Fanfics Brasil - Eu Posso Tentar (Anahí). O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA

Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Eu Posso Tentar (Anahí).

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Olhei para Alfonso em desespero. Eu estava sendo sufocada por aquele homem que surgira atrás de mim enquanto eu conversava com Priscila.



_Isso é um assalto! _ ele anunciou.



Todos saíram de suas barracas para verem o que estava acontecendo.
Meus amigos ficaram atônitos e em pânico. Porém, vi nos olhos de Alfonso que estava sob controle. Ele analisava os gestos do bandido. Tinha certeza que seu cérebro engendrava uma maneira de me tirar daquela emboscada.



_O que você quer em troca dela? _ Alfonso perguntou, com as mãos levantadas para o alto.



_Rui! _ ele berrou e tirou a arma da minha cabeça para fazer um gesto, chamando seu comparsa. _ Pega tudo o que esses mauricinhos têm!



_Ok, pessoal. Fiquem calmos! _ Alfonso disse, sem abaixar as mãos. _ Façam o que ele disse, entrem na barraca de vocês e tirem tudo de valor. Não reajam! _ coordenou a ação.



_Estão ouvindo o papai aí? _ o homem ironizou.



Eu não podia ver seu rosto, mas pelo corpo magro e a voz pouco grave, me parecia jovem, cerca de 25 anos.



_Eu vou pegar o dinheiro que trouxe na minha bolsa. _ Alfonso anunciou.



Suspeitei que estivesse planejando alguma coisa com aquela armadilha. Seu dinheiro ficava sempre no carro em um compartimento falso. Alfonso não o levara para dentro da barraca.
_Peça para o seu amigo me acompanhar. Depois, você me devolve a garota. _ ele negociou.



_Essa aqui você quer?_ o bandido apertou o meu seio e eu quis gritar de raiva e nojo.



Alfonso engoliu em seco, sua veia da testa estava pulsando de tensão.



_Rui, fica de olho nesse cara aí. _ o homem ordenou.



O garoto baixo e vestido de camisa de time de futebol largou a mochila de Priscila e entrou na barraca com Alfonso. Ele segurava um canivete e parecia um pouco apreensivo. Aquela deveria ser sua iniciação no crime.


Ouvimos alguns gemidos de dentro da barraca. Alguém lá dentro estava apanhando. Senti um frio na barriga. Comecei a chorar. Era torturante ouvir os gemidos. As meninas se abraçaram.



_Tá com pena do seu amiguinho? _ ele lambeu minha orelha e eu senti ásco.



_Solte ela! _ Alfonso saiu de dentro da barraca com um revólver apontado para a cabeça do bandido que me sufocava.



Então, era Alfonso que tinha batido no bandido?! Hei, ele não me contara que havia trazido o revólver! Por que Alfonso achara que iria precisar da sua arma no acampamento? Seja lá qual fosse a explicação, estava certo!



_Rui! _ o homem gritou e o companheiro não respondeu. _O que você fez com ele?



_Solte a garota ou farei bem pior com você. _Alfonso manteve o braço esticado em nossa direção.



_Alfonso, ele vai me matar, abaixa a arma por favor. _ pedi.



_É, seu babaca! _Carlos, o irmão da Lurdinha, gritou. _ Ele também está armado.



_Solte a garota. _ Alfonso mandou mais uma vez com voz imperativa.



O homem soltou-me e eu cai de joelhos no chão com seu empurrão. Minhas mãos ficaram raladas com as pedras. Tossi, ainda sufocada.



Olhei para cima. Agora era um apontando o revólver para o outro. Corri para perto dos meus amigos e Priscila me abraçou. Lurdinha não parava de chorar, em uma crise de nervos.



_Onde o idiota do seu amigo que chegar? _ Carlinhos virou-se contra Alfonso e acabou incitando meus amigos a se rebelarem. Mas nenhum deles tinha coragem de pronunciar qualquer palavra ou dar um passo.



Alfonso e o bandido ficaram assim por cerca de trinta segundos. O silêncio da noite só era rompido pelo soluço de algumas garotas. Alfonso surpreendeu-nos, quando girou o seu corpo, levantou a perna e com um golpe acertou o rosto do bandido, que foi ao chão. A arma caiu e foi para longe.



Demos um grito de susto e mais um passo atrás, com medo de alguma bala perdida. O bandido balançou a cabeça para os lados, tonto. Alfonso pegou a arma dele e colocou na cintura.
_Mãos na cabeça. Agora! _ gritou e continuou impondo a arma.



_Merda. _ o homem pôs as mãos na nuca.



Meu coração pulou de alegria e agora eu estava chorado de felicidade. Levei minhas mãos trêmulas à boca. Como Alfonso tinha feito aquilo? Ele dominara a situação!



Neste instante, o outro bandido mais novo saiu de dentro da barraca cambaleante. Tinha o rosto inchado e o nariz sangrando.



_Para lá, senta aí com seu amiguinho. _ Alfonso apontou com o revólver. _ Quem tem um telefone de câmera? _ Ruan olhou para nós.



Priscila deu um passo a frente.



_Tire uma foto de cada um. _ Alfonso ordenou.



Minha amiga, mesmo tremendo, tentou seguir as ordens de Alfonso.



_Olhem para lá e digam "x" _ Alfonso puxou o cabelo de um deles e levantou o seu rosto.



_Preciso de quatro cadarços grandes. Rápido. _ Alfonso pediu e os meninos começaram a desamarrar seus tênis.



_Você escolheu o acampamento errado. _ Alfonso continuou segurando o bandido pelo cabelo. _ E você mexeu com a minha mulher!



O homem fez uma careta de dor, sua boca sangrava e ele perdera o controle da situação. Flávio aproximou-se com os cadarços.



_Agora amarra as mãos deles. _ pediu à Flávio.



Alfonso verificou se os nós estava bem apertados.



_Venham comigo, agora! _ mandou e os bandidos seguiram-no.



Alfonso colocou-os na caminhonete e, com ajuda de Flávio, amarrou os pés dos bandidos.



_Aonde você vai?! _ perguntei a Alfonso.



_Terminar esse serviço. _ respondeu-me e beijou minha testa.



_Você vai matá-los?_ Priscila perguntou.



_Eu bem que gostaria, mas não é esse o meu trabalho. _ Alfonso abriu a porta do carro e percebi que colocou a mão no lado esquerdo, abaixo das suas costelas. Estava sangrando. _ Eu não vou demorar. _ ele ligou o carro.



Ficamos atônitos em volta da fogueira, ainda sob o efeito daquele recente perigo. Podíamos estar mortos, feridos e sem nenhum objeto de valor. Ninguém conseguiu dormir ou parar de falar no assunto. Cada um recontou a parte que mais lhe chamara a atenção. Seguimos assim madrugada à dentro até Alfonso voltar.



_ Ele deu uma de fortão, mas foi sorte! Porque podia ter matado a Annie. O cara estava armado. Qual é a dele, quer ser super herói?! _ Carlinhos era o único do contra.



_ E o que você faria se a arma estivesse apontada para sua irmã? _ Alfonso apareceu atrás de Carlinhos e colocou a arma na sua cabeça.



Respirei fundo. Que bom que ele voltara!



_Ouuuouuuou, cara! Não brinque com isso! _Carlinhos assustou-se.



_Eu não estou brincando! Ou você acha que eu estava brincando? _Christopher perguntou.



_Eu só disse que você se arriscou._ Carlinhos manteve sua opinião.



_É?! E como você enfrenta o perigo sem riscos?! _Alfonso ficou na sua frente.



_Você podia ter matado a Annie.



_O que você faz da vida, grande gênio? Sai com a turma com o dinheiro dos seus pais, com o carro dos seus pais...



_Quem você pensa que é? _ Carlinhos empurrou Alfonso.



_Gente, vamos parar?! _ Flávio pediu.



_Sabe quantos tiros se dá com uma arma de brinquedo?!_Alfonso perguntou._ A minha era de verdade, mas a do bandido não.



Carlinhos franziu a testa.



_Aquela arma era de brinquedo? Como você sabia?



_Esse é o meu trabalho! _ Alfonso colocou sua arma na cintura.



_Então, por isso... _ Carlinhos levantou-se.



_Sabe qual é a diferença entre nós dois, play? _ Alfonso encostou com força o dedo no peito de Carlinhos e esse se desequilibrou para trás. _ Eu não ponho em risco a mulher que eu amo.



Senti os olhos de todos se voltarem para mim e meu coração acelerou.


Alfonso respirou fundo e usou agora uma voz amigável para mostrar sua fragilidade:



_Preciso de água para limpar o que aquele bandido de merda fez em mim. _ Alfonso tinha um corte superficial no braço.



As meninas se apressaram para ver quem lhe dava primeiro a sua garrafa de água.
Eu ainda estava sem ação. Ele me salvara, dera uma lição de moral em Carlinhos e... Não tenho palavras.



_Podem dormir que a emoção acabou por hoje. Amanhã cedo vamos partir, estou cheio desse parquinho de vocês._ Alfonso ordenou e afastou-se do grupo.



Ele entrou na nossa barraca e eu o segui.



_Você é forte o suficiente para fazer tudo sozinho ou precisa de mim? _ sentei-me à sua frente.



Alfonso deu-me a bolsa com os curativos e deitou-se no colchonete. Passou a mão na cabeça, aliviando as tensões.



_Você poderia tirar isso da cintura? _ pedi.



_Está travada. _ ele puxou o revólver e o colocou ao lado do colchão._Eu fiquei maluco quando vi aquele cara com as mãos em você. _ disse-me e riu de nervosismo.



_Deu para perceber. _ limpei seu ferimento. _ Acho que você vai até ganhar um fã clube, virou o herói por aqui. Não ouviu os suspiros?



_Eu senti um ciúme no ar? _ ele tocou na ponta dos fios do meu cabelo.



_... _ sorri e não lhe respondi.



Enquanto eu fazia o curativo, Alfonso me olhava. A luz do lampião iluminava seu rosto com um brilho amarelado. Eu agradeci em silêncio a Deus por estar salvo.


Tive tanto medo de perdê-lo. Ele era a coisa mais importante agora na minha vida.
As cenas não me saíam da cabeça. Parece que eu podia ouvi-lo mandar o homem me soltar. A sua voz ainda ressoava aqui dentro: "Você mexeu com a minha mulher", "Sabe qual é a diferença entre nós dois, play?Eu não ponho em risco a mulher que eu amo. Eu dou a minha vida por ela."



Contou-me que entregou os bandidos à polícia e descobriu que por ali era comum haver assalto a turistas. Nem sei o que seria de nós sem Alfonso.



Acabei de fazer o curativo e ele se sentou. Ficamos com o rosto muito perto um do outro.



_Eu tive muito medo. _ disse-lhe.



_Não mais que eu. _ falou baixinho e nos olhamos nos olhos, depois um para a boca do outro.



_Você me pareceu tão forte, com controle de tudo.



_É só treinamento. _ respondeu. _ Mas não é possível treinar o coração para suportar alguém ameaçar a vida...



_Você disse ao Carlos "a mulher que eu amo"... _ interrompi-o com aquela lembrança.



_E não retiro o que disse. Eu perdi a cabeça com aquele garoto mimado.



_Eu vim para você... _ toquei seu rosto triangular, sentindo os ossos, a pele, a barba rala. _ ... E vim para ficar.



_Eu sei. _ Alfonso beijou-me e eu acariciei o cabelo espetado da sua nuca.



Deitamos lado a lado e ele me envolveu com seus braços. Ficamos com nossos narizes quase colados.



_Você é a pessoa que mais me amou. _ falei-lhe. _ Arriscou sua vida por mim.



_Eu espero que um dia você me ame da mesma forma.



_Me deixa tentar? _ repeti o que ele tinha me dito na gruta. Eu queria mostrar-lhe que podia amá-lo, mas não só em palavras, e sim, em atos.



Ele sorriu e me beijou levemente os lábios.


 



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Autor(a): ponny_aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 144



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  • maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09

    Ameii, chorei, simplesmente lindo !

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09

    :)

  • blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31

    No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53

    Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51

    Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52

    Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3

  • blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06

    Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas

  • franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25

    ***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24

    Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*


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