Fanfics Brasil - 14 Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 14

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— Não estou — interrompeu-o. Já havia combina­do com Maria e com sua filha, Isabela, para que elas tomassem conta dos meninos. Isabela tinha duas fi­lhas, mais ou menos da mesma idade dos gêmeos, e Anahí confiava nela para mantê-los sob vigilância e longe de qualquer perigo ou confusão.


— Não, imagino que não — concordou Alfonso. — Chega do papel de mãe devotada.


Anahí podia sentir a raiva crescer.


— Estou saindo para tratar de negócios, embora isso não seja de sua conta. Por isso não vou levar os meninos.


— Eu não teria permitido que os levasse. Combi­nei de entrevistar um tutor para eles no final da tarde e, naturalmente, ele vai querer conversar com os dois.


Anahí tentou objetar, tentando ordenar as idéias.


— Você não tem o direito de me proibir de sair com meus filhos — finalmente disse. — Nem eles precisam de um tutor. Estão de férias.


Ela havia visto o resultado de pais ambiciosos exi­girem demais das crianças. Queria ver os filhos atin­girem seu potencial, é claro, mas também queria vê-los crescer aproveitando a liberdade e as alegrias da infância.


— Eles são meu pupilos. Logo você pode concluir que preciso saber mais sobre eles.


— Podia fazer isso conversando com eles — disse debochada. — Eles são crianças, não alguma empre­sa que você comprou. Não pode compreender como eles funcionam lendo um relatório preparado por al­guém. Como... Como uma espécie de balanço. Que atitude tomará se o relatório determinar não serem inteligentes o suficiente para você maximizar seu in­vestimento? Despachá-los para outra pessoa?


— Não seja ridícula. Você sempre exagera.


— Exagero? Eles são meus filhos — lembrou. — Não de... — Sacudiu a cabeça. Qual o sentido de dis­cutir com Alfonso? Nenhuma palavra o faria com­preender como ela se sentia simplesmente porque era incapaz de sentir qualquer coisa. — Não pode fazer isso, Alfonso — disse firme. — Não vou permitir. E os meninos? Como acha que vão se sentir?


— Do jeito que fala, parece que vão ser submeti­dos a alguma espécie de tortura, quando na verdade você já faz o mesmo com eles.


— O quê?


— Com certeza eles foram submetidos a.um exa­me de admissão na escola. — Anahí mordeu o lábio inferior. É claro que sim, e com a típica confiança masculina, ficaram orgulhosos por terem alcançado êxito. — O professor Fennini é um educador alta­mente qualificado, com vários anos de experiência.


Anahí lançou-lhe um olhar irado.


— Você disse que entrevistaria um tutor em poten­cial.


— Se for necessário, ele vai dar aulas aos meni­nos, mas, inicialmente, quero que os avalie.


— Pare com isso! — explodiu Anahí. — Eles são crianças. Crianças. Entendo que você não teve uma infância normal...


— Motivo pelo qual pretendo me certificar de que meus herdeiros estarão bem preparados.


— Seus herdeiros? — conseguiu murmurar. — O que... o que quer dizer?


— Não é óbvio? Quero dizer que já que os filhos de Carlo são meus herdeiros naturais, gostaria de ter uma idéia do quão bem preparados estarão quando forem adultos, para assumir essa responsabilidade.


O alívio era quase tão intrigante quanto o medo.


— Então eu estava certa. Não está falando ape­nas de avaliação. Bem, nem você nem o professor vão submeter meus filhos a nenhum tipo de teste psicológico. Já lhe ocorreu que eles podem não querer se envolver em seus negócios? Nada o impede de ter filhos.


— Não, nada me impede, e pretendia ter filhos. Mas me parece que já que os filhos de Carlo estão aqui e têm o meu sangue, faz sentido serem meus her­deiros. E quanto aos testes psicológicos, você está deixando sua imaginação delirar. O professor vai simplesmente conversar com eles e depois me dirá o resultado da entrevista. E há uma coisa da qual pode estar certa: meus pupilos não vão para um colégio in­terno.


Anahí ficou desesperada. Mas não ia, de jeito ne­nhum, ser forçada a explicar seus atos para Alfonso e não ia, também, implorar-lhe compreensão e ajuda. Suprimindo o instinto de defesa, perguntou:


— Quando esse professor deve chegar?


— Depois do almoço. E, ao contrário do que você parece supor, a avaliação será para benefício deles.


— Vou estar de volta. Ele não vai perguntar nada a eles, nem uma simples pergunta, sem a minha pre­sença — avisou.


Ela precisava de um tempo para si mesma, para pensar. Ainda se sentia mal e tonta. Sem mais nenhu­ma palavra, desceu apressada a escadaria e foi para o jardim, onde Nico e Sam estavam ocupados mostran­do às netas de Maria como conseguiam ficar de cabe­ça para baixo.


— Ei, garotos — riu Isabela, demonstrando apro­vação e afeto.


Garotos, sem dúvida, concordou Anahí, agrade­cendo a Isabela por ficar de olho neles. Entrou no car­ro pequeno comprado por Carlo para ela.


O percurso até Port Cervo, o elegante resort na costa Esmeralda, um lindo porto com hotéis sofisti­cados, não seria longo. Esperava estar vestida ade­quadamente para a ocasião. Nessa época do ano a baía de Port Cervo estaria lotada de iates caros, e mu­lheres bem vestidas passeariam pelas ruas fazendo compras nas butiques exclusivas. Para conseguir atingir seu objetivo era importante parecer que ainda fazia parte desse mundo.


Alfonso a viu partir da janela do andar de cima, in­comodado. Ela usava um vestido de linho cinza-claro, do mesmo estilo do que usava no dia em que ele chegara. Um bracelete de ouro brilhava no pulso, óculos escuros de tartaruga grandes protegiam-lhe os olhos. Quando ela se sentou no carro, ele pôde ver o tom rosado natural das unhas dos pés nas sandálias que faziam sobressair a delicadeza de seus tornozelos e pés.


No calor da manhã avançada, quase podia sentir seu perfume. A casa inteira tinha o cheiro dela — os aposentos pelos quais passara, nos cabelos dos meni­nos. Estava em toda parte, exceto nos aposentos dele.


Só havia um lugar onde pudesse ter ido vestida as­sim. E só uma razão. Sua boca se contraiu. Ela podia se entregar a quantos homens desejasse — quando ti­vesse quitado o débito com ele.


Anahí estacionou o carro e atravessou as ruas ele­gantes, hesitando momentaneamente diante da loja, antes de tocar a campainha e esperar a porta ser aberta.


O dono veio cumprimentá-la, conduzindo-a à sua elegante sala.


— Gostaria de uma xícara de café?


Anahí agradeceu e abriu a bolsa. Quando telefona­ra para ele, explicara o motivo da visita, para poupar o constrangimento pessoalmente. Como ele não de­monstrou surpresa, deduziu que estava a par dos pro­blemas financeiros de Carlo. Colocou a bolsa na mesa, retirou as caixas arrumadas cuidadosamente, abrindo-as uma a uma: o conjunto de colar e brincos de diamantes e esmeraldas que ganhara de Carlo no primeiro aniversário de casamento; o anel Cartier de esmeralda retangular cercado por diamantes que sa­bia ter custado mais de 250 mil euros; o imenso soli­tário, seu anel de noivado; o anel de diamante amare­lo rodeado de pequenos diamantes brancos. 


Finalmente, pegou os brincos de diamante e, pela primeira vez, a mão tremeu.


— Quanto me dá por tudo? — perguntou baixinho ao joalheiro.


Ele pegou uma lente de aumento e examinou cada item cuidadosamente. Demorou mais de meia hora para responder, e quando mencionou a quantia que estava disposto a oferecer pelas jóias, ela suspirou, aliviada.


Não chegava nem perto do que devia ter custado a Carlo, mas era o suficiente para conseguir um teto e, se fosse cuidadosa, sobraria para as anuidades do colégio. Queria mantê-los na escola de que tanto gostavam.


Acenou de leve, os olhos arregalados de surpresa quando o joalheiro empurrou os brincos de diamante para ela.


— Fiz os cálculos sem incluir estes — disse em voz baixa. — Deve guardá-los. Tenho certeza de ser o desejo de seu falecido marido.


Anahí mordeu o lábio para impedi-lo de tremer. Estava tão emocionada que custou a colocar os brincos.


Dez minutos depois deixara as jóias e caminhava decidida para o banco, com o cheque na bolsa.


Carlo tinha sido gentil e generoso, mas era anti­quado também. Anahí nunca teve dinheiro seu. Carlo alegava ser desnecessário. Ela recebia uma mesada e possuía um cartão de crédito, cujas faturas eram man­dadas para ele. Era estranho depositar uma quantia tão alta em sua conta. Agora, ela e os meninos não de­penderiam de Alfonso. Se quisesse, compraria passa­gens no primeiro vôo para Londres. Mas os filhos fi­cariam desapontados em partir antes do término das férias de verão, e pelo bem deles, suportaria a presen­ça de Alfonso — e sua caridade — por mais algumas semanas.


Mas quando os meninos estivessem de volta à es­cola...


Ela planejara tudo. Alugaria um apartamento perto da escola para levá-los de manhã e buscá-los à tarde. E, com sorte, encontraria logo um emprego. Depois, procuraria uma pequena propriedade para comprar. Não seriam ricos, mas iam se virar. E os filhos seriam felizes — ela iria se empenhar.


Estava na hora de voltar para casa. Anahí fechou os olhos e pediu forças. Nunca tinha imaginado que seus caminhos se cruzariam. Gabriel e Carlo eram parentes, mas raramente se encontravam, e ela havia deixado claro para Carlo que não queria nenhum contato com Alfonso. E nunca suspeitara, nem nos piores pesadelos, que quando voltasse a vê-lo se sentiria como nesse momento.


Estava quase tentada a fazer aquilo de que eleja a acusara e arranjar um amante — qualquer um — só para provar a si mesma que eram os longos anos sem sexo, aliados à presença dele, que reativavam as me­mórias, deixando-a insone e louca de desejo. Não era Alfonso exatamente. Sua experiência sexual não era extensa.


Talvez o corpo tivesse armazenado lembranças do prazer ilimitado compartilhado por eles. E se pudesse provar isso a seu corpo, talvez ele parasse de atormentá-la tanto. Talvez devesse testar essa teoria. Anahí parou de andar e olhou para a frente. Era uma idéia maluca. Maluca e perigosa.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • franmarmentini Postado em 16/07/2014 - 16:27:42

    amei tanto essa fic* meu deus ela chegou ao fim ;( mas tudo bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei o final maravilhoso para os dois...fiquei super emocionada :)

  • edlacamila Postado em 16/07/2014 - 00:08:46

    Aaaaaaain q perfect amei *-*

  • vondy4everponny Postado em 16/07/2014 - 00:05:09

    AAAAAAAAAAAH , amiga to chorosa com este final lindo. To melancólica hoje e ai tu vem e me posta uma final de fic linda desse jeito? AWN, eu definitivamente AMO suas webs *----*

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:26:17

    Que lindo o final<3, tem outra fic em mente? Posta o link se tiver criado alguma pra favoritar

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:22:30

    Muito lindo los A, deviam contar pros gêmeos que vão ganhar uma irmãzinha. Postaaaaaa mais!!!!!!!!!!

  • camile_ponny Postado em 15/07/2014 - 22:58:42

    Onw que esse casal cara! Haha eu não quero que acabe não faz isso Jessica diz que vc vai postar outra diz pra mim! (Choramingando aqui) esses gêmeos, esse dois agora esse bebê a não é pra acabe comigo né não?! Kkk essa fic é perfeita! Posta amanhã em! Rum. ;D

  • franmarmentini Postado em 15/07/2014 - 08:02:49

    amei amei ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mas não queria que terminasse poxa ;/

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 00:36:00

    Como o Poncho mudou, tá muito fofo, que lindo estão grávidos.<3 muito linda essa fic.Postaaa mais!!!!!!!!

  • edlacamila Postado em 15/07/2014 - 00:09:25

    Cm assim ultimo cap.? Jaaaaa???? Nn quero :' ( outro baby?? *-* aaaaai postaaa <3

  • vondy4everponny Postado em 15/07/2014 - 00:04:02

    MANA, essa sua web é perfeita! Nossa, to chorosa kkkkkkk, sério! Foi o capitulo mais lindo até agora, mas sei que amanha tu vai destruir meus feelings porque tu é dessas amiga. Nem acredito que já está acabando :/ Aguardando ansiosa o final! Beijos <3


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