Fanfics Brasil - Enquanto você dormia ( Anahí ) O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA

Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Enquanto você dormia ( Anahí )

488 visualizações Denunciar


Nuvens brancas. Paz. Sensação de ausência física. Silêncio e calmaria. A alma era apenas um estado de espírito sem ação material nenhuma que a revestisse.


 



Aos poucos, senti o levantar do meu diafragma e o ar enchendo os pulmões como se eu nascesse outra vez. Minhas pálpebras tremeram e um facho estreito de luz horizontal apareceu, depois, se ampliou e eu abri completamente os olhos.


 



_Minha filha! Ela acordou! _ ouvi uma voz ao meu lado.


 



Fechei novamente os olhos, sentindo que a luz me irritava as vistas.


 



_Enfermeira, enfermeira, ela acordou!


 



Abri as pálpebras com esforço e vi um rosto acima do meu.


 



_Filha, você pode nos ouvir?


 



_Posso... _ respondi, sentindo a voz sair pela primeira vez baixa e rouca da minha boca.


 



_É um milagre!


 



Meus dedos foram apertados por uma mão fria. Estava ainda muito fraca, como se eu fosse um corpo em câmera lenta, movendo-se em slow motion.


 



_Anahí... _ ouvi uma voz masculina. _Está nos ouvindo bem? Consegue falar?


 



Olhei-o. Agora conseguia distinguir mais claramente os detalhes da imagem antes embaçada e esfumaçada. Era um homem de jaleco branco e camisa azul por dentro. Tinha o cabelo grisalho caindo na testa. Sorriu.


 



_Oi..._ respondi.


 



_Estamos felizes de ter você aqui de volta! Sua mãe está ao seu lado.


 



Virei meu rosto para ela e tomei consciência de sua presença.


 



_O que faz aqui? _ perguntei, franzindo minha testa e sentindo a pele do meu rosto esticar com o movimento.


 



Ela tinha ido embora de casa. Por que voltara agora?


 



_Eu vim ficar ao seu lado, minha querida. _ sorriu e acariciou o meu cabelo, enquanto sua mão não se soltava da minha.


 



_Por que eu estou aqui...?


 



Ela olhou-me por alguns segundos, como quem não entende a pergunta e depois procurou os olhos do doutor do outro lado da cama para pedir ajuda.


 



_Anahí, qual a última coisa de que você lembra? _ o homem perguntou-me.


 



_Não sei... _ fechei os olhos, aquele esforço me deixava ainda mais cansada.


 



_Tente pensar em uma imagem, qualquer coisa. _ pediu ele.


 



_Eu estou em casa e meu padrasto saiu para trabalhar como sempre... _ respondi, lentamente.


 



_Claro. _ ele aceitou aquelas poucas imagens como respostas. _ Não precisa forçar, querida, aos poucos tudo vai voltar à sua mente.


 



_Mas o que aconteceu comigo para eu estar no hospital? _ perguntei, pois queria uma resposta para meu estado.


 



_Você se lembra do Alfonso? _ minha mãe tentou ajudar.


 



_Não... Quem é Alfonso? _fiz uma careta. _ Por que todo esse suspense?


 



_Anahí, você vai ter todas as explicações que quiser, mas só quando estiver mais forte para lidar com as situações. _ o médico me garantiu. _ Agora eu vou fazer alguns testes com você e quero que me responda o que sente.


 



_ ... _ não disse nada de volta. Estava terrivelmente confusa, como se minha cabeça fosse uma caixa com cacos de vidros que estivessem sendo chacoalhados.


 



_Você sente o quê? _ perguntou-me.


 



_Que está fazendo cócegas no meu pé. _ respondi com um sorriso. _ Apertando o meu dedão... Agora, o dedo mindinho.


 



_Que maravilha! _ ele vibrou em comemoração.


 



_Consegue levantar o seu braço? _ pediu.


 



_Sim... _ levantei-o, mas estava fraca para sustentá-lo no ar por muito tempo.


 



_Ótimo! _ ele sorriu e fez anotações na sua prancheta. _ Eu vou falar em particular com a sua mãe e depois ela ficará com você.


 



Eles se afastaram e eu ainda me senti sonolenta, com a cabeça pesada. Vi de canto de olho ambos conversando do outro lado do vidro que separava o quarto do corredor. Vez por outra, minha mãe olhava para mim e depois para o médico. Por que eles tinham um semblante de gravidade?


 



Minha mãe fechou a porta do quarto atrás de si sorrindo e puxou um banco para sentar-se ao meu lado.


 



_Mãe, você voltou?




_Voltei quando soube que você estava assim...


 



_E o meu padrasto, cadê? Ele sabe que estou aqui?


 



_Há muitas coisas que aconteceram enquanto você dormia.


 



_Vocês brigaram outra vez?


 



_Podemos falar só de você?


 



_É o que mais quero. Quanto tempo estou dormindo?


 



_Na prática, três semanas.


 



_Hum... três semanas._ repeti.


 



_Em teoria, um ano e meio. _ acrescentou ela, meneando a cabeça para o lado.


 



_Um ano e meio! _ senti um estado de pânico.


 



_Está tudo bem... _ ela apertou minha mão com força e a beijou.


 



Olhei para os meus dedos da mão esquerda e vi uma aliança.


 



_O que é isso? O que aconteceu nessas três semanas? Eu casei?


 



_Casou.


 



_Quê? Como? Eu ainda estou no colégio!


 



_Não, você já está na faculdade. _ ela corrigiu.


 



_Ai, meu Deus, eu não lembro de nada... _ senti vontade de chorar.


 



_Hei, hei, meu amor, está tudo bem, a mamãe está contigo. _ ela me abraçou e eu fiquei com as mãos no ar. Ela tinha voltado depois de tantos anos e eu nem conseguia digerir a situação ainda. Ao mesmo tempo, era a única pessoa de quem lembrava claramente e me sentia segura por isso. Deixei aos poucos minhas mãos repousarem em suas costas. _ Você vai lembrar de tudo, mas só aos poucos.


 



_Então, eu não lembro o que aconteceu de um ano e meio para cá?


 



_É. _ respondeu.


 



_E o que foi que se passou nesse tempo?


 



_Você se casou e... está grávida.


 



_Ãnh? O quê? _ quase gritei e senti meu coração acelerar. _ Não pode ser!


 



_Calma, querida, você vai ficar bem!


 



_Não, não, não posso estar grávida! _ olhei para minha barriga e vi uma pequena elevação no lençol. _ Nãããããão!


 



Aquilo não era uma doença que iria passar! Era uma criança dentro de mim e me assustava. Eu me sentia no corpo de outra pessoa, vivendo uma vida que não era minha.


 



_O seu marido é legal. Já pedi para avisarem que você acordou.


 



_Eu não quero ver. Eu não quero filho. Eu não...


 



Ouvimos um bip do aparelho ao meu lado e dois enfermeiros entraram no quarto às pressas.


 



_O que vocês fizeram comigo?! Por que estão brincando assim? Isso não se faz...


 



Minha mãe levou a mão à boca para não chorar e se afastou, dando passagem aos homens vestidos de branco. O médico voltou a entrar no quarto, olhou para minha mãe em repreensão e depois se inclinou sobre mim.


 



_ Está tudo bem, querida, tudo bem. Você vai se sentir sonolenta e vai relaxar, ok?
O enfermeiro voltou com uma vasilha de metal prateada e tirou de dentro uma seringa. Injetou-a no fio preso no meu pulso.


 



Novamente, a sonolência aumentou e eu relaxei. Podia ouvir e sentir tudo ao meu redor, mas meu corpo ficou sem receber ordens do meu cérebro. Respirei profundamente. Fiquei neste estado por uns quinze minutos. Depois, vi minha mãe, mais uma vez, quieta ao meu lado.


 



Eu não poderia estar grávida ou casada se nem ao menos tinha me apaixonado de verdade por ninguém. Era uma situação completamente ilógica e sem sentido.
Reclamei de dores nas costas e eles me colocaram sentada. Repousei as mãos sobre a cama e tentei não olhar para a minha barriga. Afastei o pensamento de que estivesse carregando uma criança no ventre.


 



Vi um homem atrás do vidro do quarto chegar. Ele tinha o cabelo raspado e era bem forte. Seus músculos apareciam na camiseta sem mangas. Vestia uma calça jeans preta. Abriu a porta e caminhou na minha direção.


 



Ele deve ser o meu marido! Seria o tal Alfonso de quem minha mãe perguntara? Foi a conclusão mais rápida a que cheguei quando ele me chamou de seu amor.


 



Aquilo me deixou assustada. Não o conhecia, como poderia querer me beijar! Afastei meu rosto, queria correr de medo.


 



_Quem é você?


 Irado



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ponny_aya

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Olhei para o rosto de Annie e achei, por uns segundos, que ela estivesse me desconhecendo, mas não podia ser isso. Nós nos amávamos, éramos casados e estávamos esperando a chegada do nosso filho!   _Que isso?... _ sorri e balancei a cabeça para os lados. _ Está brincando comigo, minha querida?   _Por favor, n&a ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 144



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09

    Ameii, chorei, simplesmente lindo !

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09

    :)

  • blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31

    No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53

    Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51

    Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52

    Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3

  • blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06

    Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas

  • franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25

    ***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24

    Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais