Fanfic: As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: AyA

Queridas leitoras obrigada pelos comentários,leio todos eles e me divirto com os comentários de vcs.Obrigada mesmo beijos

Fran minha flor queria te responder mas não vai dar se eu disser aqui perde a graça e ele vai contar parte da verdade pra Any logo logo,mas a Any faz parte da vingança do Poncho, ele odeia o Rodrigo e tem uma outra mulher envolvida nisso tudo, tem um motivo muito grande do Rodrigo não poder casar com a Any e o Poncho sabe e logo ele vai contar pra ela,fora isso não posso te contar mais nada,sorry.

O vestido estava quase completo. Seria magnífico, sem sombra de dúvida o vestido de noiva mais lindo que ela já desenhara.
Tudo que o vestido precisava agora era de um ajuste ou dois para que as costuras pudessem ser completadas, o comprimento decidido e os toques finais realizados. E tudo que Alfonso precisava fazer era lhe conceder apenas uma hora com a noiva, em vez de frustrá-la continuamente com desculpas e adiamentos.
Alfonso mal falara com ela desde aquela noite estranha, há uma semana, nos jardins. A noite em que ele deixara transparecer toda a fúria que guardava em seu coração. E as palavras misteriosas de Alfonso ainda assombravam Annie. Por algum motivo Annie atiçara as emoções de Alfonso de uma forma que a fazia sentir que, de algum estranho e inexplicável modo, ela fora a responsável pela morte dos pais dele.
Mas isso era loucura. Ela crescera do outro lado do mundo. Não tinha nenhuma relação com a família real de Jebbai. Aquilo não fazia o menor sentido.
Ela tentou esquecer esses pensamentos enquanto estava sentava à mesa, escrevendo cartões portais na hora antes do almoço. Ela dispensara mais cedo sua equipe porque, até que Alfonso concordasse em deixar que sua noiva comparecesse para um prova de roupa, não haveria mais nada para ser feito. Ela já completara as mensagens para sua família, sua mãe e irmãs na Austrália. Era o último cartão postal que estava sendo difícil de escrever.
O que deveria dizer a Rodrigo?
Seu celular não funcionava aqui, e de certa forma ela se sentia grata por isso. Ela queria que Rodrigo entrasse em contato com ela, e não o contrário. Mas ele não fizera
nenhuma tentativa nesse sentido. Os dois não se falavam desde sua briga em Milão, e qualquer coisa como "o tempo aqui está bom, sinto saudades de você" serviria.
Então, por que não conseguia pensar em nada para escrever?
Parte dela queria tentar reparar o relacionamento deles. A outra parte ainda estava zangada com ele. Ele a assustara com suas predições de desastre em Jebbai, fizera tudo ao seu alcance para impedi-la de vir. E isso sem oferecer nenhuma evidência para sustentar suas alegações.
Alfonso estava traumatizado com a morte de seus pais, mas isso não era incomum.
Deveria ser fácil lembrar como Rodrigo se parecia enquanto tentava escrever o cartão, mas seus pensamentos estavam infundidos com a sombra de um homem alto, moreno, de olhos negros, semblante severo e personalidade magnética. Por que essas imagens lhe vinham à mente com facilidade, enquanto as de Rodrigo eram tão difíceis de convocar? Por que era tão difícil esquecer Alfonso?
Os pensamentos de Annie foram interrompidos por uma batida na porta.
— Entre! — disse ela sem olhar, esperando que fosse Azizah retornando de uma tarefa ou para avisá-la que o almoço estava servido.
— Estou atrapalhando você?
Annie virou abruptamente a cabeça para a porta, onde estava Alfonso, olhando para ela. Ela estremeceu. Ele não entrara em seus aposentos desde o dia em que ela chegara. De algum modo, o cômodo amplo parecia menor com ele dentro. Ele caminhou até a mesa e pegou o cartão no qual ela estivera tentando escrever. Ela não escrevera muito mais do que o endereço e "Querido Rodrigo".
Annie viu um músculo se contorcer no rosto de Alfonso. O coração de Annie começou a bater forte. Eles jamais haviam mencionado o nome de Rodrigo, de modo que era muito estranho ver Alfonso reagir dessa forma ao ler seu nome num cartão. Será que ele realmente ainda nutria mágoas profundas contra Rodrigo?
— Com saudades de seu namorado?
O sangue de Annie congelou em suas veias.
— Quem disse que ele é meu namorado?
Ele levantou as sobrancelhas.
— Pergunta justa — disse Alfonso. — Talvez a palavra "amante" seja mais apropriada.
Os nós dos dedos de Annie esbranquiçaram enquanto ela apertava mais forte a caneta.
— Não terminei isso.
— Pelo contrário. Você nem começou. Nada para dizer para alguém que não vê há tanto tempo?
Empinou o queixo. Não estava disposta a conversar sobre seu relacionamento com Rodrigo, ainda mais com Alfonso.
— O vestido está quase pronto — disse Annie, mudando de assunto. — Quando você vai atender ao meu pedido de trazer a noiva para fazer os ajustes?
Ele jogou o cartão de volta na mesa.
— Ela sabe o que você está fazendo. Não há razão para pressa.
— Para você, não. Mas para mim, sim. Você tem duas semanas até o casamento, mas se eu puder completar o vestido agora, poderei cumprir minha obrigação e ir para casa. Preciso apenas de uma prova de roupa, e meu trabalho estará praticamente pronto.
— E você está com tanta pressa de retornar para o seu amante? Por que estaria, considerando que ele nem mesmo tentou entrar em contato com você durante todo o tempo em que esteve aqui?
— Como você sabe que ele não tentou?
— Ele tentou? — desafiou.
Ela se recusou a baixar os olhos. Não faria o jogo de Alfonso.
— O vestido está quase pronto — repetiu. — Quando terei meu ajuste?
— Mostre-me.
Ela ficou grata pela oportunidade de levantar da mesa e eliminar um pouco da tensão, mesmo que fosse apenas caminhando até o quarto ao lado.