Fanfic: Nunca sem minhas filhas

[Christopher] Ainda acordada?! (disse entrando no quarto da menina. Ela digitava algumas coisas no computador)

[Clara] É pai! Pela primeira vez na vida vou ajudar a Aghata!

[Christopher] (rindo) O que está fazendo?!

[Clara] (o olhou desconfiada) Jura que não ficará chateado?!

[Christopher] Juro!

[Clara] Ela tá ficando com o Thomaz!

[Christopher] Que?! (ele não acreditou. Morria de ciúmes delas e era difícil aceitar que uma delas já estaria beijando na boca. Thomaz era irmão mais novo do melhor amigo de Christopher. Desde que ele as adotou, eles sempre brincavam juntos e, como estudavam na mesma escola, eram melhores amigos. O único problema era que ele tinha dois anos a mais que ela, e para Christopher, já estava muito velho)

[Clara] Prometeu que não se chatearia!

[Christopher] Vou falar com o Poncho!

[Clara] Não pai! (suplicou) Pela primeira vez, eu estou querendo ajudar a Aghata, se ela ficar sabendo que eu te contei, aposto que nunca mais olha pra minha cara! E se você falar com o tio Poncho é bem provável dele vir aqui e obrigar eles a casarem!

[Christopher] Tudo bem! Dessa vez passa! Mas que eu ainda pego esse moleque, o se pego!

Clara riu dos ciúmes do pai. Ele fez uma careta e desceu ate a sala onde encontrou sua irmã e Aghata conversando baixinho e rindo uma para outra. Elas se calaram no mesmo momento que ele apareceu. 

[Maite] Vou dormi aqui hoje, mano!

[Christopher] (rindo) Mas é uma folgada mesmo, né?! Tem mais de três casas e fica me amolando aqui! (Maite riu junto com os dois e deu alguns tapas na cabeça dele)

[Maite] Você fala, fala, mas não vive sem a Perroni aqui! (disse se gabando)

[Christopher] Pois é! O único problema é que você ensinou essas duas a gastar dinheiro à toa!

[Aghata] Ata, pai! Você diz que pode! Então não reclama!

[Maite] E o Poncho?! Tem séculos que não vejo o “super homem”!

[Christopher] (rindo) Só tem uma semana!

[Maite] Mais pra quem cresceu com a peste, faz tempos!

[Christopher] Eu o chamei pra vir aqui amanha! À tarde, então não demore lá na escola, Aghata!

[Aghata] Mas pai! Eu não sei que horas vou sair! (ele olhou para a tia para que a socorresse. Maite sabia o porque que ela queria ficar na escola)

[Maite] Eh... O Poncho espera! Sempre esperou!

Dulce acordou disposta e completamente feliz. Tinha anos que não se sentia assim apenas ao acordar. Fez a higiene necessária matinal e desceu para tomar café junto com Anahí que já estava terminando a refeição. Conversaram bastante e logo saíram para trabalhar.

Estavam com muito serviço acumulado. Mesmo sendo as donas das empresas, tinha trabalhos a cumprir e não poderia deixar de lado. A todo o momento, chegavam mais e mais investidores e empresários querendo contratar os serviços das EP – Epinoza e Portillo publicidade. As duas eram obrigadas a ouvir tudo o que eles falavam mesmo sabendo que não precisavam saber daquilo. 

A hora do almoço chegou. Dulce terminou de conversar com o ultimo do dia e seguiu ate a sala da amiga. Anahí já estava fechando a porta quando Dulce se aproximou, juntas elas desceram ate o estacionamento e pegaram o carro indo em direção a escola de Aghata e Clara. 

Ao chegarem lá, elas perceberam a falta de Christopher, ainda não tinha batido o sinal e sempre ele estava lá antes mesmo disso. Pensaram que como ele não as conhecia, não feria mal se ficasse do lado de fora do carro. Estava um calor insuportável e mesmo assim seria uma tortura elas continuarem dentro do automóvel. Conversavam distraídas ate que o sinal em fim tocou.

Elas esperaram um pouco e logo Aghata e Clara saíram do colégio conversando com varias amigas. As garotas se despediram das colegas e olhavam ao redor procurando alguém. Quando avistaram Anahí e Dulce do outro lado da rua, correram ate elas, cada uma abraçando a outra. 

[Anahí] Como você está linda, Gatinha! (disse com os olhos lacrimejantes)

[Aghata] Senti a falta de suas palhaçadas, tia!

[Anahí] Clara! Menina, você está mais mulher que sua mãe!

[Clara] Menos tia! Olha só pra a mamãe! É meio difícil né!?!

[Dulce] Mas e seu pai? Não vem buscar?!

[Aghata] Tia Mai inventou que agente tinha trabalho!

[Dulce] (sorrindo) Muito simpática ela!

[Aghata] Ela adorou vocês! (Clara olhou ao redor procurando mais alguém)

[Clara] Cadê o tio Fercho?! Pensei que viria!

[Anahí] Está trabalhando, depois ele aparece ai!... Onde querem ir então?! Estou tão feliz que quero comprar um monte de coisas pra vocês!

[Clara, Aghata] Shopping! (disse em coro e com os olhos brilhantes)

[Clara] Mas onde vamos colocar o que ganharmos?! Papai vai desconfiar!

[Dulce] Eu sei o que fazer!... Agora vamos comer!

As quatro foram a um restaurante muito bom no centro da cidade. Dulce e Anahí pareciam duas adolescentes iguais a garotas. Elas queriam saber de tudo em todos os detalhes possíveis sobre a vida delas e como foi viver tão longe da mãe.

[Anahí] Sabe o que sua mãe disse?! (rindo maliciosa) Que teu pai era tudo de bom! (Dulce engasgou com o vinho que bebia e quase cuspiu ao ouvir o que amiga falou. Não esperava outra coisa de Anahí, ela sempre inventava coisas maldosas de propósito. Anahí ria da cara de Dulce que a olhava com reprovação e raiva. As garotas apenas riam das duas, sabiam como a tia Anny era nessas coisas, sempre foi uma perfeita comediante) 

[Dulce] Quero que me fale em que hora da minha vida eu disse isso, Anahí Giovanna?!

[Clara] Que tem de mais, mãe?! O papai é lindo de morrer!

[Dulce] O problema é que essa louca aqui fica falando bobeira!

[Anahí] AHHHH! Você não desmentiu!

[Dulce] Anny! Anny querida! Sabe que um dia vou arrancar cada fio desse seu cabelinho lindo, né?!

[Aghata] Deixa mãe! Todas as minhas amigas são doidas pra ir lá em casa, só pra ver ele! (rindo)

[Anahí] (rindo) Viu só, Dul?! Ate uma menina de 14 anos não perde tempo, como você!

[Dulce] Cala boca, Anahí! Ta falando besteira demais!

[Clara] Tia! O papai tem cada amigo! (disse como se contasse um “babado fortíssimo”)

[Aghata] É mesmo! O melhor deles é... (ela olhou para a irmã, elas sorriram um para a outra)

[Clara, Aghata] Tio Poncho! (disseram em coro. Anahí e Dulce as olhavam rindo)

[Anahí] Poncho?!... E isso é nome de gente?!

[Clara] É Alfonso, né!... Ele é lindo demais!... E tem uma família! (dando indireta a irmã que a olhou reprovando)

[Anahí] Ok! Um dia você apresenta ele pra titia aqui!

Elas passaram uma tarde muito agradável. Dulce e Anahí compraram tudo que podiam, como se recompensasse esses sete anos que não se viram. Já eram quatro da tarde quando elas lembraram que tinham visita em casa. Dulce mandou uma das duas ligar para Maite e dizer que foi ela que comprou os presentes, assim Christopher não iria perceber nada.

Aghata se certificou que não tinha ninguém do lado de fora da casa e saiu com Clara e com as diversas sacolas. Despediu-se com carinho da mãe e de Anahí e entraram na casa. Antes mesmo delas fecharem a porta, um homem de cabelos morenos, olhos penetrantes e incrivelmente lindo as abraçou com carinho e fazendo cócegas em suas barrigas. No desespero elas deixaram cair todas as sacolas no chão, despertando a curiosidade do pai que veio ao encontro das filhas.

[Clara] Para, tio! (disse em meio às risadas e lagrimas que escorriam) Por favor!

[Poncho] (sorrindo) Ok! Só porque estou feliz hoje!

[Aghata] Imagina se não estivesse!

[Poncho] Ta engraçadinha hein!.. E que tanto de sacolas são essas?!

[Clara] Tia Mai nos encontrou na porta da escola e nos levou agente no shopping!

[Christopher] Nunca vi gastar tanto com vocês igual a Maite!

[Poncho] Mas ela pode, né Chris! Não faz nada da vida! Só namorar e mima essas louquinhas aqui!

[Maite] Que feio falar mal das pessoas pelas costas, sr. Poncho! (ela tinha acabado de entrar pela porta)

[Christopher] Onde estava?!

[Maite] Eu?!... Ah! Eu fui aqui no mercado mais perto! Precisava encomendar algumas coisas... Falei pras meninas que voltaria! (ela cumprimentou o irmão e o amigo) Ah, Senhores! Tenho umas para lhe apresentar!

[Clara] Tia! (olhando a reprovando. Maite a olhou estranhando)

[Maite] O que tem de mais, Clarita?!

[Aghata] Nem vem! A ultima vez que o papai achou uma namorada foi um desastre! E ate hoje a baixinha vem atrás dele, ninguém merece! (Christopher e Poncho riam das meninas ao embrarem da ultima namorada. Era mesmo muito baixa, e muito vaidosa. Christopher adorava traze-la para casa somente para rir a vontade da cena dela com as filhas)

[Clara] E pro tio Poncho deixa quieto! Tenho alguém pra ele! (disse olhando cúmplice pra a irmã. Aghata não entendeu o que Clara queria dizer) Você sabe sim, Gata!... Aquela!

[Aghata] Não sei não!

[Clara] Mas é uma corna mesmo!... Olhinhos azuis?! (depois de pensar Aghata, lembrou de quem se tratava e sorriu. Os três adultos as olhavam interrogativos. Principalmente Poncho)

[Poncho] Vocês estão esquecendo da pessoa aqui, né?!

[Aghata] Depois você vai nos agradecer, tio! (deu duas batidinhas no ombro dele e saiu com as sacolas nas mãos)

[Christopher] Não acha que comprou coisa demais pra elas, não?! (disse olhando as diversas sacolas nas mãos das garotas)

[Maite] AH! Não! Tinha muito tempo que não comprava coisas pra elas!

[Poncho] Você comprou quase o shopping todo semana passada, Mai! (disse rindo)

[Christopher] Daqui a alguns anos vou ficar falido!

[Maite] Vocês hoje então ta que ta!

Dizendo isso ela subiu junto com as sobrinhas. Poncho e Christopher riram, já conheciam a peça. Os três cresceram juntos e eram amigos, irmãos e confidentes. Maite era filha da mãe de Christopher de outro casamento, era dois anos mais nova, 28 anos, Poncho e Christopher tinham a mesma idade. Moravam na mesma rua e por isso sempre foram unidos daquela maneira.

Era quase sempre Maite que os apresentava garotas que no futuro seriam namoradas, mas nunca conseguiu acerta de fato uma que pra eles não eram a alma gêmia.

Eles foram ate o escritório e beberam um copo de conhaque.

[Poncho] A Clarita estava falando serio?!

[Christopher] Em que?

[Poncho] Sobre me apresentar alguém...

[Christopher] (rindo) Mas é um tarado mesmo! Não tem nem dois dias que você terminou com uma ai...

[Poncho] (sorrindo) Você sabe que nos dois não perdemos tempo, amigo!

[Christopher] Nos dois virgula!

[Poncho] (rindo) É falso de mais! Você não fica nem duas semanas com uma só!

[Christopher] (rindo) Ta bom! Nos dois!... Como está a campanha?!

[Poncho] Ih! Preciso contratar alguma empresa pra fazer os comercias, a feira... (ele se sentou na cadeira) Já estou vendo o trabalhão que vai dar, Chris!

[Christopher] Já escolheu alguma firma?!

[Poncho] Bem... Vou à melhor, né?! (disse com entediaste. Poncho era dono de uma famosa cadeia de restaurantes em todo o país. O governo junto com os negócios dele, decidiu fazer uma feira de gastronomia para incentivar o comercio gastronômico nacional e não sempre exportado) Amanhã tenho um encontro com a EP...

[Christopher] EP?! É a melhor mesmo! Todas as minhas publicidades são feitas lá!... Com certeza ficará ótima essa campanha... Mas por que você tem que ir?!

[Poncho] Eu que quero! É muito importante isso pra minha empresa! Tem que sair perfeito!... (ele sorriu parecendo que lembrou de algo no mesmo estante e riu) Sabe outra coisa?! Me falaram que a Epinoza e a Portillo são lindinhas, meu amigo!

[Christopher] (sorrindo) Eu ouvir falar disso também... Mas esquece, elas moram em Ciudad Obregón!

[Poncho] Pois é! (ele olhou fingindo decepção) Um dia quem sabe?!