Fanfics Brasil - 1 Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 1

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Anahí virou a cabeça para olhar seus gêmeos de nove anos. Estavam brincando na praia como filhotes de foca, correndo em ziguezague, lutando, pulando as ondas que suavemente quebravam na isolada costa da Sardenha.


— Tomem cuidado vocês dois! — avisou, dizendo ao mais velho: — Sam, não seja tão bruto.


— Estamos brincando de bandidos. — Ele defen­deu-se do golpe violento do irmão gêmeo. Brincar de bandido havia se tornado a brincadeira favorita nesse verão desde que Giuseppe, irmão de Maria, emprega­da da cozinha do hotel do falecido marido de Sasha, lhes contara histórias sobre a ilha e seus lendários bandidos.


Os cabelos dos meninos eram negros, grossos e se­dosos, eles possuíam a pele oliva do pai. Só a cor dos olhos era dela, pensou, denunciando a dupla na­cionalidade — olhos da cor do mar, que mudavam do azul para o verde, dependendo da luz.


— Eu disse que ia conseguir me libertar — riu Nico quando se livrou com destreza do golpe de Sam.


— Cuidado. Prestem atenção nas pedras — ela ad­vertiu, quando Sam derrubou Nico na areia, fazendo com que os dois rissem e rolassem juntos.


— Sam, olha! Uma estrela-do-mar! — gritou Nico, e um segundo depois estavam agachados, lado a lado, olhando uma pequenina piscina formada pelas rochas.


— Mãe, vem olhar! — gritou Nico.


Ela foi ao encontro deles, agachando-se e abraçan­do os dois.


— Ei, eu sou o rei dos bandidos, lembre-se. — Sam obrigou Nico a se levantar, já cansado da piscininha e da estrela-do-mar.


Meninos, pensou Anahí. Mas o coração estava re­pleto de amor e orgulho ao vê-los sair correndo para brincar numa área mais segura da areia. Virou-se para olhar o hotel no topo da rocha, enquanto manti­nha a antena maternal alerta. Esse hotel era, em sua opinião, o mais bonito de todos os de seu falecido marido. Como presente de casamento, ele a autoriza­ra a se encarregar da reforma e decoração. Valera cada centavo gasto, pois os hóspedes sempre elogia­vam as idéias inovadoras e a determinação de manter o hotel exclusivo.


Mas, com a morte de Carlo, viera o choque: desco­brir que os outros hotéis da rede não tinham alcança­do o sucesso financeiro desse. Sem lhe contar, Carlo contraíra empréstimos consideráveis para manter o negócio com os hotéis em hipoteca. Decisões erradas foram tomadas, talvez devido ao estado de saúde de Carlo. Ele era um homem gentil, generoso e carinho­so, mas não a tratava como igual, sua confidente, em se tratando de assuntos financeiros e comerciais. Para ele, ela devia ser protegida e mimada.


Tinham se conhecido no Caribe, onde Carlo inves­tigava a possibilidade de comprar um novo hotel para acrescentar aos de sua propriedade. Agora, além de lidar com a dor da perda, Anahí precisava enfrentar o fato de ter se tornado, da noite para o dia, da esposa mimada de um homem rico em uma viúva pobre. Me­nos de uma semana após a morte do marido, o conta­dor informara que Carlo devia grandes somas de dinheiro, milhões, a um investidor desconhecido que o ajudara. Dera os hotéis como garantia. E embora ela tivesse implorado aos consultores para encontrarem uma maneira de manter esse hotel, eles avisaram que o investidor informara não estar disposto, em nenhu­ma hipótese, a atender a solicitação.


Ela olhou novamente os filhos. Eles sentiriam fal­ta da Sardenha e dos maravilhosos verões ali passa­dos, mas sentiriam ainda mais falta de Carlo. Embora fosse um pai idoso, incapaz de participar das brinca­deiras de dois garotos cheios de energia, ele adorava os filhos, e era correspondido. Agora Carlo partira, e suas últimas palavras foram um pedido: prometer que sempre reconheceria a importância da herança sardenha dos gêmeos.


— Lembre-se de que tudo que fiz foi por amor, por você e por eles.


Ela devia tanto a Carlo! Ele lhe dera tanto! Tinha cu­rado todos os males da jovem sofrida e carente que fora um dia, com amor e apoio. Os presentes que recebera não tinham preço: respeito por si mesma, inde­pendência emocional, capacidade de dar e receber amor de uma forma saudável e livre da dependência destrutiva. Ele tinha sido mais que um simples marido.


Os olhos, firmemente determinados, assumiram um tom esmeralda-escuro. Já havia sido pobre — e sobrevivera. Mas, naquela época, não tinha dois fi­lhos para preocupá-la. Hoje pela manhã recebera um e-mail gentil da escola, advertindo que o prazo para pagamento das taxas para o novo semestre logo venceria. A última coisa que queria era provocar mais tumulto em suas jovens vidas, tirando-os da es­cola que adoravam.


Olhou para os anéis de diamante. Nunca sonhara com jóias caras. Carlo é quem insistia em comprá-las. Já decidira vendê-las. Pelo menos tinham um teto durante as férias de verão dos meninos. Seu orgulho ficara ferido ao pedir aos advogados de Carlo que tentassem conseguir a aprovação para ali permanece­rem até o início do novo semestre, em setembro. Sen­tira-se grata quando o pedido foi atendido. Sua pró­pria infância fora tão sem amor e segurança que ao descobrir estar grávida fizera um juramento: seu fi­lho nunca sofreria como ela. E por esse motivo...


Virou a cabeça para olhar os filhos. Sim, Carlo a havia curado, mas ainda assim restara uma coisa. Uma insistente ferida permanecia aberta.


A preocupação dos últimos meses a deixara, se­gundo sua própria opinião, magra demais. O relógio estava frouxo no punho quando ela afastou a massa pesada do cabelo queimado de sol do rosto e o pren­deu com a mão.


Tinha 18 anos quando se casou e 19 quando os me­ninos nasceram; era uma menina sem instrução, mas esperta, que ficara muito feliz em aceitar a proposta de casamento apesar da diferença de idade. O casa­mento havia lhe proporcionado tudo que nunca tive­ra; não apenas em termos de segurança financeira. Carlo tinha dado estabilidade à sua vida e ela flores­cera no ambiente seguro proporcionado por ele.


Estava determinada a fazer tudo para pagar a gen­tileza de Carlo. Ao observar o olhar no rosto dele, a primeira vez que a vira com os gêmeos, no hospital particular, soube que tinha lhe dado um inestimável presente.


— Olha, mãe. — Ela obedeceu ao pedido de Sam, enquanto ele e Nico viravam cambalhotas. Logo iriam pedir para não olhá-los tão atentamente. Ainda não tinham percebido como ela os olhava. Algumas vezes, com dois garotos tão inteligentes e cheios de energia, era difícil não ser superprotetora — o tipo de mãe que via perigo onde eles só viam aventura. Seus próprios pensamentos sufocaram a expressão de "Tomem cuidado!" que brotava dos seus lábios.


— Muito bem — elogiou-os.


— Olha, podemos andar em cima das mãos tam­bém — gabou-se Sam.


Eles eram ágeis, altos para a idade e fortes.


— Você me deu filhos fortes, Anahí — Carlo sem­pre agradecia.


Ela sorriu ao lembrar. O casamento proporcionara tempo e espaço para ela deixar de ser a menina frágil do passado e se transformar na mulher do presente. O sol brilhou na fina aliança de casamento ao virar-se para olhar o hotel nos rochedos.


Tinha viajado o mundo inteiro com o falecido ma­rido, visitando sua cadeia de hotéis exclusivos, mas o da Sardenha era o seu preferido. Originalmente uma casa de um primo de Carlo, a propriedade fora herdada com a morte do proprietário, e ele jurara nunca vendê-la.


Gabriel, parado na sombra formada pelas rochas, olhou a praia. A boca se retorceu de desprezo, raiva e algo mais.


Como ela se sentia agora, sabendo que o destino lhe pregara uma peça e a segurança comprada com o corpo não era, afinal, eterna? Como se sentira ao sa­ber que não teria urna viuvez cercada de dinheiro e conforto?


Culpara o homem com quem se casara ou a si pró­pria? E os filhos? Algo sombrio e perigoso o feriu como uma lâmina afiada. Só de olhá-los reviveu a própria infância na Sardenha. Como poderia esque­cer a infância cruel, dura, que enfrentara? Quando era da idade desses dois garotos, era forçado a trabalhar por migalhas.


Pontapés e xingamentos lhe ensinaram a se afastar do caminho dos adultos. Tinha sido um fi­lho indesejado, uma criança rejeitada pelos ricos pa­rentes maternos, abandonada pelo pai e criado por pais adotivos. Quando menino, reconhecia com amar­gura, passara mais noites dormindo do lado de fora com os animais da fazenda que dentro de casa, com a família adotiva, que aprendera com os parentes da mãe a desprezá-lo.


Alfonso acreditava que tal experiência fortalecia ou enfraquecia o espírito humano. Em seu caso, en­durecera-o a ponto de transformá-lo em puro aço. Ja­mais permitira nem permitiria que ninguém o afas­tasse do caminho escolhido ou se interpusesse entre ele e a determinação de se colocar acima dos que o menosprezaram.


O avô materno era o chefe de uma das mais ricas e poderosas famílias da Sardenha. O passado da famí­lia Calbrini estava intimamente interligado ao da Sardenha. Era lima família dividida em feudos de san­gue, traição e vingança, e impregnada de orgulho.


A mãe era filha única. Tinha 18 anos quando fugi­ra de casa para escapar de um casamento arranjado e se casar com um jovem fazendeiro pobre, mas bonito, por quem acreditava estar apaixonada.


Mimada e de temperamento forte, demorara me­nos de um ano para perceber o erro cometido, e pas­sou a desprezar o marido e a pobreza imposta pelo ca­samento. Na ocasião, já dera à luz Alfonso. Recorreu ao pai, implorando perdão e permissão para voltar. Ele concordou, sob a condição de se divorciar e dei­xar a criança com o pai.


De acordo com as histórias ouvidas em criança, a mãe não pensara duas vezes. O avô dera uma grande soma de dinheiro ao pai de Alfonso como pagamento, absolvendo a família Herrera de qualquer responsa­bilidade quanto ao filho do casamento fracassado.


Com mais dinheiro do que jamais tivera no bolso, o pai deixou o filho de três meses e foi para Roma, prometendo ao primo com quem deixara Alfonso mandar dinheiro para manter a criança. Mas, ao che­gar em Roma, encontrara a mulher que se tornou sua segunda esposa. Ela não via motivo para assumir uma criança que não era sua, nem em gastar o dinhei­ro do marido com isso.


Os pais adotivos de Alfonso recorreram ao avô dele. Eram pobres e não conseguiam alimentar uma criança faminta. Giorgio Herrera recusou-se a ajudar. A crian­ça não representava nada para ele. A filha também vol­tara a se casar — dessa vez com um homem escolhido por ele, — e ele esperava ter, o mais breve possível, um neto com a linhagem exigida pelo orgulho.


Só que isso não aconteceu, e, quando Alfonso tinha 10 anos, a mãe e o segundo marido morreram num acidente de helicóptero. Giorgio Herrera não teve outra alternativa além de procurar obter o melhor do seu único herdeiro: Alfonso.


Tinha sido uma vida austera e sem amor para um garoto, ele recordou, ao lado de um avô que não o amava e desprezava o sangue herdado do pai. Mas, pelo menos, sob o teto do avô era alimentado adequa­damente. O avô o mandara para as melhores escolas — e se assegurou que lhe ensinassem tudo que preci­saria quando chegasse a hora de sucedê-lo como che­fe da casa Herrera. Não que o avô nutrisse grandes esperanças de que ele fosse capaz de fazê-lo, como deixara claro mais de uma vez para Gabriel.


— Não tenho escolha, pois você é meu único neto — dizia a Alfonso sem cessar de maneira agressiva.


Entretanto, Alfonso decidiu provar que ele estava errado. Não para obter o amor do avô. Alfonso não acreditava em amor. Não, quis provar ser o melhor homem, o mais forte. E foi o que fez. No início, o avô se recusara a acreditar nos tutores quando eles elogia­vam sua facilidade em termos de compreensão de po­lítica financeira e todas as complexidades envolvi­das. Mas, quando tinha 20 anos, Alfonso havia qua­druplicado o pequeno capital dado pelo avô no seu aniversário de 18 anos.


Três semanas após de ter completado 21 anos, o avô morreu, inesperadamente, e Alfonso herdou a imensa fortuna e a posição. Aqueles que prediziam que ele jamais se igualaria ao avô foram forçados a engolir as palavras. Alfonso era um verdadeiro Herrera, e possuía um instinto ainda mais aguçado para ganhar dinheiro que o avô. Mas a vida não era só ga­nhar dinheiro. Tinha necessidade de.se tornar emocionalmente invulnerável.


E era isso exatamente o que ele era, refletiu. Não permitiria a nenhuma mulher repetir a rejeição da mãe sem ser punida.


Especialmente não essa mulher.


O vento trazia o som da voz de Anahí, mas não as palavras.


Anahí! Quando Alfonso tinha 25 anos, já era bilionário. Não confiava em ninguém e tratava as mulhe­res como parceiras de cama e nada mais. As regras estabelecidas para seus relacionamentos eram sim­ples e não passíveis de negociação. Nenhuma conversa sobre amor, futuro ou compromisso. Absoluta fidelidade a ele enquanto estivessem juntos. Sexo se­guro e nada de bebês. E, apenas para ficar claro que essa última regra não fosse quebrada "por acaso de propósito", Alfonso sempre se precaveu,


Ao longo dos anos enfrentara cenas de raiva e amargura, com mulheres chorosas que acreditaram ser capazes de mudar as regras e tinham percebido seu erro. Como num passe de mágica, as lágrimas se­cavam imediatamente, tão logo lhes era oferecido um generoso presente de adeus. A boca se contorceu, de um modo cínico. Era tão absurdo pressupor por que ele se tornara um homem descrente de todos e, sobre­tudo, que desprezava as mulheres? Segundo ele, não havia uma mulher no mundo que não pudesse ser comprada. A mãe dele tinha demonstrado isso, e to­das as outras com quem tivera contato só haviam confirmado o que ela lhe ensinara, abandonando-o por dinheiro.


Não que ele não curtisse a companhia de mulheres ou não sentisse prazer com seus corpos. Herdara a boa aparência do pai, e encontrar uma parceira para satisfazer seu desejo sexual nunca fora problema.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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— Sam, não vá muito longe. Fique onde eu possa vê-los. — As palavras de Anahí chegaram até ele, pois ela levantara a voz para se fazer ouvir pelos fi­lhos. Uma mãe afetuosa? Anahí? Como a amargura, o passado não o abandonava. Estava ali presente, apertando-o tão forte que causa­va dor. Depois ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • franmarmentini Postado em 16/07/2014 - 16:27:42

    amei tanto essa fic* meu deus ela chegou ao fim ;( mas tudo bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei o final maravilhoso para os dois...fiquei super emocionada :)

  • edlacamila Postado em 16/07/2014 - 00:08:46

    Aaaaaaain q perfect amei *-*

  • vondy4everponny Postado em 16/07/2014 - 00:05:09

    AAAAAAAAAAAH , amiga to chorosa com este final lindo. To melancólica hoje e ai tu vem e me posta uma final de fic linda desse jeito? AWN, eu definitivamente AMO suas webs *----*

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:26:17

    Que lindo o final<3, tem outra fic em mente? Posta o link se tiver criado alguma pra favoritar

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:22:30

    Muito lindo los A, deviam contar pros gêmeos que vão ganhar uma irmãzinha. Postaaaaaa mais!!!!!!!!!!

  • camile_ponny Postado em 15/07/2014 - 22:58:42

    Onw que esse casal cara! Haha eu não quero que acabe não faz isso Jessica diz que vc vai postar outra diz pra mim! (Choramingando aqui) esses gêmeos, esse dois agora esse bebê a não é pra acabe comigo né não?! Kkk essa fic é perfeita! Posta amanhã em! Rum. ;D

  • franmarmentini Postado em 15/07/2014 - 08:02:49

    amei amei ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mas não queria que terminasse poxa ;/

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 00:36:00

    Como o Poncho mudou, tá muito fofo, que lindo estão grávidos.<3 muito linda essa fic.Postaaa mais!!!!!!!!

  • edlacamila Postado em 15/07/2014 - 00:09:25

    Cm assim ultimo cap.? Jaaaaa???? Nn quero :' ( outro baby?? *-* aaaaai postaaa <3

  • vondy4everponny Postado em 15/07/2014 - 00:04:02

    MANA, essa sua web é perfeita! Nossa, to chorosa kkkkkkk, sério! Foi o capitulo mais lindo até agora, mas sei que amanha tu vai destruir meus feelings porque tu é dessas amiga. Nem acredito que já está acabando :/ Aguardando ansiosa o final! Beijos <3


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