Fanfic: A Vida Secreta de uma Adolescente Mexicana | Tema: Rebelde

POV Lupita

Saí do meu quarto, era a hora de descobrir a verdade. Passei pela sala de jantar e conversei um pouco com a minha mãe. Não sobre isso, é claro. E então fui direto para o banheiro . Tirei o teste da minha mochila enquanto ouvia minha mãe falar, como ela iria reagir? Me olhei no espelho enquanto esperava o resultado. Meus cabelos estavam bagunçados e meu pijama era minúsculo, mas isso não importava agora.

Ouço um apito, o teste ficou pronto.

Positivo.

Puta merda.

Positivo. Uma única palavra que pode destruir uma vida. Ou melhor, duas.

-----------------------------

Os casais andavam abraçados. As pessoas abriam seus armários. Mas tudo parava quando Mia Colucci e Joaquim chegavam na escola. Mia era a espécie de filha perfeita, possuía uma beleza angelical, era ultra religiosa (usava até um anel de castidade), tinha notas perfeitas e era uma líder de torcida, e como no típico clichê adolescente, Diego era um jogador de futebol que não aguentava mais esperar para transar (como qualquer garoto do ensino médio), mas mesmo assim namorava Mia.

Minhas amigas Lexie e Rachel chegaram correndo ate mim.

- Você não vai acreditar quem chegou. – Disse Lexie.

- O NOVO CONSELHEIRO GATO! – Completou Rachel.

Bem, conselheiro? Uau. O que ele iria achar de uma menina de 15 anos gravida?

- Oh. – Foi tudo o que eu consegui responder.

- Oh? Não tem nada mais excitante do que Eric Gilbert.  – Rachel disse.

Eu comecei a ofegar, bem, elas eram minhas melhores amigas, alguma hora teriam que saber. Eu abri a boca como se algum som fosse sair e elas começaram a me olhar com expectativa. Eu olhei para os cantos para ter certeza que ninguém nos ouvia ou observava. Apesar de que eu não sabia porque fariam isso.

- Eu... eu transei. – Eu disse. Bem a pior parte poderia ficar pra depois, né?

Os queixos delas caíram.

- Não você não fez. – Lexie disse.

- Com quem? – Rachel perguntou animada.

- Você não pode. – Lexie continuou.

- Como foi? – Rachel prosseguiu.

- Impossível. – Lexie falou e revirou os olhos.

- Mas então, o que interessa. Com quem??!! – Rachel insistiu.

POV Roberta

- Então, Roberta, quando vai parar de me provocar? – Perguntou Giovanni.  – Sabe, você está me machucando. Eu não aguento o ‘pare e continue’, especialmente a parte do ‘pare’.

- Oh que pena. – Eu respondi e revirei os olhos. Esse garoto pensa que tem moral comigo.

- Não, é sério. Isso faz mal para garotos, não é saudável. – Giovanni tentou insistir.

- Bem eu te avisei, eu não faço no primeiro encontro e nem no segundo. – Eu respondi.

As pessoas acham que eu sou uma vadia. Elas realmente acham, e eu nem sei como essa fama surgiu. Mas bem, não importa. Princípios são princípios e eu não vou dar pra qualquer cara que eu ver na frente só porque tenho uma faminha.

- Tivemos mais do que dois encontros. – Ele respondeu tentando me enrolar.

- Ir na minha casa enquanto minha mãe não estiver não é um encontro. – Esses garotos estão cada vez piores.

- Tudo bem, vou te levar em algum lugar, não marque nada para hoje, será nosso terceiro encontro. – Ele disse.

Bem, agora sim ele está falando a minha língua.

- Tudo bem, hoje a noite. Passe na minha casa a hora que quiser. – Respondi.

Eu estava olhando para ele, até que era gatinho, talvez não dos mais bonitos, mas mesmo assim, gatinho. E com certeza tinha algo para estragar minha visão, Mia estava chegando com toda sua “graça divina” (literalmente já que ela é crente fervente).

- Podemos te ajudar em alguma coisa? – Eu perguntei torcendo para ouvir um não.

- Oh, me desculpe eu não deveria ter interrompido. Eu só vi os dois aqui juntos e pensei que então vocês iriam para o jogo juntos, e queria convida-los para o grupo de jovens da igreja para uma comemoração depois do jogo. – Mia respondeu.

Claro, tudo que essa menina fala é sobre Deus, Jesus e Igreja. Não me levem a mal mas esse lance todo não é muito a minha praia. Acho que ela se tocou da cara que eu olhava para ela porque logo depois ela disse:

- Não haverá reza. Eu prometo. Só música, dança e a comida de lá é sempre boa. E é de graça.

- Nós adoraríamos. – Respondi. – Mas não podemos. Minha mãe está fora da cidade então vamos para minha casa beber cerveja e fazer sexo.

Ta, talvez eu tenha sido um pouquinho obscena mas eu não tenho paciência para miniaturas de Maria espalhando a palavra enquanto andam em um salto agulha. Então eu saí andando, mas não fui muito longe para poder ouvir a conversa do Giovanni com a Mia.

- Ela é muita engraçada, não é? – Perguntou Mia enquanto tentava disfarçar sua vergonha.

- Engraçada? – Respondeu Giovanni.

- Tenho certeza que ela não quis dizer isso afinal a gente não tem nem idade para beber cerveja. Ela estava tentando me espantar e funcionou. – Mia disse

EU SEI QUE FUNCIONOU EU SOU OTIMA EU ARRASO. E infelizmente a Barbie continuou:

- Mas sério, vocês podem vir? Podem levar quem quiser. Quantas pessoas quiserem. Todos são bem vindos.

- Voce vai estar la, Mia? – Giovanni perguntou

POV Lupita

- Oi. – Giovanni disse. – É Lupita, certo?

Legal eu transo com o cara, engravido e ele não lembra meu nome. Que belo exemplo de pai.

- Eu só estou brincando com você, não acha que eu esqueceria da noite em que passamos juntos, no acampamento da banda, acha? – Giovanni continuou e foi embora.

Vai ser zoeiro assim no inferno. Fui em direção ao banheiro, mas fui parada e algum menino disse oi para mim, mas eu ignorei e segui o meu caminho. Quando cheguei lá fiquei esperando com Lexie enquanto Rachel foi comprar mais testes de gravidez para eu fazer e ter certeza. E quando Rachel chegou ela fez questão de enxotar todas do banheiro e ainda colou um aviso dizendo que o banheiro estava em manutenção na porta.

- Certo, não faça tudo em um porque queremos ter certeza absoluta. – Rachel disse.

- O único jeito de ter certeza absoluta é indo ao médico. – Disse Lexie.

- Mas eu não tenho esse tipo de médico. – Eu respondi. – Eu só vou ao pediatra.

Certo, eu enxotei elas dali e fui refazer o teste. E que desta vez seja negativo, por favor.

POV Mia

Estava sentada comendo quando Diego voltou para a mesa e trouxe meus biscoitos (Nota da autora: É BISCOITO SIM PORRA NADA DE BOLACHA).

- Obrigada. – Agradeci.

- O que é esse anel? Nunca notei ele no seu dedo. – Diego perguntou.

Recentemente eu tinha feito uma promessa de que não iria fazr sexo até que eu casasse. Não porque eu fui influenciada a fazer isso pelos meus pais, ou comprada com um anel, ou porque eu sou católica, mas porque eu quero esperar a pessoa certa e quem melhor do que seu marido para isso?

- É um anel de compromisso. Meus pais me deram quando prometi que não iria fazer sexo até me casar. – Expliquei.

- Eu sei o que é um anel de compromisso. – Diego falou. – Só não sabia que você tinha um.

- Mas pra que você precisa de um anel? Achei que seus pais confiassem em mim. Eu sou tão voltado a abstinência quanto você. – Diego respondeu.

- Exatamente por isso que eu não vi problema nenhum em fazer a promessa para eles. – Afirmei.

Eu amo o Diego, mas essas perguntas sobre sexo me deixavam com um pouco de raiva dele. Não que eu tenha algo contra o sexo, eu até pretendo fazer, mas só depois do casamento.

- Sexo oral conta como sexo? – Ele perguntou.

- Vou perguntar para minha mãe. – Eu respondi brincando com ele, e ele cuspiu a bebida. – Calma, eu to brincando. Mas você mereceu. Claro que é sexo e você precisa afasta sua cabeça desse pensamento.

Vi Roberta se aproximando da minha mesa. Roberta era um menina legal até, um pouco obscena mas eu não julgo.

- Ola? Loucos por Jesus? – Ela falou. – Vocês terminaram? Preciso de um lugar para sentar.

- Sim, sim, terminamos, já estávamos indo. – Eu me levantei

- Eu acho que vou ficar mais um pouco. – Diego disse e eu me retirei.

POV Roberta

Observei o casal Jesus Cristo antes de ir sentar. Diego até que era gato. Quem estou enganando? Ele era muito gato, e comigo por perto essa abstinência não iria durar tanto.

- Ouvi um pouco da conversa. – Eu disse. – Então vocês dois não...?

Ele negou com a cabeça. É. Pelo menos um beijo eu vou arrancar desse garoto.

- Interessante. – Eu disse enquanto comia uma maçã.

POV Lupita

Então né gente, como eu sou uma pessoa muito sortuda vocês já imaginam qual foi meu resultado, certo?

- A vida é uma merda. – Eu reclamei.

- Isso é engraçado, considerando que estamos em um banheiro. – Rachel disse.

- Então, o que nós vamos fazer? – Lexie perguntou.

- Nós? – Eu respondi.

- Lupita, nós estamos nessa com você. – Lexie disse. – Estamos aqui para você, qualquer coisa que quiser que façamos, nós faremos.

- É. – Rachel concordou. – O que quer que façamos?

- Acho que não tem nada que alguém possa fazer, Lexie. – Eu respondi. – Digo, sou eu quem está gravida. Deuses... não consigo acreditar que sou velha o suficiente para usar a palavra ‘’gravida’’ numa frase, muito menos estar gravida.

- Ta, só direi isso uma vez e depois vou me calar. – Lexie falou. – Acho que você deve ir em um médico, porque é isso que está escrito nos três testes: para ver um médico.

- É, eu vou em um médico. Na hora da saída. – Eu falei.

Quando o sinal tocou peguei minhas coisas e fui direto para o pediatra. Esperei la durante um bom tempo, o que me fez pensar sobre tudo isso, mas como não consegui organizar fiz uma lista sobre o que se passava na minha cabeça.

1 – Eu estou gravida.

2 – Eu estou gravida do Giovanni.

3 – Eu estou gravida do Giovanni que é um dos maiores galinhas dessa escola.

4 – Eu sou tão sortuda que na primeira vez que transei não senti prazer e ainda veio com um filho de brinde.

Saí do pediatra direto e fui para casa, quando cheguei minha família já ia começar a comer mas por sorte nem minha mãe nem meu pai perguntaram onde eu estava.

- Por que essas pessoas acham que tem algo de errado com o umbigo? – Minha irmã mais nova perguntou.

 Eu não falei da minha irmã mais nova né? Seu nome é Lea, ela tem 13 anos, e está numa fase de ‘rebelde sem causa’, que eu particularmente considero uma das piores fases da vida de uma pessoa mas bem, não é como se alguém na minha posição pudesse julgar o que o outro é ou não é.

- Não é algo anormal. – Ela continuou. – Quer dizer, eu tenho, eles têm, você tem. Não vejo nada demais em mostrar. Não é como se todos estivessem cobrindo seus umbigos.

- Deveriam. – Minha mãe respondeu. – Está no código de vestimenta.

- Sim mãe, mas ninguém liga para esse estupido código. Até hoje quando fui chamada ao escritório do diretor e me pediram para vestir um suéter.  Porque eu deveria seguir as regras sendo que ninguém mais segue? – Lea reclamou.

- Eu digo o porquê.  – Meu pai começou. – Porque nem eu e nem sua mãe queremos receber outra ligação do diretor. Nós não gostamos de nos sentir constrangidos pela nossa filha de 13 anos que insiste em se vestir como uma puta. Damos duro para receber um salário para comprar roupas decentes para você que estejam no código de vestimenta. Esqueça o código da escola, nós temos nosso próprio código. Não violou apenas as regras da escola, violou as nossas, violou as regras do bom gosto. O que está tentando provar, que você não tem 13 anos? Você tem! Que você é sexy? Você não é sexy! Sabe o que sexy significa? Significa que você está pronta para fazer sexo e você não está pronta. Nenhuma das minhas filhas está e não estarão por muito tempo. Muito, muito, muito tempo. Estou certo?

- Certíssimo. – Minha mãe concordou.

Meus pais olharam para mim esperando uma resposta então eu falsamente resopndi.

- É, está certo.

- Está certo sobre o que? Mostrar meu umbigo significa que eu quero transar? – Minha irma falou. – Você tem que ser tão nerd e estragar tudo para mim?

- Ei, sua irma não e uma nerd, ela é uma boa garota, e quer saber? Garotos gostam de boas garotas, então porque não começa a ser um pouco mais agradável e a parecer mais agradável?

- Lupita, você esta se sentindo bem? – Minha mae pergunto.

 Cacete,  é verdade o que dizem .A mãe sempre sabe. Mas não tem problema, vou enrolar o máximo que eu conseguir e vou rezar para que minha barriga não cresça.

-  Não, eu estou ótima apenas um pouco cansada.

POV Mia

Eu e minha família nos reunimos para jantar e hoje foi a minha vez de fazer a reza.

- Obrigado pelo jantar. – Eu, meu pai e meu irmão agradecemos a minha mae.

- Então filha, eles vao para a festa?  - Meu pai perguntou.

 - Eu sei que eles nunca vao mas esse ano eu acho que sim. – Respondi.

- Vamos a uma festa? – Meu irmão perguntou

- Sua mae e eu não fomos convidados para a festa, Tom. Vou dize o que iremos fazer: vamos alugar filmes em uma locadora e ai passar a noite acordados. -  Meu pai disse.

- Isso mesmo, faremos pipoca e eu farei seus brownies favoritos. O que acha? – Minha mãe completou.

- Tudo bem. Eu quero ir para a festa. – Tom insistiu.

- Sabe, eu acho que você deveria ir Tom. – Eu respondi. – A festa é para todos. Pode pegar carona comigo e com Diego, tenho certeza que ele não se incomodaria.

POV Roberta

Eu estava comendo e estudando, porque não ta fácil para ninguém e eu preciso passar de ano, quando meu telefone tocou, ou melhor, quando o telefone de casa tocou, mas é praticamente o meu telefone já que minha mae nunca está em casa.

- Oi Giovanni. – Eu respondi, mas ouvi uma outra voz de resposta. – Oh, Diego. É eu sei quem você é. O cara que não transa com a namorada. O que posso fazer para você? É isso continua sexo.

Eu nunca vou entender esses namorados que não transam, tipo, qual a parte boa do relacionamento deles então?

POV Lupita

Terminamos o almoço e eu e Lea botamos os pratos na cozinha, porém eu voltei para falar com meus pais.

- Posso falar com vocês em particular? – Perguntei.

- Você precisar falar com eles sozinha sobre algo? – Lea respondeu. – Tipo o que? Finalmente decidiu usar sutiãs?

E pela primeira vez no dia eu tive sorte, o telefone tocou e minha mãe mandou Lea atender. Enquanto ela foi ao telefone eu me sentei a mesa.

- Deve ser serio, você até sentou. – Meu pai disse e eu continuei calada. – Porque essa cara, querida?

E minha irma voltou com o telefone.

- É para você. – Ela disse. – É um garoto.

- Você tem um namorado? É isso que quer nos contar? – Meu pai perguntou.

Bem que você queria né pai. Mas eu ignorei e atendi ao telefone

- Alo? – Falei.

- Anda, vamos dar privacidade. – Minha mãe disse.

- Miguel? – Continuei. - Não, eu sinto muito, não me lembro.

POV Mia

O jogo havia acabado e eu estava na festa esperando o time, que havia ganhado. Eu sou líder de torcida entoa era meu trabalho animar aquelas pessoas, então comecei a inventar uns hinos do além para o time. Vi eles entrando e dei um beijo no meu namorado. Sabem eu gostava do Diego, realmente, e puxei ele para dançar.

POV Lupita

Estava na festa com Miguel, e ele saiu durante um minuto para falar com algum amigo dele ou algo do tipo e eu não pude nem piscar que minhas amigas vieram correndo até mim.

- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntei

- O que estamos fazendo aqui? – Rachel perguntou. – Estamos espionando você.

- Voce pretende sair com ele de novoo? – Elas perguntaram

-Sim a´te ou ele ou meus paiss descrobirem que estou gravida então eu nunca mas vou poder sair com ninguém na minha vida. – eu disse.

- Estavamos pensando e temos o plano perfeito. Voce namora com ele faz ele se apaixonar para você então vocês transam diz paraele que ta gravida dele se casam e fim. – Elas falaram

- Gente, não. – Foi tudo que eu consegui dizer.

Olhei ao redor e notei Giovanni me encarando então olhei para ele de volta.

- Porque você esta olhando para o baterista? – Lexie perguntou.

- O baterista está na banda. – Falou Rachel como se estivesse associando as coisas. – Qualquer um da banda pode ir ao acampamento da banda.

- Ah, não. – Lexie disse. – Ele não, Lupi.

E como eu já disse que a sorte reina em minha pessoa, Giovanni veio até a mim e começou a falar comigo.

- Ola, garotas. – Giovanni disse. – Quem é esse cara que veio com você? Você gosta dele?

Eu dei de ombros como se eu não me importasse e eu sinceramente não sei porque fiz isso.

- Ele não é seu tipo. – Giovanni continuou. -  Faz um favor para mim, dance com o irmão da Mia para que eu possa dançar com ela.

- O único cara com quem a Lupita vai dançar será eu. – Miguel apareceu e disse.

- Estou surpreso que dance, saiba o que é ritmo e tal. – Giovanni provocou mas foi embora logo depois.

- Acho que alguém se sente ameaçado. – Miguel disse. – Você dança?

Eu neguei com cabeça.

- Nem eu. – Ele respondeu. – Quão difícil pode ser?

Então fomos dançar. Simples assim.

POV Mia

Eu estava dançando com o meu irmão quando Giovanni chegou até a gente.

- Ei, se importa de me ceder a vez? – Ele perguntou.

- Tom, porque não vai na garagem checar se a mamãe e o papai chegaram? – Eu respondi.

- Ta, tanto faz. – Ele disse.

Mudaram para a música lenta e eu comecei a dançar com Giovanni.

- Onde está Diego? – Ele perguntou.

- Foi lá fora pegar um ar. – Eu respondi -  Onde está sua namorada?

- Não faço ideia. – Respondeu.

POV Roberta

Cheguei na escola na exata hora que Diego tinha me pedido. Ok, talvez um pouco atrasada mas também não sou nenhuma escrava.

- Oi, Diego. – Eu disse.

- Por onde esteve? – Ele perguntou.

- Eu tive que ir para casa trocar de roupa. – Respondi. – Não pensou que eu iria usar meu uniforme de baliza, pensou?

- O que contou a ele? – Diego falou.

 Nossa haja pergunta, me sinto num interrogatório.

- Quem? Giovanni? – Perguntei e ele assentiu. – Nada, falei que estava cansada de esperar ele ligar e fui em casa comer algo.

- Então não contou...? – Ele continuou insistindo. – Sobre a gente?

-  Voce quer que eu conte? – Eu realmente não estava entendendo esse garoto.

- Não, não... – Ele disse. – Foi um erro, eu não sei o que eu estava pensando. É pecado.

- Ah por favor.  – Eu falei – Não vai dar uma de cristão para cima de mim agora ne?

- Eu sou cristão. – Ele disse. E eu sou um homem. Apenas não sei como ser os dois no momento. – Respondeu. – Estou perdido.

- Você não pareceu perdido noite passada. – Respondi.

- Olhe, sinto muito Roberta.  – Ele começou. – Eu tirei vantagem de você...

- Olha, pode parando. Ninguém tira vantagem de mim. – Afirmei. – E ninguém faz algo que não queira fazer.

- Reze comigo, reze para que Deus nos perdoe, porque Deus nos perdoa se fizermos algo errado.  – Ele disse.

Eu sabia que ia começar a crentelhagem, eu senti isso.

- Eu não acho que tenhamos feito nada de errado. – Respondi.

- Por favor, mesmo que não seja cristã, Deus te ama. Reze comigo. – Diego insistiu.

- Tem certeza que é isso que quer Diego? – Perguntei. – Quer que Deus ame você? Tem certeza que não quer que... eu ame você?

Antes que vocês achem que sou louca, é claro que eu não amo ele. Mas mesmo assim puxei ele para um beijo, estava tudo ótimo até que o irmão de Mia entrou e começou a gritar pelo nome nela, e não só ela mas a festa toda veio ver o que estava acontecendo, claro que nessa hora eu não estava mais beijando ele mas bem você pode tirar conclusões não é?