Fanfic: A música une corações | Tema: Ponny

Annie ouvia tudo que acontecia do outro lado do box. O barulho do tapa que Jeniffer deu em Vanessa e suas palavras frias, a entrada de Dul e Giu, a discussão dela com Leticia. Ela não tivera tempo de conversar com a amiga a respeito de paquera e ficantes, até então não fazia a mínima de quem Dul beijou, gostava ou deixava de gostar, mas de acordo com as palavras da Leticia havia entendido mais ou menos o que já rolou entre ela e Ucker. Annie estava torcendo para todos saírem do banheiro pra finalmente ela também sair. Estava sentada na privada com as pernas encolhidas para que não corresse o risco de alguém perceber seu pé. Começou se sentir desconfortável e foi mexer um pouco com total cuidado, mas a tampa da descarga foi sua inimiga e no seu pequeno movimento ela fez um ruído. Isso bastou para o seu coração começar pular de nervoso e seu corpo congelar. Permaneceu tanto tempo parada e quieta, logo agora foi se mexer e fazer esse bendito barulho. Ouviu Vanessa e Leticia de aproximando. 

Vanessa: Quem está ai? 

Era bem obvio que uma delas iria olhar por baixo da porta, Annie pensou rápido e com movimentos leves dessa vez, ficou agachada em cima da privada. Sua respiração estava ofegante e ela tremia. Não que seja errado estar dentro do box, mas depois de tudo que aconteceu ali desde que elas chegaram e logo elas. As responsáveis pelo trote, pelo vídeo, pela humilhação que ela passou, era demais, seria humilhante de novo ser pega justamente por elas. 

Leticia: Deve ser uma perdedora se escondendo, sempre tem isso nos bailes – as duas sorriam com essa piadinha e uma delas começou forçar a porta. Annie tinha sensação que ia desmaiar a qualquer momento, sendo encurralada daquele jeito. 

Quando ela já estava quase abrindo a porta e se entregando alguém entrou no banheiro. 

Xxx: Qual a parte legal de vocês estarem empurrando essa porta ai? 

Vanessa: Ora ora, não acha que entrou no lugar errado não amore? 

Leticia: Esse ai está tão afeminado que já se sente mulher né querido? – riram de novo. Elas se divertiam em ser superiores e menosprezar os outros. 

Alex: Há há há há há – fingiu uma gargalhada – Vocês realmente acham que com essas palavras tiradas de autoajuda de banca de jornal me afeta? Olha aqui lindas, independente desse banheiro ser feminino ou masculino e eu ser homossexual, eu entro onde eu quero, a não ser que vocês se esqueceram que sou muito influente nessa faculdade por causa dos pais que eu tive. 

Vanessa: E você acha que eu sou bolsista aqui? Ou não te falaram que muitas coisas na Fox são ditadas por mim? 

Alex: Eu sei bem disso e também sei como você chegou até aqui, desfilando em passarelas de madeiras se sentindo uma modelo do Victoria Secrets, mas deixa eu te contar uma coisa que certamente você não sabe, todo seu dinheirinho na poupança de sua família não paga o meu almoço em o chão onde piso. 

Vanessa podia bater de frente com muitas pessoas, mas Alex realmente vinha de uma família poderosa, de sangue nobre, brasão e de nome conhecido em toda parte. Ela conquistou um lugar movida pela sede de uma vingança, mas em todo seu trajeto até o topo aprendeu quando virar as costas. Era melhor perder uma batalha e vencer a guerra do que lutar sempre e usar toda sua força. 

Alex: Vai linda, sai daqui, volta pro mar oferenda e esquece da minha existência. 

Leticia: Você vai engolir suas palavras seu gay de quinta – Vanessa a segurou pelo braço e saiu do banheiro – Ficou louca? Me solta. Vanessa volte lá e acabe com ele, como assim, deixar ele falar tudo aquilo e abaixar a cabeça? 

Vanessa: Leticia aprenda, uma das armas numa luta é deixar seu adversário pensar que está ganhando, isso faz com que ele baixe a guarda e é ai que o golpeamos, de uma vez, de maneira fatal – nada a abalava, nem agressão física, nem palavras, nem humilhação, tudo ela usava a seu favor, até quando recuava – agora vamos aproveitar esse baile, você já tem um lugar para ir depois, eu estou olhando pro meu alvo nesse momento. 

Bem na frente podia-se ver Ucker e Poncho conversando com Chris. 

Leticia: Então se joga e agarre esse gato, mostre a ele que uma musiquinha cantada num karaokê com aquela loira não foi nada em relação ao que você pode dar. E foram em direção a eles. 

Alex: Annie? Já pode sair daí, elas se foram. 

Annie desceu da privada e abriu a porta do box. 

Anahi: Como você sabia que era eu que estava aqui? – estava assustada, aliviada e curiosa. 

Alex: Tinker eu cheguei aqui na faculdade e encontrei um anjo magoado, quebrado e humilhado, o levei para meu quarto e cuidei dele. Te deixei mais perfeita do que já é, chegou nesse baile e deu um show naquele karaokê com aquele Deus Grego que eu sonhei pra mim – falou isso sorrindo fazendo Annie sorrir também e corar – mas enquanto você cantava lindamente eu vi aquelas 2 mocréias a ponto de explodir de inveja e raiva. Desde então fiquei de olho e sabia que se tivessem qualquer oportunidade elas te humilhariam de novo. 

Anahi: Você ficou cuidando de mim – chegou a essa conclusão e sabia que havia encontrado um outro amigo de verdade. Naquela selva em que só os fortes sobrevivem ela não estava sozinha. 

Alex: Claro Annie, vi quando você veio pro banheiro e não a vi saindo, vi elas entrando e já estava vindo atrás de você, mas Dul e Giu entraram, esperei um tempo e pelas caras que saíram algo bom não rolou aqui dentro. 

Anahi: Teve uma discussão entre Dul e Leticia – Annie não sabia qual era o grau de amizade entre Alex e Dul, então não entrou em detalhes sobre o motivo da cara feia dela. 

Alex: Quando percebi que elas permaneciam aqui, eu entrei e por pouco não te descobrem. 

Anahi: Muito obrigada – e o abraçou – Já perdi as contas das vezes que me salvou hoje. 

Alex: Querida, acha que iria deixar elas estragarem essa obra de arte que fiz em você? Nunquinha amada – esse comentário bastou para caírem na gargalhada. Realmente ele era um ótimo amigo – agora vamos retocar sua make e voltar para o baile, temos muito que causar hoje – Annie sorriu e recebeu um retoque um retoque no blush e no batom e finalmente saíram do banheiro em direção ao salão.