Fanfic: O Desejo Errado - AyA [Finalizada]

-Estou tão nervosa. –Exclamou Alma andando pelo quarto de um lado para outro. –Acho que vou desmaiar. –Anunciou ela levando a mão à testa e desiquilibrando seu corpo para trás. Dulce e eu corremos em sua direção segurando-a com muito esforço por causa do seu vestido de noiva de varias camadas.

-Acho que devemos chamar algum medico. –Disse olhando para ruiva preocupada.

-Eu já chamei a SAMU, eles devem estar lá em baixo. –Dulce disse com tom um pouco desesperado. –Vou chama-los para virem aqui.

-NÃO. –Gritou Alma fazendo a sua filha parar no meio do caminho. –Já estou bem. Ninguém pode ver meu vestido de noiva além de vocês. –Argumentou Alma com a expressão aflita. –Como estou? –Perguntou ela virando-se para o imenso espelho.

-A noiva mais linda que eu já vi em toda minha vida. –Disse parando-me ao seu lado olhando extasiada para o espelho.

O vestido de Alma era o mais belo que já vi. Na parte da cima tinha um decote enorme que realçava o seu colo moreno e na região do abdomem era bordado deixando-o um pouco transparente. A saia era composta por varias camadas de tules e panos que fazia o vestido ganhar forma. O seu cabelo castanho claro estava preso a coque moderno de lado e um véu curto estava preso próximo à nuca com uma gargantilha de brilho.

-Você esta maravilhosa, mãe. –Dulce disse com os olhos cintilando, aproximando de nós. –Mas é melhor a gente descer, pois senão o Franco vai pensar que você não quer casar com ele e vai te abandonar. –A sua expressão tornou-se seria, pelo reflexo do espelho lancei a Dulce um olhar de desaprovação ao seu comentário.

-Credo, Dulce. –Alma disse com a expressão assustada. –Não gosto nem de pensar nisso, pensa se sair na capa de todos os jornais amanha: “A cantora Alma Rey Saviñón é abandonada no altar”. Ai, nem gosto de pensar nisso.

-Calma-se, Alminha. –Disse tocando carinhosamente o seu ombro. –Meu pai te ama e ele jamais vai fazer isso. –Sorri confiante em sua direção. –Bom, eu vou descer, pois o casamento vai começar. Espero vocês duas lá em baixo. –Lancei um sorriso em direção as duas e sai do quarto.

Desci as intermináveis escadas de mármore levantando a barra do meu vestido, avistei meu pai parado no topo das escadas sorrindo em minha direção.

-Você esta lindo, pai. –Disse o analisando em seu terno preto, com a camiseta branca e uma gravata da mesma cor do terno. –É o noivo mais lindo desse mundo. –Disse o abraçando orgulhosa.

-Você também esta linda, querida. –Ele elogiou pegando em minha mão e me fazendo dar uma volta para me analisar.

Eu usava um vestido rosa, ele era tomara que caia, tinha um decote generoso que mostrava a curva dos meus seios e na parte de cima era todo bordado com delicadas pedras. O tecido da saia era leve e dava um ar sensual para o vestido. Meus cabelos estavam presos de lado e estavam levemente ondulados na ponta, minha maquiagem era leve e delicada já que a cerimonia seria durante o dia.

-Vamos entrar, já esta na nossa hora. –Anunciou ele colocando a minha mão entre seu braço.

Caminhamos ate a porta de madeira toda trabalhada em desenhos, a moça abriu sorridente e uma musica suave tocada pela banda tomou conta do ambiente. O jardim, aonde será a cerimonia, estava todo enfeitado, havia um tapete vermelho em nossa frente que seguia ate um pequeno altar improvisado onde o juiz de paz nos esperava, ao redor haviam varias cadeiras brancas e arranjos de flores vermelhas separavam o limite entre as cadeiras e o tapete vermelho.

Meu pai e eu começamos a caminhar ao som da musica clássica, olhei ao redor e as pessoas estavam em pé sorrindo emocionadas em nossa direção, avistei sem demora, Alfonso, Christopher, Christian e Maite. Alfonso deu uma discreta piscada arrancando-me um sorriso de orelha a orelha. Assim que as testemunhas do casamento ocuparam um lugar no altar, a macha nupcial anunciou a entrada da noiva. As portas abriram-se vagarosamente revelando Alma e Dulce. Notei o sorriso apaixonado que Alma lançava a meu pai enquanto caminhava a seu encontro e Dulce sorria emocionada ao lado da sua mãe. Ela usava o mesmo vestido que eu, já que nos duas éramos a damas de honra, sorri ao lembrar que depois de muita persuasão e brigas eu e Alma convencemos a ruiva a usar um vestido cor-de-rosa.

O cerimonia foi perfeita como um conto de fadas, os noivos sorriam apaixonados um para outro, seus olhos cintilavam como nunca havia visto, os convidados assistiam o casario entusiasmados. Quando finalmente Alma e Franco selaram a sua união com um beijo apaixonados todos aplaudiram emocionados e eu Dulce estávamos abraçadas derramando lagrimas, destruindo todo o trabalho que maquiadora teve.

A festa foi também no jardim na casa de Alma, porem eles armaram um tenda imensa para proteger os convidados do sereno da noite, havia varias mesas com toalhas brancas de renda por todo lado, mais a frente a banda tocava canções animadas e alguns convidados dançavam entusiasmados. Luzes coloridas estavam espalhadas próximas ao teto da tenda dando um ar romântico e havia vários arranjos de tulipas enfeitando o local.

-Esse é o casamento mais lindo que eu já fui. –Anunciou Maite encantada olhando o local.

-Essa é a comida mais gostosa que eu comi. –Chris disse extasiado devorando o jantar em seu prato.

-Comilão. –Mai disse em tom zombeteiro dando um leve tapa no braço de Chris que ignorou continuando a comer.

-Quem diria que um dia eu te viria de terno. –Disse admirada olhando Alfonso que estava sentado ao meu lado tomando champanhe.

-Esse tipo de coisa acontece só uma vez na vida, então não se acostume. –Ele disse sorrindo brincalhão e passou o braço ao redor do meu pescoço.

-Chato. –Falei revirando os olhos e tirando o seu braço ao redor do meu pescoço.

-Oie, Annie. –Uma voz disse próxima de mim.

Virei-me para atrás e avistei a minha prima Berlinda sorrindo em minha direção, porem o seu sorriso como sempre é falso. Respirei fundo e sorri forçado tentando demostrar felicidade com a sua presença.

-Quem é ele? –Perguntou ela olhando Alfonso da cabeça aos pês com um olhar malicioso.

-É Alfonso... –Anunciei indiferente.

-Oi, eu sou a prima da Anahí, me chamo Berlinda. –Ela disse interrompendo-me . –Vamos dançar? –Perguntou ela de imediato, segurando no braço dele.

-Eu...

-Vamos. –Interrompeu  Berlinda novamente o puxando pelo braço deixando Alfonso sem escolha.

-Eu já disse que odeio a Berlinda? –Perguntei tomando um gole de vinho.

-Sim. –Mai retrucou indiferente. –Você disse isso um milhão de vezes! –Mai disse me lançando um olhar tedioso. –Porque você vai ate lá, tira Alfonso das garras da sua priminha e dança com ele?

-Eu não vou fazer isso. –Contra retruquei indignada com a fala da minha amiga. –Eu não estou nem me importando com eles, por mim eles podem dançar a noite inteira. –Disse bebendo mais vinho lançando um olhar raivoso para ambos

-Ok, então, por favor, não vamos falar sobre isso. –Mai disse impaciente, suspirando. –Vamos dançar. –Ordenou ela puxando Chris pelo braço para a pista de dança.

Observei os casais dançando uma musica agitada, Alfonso e Berlinda dançavam animados e ela fazia de tudo para aproximar o corpo dela de Poncho, porem ele sempre cortava o contato dando um passo para trás. Olhei em outra direção e avistei Dulce e Christopher dançando sensualmente, esfregando-se corpo no corpo, franzi o cenho e desviei  olhar envergonhada, olhei para Maite e Christian que dançavam felizes sem importar com risos ao seu redor já que dançavam ambos muito mal.

Suspirei, virando-me e tomando um ultimo gole de vinho. Estava sentada na mesa abandonada enquanto meus amigos se divertiam dançando. Belos amigos que eu tenho!

-Aceita dançar comigo? –Perguntou uma voz sexy atrás de mim, virei-me ao encontro dela ansiosa e fiquei frustrada ao ver Alfonso estendendo a sua mão para mim.

-Dispenso. –Virei-me bruscamente ignorando o seu pedido.

-Por favor, Annie. –Pediu ele sentando-se na cadeira ao meu lado olhando-me com cara suplicante. –É uma dança rápida. E não custa nada. –Completou ele fazendo um biquinho fofo.

-Porque não chama a Berlinda para dançar e me deixa em paz? –Perguntei arqueando as sobrancelhas ignorando a fofura do seu biquinho e do seu olhar.

-Porque eu quero dançar com você. –Ele disse repetidamente tomando a minha mão e puxando-me para a pista de dança a força.