Fanfic: As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: AyA

— Só que o quê? — instigou-o Annie.
— Só que, mesmo assim... — Sua voz ficou mais tensa.
— Mesmo assim o meu desejo por vingança era muito forte. Eu sabia que se você se entregasse a mim de livre e espontânea vontade, minha vingança contra Rodrigo seria muito mais doce.
— Se eu me entregasse a você de livre e... — Os pensamentos de Annie recuaram para a tenda no deserto, onde fora ela quem o convidara a fazer amor. Fora ela quem tomara a decisão. Ela podia ter ignorado seu beijo e o expulsado da tenda, mas não, fora ela quem dera o passo fatídico.
— Eu lhe disse... eu tratei você muito mal.
— E eu tenho uma coisa para lhe dizer. — Ela passou os braços em torno do pescoço dele. — Rodrigo e eu não íamos nos casar. Certamente não em breve e nem no futuro.
— Mas...
— Eu sei — disse Annie. — A imprensa anunciou que estávamos a caminho do altar, mas a questão é que, embora tenha sido muito doloroso saber que ele ja era casado, nós não iríamos nos casar, tivesse você intervindo ou não. Rodrigo sempre foi um bom amigo, mas não o homem certo.
Ele a fitou com um olhar estranho.
— Você quer dizer que, depois de todo meu planejamento, eu não roubaria a noiva de Rodrigo?
Ela balançou a cabeça.
— Não. Espero que isso não signifique que você vai tentar roubar outra mulher para saciar sua vingança.
Ele abriu um sorriso largo.
— Não. Eu acabei ganhando uma coisa muito melhor que vingança. Acabei ganhando você.
— Oh, eu o amo, Alfonso — disse Annie, puxando-o para perto. — Você nem imagina o quanto.
Ele recuou, e por um momento ela ficou preocupada. Mas apenas até olhar para seus olhos e ver todo o amor profundo e genuíno que reluzia neles.
— Você me ama? Depois de tudo que aconteceu?
Ela fez que sim com a cabeça, empolgada com o fato da verdade, toda ela, finalmente ter sido revelada.
— E as coisas serão diferentes daqui em diante. Não quero ouvir falar mais de mágoas e vinganças. O passado pertence ao passado. Daqui em diante será o amor que nos conduzirá ao futuro.
— Sim — disse ele. — Amor por você, minha deslumbrante Anahi, amor entre nós.
Ele rompeu subitamente o beijo que se seguiu, confundindo-a com seu recuo repentino. Ela abriu os olhos para flagrá-lo admirando-a, olhos escuros reluzindo com excitação.
— Se for ficar comigo, você não terá de abrir mão do seu trabalho — disse Alfonso, suas palavras saindo tão rápidas que ela quase não as entendeu. — Você mencionou que queria ter a sua própria loja. Que tal abrir uma aqui, em Hebra?
Ela arfou de emoção. Não havia pensado nisso. Não havia pensado nas conseqüências de revelar seu amor. Estivera torcendo tanto para ser correspondida que nem pensara na possibilidade de ter de abrir mão da carreira que tanto amava.
Mas por que não Hebra? Era hora de alçar vôo sozinha, e não havia nada que a prendia a Milão. Hebra era uma cidade próspera, e suas mulheres tão orgulhosas e vaidosas quanto as de Paris ou Milão.
Ela começou a balançar a cabeça afirmativamente, excitação crescendo no peito enquanto lembrava do material à sua disposição no ateliê no palácio, e nas excelentes costureiras disponíveis aqui. Seria quase fácil demais.
— Sim, pode dar certo.
— Então, será assim! — exclamou empolgado. — Você terá sua própria loja para comercializar seus próprios figurinos, e será famosa no mundo inteiro.
— Não preciso ser famosa — disse enquanto movia os lábios para perto dos dele. — Contanto que tenha o seu amor.
— Sim, você terá meu amor — disse Alfonso com um sorriso. — Você terá meu coração e minha alma para sempre.
Eles se beijaram bem lentamente, tanto em confirmação quanto em celebração por seu amor. Finalmente ele recuou e disse:
— Será que, depois de tudo que aconteceu, é cedo demais para perguntar se você me dará a honra de se tornar minha esposa?
— Não é nem um pouco cedo — respondeu, alegria vibrando na voz. — Por que não me pede logo?
Ele sorriu. Então seus olhos brilharam e o sorriso sumiu para dar lugar a uma expressão emocionada.
— Anahi, case comigo. Faça de mim o homem mais feliz e sortudo do mundo, aceitando se tornar minha esposa.
— Sim — disse ela. — Eu vou me casar com você! — respondeu com uma risada transbordante de amor e certeza, testa pressionada contra a dele e lábios preparados para mais um beijo. — Afinal de contas, eu já tenho o vestido perfeito.

                             Fim

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