Fanfics Brasil - 19 Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 19

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O alívio inicial foi seguido de nova tensão. Olhou a fina aliança na mão esquerda.


— O carro chegou, meninos, hora de irmos — anunciou o professor, jovial.


Anahí os acompanhou. O motorista esperava no Mercedes com ar-condicionado alugado por Alfonso para levá-los aos lugares que o professor desejava mostrar. Abraçou-os e beijou-os.


Alfonso estava dizendo algo para o professor e Anahí aproveitou a oportunidade para voltar para casa. A cabeça doía. Ainda estava chocada, incapaz de conciliar o que fizera com a realidade da verdadei­ra relação com Alfonso. Alfonso a desprezava. Era hostil. Apesar disso, ela permitira...


Permitira? O que aconteceu naquela manhã não foi resultado de uma decisão consciente. Como uma tempestade, vinda não se sabe de onde, estava além do controle humano.


— Anahí.


Ela congelou, tentada a fugir, como naquela ma­nhã. Não só o rosto, mas o corpo inteiro queimava. Forçou-se a virar e olhá-lo.


— Você não respondeu a Nico. Por que não está usando os anéis?


Ela respirou fundo.


— Porque os vendi. As jóias eram meus únicos bens, então os levei a uma loja em Port Cervo e os vendi.


Quando os meninos voltarem para a escola pretendo usar o dinheiro para comprar uma casa para nós três em Londres. Ao contrário do que possa pen­sar, Alfonso, não pretendo viver à sua custa.


— Você vendeu suas jóias? — Um medo paralisante invadiu o corpo de Alfonso. Se ela tivesse di­nheiro, não precisaria dele. E ele queria que ela pre­cisasse dele, reconheceu de repente.


— Vendi. Os meninos precisam de uma casa bem arrumada. São meus filhos e não há nada que eu não faça para lhes dar um lar.


— Você podia...


— O quê? — desafiou-o. — Pedir sua ajuda? — Como uma vez pedira seu amor? — Acho que ambos sabemos qual seria sua reação, não é? Estou morren­do de dor de cabeça e não estou a fim de conversar, Alfonso. O que decido fazer com minhas jóias é pro­blema meu, de mais ninguém. — Virou-se e seguiu para a escadaria.


Por alguma razão desconhecida, Alfonso sentiu como se alguém tivesse lhe atirado algo pesado no peito.


Anahí estava subindo as escadas e por um segundo ficou tentado a segui-la e perguntar como ela podia conciliar o amor pelos filhos com o que fizera com ele. Ela, afinal, tinha dito a ele que o amava. Havia implorado que ele correspondesse a esse amor. Ainda se lembrava da intensidade da confusão e raiva que ela despertara, a força do desejo de rejeitar o que ela dizia. Ao mesmo tempo, as palavras o penetraram com uma sensação nada familiar — dor, mesmo que na época se recusasse a reconhecer isso. Agora essa lembrança sufocada veio à tona.


Tinha um nó na garganta e o coração batia dolori­do — por causa de Anahí? Por que ela era uma mãe amorosa? Tinha ciúmes desse amor?


Era como se recebesse um golpe vindo do espaço contra o qual não tinha defesa.


Uma das primeiras coisas que o avô fizera ao pe­gar Alfonso para morarem juntos fora mostrar o colar de diamantes e rubis que dera à mãe de Alfonso quan­do ela voltou para casa.


— Por isso ela vendeu você — zombou de Alfonso, antes de proclamar com azedume: — Devia ter se ca­sado com o marido que escolhi para ela na ocasião. Aí, talvez, eu tivesse um neto merecedor do nome Herrera, em vez de um bastardo vagabundo como você.


Depois da morte do avô, Alfonso destruiu o retrato da mãe usando os rubis que valorizava mais que ele, e havia trancado o colar numa caixa de depósito da família Herrera no banco.


Esse tempo passado com Anahí devia ter reforçado tudo que pensava e acreditava a respeito dela, e do sexo feminino em geral. Devia ter lhe dado a satisfação do débito pago. Mas, em vez disso, percebera a grande inconsistência na lógica de seu pensamento, e ele não podia mais ignorá-la.


Era preciso tomar uma atitude. Saiu da casa e en­trou no carro. Conhecia Port Cervo o bastante para saber qual joalheiro Anahí visitara.


A princípio, o dono da loja mostrou-se relutante em dizer quanto pagara a Anahí, mas Alfonso acabou conseguindo a informação. Alfonso assinou um che­que ao qual adicionou uma soma substancial pelo "inconveniente" e recuperou as jóias de Anahí, vol­tando em seguida para o carro.


Anahí não mentira sobre a dor de cabeça. O baru­lho do Mercedes anunciando a partida de Alfonso e a casa vazia a fizeram suspirar aliviada. Não precisava fingir. Não precisava se preocupar ou se proteger por algumas poucas preciosas horas.


Tirou as roupas e entrou no chuveiro, agradecendo a água fria na pele quente e tensa.


Naquela manhã na praia...


Pare, avisou. Não pense nisso. Mas ela queria. Queria pensar no que acontecera e saborear cada se­gundo, secretamente alimentar-se das lembranças.


Desligou o chuveiro e pegou a toalha, enrolando-se antes de ir para o quarto. Essa fome que a possuía não significava nada, tentou se acalmar. Era apenas desejo físico, só isso... A garota carente, desesperada pelo amor de Alfonso, deixara de existir. E a mulher que ocupara seu lugar não precisava do amor dele.


Tinha os filhos, auto-estima e uma nova vida pela frente. O que não precisava era mergulhar novamente no passado, envolver-se em um relacionamento doentio. Alfonso não mudara, e deixara isso bem cla­ro. Ele não queria mudar. Tinha construído a vida usando como base o abandono da mãe, e sem essa base... A realidade é que queria desprezá-la. Por mais potente que fosse a atração sexual entre eles, era ba­seada em sentimentos amargos, sombrios, e isso era destrutivo e nocivo para ambos.


Tomou dois analgésicos, fechou as cortinas e en­roscou-se na cama. Lágrimas encheram-lhe os olhos e escorreram pelo rosto. A dor de cabeça não era a causa, admitiu, embora não pudesse com­preender por que deveria chorar por Alfonso ou por ela mesma.


 


A casa estava vazia e silenciosa. Uma sensação como uma garra forte comprimindo-lhe e apertando-lhe o coração tomou conta do peito de Alfonso. Como uma imagem numa tela, viu-se andando na cabine es­cura do iate, chamando irritado por Anahí, querendo saber por que ela não estava na cama.


Mas, dessa vez, ela não podia partir com Carlo. O primo estava morto e Anahí não tinha para onde ir. Era a adrenalina que fazia o pulso acelerar e o estô­mago revirar-se, disse a si mesmo. Olhou os aposen­tos do primeiro andar e encontrou-os vazios. Em se­guida, subiu as escadas.


O som do motor do Mercedes debaixo de sua jane­la despertou Anahí de sua sesta. Alfonso voltara. Pu­xou as cobertas, aliviada ao descobrir que a dor de ca­beça diminuíra. Ouviu Alfonso batendo na porta de sua suíte, chamando seu nome com impaciência.


— Estou aqui. Só um minuto — respondeu, aban­donando a tentativa de se vestir ao ouvi-lo entrar e atravessar o piso de madeira até a saleta da suíte. Num minuto estaria em seu quarto. Em pânico, Anahí pegou uma toalha e se enrolou, pedindo: — Não en­tre, Alfonso. Não estou vestida. — Mas era tarde de­mais. Ele já abrira a porta e estava parado no meio do quarto, olhando para ela irritado.


— O que está acontecendo?


Anahí ficou assustada. Os olhos dele varriam o aposento como um amante ciumento, esperando en­contrar um rival. Sua imaginação estava lhe armando peças.


— Por que as cortinas estão fechadas?


— Estava com dor de cabeça e decidi deitar um pouco.


— Sozinha?


Anahí o encarou. O que dera nele? Não era possí­vel acreditar que ela escondera um amante ali.


— Estava com dor de cabeça — repetiu. — Ir para a cama para se ver livre dela é algo que as pessoas fa­zem, Alfonso.


Ele comprimiu os lábios, e de repente Anahí quase pôde sentir o cheiro do passado: o ar vespertino da cabine do iate exalava o cheiro da sensualidade do sexo. Sentia o coração palpitar. Sem uma palavra, só de olhá-la, Alfonso a levara de volta ao passado.


— Você ainda pode ir para a cama de tarde para fa­zer sexo — disse Anahí, com ímpeto. — Mas eu, cer­tamente não.


Ela soava como se quisesse?, pensou Alfonso. Es­tava inconscientemente mandando uma mensagem subliminar de que o queria?


— Por que queria falar comigo? — perguntou. — Gostaria de me vestir. Os meninos vão voltar logo.


Ele colocou na mesa o grande pacote quadrado que carregava e olhou o relógio.


— Ainda vão demorar umas duas ou três horas — disse, antes de pegar o pacote e entregá-lo para ela.


— O que... o que é isso? — perguntou com cautela.


— Por que não abre e vê? — Ele foi até a porta, mas em vez de ir embora a fechou. — Abra, Anahí — repetiu, frio.


Quando ela tirou o papel de embrulho, levantou a tampa da caixa e viu o nome no papel fino, logo con­cluiu. As mãos tremiam ao retirar o papel, os lábios apertados ao encontrar as pequeninas caixas de jóias. Abriu a caixa de cima, uma onda de raiva tomando conta dela ao ver o anel de diamante. Fechando a cai­xa, olhou para Alfonso.


— Melhor checar se está tudo aí — disse, seco.


— O que é isso, Alfonso? — perguntou, ignoran­do-lhe a ordem e conseguindo, sabe-se como, manter a voz calma.


— Suas jóias. O que pode ser?


— Não, não são. — Anahí sacudiu a cabeça fe­chando com força a tampa da caixa e afastando-a. — Eu vendi minhas jóias.


— E eu as comprei de volta para você.


— Você não tinha o direito. Pode se dar conta do que fez? Quanto pagou por elas? Mais do que o valor pelo qual as vendi, estou certa. — O silêncio foi a res­posta. A raiva queimou-lhe o rosto. — Como ousa fa­zer isso comigo? O motivo pelo qual vendi as jóias era poder dar uma casa para meus filhos e para mim, para que não dependêssemos de você. Não tinha o di­reito!


— Tinha todo o direito — interrompeu-a, furioso. Não percebia como tinha sorte? Como estava sendo generoso? Ou controlador?, sugeriu uma voz interior. O quão determinado estava a mantê-la em dívida com ele? Silenciou a voz debochada. — Tenho de zelar pelo nome Herrera. O que iam pensar de você vender as jóias dadas por Carlo?


— Menos do que vão pensar de você tê-las com­prado de volta — disse, sarcástica. — Todo mundo sabe que Carlo estava falido. Não tenho motivos para me envergonhar de vender minhas jóias, Alfonso. Mas agora, graças a você...


— Graças a mim o quê? — perguntou, agressivo.


— Você realmente precisa que eu diga? Por que as comprou de volta? Para me obrigar a sentir que estou em débito com você? Agradecida? Para que pudesse exercer controle? Ao comprar as jóias de volta está me forçando a pagar por elas novamente e ficar em dívida pelo dinheiro extra que deu ao joalheiro. Rou­bou minha liberdade, Alfonso — disse, pálida de rai­va. — Como seu avô roubou a liberdade de sua mãe. Mas não sou sua mãe e não estou à venda. Não vou ser chantageada nem vou ser forçada a viver em débi­to permanente.


Tremia dos pés à cabeça quando começou a perce­ber o que ele fizera. Pegou a caixa e a empurrou com força na direção dele.


— Ande, pegue a caixa. Eu não quero. E não quero você. Não vou permitir que me force a representar o papel que escolheu para mim, Alfonso. Repito: não sou como sua mãe. Sou eu.


— Pelo menos minha mãe não dormia por aí, fazen­do sexo com dois homens ao mesmo tempo. Você está certa. Você não é igual a ela. Você é uma...


Foi demais para seu autocontrole. A raiva fervia. Levantou a mão e esbofeteou-o com força. Imediata­mente, Alfonso deixou cair a caixa e a segurou.


Chocada e envergonhada, Anahí tremia, sentindo desprezo por si mesma. Era isso que acontecia quan­do Alfonso invadia sua vida. Ele trazia lembranças de seu passado e despertava sentimentos com os quais ela não estava preparada para lidar. Mesmo agora, com raiva e vergonha, ainda o desejava, admitiu. Ti­nha de colocar distância entre eles.


— Alfonso, me solte — implorou, retorcendo-se, esquecendo que só vestia uma toalha, que escorregou no exato momento em que Alfonso perdeu o controle e levantou-a para impedi-la de se debater.


Anahí conteve um suspiro irregular ao ver o olhar dele quando as mãos encontraram a pele nua e não a toalha.


Um silêncio pesado, perigoso, encheu o aposento.


— Alfonso — voltou a implorar, mas era tarde. Ele já chutava a toalha e o conteúdo da caixa e a carrega­va para a cama.


— Você tem razão — disse com voz rouca. — Está em débito comigo e pretendo exigir pagamento total, aqui e agora.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Indefesa, Anahí o encarou quando a raiva transfor­mou-se num forte arrepio de excitação e a mão que levantara para empurrá-lo enroscou-se em seu pesco­ço para puxá-lo para si. Por essa razão, precisava manter a distância. Por­que, quando estava perto dele, só podia pensar no quanto o desejava. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • franmarmentini Postado em 16/07/2014 - 16:27:42

    amei tanto essa fic* meu deus ela chegou ao fim ;( mas tudo bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei o final maravilhoso para os dois...fiquei super emocionada :)

  • edlacamila Postado em 16/07/2014 - 00:08:46

    Aaaaaaain q perfect amei *-*

  • vondy4everponny Postado em 16/07/2014 - 00:05:09

    AAAAAAAAAAAH , amiga to chorosa com este final lindo. To melancólica hoje e ai tu vem e me posta uma final de fic linda desse jeito? AWN, eu definitivamente AMO suas webs *----*

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:26:17

    Que lindo o final<3, tem outra fic em mente? Posta o link se tiver criado alguma pra favoritar

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:22:30

    Muito lindo los A, deviam contar pros gêmeos que vão ganhar uma irmãzinha. Postaaaaaa mais!!!!!!!!!!

  • camile_ponny Postado em 15/07/2014 - 22:58:42

    Onw que esse casal cara! Haha eu não quero que acabe não faz isso Jessica diz que vc vai postar outra diz pra mim! (Choramingando aqui) esses gêmeos, esse dois agora esse bebê a não é pra acabe comigo né não?! Kkk essa fic é perfeita! Posta amanhã em! Rum. ;D

  • franmarmentini Postado em 15/07/2014 - 08:02:49

    amei amei ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mas não queria que terminasse poxa ;/

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 00:36:00

    Como o Poncho mudou, tá muito fofo, que lindo estão grávidos.<3 muito linda essa fic.Postaaa mais!!!!!!!!

  • edlacamila Postado em 15/07/2014 - 00:09:25

    Cm assim ultimo cap.? Jaaaaa???? Nn quero :' ( outro baby?? *-* aaaaai postaaa <3

  • vondy4everponny Postado em 15/07/2014 - 00:04:02

    MANA, essa sua web é perfeita! Nossa, to chorosa kkkkkkk, sério! Foi o capitulo mais lindo até agora, mas sei que amanha tu vai destruir meus feelings porque tu é dessas amiga. Nem acredito que já está acabando :/ Aguardando ansiosa o final! Beijos <3


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