Fanfics Brasil - Espera (Alfonso) O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA

Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Espera (Alfonso)

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O médico respirou fundo, depois olhou para os óculos que segurava na mão e levantou as sobrancelhas grossas e grisalhas:



_Você pode me acompanhar até a minha sala? _ pediu, esticando o braço para tocar o meu ombro.



Não disse nada, apenas aceitei sua indicação do caminho e deixei para trás Fonseca e minha mãe. Caminhamos por aquele corredor frio e com um forte cheiro de éter. Entramos na terceira porta e ele sentou-se à mesa.



_Seu nome é Alfonso, certo? _ olhou na ficha em sua mesa e folheou os papéis em que eu tinha dado entrada no hospital.



_Doutor, se puder me dizer logo o que está acontecendo... _ pedi, com as mãos entrelaçadas e apertadas entre os joelhos unidos, nervoso e muito ansioso.



_Meu rapaz, acho que a sua mulher é muito forte. Ela perdeu bastante sangue...



Isso tudo eu já sabia! Mas não o interrompi, afinal, se era realmente preciso aquela introdução com tanta redundância para que eu pudesse agüentar o que viesse depois, então, que eu só ouvisse.



_Nós conseguimos retirar o projétil e também monitorar o bebê durante a cirurgia para que ele também ficasse bem. Eram duas vidas em nossas mãos!



_As vidas mais importantes para mim agora.



_Eu imagino. Soube pela enfermeira que ela passou por um seqüestro e isso deve ter sido horrível para vocês.



_Realmente, foi um grande trauma que eu nem sei ainda os efeitos porque sinto que a ficha não caiu. Parece que ainda estou em estado de tensão máxima e uma hora vão desligar a tomada e eu vou cair.



_Por isso aconselho que descanse. Pois bem, Alfonso, como eu dizia, sua esposa está viva, mas ela não está consciente. Ela, mais precisamente, está em um estágio comatoso.



_Em coma? _ repeti aquilo. Eu não sabia o que era aquele estágio comatoso, mas, se fosse o que eu conhecia de coma, ela estava vegetando? É isso?! Tentei não me desesperar antes que ele pudesse terminar. _ Como assim? Não disse que ela está viva, que...? _ não agüentei e comecei a fazer perguntas.


_Alfonso, ainda temos muito que estudar na medicina sobre a complexidade da mente humana. Os neurocientistas se debruçam sobre este tema há anos e ainda sinto que mal começamos. Mas, eu vou tentar te explicar de maneira bem simples o que já sabemos até então. O coma é uma lâmpada que tinha um brilho bem forte, mas, de repente, por algum motivo, ficou muito fraca. Tecnicamente falando, é um rebaixamento do nível da consciência.



_Ela está igual um vegetal



_O cérebro tem uma parte que funciona no “piloto automático”, como, por exemplo, o estado de sono e de vigília, os reflexos de sucção, reação do acompanhamento do olhar e muitos outros. No coma, sobra esse automatismo do cérebro e a pessoa continua respirando e o sangue sendo bombeado pelo coração. Já no estado vegetativo a pessoa, não tem essas funções voluntárias, precisa dos aparelhos para mantê-la viva. No coma, a pessoa pode voltar depois de anos!



_Anos? _ repeti aquilo, quase sem voz. Eu estava desolado._Mas, peraí, se ela está em coma, como fica o bebê?



_Isso é que vamos tentar fazer de tudo para resolver. Temos que manter suas condições vitais para que termine de gerar o bebê. Alfonso, ela pode acordar daqui uns dias, daqui meses, anos...



_Ou nunca mais?



_Isso só o tempo dirá. Os médicos não salvam, eles só aliviam as dores, meu rapaz. _ explicou humildemente. _ Eu vou perguntar se já pode vê-la.



_Tudo bem. _ levantei-me.



_E... _ ele pareceu ter esquecido de alguma coisa quando girou a maçaneta da porta. Virou-se para mim. _... As pessoas em coma podem ter reflexos, apertar a sua mão quando tocá-la, abrir e fechar os olhos, mexer a cabeça... Mas, isso não significa...



_Já entendi, são reflexos voluntários que ela não controla?



_Exato. _ ele deu-me um tapinha nas costas e apoiou a mão no meu ombro. _ Você pode voltar para a sala de espera que eu peço para uma enfermeira avisá-lo.



_Obrigado. _ apertei sua mão.



Fui recebido pelos olhos apreensivos de minha mãe. Tentei repassar-lhe tudo que o médico me dissera. Logo em seguida, chegou Fonseca com uma roupa para eu vestir que fora buscar em minha casa à pedido da minha mãe. Dei-lhe as últimas notícias. Depois, foi a vez de repetir tudo à mãe de Dul, que se encarregou de bom agrado de comunicar à imprensa.



Procurei um banheiro para trocar de roupa. Lavei os braços e o rosto. Sequei-os com a toalha de papel e a joguei no lixo. Voltei para a sala de espera.



_Você é o marido da paciente Anahí? _ a enfermeira aproximou-se de mim. _ Pode me acompanhar?



_Claro. _ levantei-me e a segui.



Passamos para uma área silenciosa do hospital. Um corredor vazio e comprido que trazia uma sensação de opressão. Pus as mãos no bolso, acuado. Uma parede com a metade superior de vidro me separava agora do quarto onde Annie estava. A enfermeira abriu a porta para que eu pudesse entrar. Deixou-nos à sós.



_Meu amor... _ toquei na sua mão delicadamente. _ ... Eu vou estar com você. _ inclinei-me sobre ela e beijei-a na testa. _... Dorme o quanto for preciso para você se recuperar e cuidar do nosso menino. Ele vai ser muito bagunceiro, sabia...? _ afastei com as pontas dos dedos os fios do seu cabelo para o lado. _ ... Você vai precisar de muita energia para agüentar o pique!



Os dois primeiros dias eu fiquei ao lado dela. A enfermeira aconselhou-me a ir para casa descansar. Eu lhe disse que me sentiria culpado se a deixasse.



_Nós cuidaremos bem da sua esposa. Não há nada que possa fazer diretamente para ela sair do coma. Eu já vi muitos casos e sei que pode demorar um tempo. É hora de pensar em se restabelecer para enfrentar tudo com mais forças. Senão, vou te ver naquela maca ali daqui a pouco e não estou a fim de te dar banho, hen?!



Eu ri e balancei a cabeça para os lados. Ela estava certa.



_Vocês me ligam se...?



_Claro, será a primeira coisa que faremos!



Antes de sair do quarto, ainda olhei Annie por um instante. A enfermeira me fez um sinal de que tudo ficaria bem e sorriu. Suspirei.



Chegando em casa, senti que estava sem forças, caí na cama e ainda ouvi minha mãe perguntar se eu queria comer alguma coisa.



_Eu só quero dormir também...
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RESPONDENDO COMENTARIOS
Edlacamila:Psé,um ponchito jr. :3Também fiquei com muita raiva da mãe da Annie!Postando.


Franmarmentini:Muié tu só vive viajando.Haha


Fotos do Poncho e da Belinda se beijando.Sim.Isso não sei...


Blueorangee:Nesse cap vc verá.Continuando!



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Autor(a): ponny_aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 144



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  • maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09

    Ameii, chorei, simplesmente lindo !

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09

    :)

  • blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31

    No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53

    Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51

    Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52

    Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3

  • blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06

    Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas

  • franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25

    ***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24

    Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*


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