  • maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09

    Ameii, chorei, simplesmente lindo !

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09

    :)

  • blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31

    No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53

    Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51

    Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52

    Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3

  • blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06

    Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas

  • franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25

    ***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24

    Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*


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