Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso
Insondável coração ( Alfonso)
Quando a conheci, o que primeiro vi foram seus olhos pela janela da porta, um par de Azul penetrante. Tive medo de que minhas palavras retirassem as colunas que sustentavam sua vida. Mas, Annie me pedia que lhe contasse com facilidade o que, para mim, era um suplício.
Estranha essa sensação. Levei anos para aprender a matar, mas não conseguia comunicar a filha de uma pessoa que seu pai morrera por acidente.
_Anahí, o seu pai...
_Ele não é o meu pai, é o meu padrasto. _ consertou, mas eu não sabia o quanto aquilo poderia melhorar sua compreensão sobre os fatos.
_Ele morreu. _ duas palavras foram o máximo que consegui para resumir de uma vez a situação.
_Quê? _ seus olhos, a única ponte entre nós, se fecharam e abriram lentamente, como se estivesse acordando, querendo acreditar que era mentira. _ Mas, ele saiu daqui não faz muito tempo...
Assim é a vida. Saímos de casa pensando no dinheiro do aluguel, na carne que temos que comprar no açougue, na volta do trabalho, no futebol e, simplesmente, não voltamos.
_Foi um acidente, seu padrasto levou um tiro de uma arma que...
Ela simplesmente desmaiou.
_Droga! _ bati no peito do meu soldado para acordá-lo para a realidade. _ Vamos ter que entrar.
_Como? _ perguntou.
Olhei para o lado da casa, havia um corredor separado por um portão de ferro.
_Você escala uma montanha, um muro não é tão difícil. Ela pode ter batido a cabeça.
_E o cachorro? O que eu faço com o cachorro?_ perguntou.
_Eu é que não tenho o que fazer com um cachorro. Se livra dele e pula o portão. Tem que abrir a porta da sala por dentro. A vida dela é mais importante, deve ter entrado em estado de choque.
O soldado hesitou por um momento.
_ Ora, vamos!_bradei.
Ele pulou e ouvi um ganido.
_O que foi isso?
_Eu pisei no cachorro! Acho que matei ele, Capitão!
Mais essa! Só espero que isso não aumentasse a pilha de papéis que iria preencher. Passei pela porta aberta pelo soldado.
Lá estava Annie aos meus pés, recurvada e com as mãos tateando o nada.
_Calma, você deve ter tido uma queda de pressão... _ falei baixinho. _ Vou levar você comigo.
Trouxe-a comigo até o hospital, onde ficou no soro em observação.
Permaneci ao seu lado na maca.
_Eu ouvi um latido de Fred... Vocês machucaram ele? _ balbuciou.
_É, tivemos que pular o muro e ele acabou ferido...
_Quê? _ ela levantou a cabeça e seus olhos encheram-se de lágrimas.
_Mas... ele morreu?! Diz que não morreu!
_Anahí, eu tinha que te tirar de lá. _ expliquei.
Ela virou o rosto para o outro lado. Respirei profundamente. Não poderia gritar, mandar fazer flexão, nada, só receber seu desprezo calado. Definitivamente, eu não sabia lidar com garotas.
_E agora? _ virou-se abruptamente e perguntou-me.
Era melhor que tivesse prolongado o desprezo. Aquela pergunta era difícil demais.
No enterro, Annie pareceu-me mais triste pelo cachorro perdido que pelo padrasto ou talvez fosse coisa da minha cabeça. Nunca cheguei a descobrir os mistérios insondáveis do coração de Annie.
Ficou parada sozinha na frente do caixão. Eu não consegui deixá-la. Havia jurado que não faria isso.
_E agora? _ perguntou-me mais uma vez e olhou para mim, levemente erguendo a cabeça para cima.
_O que posso fazer para te ajudar? _ perguntei.
_Não vai embora... _ pediu.
Continuamos olhando para frente. Eu não podia levá-la para minha casa, o que iriam pensar?
_Anahí. _ chamei-a pelo nome. _ Seu padrasto, antes de morrer, me fez jurar que cuidaria de você.
_Fez?
_É. Só que eu estou me transferindo, já está tudo pronto e... Como farei isso? Longe?
_Eu não tenho ninguém por mim mais...
_Tem a mim. _ disse-lhe. O juramento me perseguia.
_Por que? Vai me levar com você?
_Você disse que não tem ninguém aqui por você. _ dei de ombros.
Ela olhou pensativa mais uma vez para frente.
_E o que diremos? Que sou sua irmã?
_Podemos falar que sou seu pai.
_Eu, com 17 e, você, com...?
_32.
_É... Você teria sido um pai adolescente. _ ponderou.
Ela fitou-me longamente.
_Você sabe o que está propondo? _ fez uma careta.
_Já está criada mesmo. _ sorri de canto de boca.
Autor(a): ponny_aya
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Sentada no sofá de casa sozinha, senti-me sem opções, na encruzilhada. Respirei fundo e continuei olhando para a parede amarelada. “Podemos falar que sou seu pai”, a voz de Alfonso na minha cabeça lembrava-me que havia sim uma última opção. Eu não teria dinheiro para quitar o restante das ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 144
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maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09
Ameii, chorei, simplesmente lindo !
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09
:)
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blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31
No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53
Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51
Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52
Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3
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blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06
Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas
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franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25
***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)
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cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24
Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*