Fanfic: Sea sweet home | Tema: One Piece e Assassin's Creed

Permaneci 6 longos meses na ilha em que Barba Branca e Ace foram sepultados. Todos os dias eu ia até suas crípitas para conversar com eles. Lembrava de todos os momentos que passamos, e isso ardia em meu peito. Lembrei do navio que Marco deixara pra mim e comecei a organiza-lo para partir novamente.

?: Kagura-san! Já vai partir? Fique por aqui mais um tempo.

Kagura: Não posso Gin-chan... Preciso ir agora, já te atrapalhei muito.- Disse sorrindo.

Gin-chan ou Gintoki era um garoto de minha idade, ele era um espadachim muito habilidoso que lutou em uma guerra a alguns anos. Apesar de sua pouca idade, seus cabelos eram brancos como prata, e seus olhos negros e penetrantes traziam confiança a todos que o olhavam.

Gintoki: Quem é que vai arrumar meu jornal agora hein maldita? Você simplesmente vai embora e me deixar aqui.

Kagura: Já falei Gin-chan, venha comigo. Você me acolheu em sua casa como uma Yoruzuia, e agora venha comigo como um pirata.

Ele apenas sorriu, e olhou para as crípitas.

Gintoki: Você o amava certo? Esse Ace é um cara sortudo.

Kagura: Se fosse sortudo não estaria morto. – Fiz uma pausa, e sorri- Vamos comigo Gintoki. Será legal.

Ele assentiu, e entramos em sua casa para arrumar suas coisas. Seria dificil deixa-lo assim como Ace me deixou a primeira vez, não queria que ele ficasse sozinho, porque sei que ele se apegou muito mais a mim. Mas eu ainda não tinha desapegado do pai de meu filho.

Gintoki: Não sei como você não morreu naquela guerra. Aokiji lhe atacou, Mihawk, outros marinheiros e Akainu.

Kagura: Eu não sei porque não cicatrizei dos ferimentos dos Almirantes.- Sorri.- E você esqueceu de Kizaru também.

Gintoki: Você foi atacada pelos três Almirantes da marinha e está viva. Perdeu a firmeza do lado esquerdo, mas ainda é mais forte do que qualquer outra pessoa que eu conheço.

Eu fiquei ouvindo ele falar por muito tempo. Arrumamos as coisas no navio e começamos a levantar a âncora e içar as velas.

A insegurança tomou conta de mim novamente, e as enormes sepulturas estavam cada vez menores a cada metro que o pequeno navio andava.

Gintoki: Ta, e agora?- Quebrou o silencio reconfortante que pairava no navio.

Kagura: E agora o que?-  Abri apenas um dos olhos e o olhei irritada.

Gintoki: Agora estamos aqui, no mar... Sozinhos. Não vamos ter mais tripulantes?

Kagura: Ah claro, antes de chegarmos em uma ilha, pergunte para os peixes se eles querem entrar pra tripulação.- Respondi em um tom zombateiro e comecei a rir.

Ele fez uma cara de decepção e se calou.

Kagura: Vamos para Kamabaka, preciso encontrar uma pessoa. E depois vamos para o covil de Mihawk. Não fica longe daqui.

Gintoki: Por que quer ir para o covil do cara que tentou te matar? E por que ir pra ilha dos travestis Kagura?

Kagura: Insuportável.- Suspirei.- Gin-chan... entenda, quanto mais aliados você tem, é melhor para os negócios. Preciso de alianças e tripulantes. E são estas as localizações de Roronoa Zoro e Kuro ashi no Sanji, os dois tripulantes de Monkey D. Luffy que se perderam em Sabaody.

Gintoki: Quer aliança com eles?

Kagura: Com os mentores deles... Nesses 6 meses estive procurando o paradeiro de todos os Chapéus de Palha, e eu só não consegui encontrar o médico Chopper, a navegadora Nami, o atirador Ussop ou Sogeking... como preferir, e também do músico Brook, e do carpinteiro Franky. O restante eu sei onde exatamente estão.

Gintoki: Vamos atrás de todos os mentores dos tripulantes que você achou?

Kagura: Ivankov, Dracule Mihawk, Monkey D. Dragon, que é o pai legítimo de Luffy, sim, vamos atrás deles.

Gintoki: Mas Dragon não é um pirata...

Kagura: Ele e Ivankov são Revolucionários Gin-chan. Vai ser ótimo para os negócios.- Ele me olhou com empolgação, e seus olhos brilhavam. Peguei o Log Pose e apontei para o norte.- 30 graus a bombordo Gin-cha, o navio está saindo da rota.

Ele correu até o Leme, meio atrapalhado e cambaleando por causa das ondas.

Kagura: Você se acostuma com o tempo.

Gintoki: E onde é bombordo vadia?- Ele estava muito mais irritado comigo do que de costume.

Kagura: Bombordo é a sua esquerda.- Comecei a rir novamente e assumi o leme.

Após muitos dias a bordo do navio, a comida estava acabando e a água também. Eu deixava o pouco de água e comida que tínhamos para que Gintoki pudesse aproveitar. Faziam quatro dias que eu não me alimentava, e mentia para ele dizendo que havia e alimentado, e passei a ficar um pouco fraca, por isso ficava a maior parte do tempo sentada perto de leme, fingindo estar dormindo.

Gintoki: Vai chegar uma tempestade. Vai continuar dormindo ai?

Kagura: Não.- Me levantei.- Vamos entrar novato, vai chegar uma tempestade.

Gintoki: Eu acabei de falar isso imbecil.

Kagura: Bla bla bla. Se falar um pouco menos, vou começar a gostar de você.

Ele sorriu, passou o braço pelo meu pescoço e entramos. Eu era muito menor do que ele, então chegava a ser dificil ele apoiar seu braço em meu pescoço. Entramos na cabine, e nos sentamos na pequena mesa que ficava na cozinha. Tirei a capa que usava ultimamente para esconder os ferimentos e coloquei um mosquete e uma katana sobre a mesa.

Gintoki: Sabe usar bem um mosquete?

Kagura: E quem não saberia idiota?- Dei um tapinha em sua cabeça.- Mire e atire na cabeça.

Gintoki: E a Katana?

Kagura: Eu tento me virar.

Gintoki: Posso te ensinar quando houver sol. Sou um excelente espadachim, treinar uma garota com uma recompensa de 250 milhões pra mim vai ser uma honra.

Kagura: 250 MILHÕES? QUANDO QUE AUMENTOU TANTO? Tem o cartaz ai?

Ele tirou do bolso um cartaz de recompensa com uma imagem minha em Marineford.

Gintoki: Você só apareceu de verdade em Marineford, por isso sua recompensa subiu tanto.

Kagura: Eu tive varios danos, não fiz nada demais para que eu tivesse uma recompensa tão alta.

Gintoki: Você estava na tripulação de Barba Branca, e eles a reconhecem por isso. Você é forte, só não demonstrou sua força. Posso aprimorar suas técnicas, melhorar tudo em você. Como você, eu já lutei uma guerra, e sei como se sente hoje em dia.

Eu o encarei e ele se calou de novo por um tempo, e eu levantei para olhar a tempestade la fora.

Gintoki: Kagura-chan... Quem parou a guerra? Ou ela acabou sozinha?

Kagura: Por que tantas perguntas Gintoki?- Continuei olhando pela janela para a chuva.

Gintoki: Me desculpe. É que sei que você foi da tripulação de Barba Branca e que Ace foi o pai de seu filho...

Kagura: Akagami no Shanks... Ele parou a guerra.- Falei secamente ao interrompê-lo.- Está satisfeito? SHANKS, O RUIVO PAROU A GUERRA GINTOKI, ELE FALOU QUE SE OS ALMIRANTES NÃO PARASSEM AQUELA MERDA DE GUERRA ELES PROVARIAM SEU PODER, E COM CERTEZA... NINGUÉM QUER ISTO.

Depois de tudo o que eu falei ele ficou alguns dias sem dar uma palavra comigo. Ele agia como se eu não estivesse ali.

Após mais alguns dias, a comida havia acabado de vez, e eu não me alimentava a mais tempo do que imaginara. Avistamos Kamabaka e âncoramos. Havia centenas de travestis correndo atrás de um único homem. Era Kuro Ashi no Sanji...