Fanfic: viva a vida (terminada por falta de comentarios)

               Alvaraes 2005.

CENA 1-CLIP INICIAL DA TRAMA-EXTERIOR. DIA.

Muitas pessoas andando pelas ruas, lojas sendo abertas, pessoas saudando e dando bom dia uns aos outros, paisagens do sol, lagos e tudo mais. Cena de um casarão e varias pessoas entrando nele além de pessoas lêem os jornais e também tomarem cafezinho. Uma jovem mulher linda e bonita passando e todos olhando para ela. Uma secretária que só sabe rebolar.

(Mariza)- bom dia para todos vocês. Bom dia seu Camargo, bom dia senhora Lia.

(Camargo)-bom dia.

(Lia)-bom dia.

CENA 2-SALA DE LIA-PREDIO CC-DIA/NOITE.

Lia chega em sua sala mexe em alguns papeis e fala com a secretaria:

(Mariza)-ai dona lia não te conto o que me aconteceu ontem.

(Lia)-não estou nem um pouco interessada. Mariza eu quero saber onde está o relatório sobre o esgoto na cachoeira dos Coimbra.

(Mariza)-está aqui dona lia. Eu só preciso dar mais uma olhada superficial e depois te entrego.

(Lia)-uma olhada superficial. Hum! Sabe tem meses que eu olho para você e sinto nojo. Não sei. É que a muito tempo você fica só passeando pela empresa e conversando com o Tarsísio.

(Mariza)-desculpe dona Lia. É que eu não tenho tempo para conversar depois do trabalho então...

(Lia)-escuta aqui Mariza. Se você pensa que vai ganhar dinheiro a custas dos outros pra vim pra empresa, sentar nessa cadeira e conversar eu mando o Camargo te demitir agora mesmo.

(Mariza)-pode me demitir. Eu sei que aqui você não manda em nada, eu obedeço a ordens do senhor Camargo.

(Lia)-o que?

CENA 3-SALA DE CAMARGO-PREDIO CC-DIA/NOITE.

Camargo com óculos no rosto sentado na mesa olha alguns papeis e seu secretario preferido chega e entrega para ele alguns papeis.

(Tarcisio)-aqui está os papeis sobre a cachoeira Coimbra a sete anos atrás.

(Camargo)-muito obrigado Tarcisio. Sabe que era bonito. Ah! Esse lugar me fez tornar um homem, nasci e cresci aqui. Conheci a Lia foi aqui nessa linda cachoeira que meu pai criou a muito tempo atrás.

(Tarcisio)-você é sim doutor. Um rapaz feliz e bem dedicado ao seu trabalho. Eu adoro trabalhar com o senhor doutor.

(Camargo)-muito obrigado Tarcisio.Com certeza você já sabe que é muito bom ter um secretario como você.

(Tarcisio)-bom qualquer coisa é só chamar. Com licença.

CENA 4-ESCOLA VELHA NA CIDADE-DIA/NOITE.

Eliana é uma professora de educação física e dá aulas para seus alunos. As meninas fazem coreografia e os meninos jogam futebol. O sino toca e o corredor da escola fica cheio até que Eliana sai, anda pela mata que é o caminho de volta para sua casa, mas antes ela passa na cachoeira dos Coimbra e nada. Depois pega sua bolsa de escola e sai feliz.

CENA 5-CACHOEIRA COIMBRA-DIA/NOITE.

Camargo e Lias aparecem na frente da cachoeira e falam sobre seus passados.

(Camargo)-lembra meu amor. Aqui nos conhecemos e apaixonamos pela primeira vez.

(Lia)-como eu ia me esquecer Camargo. Se aqui eu fiz uma coisa que nunca vou me esquecer.

(Camargo)-que coisa? Ah! O segredo que nunca vai revelar.

(Lia)-você sabe que o segredo é um segredo e não devemos revelá-lo.

(Camargo)-a Cassandra tem haver com esse segredo?

(Lia)-não. Vamos embora.

Lia e Camargo sai e uma cena de fotos antepassadas.

                 20 anos atrás...

CENA 6-CACHOEIRA-DIA/NOITE.

Eliana e seu namorado Camargo chegam nela e nadam. Dentro d’água se beijam e namoram. Mais tarde fazem piquenique numa pedra e conversam:

(Eliana)-seu pai não vai gostar nada de saber que você nadou aqui.

(Camargo)-não se preocupe querida. Um dia isto tudo aqui será meu e seu.

(Eliana)-será? Eu às vezes me pego pensando: será que quando você herdar tudo isso aqui, voce continuará me amando?

(Camargo)-você está me colocando entre a ambição e o amor.

(Eliana)-essa pergunta que eu te faço. Vai me amar ou vai me largar depois de virar rico?

(Camargo)-eu não tenho resposta para essa pergunta. Desculpa-me.

(Eliana)-tchau. To atrasada para a minha coreografia.

CENA 7-CASA DE COREOGRAFIA-CIDADE-NOITE.

Na sala estão Lia mais dois figurantes e Eliana chega abafada:

(Eliana)-desculpe gente. Mas eu me atrasei novamente.

(Lia)-eu sei como atrasou: o passeio nadando na cachoeira fez você se atrasar?

(Eliana)-eu não mandei você me espiar. Eu não sou prisioneira pra segurança me vigiar.

(Lia)-é to vendo. Mas aliança nesse dedo aqui o. Só com moças decentes.

Eliana dá tapa no rosto de Lia que fica sem graça.

CENA 8-CASA DE CAMARGO-EXTERIOR-NOITE.

Camargo chega a casa, entra no quarto e lembra-se de Eliana. Depois toma banho, se enxuga depois pegando um livro vai ler em sua cadeira preferida. Mas a imagem de Eliana aparece na pagina do livro:

(Camargo)-ai Eliana. Ai. Quando é que eu vou poder encostar-se a seu corpo? Quando.

Camargo na cama Le e fica com sono, desliga a luz e vai se deitar.

CENA 9-CASA DE COREOGRAFIA-CIDADE-NOITE.

Lia nervosa grita na cara de Eliana.

(Lia)-quem você pensa que é? Quem?

(Eliana)-eu sou aquela que vai meter a Mao na sua cara toda vez que implicar comigo.

(Lia)-se prepara. Eu não vou deixar que tu saias dessa sala rindo da minha cara.

(Eliana)-o que vai fazer. Você mereceu.

(Lia)-eu só quero que você se prepare. Eu vou fazer de tudo pra acabar com você.

(Bert Mendes)-vamos parar com isso. Temos que nos ensaiar. O coreógrafo do dia da gente se apresentar está chegando.

(Lia)-você vai ver. Eu fazer de tudo Eliana. Escuta-me. De tudo para acabar com você.

(Eliana)-estou morrendo de medo.

MUSICA PARA COREOFRAFIA.

(Bert Mendes)-um pra lá. Dois pra cá.

CENA 10-RUAS DO RIO DE JANEIRO-EXTERIOR-DIA/NOITE.

Antes de acabar a fala anterior uma mulher desce de um ônibus cheia de pessoas e vai à casa de Camargo. Ela é Cassandra melhor amiga de Eliana. Bonita, sarada rejeita todos os homens por que quer é dinheiro. Sem fala nessa cena um mordomo chega ao portão dos Coimbra casa de Camargo, mas ela volta triste. Anda pelas ruas e começa a chover. Cassandra senta em um banco na praça.

CENA 11-MATA FLORESTAL-NOITE COM CHUVAS-EXTERIOR.

Eliana sai da casa de coreografia e com a sua bolsa sai, ela que mora no meio da floresta vai a pé. A chuva é forte e uma grande enchente começa a alagar uma pequena estrada para casa de Eliana.

(Eliana)-meu deus. O que eu faço? Ultrapasso ou não?

Um relâmpago soa no ar. Eliana se assusta e cai na enchente. Ela vai batendo as mãos, mas desce a enchente abaixo. Conforme o relâmpago vai relampejando o corpo de Eliana aparece na água. Depois aparece ela boiando.

CENA 12-CASA DE ELIANA-EXTERIOR-NOITE COM CHUVA.

Graça acorda assustado com os relâmpagos e acorda Anselmo. Que não quer de jeito nenhum levantar.

(graça)-Anselmo, Anselmo acorda.

(Anselmo)-que foi graça volte a dormir.

(graça)-nossa fia ainda num chego. Ta chuveno. A inchente.

Anselmo abre os olhos assustados.

(Anselmo)-meu deus. A enchente.

Graça pisa no chão e vê lama e água pra todos os lados.

(graça)-ai meu deus. A casa está toda alagada. Meu deus nossa fia Anselmo. De de ter morrido.

Graça começa a chorar.

(Anselmo)-não minha graça. Eu vou ir buscá-la. E se deus abençoar ela vai estar lá do outro lado me esperando.

(graça)-confie em deus minha benção.

Anselmo sai com chapéu e lamparina com seu cachorro de caça. Graça dentro da casinha pega uma vela e acende para sua santinha nossa senhora da aparecida e pede com que salve sua ilha. Cena sem voz.

CENA 13-ENCHENTE NA FLORESTA-NOITE COM CHUVAS.

Eliana fica presa em um galho e ela consegue levantar e sai tossindo a água suja que ingeriu.

Anselmo solta seu cachorro e Anselmo acha no meio da enchente em um galho a bolsa de Eliana.

(Anselmo)-oh meça! Agora acabou. A minha Eli aninha morreu.

Anselmo chama seu cachorro e vai embora para casa, triste da vida.

CENA 14-CLIP-EXTERIOR (EXTERNA)-DIA/MANHÃ.

Imagens do sol, passando por cima de um lindo lago rodeado de arvores verdes e depois uma casinha aparecem na imagem. É o quadro de Donato pintado pelo pai de Camargo.

CENA 15-QUARTO DE PINTURA DE DONATO-DIA/MANHÃ.

Camargo bate na porta:

(Donato)-pode entrar. Ah! Meu filho. Olhe o quadro que seu pai fez. É divino.

(Camargo)-se o senhor acha... Não posso negar. É lindo, vai dar de presente pra mamãe?

(Donato)-não. Esse aqui eu vou guardar para outras coisas.

(Camargo)-papai.

(Donato)-hum.

(Camargo)-você está traindo a mamãe?

Donato fica surpreso.

(Donato)-o que é que você está pensando de mim? Filho. Eu amo a tua mãe e para mim: nenhuma mais existe.

(Camargo)-tudo bem. Vamos tomar café.

Os dois saem da sala e uma cena para na pintura.

CENA 16-CASA DE DONATO-SALA DE JANTAR-DIA.

Camargo e Donato chegam a sala de jantar para tomar café e Olga que é a mãe já está sentada.

(Olga)-nossa demoraram. O que aconteceu.

(Camargo)-não foi nada mamãe. O papai só estava pintando e fez um lindo quadro para você.

Donato olha com olho ruim para seu filho.

(Olga)-para mim? Aí tem não são casamento nem festa de aniversario...

(Camargo)-isso é amor.

(Donato)-é. É amor.

CENA 17-CASA DE ELIANA-MATA FLORESTAL-DIA.

Graça corre até o morro para ver se Anselmo traz Eliana, mas fica triste. Quando seu esposo se aproxima ela pergunta:

(graça)-e aí? Encontrou a Eliana?

(Anselmo)-ela morreu na enchente.

(graça)-ah! Não a Eliana não pode ter morrido. Por favor, Anselmo volta lá e olha se acha ela.

(Anselmo)-não adianta graça. A única coisa que eu achei foi isso aqui.

(graça)-a bolsa da li? Mas isso não serve para nada.

(Anselmo)-bom o que a gente pode fazer agora é só rezar para ver se ela vai para um bom lugar.

Graça insistindo mexe na bolsa da filha até que cai um exame de farmácia para gravidez e diz que está positivo. Assustada graça grita Anselmo.

(Anselmo)-que foi meu amor?O que é isso?

(graça)-nossa fia ia dar um minino. Nós dois ia ser avo. Só que ele morreu na barriga da Eliana. Ai meu deus que dor.

Anselmo leva graça para seu quarto e a deita.

(graça)-é uma dor tão grande. Uma dor tão grande que eu não sei se vou agüentar.

(Anselmo)-graça. A gente nasce sabeno que nascemo e morremo. A vida é ansim. Não tem como mudar.

Graça chora profundamente.

CENA 18-MATA FLORESTAL-EXTERNA-DIA.

Dois homens a cavalo acham o corpo de Eliana mexem nele e falam:

(homem 1)-essa garota aqui morreu.

(homem 2)-vamos enterrá-la?

(homem 1)-melhor não. Vamos embora temos que chegar a Alvaraes antes do anoitecer.

CENA 19-CASA DE DONATO-DIA/NOITE.

Camargo desce a cachoeira na sua casa e pula nela. E nada. Olga chega perto e avisa o filho:

(Olga)-saia daí meu filho. Está cheio de enchente é perigoso.

Olga vai chamar o filho de mais perto e não consegue. Então ela se aproxima da berada que é de barro e o grita.

(Olga)-saia daí Camargo. Ai.

O barranco se solta e joga Olga dentro da água da cachoeira.

(Camargo)-mãe.

Como a água estava suja por causa da chuva e Olga não sabia nadar Camargo sai correndo e tenta encontrar a mae de cima.

(Camargo)-mae.

Depois desse grito o corpo de Olga aparece boiando. De repente o corpo de Eliana vive em uma gigantesca luz.

Olga se reencarna em Eliana.