Fanfic: As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: AyA

Olá minhas queridas leitoras, que bom chegar aqui e ver vários comentários, obrigada a todos vcs que estão acompanhando a web e comentando, Fran, Blue, Belle, Iza, Potinho, Kalita e todas as outras leitoras, obrigada por acompanharem a web, adoro todos vocês e já estou pensando em adaptar uma nova web que eu li e amei, e espero contar com todas vcs. Bjs.

Para o alívio de Annie, eles se mantiveram em silêncio enquanto seguiam para o aeroporto. Ela duvidava que pudesse dizer qualquer coisa, pois sentia o peito vazio, como se estivesse oco.
Alfonso estava sentado a seu lado, como se estivesse em outro mundo. Ele desistira de tentar convencê-la, e ela devia estar feliz por isso. Nada mais de mentiras, promessas ou súplicas. Nada mais de declarações de amor. Annie achara que ele tentaria convencê-la de que pelo menos isso fora verdade, que ele realmente se apaixonara por ela, e que ainda havia uma chance para eles terem um futuro juntos. Ela esperara por isso. Ela até torcera para que isso fosse verdade.
Mas ele não tentara lhe dizer nada, e o vazio no peito de Annie aumentou ainda mais com a certeza de que o amor de Alfonso também fora uma mentira.
Ao menos ele a estava deixando partir. Agora ela poderia retornar a Milão, agora ela seria livre.
Ela olhou para o terreno que cercava o aeroporto, por cima das planícies arenosas e das árvores atrofiadas, e seu coração doeu com a separação iminente. Parte dela sempre pertenceria a este lugar, a este reino no deserto com o sheik alto e de pele dourada chamado Alfonso. Ao homem a quem ela jamais poderia dizer que o amava.
Eles passaram pela segurança do aeroporto, reforçada desde sua chegada. A presença dos guardas era uma reação perturbadora, mas necessária, aos problemas que eles haviam sofrido. Dentro em pouco eles atravessaram os portões e estavam na pista,
e o motorista parou ao lado do jato, seus motores já aquecendo. A porta de Annie foi aberta e antes que ela percebesse, estava de pé na escada, com as mãos de Alfonso nas suas. Enfim chegara o momento da despedida.
Ela levantou o rosto para fitar seus olhos negros embaciados pela dor.
— Prometa-me uma coisa — disse Annie.
— O que você quer que eu prometa?
— Esqueça Rodrigo. Esqueça o que aconteceu há tanto tempo. Pense no seu futuro, no que os seus pais gostariam que você fizesse com a sua vida. Consegue fazer isso?
— Tentarei — disse ele com algum esforço.
Ela sorriu. Ao menos era alguma coisa.
— Obrigada.
— Quais são seus planos? Ficará em Milão?
Ela suspirou longamente.
—Não sei. Acho que primeiro vou voltar para a Austrália. Preciso visitar minha família. Você tinha razão. Culpei minha mãe por eu e minhas irmãs termos nos afastado. E você me fez compreender a sorte que eu tenho por tê-la de volta. Eu vou visitá-la para conhecê-la e tentar acertar as coisas de novo entre nós.
Ele sorriu.
— Fico feliz em ouvir isso. Mas e seu trabalho?
Ela deu com os ombros.
— Talvez tenha chegado o momento de me tornar independente. Gianfranco foi um grande professor, mas eu adoraria ter minha própria loja em algum lugar...
Ela não se estendeu mais. Não precisava dizer a ele que tipo de loja seria. Nenhum deles precisava lembrar o que a trouxera para cá ou do vestido que agora estava amassado e manchado de lágrimas em sua cama.
— Espero que você consiga — desejou Alfonso.
— Obrigada.
Um oficial se aproximou e sussurrou alguma coisa no ouvido de Alfonso. Ele fez que sim com a cabeça e suspirou enquanto o oficial recuava.
— Está na hora de ir — disse Annie com um aperto no peito.
Ele fez que sim com a cabeça.
— Sim, está.
— Adeus.
Quando Alfonso a fitou, Annie viu as emoções que coleavam naqueles olhos, e o suave tremor de seus lábios, como se estivessem prestes a dizer algo. E por um breve momento ela teve a impressão de que ele repetiria tudo, que diria que a amava. E ela soube que, se ele fizesse isso, ela também teria de dizer. Mas quando os lábios de Alfonso finalmente se moveram, ele disse apenas:
— Sinto muito.
Alfonso segurou as mãos dela e a puxou para si, para poder pressionar os lábios
em sua face, demorando-se ali por um breve instante, o suficiente para que ela sentisse que aquela era a última vez que sentia na pele sua barba rala e a sensualidade quente de seus lábios.
Então ele afastou a boca e, sem olhar de novo para ela, desapareceu dentro do carro.