Fanfic: As Vestes do Amor - AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: AyA
Além disso, a atitude de Rodrigo era perfeitamente compreensível. Nas semanas que antecederam a partida para Nova York, eles tinham sido seguidos por toda parte por paparazzi ansiosos por encontrar um sinal de união entre o famoso advogado internacional e a estilista de modas em ascensão. Annie perdera a conta de matérias de jornal que a tinham citado como a "iminente signora Ruiz De Teresa".
As matérias não a haviam perturbado muito, mas tinham surtido um efeito diferente em Rodrigo. Quando ela perguntara, de brincadeira, se devia acreditar no que lia nos jornais, a reação de Rodrigo fora se afastar da vida pública e dela o máximo possível. Ela a vira cada vez menos, até que ele finalmente anunciou que assumiria o caso de Nova York, que só Deus sabia o quanto duraria.
Mas Rodrigo estava aqui agora. Ela pousou sua taça de vinho e suspirou longamente, sentindo a tensão do dia desaparecer à medida que voltava a se aconchegar contra ele.
— Dia difícil? — perguntou Rodrigo.
— Bem, foi um dia longo e interessante — respondeu, lembrando do último visitante da loja. —Na verdade, foi sorte você ter aparecido hoje. Acho que estarei fora durante algumas semanas para trabalhar para um novo cliente.
— Parece interessante.
— Gianfranco está pressionando. Ele diz que será bom para a minha carreira. E, obviamente, para a Casa Bacelli. Eu vou desenhar um vestido de noiva. Devo ficar fora durante algumas semanas.
— Para onde você vai?
— Algum lugar no deserto árabe. Um pequeno país chamado Jebbai.
Annie sentiu a respiração difícil de Rodrigo. Os músculos dele se retesarem, parecendo ter se transformado em pedra.
— Annie — disse Rodrigo numa voz não muito mais alta que um sussurro e com um tom que a deixou alerta —, qual é o nome desse cliente?
Ela soltou uma risada nervosa.
— Por quê? Qual é o problema?
— Diga-me!
O riso morreu em sua garganta, e ela engoliu em seco.
— Ele se chama signor Alfonso. Mas por quê? Você conhece...?
Rodrigo subitamente se afastou dela e se levantou do sofá.
— Alfonso! — exclamou Rodrigo, começando a caminhar de um lado para o outro pela sala. — Depois de todo esse tempo. Eu sabia. Eu sabia que alguma coisa estava
errada.
— O que você sabia? Do que está falando?
— Foi sorte eu ter vindo. Você não pode ir.
— Rodrigo, do que você está falando?
— Apenas que você não pode ir.
— Mas Gianfranco está esperando que eu aceite o trabalho. Não posso decepcioná-lo.
— Diga a ele que você está doente. Diga que sua mãe está doente. Diga qualquer coisa, mas não vá a Jebbai.
— Isto não faz nenhum sentido. Dê-me um bom motivo para eu recusar este serviço. Mais do que isso, dê-me um bom motivo para eu ter de mentir para não viajar a Jebbai.
— Porque o seu novo cliente não é o que parece. Eu o conheço.
— O quê? Está insinuando que signor Alfonso é algum tipo de criminoso?
—Não há nenhum signor Alfonso. Ele não lhe disse seu nome inteiro?
— O nome inteiro? Eu...
— O seu signor Alfonso é ninguém menos que o sheik Alfonso Herrera, regente de Jebbai.
Um sheik? Annie absorveu a revelação com interesse, procurando pela importância que Rodrigo obviamente atribuía ao fato. Decerto fazia algum sentido, considerando a aura de poder emanada por Alfonso. Mas ela não conseguia entender qual era o problema se uma pessoa tentava esconder seu título.
— Então ele é um sheik? Isso deve explicar por que Gianfranco está louco para que eu aceite o trabalho. Mas isso muda alguma coisa? O que eu sei é que ele vai se casar e deseja que eu desenhe o vestido de sua noiva. E você não me deu um bom motivo para que eu não faça isso.
— Escute-me — disse Rodrigo, mãos nos ombros de Annie. — Você não pode acreditar nesse homem. Eu não tenho a menor idéia do que ele está pretendendo, mas duvido até mesmo que haja um casamento.
Ela estremeceu, assustada tanto com seu tom quanto com suas palavras. Ela tentou encobrir sua ansiedade com uma risada, mas o som saiu estridente e falso.
— Isso é ridículo. Então por que ele se daria ao trabalho de contratar uma estilista para fazer um vestido de noiva?
— Para fazer você ir até lá.
Dessa vez ela não conseguiu esconder o tremor que a abalou.
— Você está me assustando, Rodrigo, e eu não entendo por quê. Está me dizendo essas coisas... Como você sabe?
— Simplesmente sei.
— Não — declarou ela, precisando de fatos que embasassem essa história fantástica que ele estava montando. — Isso não basta. Se você quer me assustar com
histórias como essa, terá de apresentar algum tipo de prova. Por que eu não devo ir?
Ele deu as costas para ela, mãos cerradas em punhos.
— Não posso lhe contar. — Ela estava quase lhe dizendo que ele teria de lhe contar quando ele se virou para encará-la. — Só posso lhe dizer que ele é o homem mais cruel que já conheci, e que é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer.
Ela lembrou dos olhos negros e implacáveis de Alfonso. Sim, ele certamente era capaz de ser implacável, mas Rodrigo também era. Um homem que não fosse menos do que implacável jamais chegaria ao topo dos escalões do direito internacional.
— Eu não compreendo — protestou. — Se você detesta tanto esse homem, por que nunca o mencionou?
— O que aconteceu foi há muito tempo. Antes de eu conhecer você.
— Então talvez ele tenha mudado. Talvez as diferenças entre vocês nem existam mais.
Ele balançou a cabeça.
— Não. Você não o conhece como eu.
— E você não sabe o que eu sei. Ele está noivo. Irei conhecê-la assim que chegarmos a Jebbai — garantiu, exagerando a verdade.
— Então você tem certeza de que ela está disposta a casar com esse homem?
— Pelo amor de Deus, Rodrigo! O que você está sugerindo? Estamos no século XXI! Eles precisam se casar depressa. A noiva está muito doente. — Depois de uma pausa, ela acrescentou: — Na verdade, é muito romântico, não acha?
Ele a observou sem dizer nada, embora a rapidez com que respirava deixasse bem claro como ele estava se sentindo.
— Olhe, eu não sei quem é esse sheik, nem quais problemas ele lhe causou no passado — disse Annie, pousando uma das mãos no braço rígido de Rodrigo. — Mas é bem provável que ele não tenha a menor idéia de que eu o conheço. Ele apenas quer que eu lhe faça um vestido. Eu ficarei fora apenas quatro semanas, e você nem estará aqui. Assim, você nem terá como sentir minha falta.
Ele brandiu os braços, expressando sua frustração.
— Você sabe que não tenho escolha. Preciso voltar a Nova York.
— E eu tenho de ir a Jebbai.
— Não faça isso.
— Não fazer o quê? Tomar minhas próprias decisões? Esta é minha carreira. Esta é minha paixão. Você sabe que a coisa que mais amo no mundo é desenhar vestidos de casamento. Esta é uma oportunidade maravilhosa para mim, e não posso me dar ao luxo de perdê-la. Principalmente não por causa de algum tipo de "assunto secreto de homens".
— Você não pode ir.
— Sinto muito, Rodrigo, mas ouça a você mesmo. Os seus argumentos e acusações
têm todas as características de uma mágoa antiga. Você está atormentado por algum erro cometido há tanto tempo que vocês dois não devem nem mais lembrar direito o que aconteceu.
— Não vou deixar que você vá!
— Você não é meu marido. E mesmo se fosse, não teria o direito de me proibir de fazer qualquer coisa.
Um músculo se contorceu no rosto de Rodrigo.
— Você ainda não me perdoou por não lhe ter proposto casamento?
— Rodrigo — sussurrou num suspiro —, por favor, tente entender. Não estou zangada com você. Apenas não entendo por que tudo entre nós mudou depois que a imprensa publicou que éramos noivos. Bastou uma menção a casamento para você começaria procurar por motivos para ficarmos separados.
Ele se aproximou e envolveu Annie.
— Você sabe que gosto de você.
— Um dia pensei que você me amava. Agora eu não sei o que pensar.
Ele recolheu os braços.
— Eu sei. As coisas entre nós ficaram estranhas durante um tempo. Mas se o que você disse é verdade, se Alfonso realmente tem uma noiva, podíamos conversar a respeito disso depois do seu casamento.
Ela fitou intensamente o rosto de Rodrigo, procurando por qualquer indício do que estava acontecendo em sua mente. O que ele lhe estava oferecendo e por que o casamento de um sheik do deserto podia afetar seu relacionamento?
— Por que não podemos falar sobre isso agora?
— Porque não podemos. Você precisa confiar em mim e não ir a Jebbai. — Ele a olhou bem nos olhos. — Você sabe que é muito importante para mim.
— Tudo bem — disse ela enquanto se virava para olhar para a janela, pela qual agora se via um céu escuro e as luzes da praça. — Você também é importante para mim. E sou grata pelo seu conselho. Sou mesmo. Mas isso é algo que eu preciso fazer. Assim, estou indo. Partirei para Jebbai na segunda-feira.
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Autor(a): Lari AyA
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Queridas leitoras, desculpem não ter vindo ontem, mas fiquei tão abalada com a derrota do Brasil que nem tive ânimo pra mais nada, mas fazer o que? A vida continua, muito obrigada pelos comentarios de vcs, obrigada por lerem minha web, obrigada por tudo mesmo minhas flores, belle_doll minha linda que bom ter vc acompanhando mais uma de minhas w ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 102
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franmarmentini Postado em 22/09/2014 - 21:58:58
MIGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AMEI MUITO ESSA FIC* FOI MUITO LINDA LINDA LINDA LINDA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PENA QUE CHEGOU AO FIM....VOU FICAR AGUARDANDO A NOSSA FIC* NÃO ESQUEÇA DE POSTAR AKI :) BJUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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franmarmentini Postado em 22/09/2014 - 16:52:27
:)
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blueorangee Postado em 22/09/2014 - 10:57:54
Muitoo bom o final, ta de Parabéns
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iza2500 Postado em 22/09/2014 - 00:47:22
Lindo final <3,amei a fic. até a proxima!
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belle_doll Postado em 19/09/2014 - 14:10:45
Jesus Cristo!! Ele pode até ter sofrido um atendado, mas duvido que tenha morrido. Não pode! Acho até que ele possa estar no aeroporto ainda e tenha resolvido não deixá-la ir. Já tem outra história para ser adaptada? ADORO!! Favorito todas. :-)
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iza2500 Postado em 18/09/2014 - 13:49:33
Poncho não pode morrer, será que esses ataques tem o Rodrigo por trás, pq ainda acho estranho ele ter bancado o herói por caridade, quero muito que a Any fique no deserto ao lado do Poncho. postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaa mais!!!!!!!!!!!
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blueorangee Postado em 18/09/2014 - 09:38:05
Quueee?? Poncho não pode morreeeeer nãaaaaaaoo!!!
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franmarmentini Postado em 17/09/2014 - 23:53:03
ai dios miooooooooooooooooooooooooooooooo não o poncho não pode ter morrido nãooooooooooooooooooo :/ e agora eu vou infartar até vc postar denovo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bjussssss
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franmarmentini Postado em 15/09/2014 - 17:06:29
nossa que confusão...mas mesmo assim não gosto do rodrigo...e any pelo jeito vai correndo pros braços do herói rodrigo!!!!!!!!!!!! :/
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franmarmentini Postado em 15/09/2014 - 16:51:13
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