Fanfic: Uma viagem sem volta. /1ª e 2ª temporada.

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Capítulo: Capitulo 15 – Aproveitador... Ou era eu a aproveitadora?

Kaname: Já disse que nunca desisto, eu sou um homem de palavra mocinha. Seu sangue reage ao meu igual eu com você, seus olhos já estão vermelhos. – Afirmava sorrindo vitorioso dessa vez, enquanto deslizava seus dedos frios pelo meu rosto. Nos reflexos dos olhos dele eu podia ver que os meus realmente estavam vermelhos. Era incrível, de distancia média meu sangue já se manifestava, talvez ele tivesse razão, meu sangue reage com o dele igual o dele reage com o meu, começava ficar com água na boca, mordendo meu lábio automaticamente. Ele percebeu.

Kaname: Mordendo os lábios de novo? Me lembrei de quando te dei o colar, era a mesma atitude, a de morder o lábio, já disse que não precisa se controlar comigo. 

E como aquele dia ele descia com a pontas dos dedos até meus lábios, enquanto olhava em meus olhos. Eu não precisava, mas por impulso respirei fundo. Não devia ter feito isso, aquele cheiro invadiu minha garganta, como se a estivesse cortando por dentro, eu tremi, e ele observador como era, percebeu novamente. Ele conforme via meu desespero, se aproximava, encostando os lábios no meu queixo, em uma trilha de suaves beijos, levou seus lábios até meu pescoço, consequentemente deixando seu pescoço praticamente na frente da minha boca, era o que ele queria, e ele conseguiu. Eu não consegui mais aguentar, uma de minhas mãos agarraram sua nuca, o obrigando a virar, a outra apertava sua camisa, com a pouquisima força que eu tinha, na medida do braço, fechei meus olhos e sussurrei ao seu ouvido “não queria fazer isso”. Ele sorriu. Meus dentes cresceram e eu perfurei aquela pele fria e branca como porcelana.

Finalmente o mordi.

Talvez fosse impressão minha, porque pra mim o sangue dele era morno, com certeza era impressão minha. Um alívio tomava conta de mim, após 5 dias no deserto, enfim achei uma fonte de água. Eles estavam certos, eu precisava daquilo, eu podia escutar aquele barulhinho que fazia, mas dessa vez quem estava sugando era eu. Meus olhos se relaxaram, e eu os deixei entre abertos, não sei se estava pronta para visualizar tudo com detalhes, mas uma coisa eu tinha que concordar, o gosto daquele liquido vermelho era inigualável, a coisa mais gostosa que provei na vida, lógico que 5 dias atrás eu não pensava assim, de maneira alguma, mas agora eu podia entender o porque eles desejavam tanto aquilo, era muito, muito bom...

 

 

Por mim eu podia ficar horas e horas ali, mas eu sabia que tinha que parar, não por vontade, mas por obrigação, não queria trazer desconforto para o Kaname, aos poucos fui parando, bem pouco, até que por fim desgrudei meus lábios de seu pescoço.
Queria o olhar nos olhos, mas estava com vergonha pra isso, ele percebeu que eu tinha me afastado e virou o rosto para me olhar, eu ficava desviando o olhar para qualquer lugar que não fosse seus olhos, para seu queixo, sim. Ele sorriu, acariciou meu rosto e disse tranquilamente.

Kaname:Muito, muito bom... E eu disse que não precisava se controlar, ou ficar com vergonha perto de mim. E agora, está se sentindo melhor?
Marie: Com certeza, bem melhor. - Não podia mentir, estava bem melhor, como se nunca estivesse com sede.
Kaname: Espera, tem uma coisa aqui... – Dizia ele com um sorriso torto no rosto, aproximando a boca do meu queixo, fiquei apenas observando o que ele fazia. Ele encostou suavemente os lábios nos meus e passou o dente com rapidez em meu lábio, o cortando. Arregalei os olhos, os olhos dele reagiram com a gota que começava a descer do meu lábio, ele sem demora encostou os dele ali, sugando o corte enquanto me fitava. Eu fechei os olhos, imagino que ele tomou isso como um farol verde, e começou a me beijar realmente. Por mais que a razão dissesse para eu parar, eu continuei, ele não me beijava como antes, me beijava delicadamente agora, ele passou um dos braços por trás das minhas costas, me desencostando no sofá, e eu o abracei.
Deixei por mais alguns segundos, mas o parei, não queria abusar, ele entendeu. Levantei-me e sentei, e ele sentou ao meu lado.

Marie: Não posso continuar com isso, não quero enganar Peter, muito menos a você então é melhor parar por aqui, de novo.
Kaname: Você sabe que não pode ficar com ele.
Marie: O que acontece se eu ficar?
Kaname: Bom, no primeiro ano, você vai ficar fraca toda vez que ele estiver perto de você, a partir da sua primeira alimentação.
Marie: E nos outros?

Kaname: Eu não sei, o único casal de vampiros que eu conhecia, ela que tinha transformado ele, eles ignoraram a regra, ficaram juntos, ele ficava fraco todo o dia durante um ano...
Marie: E depois?
Kaname: Ele não agüentou e morreu. – Engoli a seco quando ele disse isso.
Marie: quer dizer que se eu ficasse com ele por mais que um ano eu morreria?
Kaname: Não sei, esse foi o único casal que eu conheci, talvez ele era fraco, eu não sei te dizer, mas não quero que você, não quero te perder jamais, mesmo que você fique em braços de outro, eu quero você perto de mim, pelo menos.
Marie: Meu Deus... Eu não sei o que dizer... QUE DROGA!

Ele se virou, pegou em minhas mãos e sério me perguntou:

Kaname: você quer mesmo, mesmo ficar com ele?

 

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