Fanfic: O Amor Está No Quarto Ao Lado-Adaptada AyA | Tema: Anahi e Alfonso
Peguei-lhe pela mão minúscula e caminhamos sobre a relva verde do jardim. Eu gostava de dedicar o meu tempo após o trabalho ao meu filho. Esses momentos não tinham preço para mim.
Fazia uma tarde bonita de céu alaranjado e azul escuro se preparando para anoitecer. Eu procurava mostrar ao meu pequeno a importância do contato com a natureza. Não queria que ele só tivesse a referência da cidade. Pelo contrário, estava tendo uma infância saudável e tranquila e crescia com uma energia que me dava cada vez mais forças para acompanhá-lo. Igor tinha a curiosidade inquieta e tudo apontava com o dedo indicador para me mostrar.
_É o passarinho. _ abaixei-me para ficar da altura dos seus olhos Azuis cintilantes. _ Ele está comendo uma minhoca. Você não vai gostar, blergt! _ fiz uma careta e ele riu.
_Passarinho? _ repetiu e levantou as sobrancelhas.
_É. Passarinho.
Igor tirou a mão apoiada no meu ombro e correu até o pobre animal que teve sorte de voar à tempo. Ri e balancei a cabeça para os lados.
_Vem cá seu moleque danado! _ peguei-o no colo e o suspendi no ar. Igor deu um gritinho de felicidade com a sensação da falta de gravidade.
Ele tinha o rosto eternizado de Anahi. Seus olhos e sorriso impressos. O cabelo liso de índio caindo-lhe na testa. Beijei sua bochecha rosada pelo sol e seus curtos bracinhos me envolveram.
_Poncho. _ ouvimos uma voz e Igor suspendeu o pescoço curioso.
Virei-me para o lado e vi caminhando para nós Elisa, com um vestido comprido esvoaçando pelo vento da tarde. Estava com um sorriso de quem não se surpreende por nos encontrar ali, passeando entre as árvores.
_Traz o menino para cá. _ fez um sinal com a mão para entrarmos. _ Ele deve estar com fome.
_Viu? _ falei para Igor, apontando para Elisa. _ Ela está brigando com a gente!
_Vem cá com a Elisa, vem meu lindo. _ ela esticou as mãos e Igor impulsionou o corpo para frente.
_Você é muito dado, hen, garoto! _ disse-lhe e deixei que fosse para o colo de Elisa.
_Nada! Ele está é com fome. Se deixar, brinca o dia todo. _ ela beijou-lhe a barriga provocando-lhe cócegas e risos.
Os dois seguirem mais à frente e eu caminhei devagar atrás com as mãos no bolso da calça jeans. Olhei a nossa casa em estilo colonial e sentei à varanda em uma larga cadeira de ferro de três lugares com assento de finas almofadas quadradas de espuma. O sol já começava a se pôr e os pássaros se escondiam nas árvores. Os grilos começavam seu coro noturno e alguns vaga-lumes preparavam suas pequenas fagulhas de luz para brilhar na bela noite.
Era um ritual sentar-me ali todas as noites e esperá-la chegar. Como também era um hábito levantar-me ao escutar o barulho do carro se aproximando na estrada.
Sorri e me ergui em um pulo, fazendo as botas soarem sobre o assoalho de madeira da varanda com meus passos firmes e apressados. Caminhei pela trilha de pedras e abri o grande portão de madeira após o sinal das duas buzinadas. Afastei-me para o lado, permitindo a passagem. Os faróis iluminaram a frente da casa e depois se apagaram. Ela desligou o motor e fechou a porta com a chave, enquanto a outra mão punha a alça da bolsa no ombro. Virou o rosto para o lado e se deparou comigo de braços cruzados, admirando-a em seu jaleco branco e com o cabelo preso por um frouxo coque.
_ Ai, amor... _ soltou o ar dos pulmões e apoiou as duas mãos nos meus braços. _ ... estou tão cansada. Um plantão muito exaustivo, não vejo a hora de tomar um bom banho quente.
Segurei seu rosto, inclinei o meu para a esquerda e a beijei com carinho, sentindo seus lábios úmidos e quentes. Puxei-a pela cintura para colar seu corpo no meu.
Recebi um afago na nuca e senti seus braços envolvendo meu pescoço. Seu cheiro inconfundível, o cabelo fino, o toque da pele. Tudo nela me trazia felicidade e alegria ao coração.
_Uau! _ ela recuperou o fôlego e afastou apenas a boca, mantendo ainda a testa colada à minha. _ A que devo essa recepção tão calorosa? _ riu baixinho e acariciou as minhas bochechas delicadamente com a ponto dos dedos, provou ainda um pouco mais de um breve beijo.
_Só uma saudade repentina! _abracei-a longamente de olhos fechados e a balancei para os lados como quem nina um bebê.
_Humm... E o que eu vou ganhar de plus com essa saudade repentina?
_Eu estava pensando em te mostrar... _ falei-lhe ao ouvido. _ Podemos começar por aqui... _ beijei-lhe o pescoço, provocando o seu riso. _ Eu te amo, Annie.
_Eu também te amo, Poncho! Muito mesmo. _ salpicou-me de beijos rápidos pelo rosto.
_Mãe! _ ouvimos o grito de Igor.
Elisa que trazia o menino nos braços colocou-o no chão da varanda e Igor correu meio desajeitado pela grama. Tropeçou e caiu de joelhos.
Dulce soltou-me e inclinou-se para ajudá-lo.
_Isso, levanta para cair de novo! _ ela não se fez de compadecida por seu choro. _ Você é um homem forte, rapaz. _ limpou suas pequenas mãos sujas de terra e agachou-se na sua frente. _ Agora dá um beijo bem gostoso aqui na mamãe. _ Envolveu-o com os braços e colou seu rosto no dele. _ Que delícia! A vovó te deu banho, é? _olhou para Elisa de braços cruzados com um sorriso orgulho como o meu, admirando os dois também. _ Está tão cheiroso!
Annie e Igor eram as jóias mais preciosas da minha vida. Ainda posso ouvir o médico há quatro anos me dizer:
_ Seu filho resistiu bem e está na incubadora.
E, logo em seguida:
_ E sua mulher é uma guerreira! Ela não vai te deixar trocar as fraudas sozinho.
Formamos uma família muito feliz e repleta de amigos, como aqueles que agora faziam um baita churrasco nos fundos da casa.
_Olha só... _ Fonseca, já meio alto pela cerveja, levantou-se. _ ... Finalmente chegou a única pessoa que trabalha duro nessa casa! _ brincou e apontou para Anahi.
Todos rimos. Envolvi Annie e a abracei por trás, muito orgulhoso da mulher que tinha.
_Que isso? É um absurdo! _ eu fingi me surpreender. _ Aqui em casa, eu falo mais alto! Eu que mando, não é Annie?! Ela fala: “Vem aqui agora!” e eu grito: “Sim, senhora!”
_Ele está tão engraçadinho, hoje! _ Anahi cerrou os olhos e deu-me um beijo de leve nos lábios. _Gente, eu vou tirar essa roupa de trabalho e tomar um banho. Preparem aí um bom prato de carne para mim!
_Pode deixar! _ Elisa prontificou-se. Estava desfiando um pedaço de frango para colocar na boca de Igor, sentado em cima de uma mesa.
Annie entrou em casa e me perguntou se as malas na sala eram de sua mãe. Disse-lhe que já estava de saída, não poderia estender mais a estadia. Elisa viera nos visitar por uma semana para ver o neto e ficara hospedada conosco.
_É, ela vai voltar logo, mas quis esperar você chegar. _ comentei.
_Fiquei muito feliz de saber que a mamãe conseguiu um bom emprego e está namorando. _ comentou.
_Eu também. Ela mudou muito. Acho que todos merecem ser felizes como nós. _ acrescentei.
_E você não mudou nada... _ Annie me puxou para o quarto e me abraçou. _ Continua o mesmo... _ falou-me ao ouvido confissões irreveláveis.
_Ah! É? _ suspendi as sobrancelhas. _ Vou mostrar como progredi nesse quesito.
Fechei a porta atrás de nós e a beijei.
_Ponchooo! _deu um gritinho entre risos.
Annie era como falei desde o princípio: tinha um jeito desde menina de me atear fogo aos olhos, quando eu os punha sobre as ondas de seu corpo protuberante, fruta carnuda que balança faceira no pé, prontinha para cair, mas de maldade não cai.
Era o melhor presente dado pela vida. As pessoas esperam achar alegria nas coisas, nas conquistas materiais ou no status social, quando, na verdade, a alegria está em nós e em quem amamos, é algo da ordem da alma.
_Está aí? _ achei-a sentada na varanda da frente de casa com Igor no colo, sugando seu seio.
Sentei-me ao seu lado, ainda podíamos ouvir a música abafada vindo dos fundos da casa.
_Esse menino já está muito grande e você não desmama ele!
Ela levantou os olhos e virou o rosto para mim.
_E você tem 30 e tantos e também não cansou ainda de mim.
Eu sorri:
_É, não canso de nenhuma parte sua, nem um dedinho. _ beijei-lhe os lábios e passei meu braço por trás dela na cadeira.
Igor esticou a mão e puxou o cabelo de Annie para chamar a atenção. Ela parou de me beijar e olhou para ele.
_Tá com ciúme da mamãe? _ fiz um carinho no nosso filho. _ Tem que saber dividir.
Annie abaixou a blusa e ficou balançando-o para os lados para que dormisse. Não demorou muito para que fechasse os olhos.
_Sono pesado igual ao do pai. _ ela comparou, falando baixinho.
_Que injustiça!
_É verdade, injustiça. _ ela concordou. _ Mas ele não ronca. _ ponderou.
_Ah! Malvada.
_Sou, é? _ chegou seu rosto bem perto do meu.
_Mas eu te amo, minha linda. _ sussurrei.
_Eu também te amo, Poncho. _ beijou-me apaixonadamente.
FIM
Autor(a): ponny_aya
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Comentários da Fanfic 144
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maryangel Postado em 25/03/2015 - 19:58:09
Ameii, chorei, simplesmente lindo !
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:29:50
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII A FIC* BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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franmarmentini Postado em 11/10/2014 - 20:06:09
:)
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blueorangee Postado em 06/10/2014 - 19:54:31
No creo que acabou, tava tão linda, quase tive um troço aqui, achando q a Anny tivesse morrido, ainda bem q não, família perfeita
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 11:09:53
Ahhhhhhhh ja acabou :/ FOI PFTOOOOOOOO *---*
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:59:51
Ahhhhhh mds oq aconteceu??????????? Aaaaain anny :/ postaaaaaaaaaaa <3
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edlacamila Postado em 06/10/2014 - 10:43:52
Scrrrrrrrrrrrrr eles sao pftoooooooos *--* postaaaaaaaaaaaaa <3
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blueorangee Postado em 02/10/2014 - 15:10:06
Anny safadenha, , só lembra de coisas muitississisimas cultas
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franmarmentini Postado em 02/10/2014 - 13:22:25
***ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)
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cristieli Postado em 30/09/2014 - 01:21:24
Haaaa porque parou agora? E porque a Any disse que vai morrer e abaixou a cabeça? Iiiii la vem só lhe pesso que tenham um final feliz pq sua fic mereceee los A merecem e o trauma merece sempre um final feliz. .... Porfavor puesta masssss *-*