Fanfic: Uma viagem sem volta. /1ª e 2ª temporada.

Um frio me passou pela espinha àquela hora, pensando na reação de meu pai, não seria nada boa, teria que preparar o terreno antes de contar. Mas não foi preciso, talvez ele estivesse escutando atrás da porta, porque assim que minha mãe disse “ele odeia vampiros” meu pai abriu a porta em um estouro, a chutando, entrando no meu quarto com os olhos furiosos, me encarando assustada.

Joe: Eu sabia que tinha algo errado, mas não queria acreditar que fosse isso! Minha filha ser uma coisa nojenta dessas, sinto muito mas não posso aceitar, você não é mais minha filha, não te considero mais, você não é humana!

Ele já dizia me pegando pelos braços, me levantando do chão, eu comecei a tremer, fiquei com medo do que ele podia fazer, minha mãe estava desesperada, gritando atrás de mim “solta ela, solta ela”, nessa confusão toda minha irmã subiu ao quarto e ficou chocada com a cena.

Marie: Mas pai...

Joe: Mas nada! Não sei como você pode aceitar isso Victoria, nossa filha agora é um monstro e você concorda? Olha menina eu só não te bato agora porque quem se machucaria seria eu, e eu também não quero que você me morda pra eu virar um desses.

Eu tinha força mais que o suficiente para afastá-lo de mim, mas tinha escolhido nao fazê-lo, mas quando escutei a palavra monstro não me contive, segurei nas mãos de meu pai e afastei-o de mim, estava nervosa agora, comecei a jorrar palavras sem controle.

Marie: Olha pai, eu não sou um monstro tudo bem? E eu não tenho culpa nenhuma ter virado o que sou agora, você não tem o direito de me tratar assim, em primeiro lugar eu sou sua filha, humana ou não, eu tenho força o suficiente até para te matar, com um estalar de dedos, mas você é meu pai, e eu nunca faria isso, posso ser uma vampira, mas eu nunca machucaria vocês, nunca!

Joe: Não interessa, já disse você não é minha filha mais, quero que saia da minha casa, agora! Se for tão forte assim, vai conseguir se virar sozinha.

Minha mãe estava quase tendo um ataque, minha irmã foi até ela para ajudar, o sangue que eu tinha nas veias já tinha subido pela cabeça, a única coisa que eu fiz foi pegar meu celular e a minha mala que eu não tinha desfeito ainda, e sai.

Comecei a descer as escadas rapidamente, sendo seguidas por todos. Já no portão eu fui até minha mãe e a abracei, sussurrando em seu ouvido “vai ficar tudo bem, quando estiver em algum lugar seguro eu ligo em seu celular, te amo”, ela em prantos concordou e me abraçou apertado. Fiz o mesmo com minha irmã e sai. Já estava escuro, de noite, mas ainda havia pessoas na rua, pessoas que tinham se assustado com os barulhos, pessoas que recolhiam quando eu passava. Será que estava realmente tão obvio?

Comecei a andar sem rumo, mas logo me lembrei que podia ir à casa do Kaname, mas e agora, eu não me lembrava onde era. Peguei meu celular e liguei pra ele, mas só caia na caixa postal, fui até a escola pra ver se lembrava do caminho, se achava algo em familiar em minha mente. Sabia onde era a casa das minhas amigas, mas não podia aparecer lá assim, o jeito era vagar até me lembrar.