Fanfics Brasil - Sem Voz. (Anahí) O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA

Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Sem Voz. (Anahí)

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O que Poncho acharia quando me visse naquele vestido? Ai, minha vontade era tão grande de poder contar tudo em detalhes para ele. Mas não podia, tinha que manter segredo.


 



Caminhei pelo corredor até a sala para ver quem era a visita. Eu estava cada vez mais sociável e aprendendo a ser uma ótima anfitriã.


 



_Oi!_ falei sorrindo, exultante de felicidade por causa da proximidade do meu casamento, eu transbordava alegria.


 



Meu coração parou. Eu senti que parou! O mundo pareceu se congelar. Minha respiração estancou no peito e não quis sair.


 



Não era possível. Eu estava diante da minha mãe, daquela que há tantos anos se foi, deixando um bilhete com duas moedas de um real em cima.


 



_Oi, meu amor... _ Poncho veio para perto de mim e me abraçou, afastou meu cabelo e me beijou o rosto.


 



Minha mãe olhou para nós dois e sorriu:


 



_Olha que belo casal. _ senti uma certa ironia em sua voz.


 



_O que ela faz aqui? _ perguntei para Poncho baixinho, quase sem voz.


 



_Quanto tempo... A vida permitiu que...


 



_O que vo-cê faz aqui, na minha casa?! _ perguntei para ela, já irritada com a surpresa.


 



_Ora, vejo que ensinou boas lições de rebeldia, Alfonso.


 



_Vocês se conhecem? _ perguntei, sentindo que a interação entre eles era familiar demais para o meu gosto.


 



Ele não respondeu, abaixou a cabeça.


 



_Poncho... _ eu senti meus olhos se encherem de lágrimas e meu queixo começou a tremer como minhas mãos. _ ... Eu estou falando com você! Me responde, o que está acontecendo aqui?


 



_Calma, Annie, eu posso te explicar... _ ele se aproximou de mim de novo e eu dei um passo atrás.


 



_Vocês dois estão muito estranhos...


 



_Acho que posso te explicar. _ minha mãe chegou mais perto e me segurou pelo queixo. Forçou-me a olhar a imagem de nós duas refletidas no espelho. _ Veja como parecemos, os mesmos olhos, o mesmo cabelo, os mesmos seios... _ falou no meu ouvido com uma voz sinistra.


 



_Solta ela! _ Poncho ordenou.


 



_Quando ele não pode ter uma, é só ficar com a outra.


 



Procurei Poncho no espelho e vi sua imagem inerte.


 



_Ele nunca te contou que eu fui seu primeiro amor? _ perguntou-me.


 



Eu fechei os olhos e apoiei as duas mãos no móvel, onde ficavam os porta-retratos. Senti que meu corpo ia vacilar.


 



_Você não é um ser humano, você é um monstro! _ Poncho gritou com ela e me pegou pelos braços.


 



Eu não conseguia respirar, senti que ia desmaiar. Tudo ficou embaçado. Nuvens brancas e uma dormência na nuca, as pernas vacilaram.


 



_Annie, estou aqui... _ ele me trouxe até o sofá, onde sentei.


 



_Se você disser mais uma palavra... _ Poncho apontou o dedo na cara da minha mãe. _... Eu juro que arrebento todos os dentes que você tem na boca! _ ameaçou. Eu nunca o vi com tanto ódio e descontrole. _... Eu já venho, meu amor, vou buscar uma água para você. _ disse-me, acariciando meu rosto.


 



Levantei lentamente os olhos. Ela me encarava de braços cruzados.


 



_Você engravidou de outro homem, abortou e...?


 



_É, vejo que ele lhe contou. Mas esse aí não era flor que se cheirasse. Ficava com umas e outras, era um imaturo mesmo...


 



_Você foi a garota que ele amou...?


 



_É, acho que ele amou. Tentou até se matar... _ disse aquilo com pouco caso.


 



_E o que você faz aqui...? _ eu falava bem devagar, quase com a voz arrastada.


 



_Eu quero saber o que ganho com a morte do seu padrasto.


 



_Toma, Annie. _ Poncho agachou-se na minha frente e me ofereceu o copo.


 



Eu o olhei no fundo dos olhos e engoli em seco. Sentia a emoção vindo a tona como um vulcão que vai entrar em erupção. Duas grossas lágrimas caíram pesadas sobre minhas bochechas. Depois mais duas. Eu me diluía lentamente.


 



_Não faz isso, por favor... _ os olhos dele se encheram de lágrima também. _... Você está me cravando uma faca no peito. _ disse-me.


 



Com os olhos embaçados pela cortina de lágrima, olhei minha mãe mais ao fundo, com um ar quase feliz de superioridade.


 



Ela fora o grande amor de Poncho? Então, o fizera sofrer daquela maneira? Seu papel na “peça Daniel” era da garota sem coração, mais velha? E eu? Claro, eu era a menininha de quatro anos que vivia com meus avós.


 



Eles não precisavam dizer muita coisa porque as peças, sozinhas, se arrumavam em minha cabeça e montavam cenários dolorosos de se ver.


 



_Então,Alfonso, como faço para ganhar meus direitos? O Fernando deve ter deixado dinheiro para a família... _ ela perguntou, alheia ao que estava acontecendo entre Poncho e eu.


 



_O que faz? _ ele levantou-se e deixou o copo de água em cima da mesinha de centro. _ Não sei. Nem me interessa saber. Se você era casada no papel, procure a justiça. _ deu de ombros. _ Pode fazer o que quiser da sua vida, continue sendo essa vagabunda que sempre foi, é o melhor e único papel que sabe representar.


 



_Como tem coragem de dizer isso...?


 



_Eu falo o que eu quiser porque eu estou na minha casa e você não foi convidada. Ponha-se para fora agora! Não me apareça aqui nunca mais! _ Poncho abriu a porta e estendeu a mão para apontou para a saída.


 



_Não acredito que está...


 



_Sim! _ ele perdeu a paciência e a pegou pelo braço. _ Estou te expulsando.


 



Ela olhou para mim por um relance de segundos, depois, Poncho a empurrou para fora.


 



_... Você nunca lembrou que tinha uma filha! Não se preocupe, ela aprendeu a não precisar de você. _ bateu a porta com toda força e depois se recostou nela.


 



Poncho abaixou-se até ficar de cócoras e levou as mãos ao rosto. Esperei que me olhasse e não demorou para fazê-lo.


 



_Eu acho que precisamos conversar. _ levantou-se e veio sentar ao meu lado.


 



Simplesmente, eu não tinha força para dizer nada.


 



_Eu sabia que sua mãe tinha uma filha pequena que vivia com a avó, mas nunca a vi. Você tinha quatro anos, na época em que a conheci. Você era filha de um ex-namorado dela que sumiu. Mas era como se você nem existisse, porque a Elisa não falava de você para mim. Aconteceu aquilo tudo, que já sabe. Perdi contato totalmente com Elisa. Só que ela me procurou no ano passado, antes de te conhecer. Nós acabamos passando uma noite juntos. Coisa que me arrependo até hoje. Eu descobri, então, que Elisa estava morando com um dos sargentos que eu conhecia. Por uma loucura do destino ele morreu nos meus braços, pedindo que eu cuidasse de você. Ele andava meio perturbado por estar desconfiando de alguns amigos, ele sabia que a mulher não era flor que se cheirasse...


 



Poncho, finalmente, estava abrindo o jogo como nunca;


 



_... Algumas vezes, me perguntei se aquele tiro não foi acidental. Sei lá... Se sua mãe ficou com mais alguém e seu padrasto arrumou confusão. O fato é que, seja lá por que, aquele tiro foi disparado e mudou totalmente a minha vida. _ Poncho tinha os olhos cheios de lágrima. _... Annie, ele morreu me pedindo para cuidar de você.


 



Lembrei da primeira vez que vi Poncho, na janelinha da porta de casa. Depois, seus braços fortes me pegando no colo para me levar ao hospital. Eu chegando molhada em sua porta e pedindo para me proteger...


 



_Annie, não é verdade o que ela disse. Eu não procurei sua mãe em você! Eu me apaixonei de verdade por vo-cê! Eu tinha tanto medo de te perder que preferi esconder toda essa dor. Eu sei que você passou muitas tempestades mentais, mas eu escondi as minhas por amor a você. Agora, está dentro do meu coração. Eu não posso evitar o que sinto. Esse sentimento cresceu muito nesse um ano em que estamos juntos. Você é tudo que eu sempre quis e que não encontrei na sua mãe. Me dá uma chance que eu posso fazer dar certo com nós dois. Eu vou tentar ser uma pessoa especial e te dar tudo de mim. Eu...


 



Levantei-me e ele me seguiu com os olhos.


 



_Aonde vai? _ Alfonso correu e se pôs na minha frente.


 



_Não diz mais nada... _ falei baixinho com a voz embargada.


 



Caminhei até a cozinha e peguei minha bolsa.


 



_Annie, não, não, não pode me abandonar, não pode sair assim, não... _ ele ficou transtornado.


 



_... _ estendi as mãos no ar e fiz um sinal para que parasse. Eu não conseguia dizer nada, estava entalada. _ Eu só... _ engoli em seco. _... Só preciso respirar.


 



Caminhei para o portão e ele ficou para trás.


 



Liguei para Priscila.


 



_Está em casa?


 



_Annie? O que está acontecendo? Você está chorando?


 



_Eu... _ comecei a soluçar, sem voz.


 



_Não diz nada, vem para cá!


 



Quando toquei a campainha, ela abriu a porta e me abraçou.


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Ultimo de hj comentem!!



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Autor(a): ponny_aya

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Gennnteeee Nao vou poder postarr esses dias!!! Até Sexta ou Sabado!!


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 144



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  • maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09

    Ameii, chorei, simplesmente lindo !

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09

    :)

  • blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31

    No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53

    Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51

    Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52

    Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3

  • blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06

    Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas

  • franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25

    ***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24

    Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*


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