Fanfics Brasil - 18 As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA

Fanfic: As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: AyA


Capítulo: 18

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CAPÍTULO CINCO


 


Durante os cinco dias que se seguiram, Annie dedicou-se inteiramente ao trabalho. Organizou sua equipe, planejou um cronograma e arregaçou as mangas. Jamais tivera tantas pessoas trabalhando num desenho seu, o que, por um lado, era um luxo, mas, por outro, um desafio, porque era muito difícil coordenar o trabalho de tantos funcionários.
Mas eles eram excelentes. Desde o começo ficou claro que Alfonso a suprira com as principais costureiras da capital. Nem as eventuais dificuldades impostas pela barreira lingüística chegavam a atrapalhar.
Embora ela ainda não tivesse recebido permissão de conhecer a noiva, recebera suas medidas. Isso lhe permitira traçar o padrão e recortar um molde num tecido simples para testar o desenho. E agora, uma curta semana depois de sua chegada a Jebbai, o vestido propriamente dito começava a tomar forma.
Sua nova vida também, já assumindo algum tipo de padrão. De manhã fazia o desjejum em sua suíte. Enquanto comia frutas frescas, tâmaras, figos secos e iogurte, planejava a agenda do dia.
Depois trabalhava intensamente até as 16h ou 17h, dependendo do progresso do dia. Enquanto sua equipe fazia uma pausa no meio do dia, inspecionava seu trabalho, que em geral era impecável, garantindo-lhe um progresso mais veloz que o antecipado.
Azizah a informava quando era hora do jantar. Então, como fizera na primeira noite, jantava com Alfonso e Saleem. Alfonso perguntava sobre sua saúde e lhe pedia um relatório sobre o vestido.
Annie ainda se sentia relutante em falar abertamente na presença de Saleem. Assim, os dois homens passavam a maior parte do jantar conversando entre si. Depois do café, ela pedia licença para sair, o que fazia evitando olhar para a expressão fria que Saleem lhe dirigia.
Não era exatamente agradável, mas pelo menos agora ela estava começando a se acostumar com a rotina e a aprender a não se sentir tão constrangida na presença dos dois homens.
Contudo, alguma coisa estava diferente esta noite. Ela chegou à sala de jantar na hora marcada, mas desta vez não foi recebida por olhares frios. Alfonso estava sentado sozinho em meio às almofadas.
— Venha — disse, reforçando o convite com um gesto.
— Onde está Saleem? — perguntou, sentando-se diante dele.
— Saiu. — Ele lhe serviu um copo de chá. — Temo que terá de se contentar apenas com a minha companhia esta noite — acrescentou com um sorriso nos lábios.
Ele estava rindo dela.
— Que sorte a minha — disse ela, lamentando a ausência de Saleem. A frieza dos olhos dele subitamente pareceu preferível ao calor dos olhos de seu primo.
Com o café, chegou a chance de Annie fazer sua usual saída à francesa.
— Está com pressa de ir embora? — perguntou Alfonso.
— Absolutamente nenhuma — mentiu, quando tudo que desejava era fugir dali. Depois das primeiras piadinhas de Alfonso, o jantar fora tenso, e diversas vezes Annie o flagrara olhando fixamente para ela. Mas por quê?
— Então venha — disse, levantando das almofadas e estendendo a mão. — Quero lhe mostrar uma coisa.
— Para onde está me levando? — perguntou Annie, enquanto ele a conduzia, através de um labirinto de pórticos e corredores, até uma parte do palácio onde ela ainda não estivera.
— Você verá — respondeu, conduzindo-a até um pórtico grande e ricamente ornamentado. Ela o acompanhou através dele e saiu num outro mundo.
Estava cercada por uma vegetação exuberante, suavemente iluminada por tochas. Flores perfumavam o ar. Eles estavam num pátio amplo, cercado pelo palácio, mas a folhagem das samambaias, palmeiras e videiras era tão alta em alguns pontos que dava a impressão de que eles estavam a quilômetros de distância da civilização. De algum lugar invisível vinha um ruído de água que, em conjunto com o canto de pássaros exóticos, compunha uma música ambiente.
— É o jardim mais bonito que já vi — disse Annie enquanto vagava pelos caminhos pavimentados em mármore.
Alfonso estendeu um braço até uma árvore e colheu uma laranja. Com um gesto solene, ele entregou a pesada fruta a Annie.
— As melhores laranjas em qualquer lado do Tigre — disse antes de colher outra
para si mesmo. — Este era o recanto favorito da minha mãe. Meu pai mandou plantar este jardim como um presente de casamento para ela.
Annie o fitou. Era a primeira vez que falava de seus pais. Fora Saleem, ela não sabia nada a respeito da família dele. Annie tocou gentilmente seu braço.
— Fale-me mais sobre eles.
Alfonso suspirou longamente e voltou a caminhar pelo jardim, conduzindo Annie.
— Minha mãe era francesa, uma modelo que se tornou uma atriz de sucesso. E muito, muito bonita. Meu pai a viu nas telas e se apaixonou por ela à primeira vista. Ele foi até Paris, cortejou-a e a trouxe de volta para ser sua esposa.
Uma mãe francesa. Um pai árabe. E sem dúvida uma educação em algum lugar da Europa. Subitamente sua mistura de sotaques fazia sentido. Não era de admirar que tivesse sido tão difícil identificar de onde ele era.
— O que aconteceu com a carreira da sua mãe? Ela continuou fazendo filmes?
— Não depois de casar com meu pai.
— Ela abriu mão de tudo? Ela deixou tudo para trás? Sua carreira, seu estrelato, para vir para cá e ser a esposa de alguém?
— Isso a surpreende? Meu pai era um homem muito bonito. Ele também era muito persuasivo e a queria muito.
— Mas e quanto ao que ela queria? As coisas podiam ser diferentes naquela época, mas ela não tinha uma opção?
— Ela não era uma prisioneira aqui. Poderia ter ido embora quando quisesse. Mas ela se apaixonou por meu pai e eles se casaram. Foram muito felizes juntos. Muito, muito felizes.
Os dois se mantiveram em silêncio por alguns instantes, enquanto continuavam caminhando pelo jardim.
—- Ela devia mesmo amá-lo muito — disse Annie finalmente.
Alfonso assentiu com a cabeça, aparentemente perdido em seus próprios pensamentos.
Contudo, apesar de todo o romance, estava claro que não havia um final feliz para essa história. Ela podia sentir isso na escalada da tensão, no ar que crepitava em torno dele.
— O que aconteceu com eles?
Ele parou diante de um chafariz, fitando de olhos vazios as estátuas de mármore de um cervo, um antílope, e vários pássaros e peixes, que jorravam água de suas bocas. Era uma obra de arte, mas ela notou que ele não via a perícia do artesão ou a beleza da peça, porque sua mente estava fixa em outro evento, outro tempo.
— Foram mortos por uma avalanche — disse, voz estranhamente seca. — Deviam estar em Londres, mas fizeram uma mudança inesperada em seus planos. — Ele fez uma pausa. —Acabaram indo para os Alpes...
— Que coisa terrível — disse Annie. — Sinto muito.
— Eles deviam estar em Londres — repetiu, o volume de sua voz subindo. — Se tivessem estado em Londres, não teriam morrido.
Ela ficou chocada com sua veemência. Por algum motivo, Alfonso obviamente se julgava responsável pela mudança de planos de seus pais.
— Você não devia se culpar.
Ele voltou olhos frios de fúria para Annie.
— Você está enganada — disse entre dentes cerrados. — Não é a mim que culpo.
Ele se virou e saiu apressado, deixando-a sozinha.
Vendo que ele largara a laranja no chão, Annie abaixou-se para pegá-la. Estava amassada, seu interior reduzido a suco pela fúria de seus dedos.Fora um erro levá-la lá. Em vez de fazer com que ela se sentisse mais à vontade com ele, tudo que fizera fora deixar espaçar o ódio que guardava em seu íntimo.Ódio que só seria aplacado pela vingança. Vingança que ele finalmente realizaria. Agora estava tão próxima que ele quase podia sentir seu sabor. E seria mais doce do que ele jamais imaginara.


 


 


Queridas leitoras, desculpem a demora pra postar, mas postei bastante pra compensar, comentem!



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Autor(a): Lari AyA

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Queridas leitoras obrigada pelos comentários,leio todos eles e me divirto com os comentários de vcs.Obrigada mesmo beijos Fran minha flor queria te responder mas não vai dar se eu disser aqui perde a graça e ele vai contar parte da verdade pra Any logo logo,mas a Any faz parte da vingança do Poncho, ele odeia o Rodrigo e tem uma outra mulh ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 102



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  • franmarmentini Postado em 22/09/2014 - 21:58:58

    MIGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AMEI MUITO ESSA FIC* FOI MUITO LINDA LINDA LINDA LINDA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PENA QUE CHEGOU AO FIM....VOU FICAR AGUARDANDO A NOSSA FIC* NÃO ESQUEÇA DE POSTAR AKI :) BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 22/09/2014 - 16:52:27

    :)

  • blueorangee Postado em 22/09/2014 - 10:57:54

    Muitoo bom o final, ta de Parabéns

  • iza2500 Postado em 22/09/2014 - 00:47:22

    Lindo final <3,amei a fic. até a proxima!

  • belle_doll Postado em 19/09/2014 - 14:10:45

    Jesus Cristo!! Ele pode até ter sofrido um atendado, mas duvido que tenha morrido. Não pode! Acho até que ele possa estar no aeroporto ainda e tenha resolvido não deixá-la ir. Já tem outra história para ser adaptada? ADORO!! Favorito todas. :-)

  • iza2500 Postado em 18/09/2014 - 13:49:33

    Poncho não pode morrer, será que esses ataques tem o Rodrigo por trás, pq ainda acho estranho ele ter bancado o herói por caridade, quero muito que a Any fique no deserto ao lado do Poncho. postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaa mais!!!!!!!!!!!

  • blueorangee Postado em 18/09/2014 - 09:38:05

    Quueee?? Poncho não pode morreeeeer nãaaaaaaoo!!!

  • franmarmentini Postado em 17/09/2014 - 23:53:03

    ai dios miooooooooooooooooooooooooooooooo não o poncho não pode ter morrido nãooooooooooooooooooo :/ e agora eu vou infartar até vc postar denovo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bjussssss

  • franmarmentini Postado em 15/09/2014 - 17:06:29

    nossa que confusão...mas mesmo assim não gosto do rodrigo...e any pelo jeito vai correndo pros braços do herói rodrigo!!!!!!!!!!!! :/

  • franmarmentini Postado em 15/09/2014 - 16:51:13

    *.*


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