Fanfic: Uma viagem sem volta. /1ª e 2ª temporada.

Peter: Você está bem?
Marie: Aram ta tudo bem sim, obrigada. Desculpe, eu estava no mundo da lua.
Peter: Magina, eu também não te vi, estava distraído.
Marie: Hei... Você estuda comigo não estuda?

Ele desviou o olhar por algum tempo, mas logo voltou a olhar nos meus olhos, que era simplesmente idêntico aos dele, talvez o dele fosse natural, e não criado, como o meu, mas era muito parecido, a taxa de acinzentado naquele mar de azul era a mesma.

Peter: Estudo.
Marie: Mas você é novo aqui... Não é?
Peter: Não, eu estudo aqui desde o ano passado.
Marie: Mas eu não me lembro de você. Você é bonito, eu me lembraria do seu rosto.
Peter: Não me surpreendo em saber que não se lembre de mim.
Marie: Por quê?
Peter: Por que... Porque... Eu era tímido, não me misturava muito. Bom, eu tenho que ir, eu já estou atrasado.

Ele nem esperou eu responder, ou dizer algo, simplesmente saiu, descendo as escadas graciosamente. Fiquei curiosa para saber o quão cheiroso ele era, mas fiquei com medo que fosse tão bom que eu não resistisse.

Fiquei com aquele rosto na minha mente. Que sensação esquisita, era como se eu já o tivesse visto antes. Continuei a subir as escadas, guardei meus livros e fui embora, sozinha, as garotas já tinham ido, e o Kaname era professor, tinha que ficar na escola.

Lá longe, perto de uma esquina eu avistei uma silhueta familiar, uma silhueta que eu tinha acabado de ver e que depois de hoje, jamais me esqueceria. Abri um sorriso automaticamente, do nada e para o nada. Corri um pouco para ficar menos distante dele. Fiquei pensando por alguns segundos se eu devia chamá-lo, mas decidi que sim, então o chamei.

Marie: Peter!

Será que ele não tinha escutado? Porque ele não virou, gritei mais alto, ele chegou a tropeçar em uma pedra, mas continuou seguindo, consegui ver as mãos dele fechadas em punho ao lado de seu corpo, talvez ele estivesse com muita pressa, então decidi desistir e seguir meu caminho normalmente.

Indo em direção a casa do Kaname de novo. Chegando lá eu fui até o quarto, jogando meus materiais no canto e me jogando na cama, cruzando os braços atrás da cabeça, fitando o teto, pensativa. O que eu estava pensando? Porque aquele “encontro” tinha mexido tanto comigo? Fiquei pensando nisso até a noite, quando o Kaname chegou.
 Liguei para minha mãe para dizer como tinha sido o primeiro dia, contei em detalhes, inclusive sobre aquele garoto, ela teve quase a mesma sensação que eu, ela me disse que o nome Peter era familiar, mas não sabia dizer da onde.