Fanfics Brasil - 26 As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA

Fanfic: As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: AyA


Capítulo: 26

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Cinco minutos depois ela estava no escritório de Alfonso, segurando o telefone com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos. Num apartamento em algum lugar de Nova York, um outro telefone estava tocando.
Ela não conseguia ficar sentada; sua energia não permitia que seus membros relaxassem.
Precisava ficar de pé, mudando impacientemente o ponto de apoio de uma perna para outra enquanto aguardava o telefonema ser atendido do outro lado do globo, todo o tempo tentando ignorar o arrogante regente de Jebbai, sentado confortavelmente na cadeira de couro de frente para ela.
Alfonso não tivera a menor dificuldade de relaxar, o que apenas aumentava o medo de Annie. Ao ameaçar telefonar para Rodrigo, Annie esperara que Alfonso retirasse suas alegações insanas, mas isso não ocorrera. Ele devia ter absoluta certeza de que o que estava dizendo era verdade.
Ela olhou seu relógio de pulso. Que horas deveriam ser em Nova York agora? Algum momento no meio da noite, mas isso não importava; ela precisava descobrir a verdade imediatamente ou não saberia o que fazer.
O telefone afinal foi atendido.
— Alô? — disse Rodrigo, voz enrouquecida pelo sono.
Annie sentiu um aperto no coração ao cerrar os olhos, tentando conter o fluxo de lágrimas. Ela conhecia aquela voz; já a ouvira sussurrar o quanto ela era bonita e a pessoa mais importante no mundo.
Mas agora não era amor que ela sentia. Era pânico, gelando-a por dentro e entorpecendo todas as suas esperanças.
— Quem fala? — Ela notou que ele estava mais alerta agora.
— Rodrigo — sussurrou Annie.
— Annie, bella. É você? Qual é o problema? Aconteceu alguma coisa?
O apelido carinhoso, antes um sinal de amor, agora varou seu coração como uma adaga de gelo. Se o que Alfonso dissera era verdade, ela jamais fora sua querida, sua namorada. Alguém conquistara essa posição muito antes dela.
— Annie? Ainda está em Jebbai? O que Alfonso fez? — Havia medo em sua voz. Seria essa reação fruto da preocupação normal de uma pessoa acordada no meio da noite pelo que poderia ser a notícia de uma tragédia ou o sinal de um medo mais profundo?
— Não há problema nenhum — mentiu, sentindo o mundo inteiro desmoronar. — Apenas me diga uma coisa... — Ela hesitou, sabendo que esse momento iria mudar seu futuro, alterar todas as suas percepções sobre vida e amor e ensiná-la o que era traição. Esse momento iria ser o começo de sua nova vida. — É verdade? Você é casado? Tem uma esposa?
Suas perguntas foram respondidas com silêncio, um silêncio aterrorizante que rompeu seus últimos fios de esperança.
— É verdade, então — disse ela, fungando. — Você deveria ter me contado.
— Annie, escute-me. Eu não podia lhe contar...
— Não tenho mais nada a dizer a você — sentenciou Annie, a voz tão fria quanto o coração. — Adeus, Rodrigo.
— Annie, por favor, me escute...
Ela desligou o telefone.
— Adeus, Rodrigo — repetiu num sussurro, braços cruzados sobre o peito enquanto o choque da perda profunda e súbita assentava em seu coração.
Braços fortes a envolveram. Por um momento ela quis se debater — o que era isto? O bárbaro vitorioso clamando seus espólios de guerra? Mas ela não sentiu nenhum sentimento negativo em meio ao seu calor. Em vez disso, sentiu compaixão, e até mesmo alguma compreensão. Grata, deixou-se afundar contra Alfonso, aceitando o conforto que ele oferecia.
As batidas de seu coração soavam altas, seu ritmo estável e firme como os músculos do homem que a estava amparando.
— Está tudo bem — sussurrou contra o cabelo dela. Seus lábios roçaram a testa de Annie no mais leve dos beijos. O calor do contato irradiou por todo o corpo de
Annie, estabilizando sua respiração e seu batimento cardíaco.
E então ela compreendeu.
Sua vida não mudara quando descobrira a verdade sobre Rodrigo. Ela mudara no momento em que Alfonso entrara na loja em Milão. Ele tinha sido o catalisador, o gatilho que virará sua vida de pernas para o ar.
Quando a beijara naquela primeira vez no ateliê, Alfonso a forçara a encarar sua ambivalência e seus sentimentos por Rodrigo. Jamais poderia cair nos braços de um homem enquanto estivesse amando profundamente outro. Agora fora Alfonso quem provara que seu relacionamento tinha sido uma fraude desde o início.
Ela não tinha a menor idéia de quais eram os motivos dele para isso, mas certamente não precisava agradecê-lo.
Era hora de recuperar o controle de sua vida.
Ela se afastou do peito de Alfonso, ciente de sua relutância em soltá-la, e abaixou a cabeça para enxugar os traços de lágrimas antes que ele as visse.
— Sinto muito por ter descoberto dessa forma.
— Você sente? — retrucou Annie. — A minha impressão é de que você ficou muito feliz em jogar essa informação na minha cara.
— Era hora de você saber a verdade.
— Por quê? O que isso tem a ver com você? Achou que eu ficaria tão devastada pelas notícias que aceitaria alegremente seus planos loucos de casamento? Eu acabo de me livrar de um mentiroso. Por que eu me jogaria imediatamente nos braços de outro?
Ele flexionou o rosto como se estivesse rangendo os dentes. Então sussurrou, baixo e ameaçador:
— Jamais me coloque na mesma categoria que Rodrigo.
— Por que não? Por que está fazendo isto? Rodrigo disse que vocês dois se envolveram em alguma briga anos atrás. Eu disse a ele que estava se preocupando demais, que você provavelmente nem se importava mais com isso. Mas você se importa, não é? Você guarda uma mágoa profunda contra Rodrigo. Diga-me, o que ele fez? Por que você o odeia tanto?
— Você está nervosa — disse Alfonso, a voz revelando que ele estava tentando controlar sua fúria.
— Você tem toda razão. Estou nervosa. E vou continuar nervosa enquanto não sair deste lugar. Você não precisa se tornar um bárbaro. Até agora, quase sempre se comportou como um homem civilizado. Não precisa se comportar como um déspota. Se tiver algum respeito por mim, se gostar pelo menos um pouco de mim, respeitará minha vontade. Deixe-me ir. Preciso ir embora.
Ele baixou os olhos para ela, cenho franzido. Ela subitamente se sentiu esperançosa. Será que ele abriria mão desse desejo louco de fazer dela sua esposa?
Será que ele não já havia lhe infligido danos suficientes?
— Não posso deixar você ir.
— Então eu irei, mesmo contra sua vontade — disse Annie, furiosa. — Encontrarei alguma maneira de chegar ao aeroporto e irei assim mesmo. Porque não ficarei aqui.
Ela caminhou a passos largos até a mala encostada contra a parede ao lado da porta e agarrou seu pegador.
— Você não vai a lugar algum.
— Eu não vou permanecer aqui. Eu definitivamente não vou me casar com você.
— Você já disse isso, mas isso não muda nada. Você não pode deixar Jebbai agora.
— Você não pode me manter aqui. Quero ir para casa.
— Mas não hoje. Pelo menos não durante as próximas vinte e quatro horas.
— Eu preciso ir agora — disse Annie, meio exigindo, meio implorando.
— Você não tem escolha — frisou, a voz novamente fria e imperiosa. — O aeroporto está fechado.


 


 


Bem, parte da verdade sobre Rodrigo foi revelada o que será que a Any vai fazer? Será que ela vai ficar com Alfonso ou vai embora?Comentem!



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Autor(a): Lari AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 102



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  • franmarmentini Postado em 22/09/2014 - 21:58:58

    MIGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AMEI MUITO ESSA FIC* FOI MUITO LINDA LINDA LINDA LINDA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PENA QUE CHEGOU AO FIM....VOU FICAR AGUARDANDO A NOSSA FIC* NÃO ESQUEÇA DE POSTAR AKI :) BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 22/09/2014 - 16:52:27

    :)

  • blueorangee Postado em 22/09/2014 - 10:57:54

    Muitoo bom o final, ta de Parabéns

  • iza2500 Postado em 22/09/2014 - 00:47:22

    Lindo final <3,amei a fic. até a proxima!

  • belle_doll Postado em 19/09/2014 - 14:10:45

    Jesus Cristo!! Ele pode até ter sofrido um atendado, mas duvido que tenha morrido. Não pode! Acho até que ele possa estar no aeroporto ainda e tenha resolvido não deixá-la ir. Já tem outra história para ser adaptada? ADORO!! Favorito todas. :-)

  • iza2500 Postado em 18/09/2014 - 13:49:33

    Poncho não pode morrer, será que esses ataques tem o Rodrigo por trás, pq ainda acho estranho ele ter bancado o herói por caridade, quero muito que a Any fique no deserto ao lado do Poncho. postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaa mais!!!!!!!!!!!

  • blueorangee Postado em 18/09/2014 - 09:38:05

    Quueee?? Poncho não pode morreeeeer nãaaaaaaoo!!!

  • franmarmentini Postado em 17/09/2014 - 23:53:03

    ai dios miooooooooooooooooooooooooooooooo não o poncho não pode ter morrido nãooooooooooooooooooo :/ e agora eu vou infartar até vc postar denovo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bjussssss

  • franmarmentini Postado em 15/09/2014 - 17:06:29

    nossa que confusão...mas mesmo assim não gosto do rodrigo...e any pelo jeito vai correndo pros braços do herói rodrigo!!!!!!!!!!!! :/

  • franmarmentini Postado em 15/09/2014 - 16:51:13

    *.*


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