Fanfics Brasil - 3 Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 3

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Ela queria desesperadamente olhar os filhos, tran­qüilizar-se que eles estavam ali, inteiros e seguros, e que nada iria atingi-los ou ferí-los. Mas temeu que olhá-los chamaria a atenção de Alfonso para a vulne­rabilidade deles.


Em vez disso, respirou fundo e perguntou:


— Você quer se vingar de mim? No nosso relacio­namento eu fui a vítima. Foi você quem...


— Foi você quem se vendeu para quem dava a me­lhor oferta.


Ela se obrigou a olhá-lo.


— Você me deixou sem opção — disse, serena. Afinal, era verdade. Ela havia buscado nele tudo que nunca tivera, ainda capaz de acreditar em mila­gres, mesmo para garotas como ela, e que todos os er­ros em sua vida podiam ser corrigidos. Ainda acredi­tava em sonhos, naquela época. Sentiu pena da garota que fora. Estava feliz por ela ter desaparecido, e ain­da mais feliz pela mulher que ocupara seu lugar.


Antes que Alfonso pudesse dizer mais alguma coi­sa, perguntou:


— O que exatamente você quer? Acredito que não tenha perdido seu precioso tempo vindo até aqui ape­nas para rir da minha desgraça. Ou achou que seria mais divertido nos expulsar pessoalmente? Bem, vou lhe poupar o aborrecimento. Não levaremos muito tempo fazendo as malas. — De todos os luxos de que se desfaria, era desse que mais sentiria falta. O luxo do orgulho. Porque sabia muito bem o luxo que era.


— Ainda não terminei — disse ele.


— Ainda tem mais? O quê? Certamente não dá para ser pior.


— Antes de morrer, Carlo me nomeou como tutor legal dos filhos.


Era uma brincadeira. Uma tentativa deliberada e cruel de assustá-la. Uma vingança. Mas, é claro, não podia ser verdade.


— Algo errado? — ouviu Alfonso perguntar baixi­nho quando a viu tentar disfarçar a respiração altera­da e o olhar incrédulo. — Com certeza Carlo lhe dis­se que pretendia me nomear como tutor da família, de acordo com a tradição da Sardenha...


Ele sabia, é claro, que não tinha feito isso, pois o primo lhe contara.


— É melhor assim — sussurrou dolorosamente Carlo para Alfonso. — Embora saiba que Anahí, a princípio, não vai entender.


Certamente não o fez, reconheceu Alfonso.


Os olhos de Anahí estavam arregalados de des­crença, e ela sacudia a cabeça em negação. Isso não podia estar acontecendo, pensou, histérica. Era o pior dos pesadelos. A traição máxima. O medo, como uma faca afiada em seu coração, a deixava paralisava.


— Não! — disse a ele, o choque tirando a cor do seu rosto, apertando as mãos e os punhos, angustiada. — Não acredito em você.


— Meus advogados têm toda a documentação. Isso não podia ser algum tipo de brincadeira per­versa, reconheceu Anahí, apática. Era real. A cabeça doía, as perguntas sem resposta martelando. Estava muito confusa para manter a distância protetora do desinteresse.


— Não compreendo. Por que Carlo faria algo as­sim?


Alfonso deu de ombros, um pequeno movimento dos ombros largos. Sentindo-se mal, a cena saiu de foco e ela visualizava outra: Gabriel, jovem, a água escorrendo naqueles ombros bronzeados quando saía do mar para o deque do iate, o corpo nu e despudoradamente pronto para ela. E o dela estava igualmente pronto para ele.


E ela estava sempre pronta para ele! Pronta, fa­minta, esperando. Faminta pela intimidade que o trouxesse para perto e ali o mantivesse. Não tinha ini­bições e suspeitava que ele não permitiria ter nenhu­ma. Com a privacidade garantida, não ficou inibida em vestir uma das camisas dele, sem nada por baixo, disponível para o toque dele. Como amante, ele lhe abrira os olhos para um mundo novo de prazer e tinha deixado marcas em seu corpo de uma maneira que ja­mais conseguiria esquecer. Desfrutaram inúmeras horas de intimidade: ele a mantinha na cama, acari­ciando e beijando cada pedacinho dela: a curva do pescoço, a carne macia da parte interna do braço, os dedos. Se ela fechasse os olhos, sabia ser capaz de sentir a língua molhada desenhando devagar figuras em toda a extensão de seu corpo.


Excitada ao máximo, invariavelmente esquecia a ordem de permanecer parada e o buscava, curvando as costas, abrindo as pernas, gemendo de prazer quando ele cuidadosamente afastava os lábios de seu sexo e passava a ponta da língua neles. O orgasmo começava antes de ser penetrada, e quando ele estava dentro dela, uma parte ansiava por senti-lo sem a bar­reira da camisinha, que ele sempre insistira em usar.


De repente Anahí percebeu o perigo que corria. Não! A negação silenciosa e torturada reverberou no cérebro dela. O que estava acontecendo? Como ele podia fazê-la lembrar-se de tudo hoje?


— Não é óbvio? — ouviu Alfonso dizer, frio. — Carlo conhecia sua situação financeira. Pediu que eu fizesse tudo a meu alcance para proteger os filhos e o futuro deles. Obviamente, tornando-me o tutor, acre­ditava que eu me sentiria obrigado moralmente a mantê-los financeiramente.


— Não, ele não faria isso — protestou. Mas mes­mo ao dizer as palavras sabia estar enganada. Era exatamente o tipo de coisa que Carlo teria feito, pelo melhor dos motivos. Trazia o senso de família enrai­zado. Tinha orgulho de ser um Herrera, orgulho de os gêmeos carregarem seu nome. Havia se preocupa­do com ela e a protegido da dor de amar Alfonso e ser por ele rejeitada, mas os meninos tinham o sangue dos Herrera nas veias e, no final, isso importava mais do que ela.


Anahí tentava permanecer forte, concentrar-se no que Alfonso dizia, em vez de mergulhar no passado, mas as memórias a dominavam perigosamente e a fa­ziam se sentir assustadoramente fraca. Como era possível que ficar ao lado dele despertasse tantos pensa­mentos eróticos que ela acreditava terem sido deixa­dos para trás?


— Para cuidar deles financeiramente — repetiu Alfonso, acrescentando lentamente como se lhe en­fiasse uma faca através das costelas até alcançar-lhe o coração. — E para protegê-los da mãe.


O cérebro demorou muitos minutos para absorver o que ouvira e muitos outros mais para reagir diante da injustiça das palavras.


— Eles não precisam se proteger de mim nem pre­cisam de você.


— Carlo, obviamente, não concordava com você, nem a lei. Sou o tutor. Eles são meus pupilos. Esse foi o último desejo do pai.


— Mas sou a mãe deles.


— O tipo de mãe que podem supor que seria me­lhor não ter.


— Você não tem o direito de dizer isso. Não sabe nada de meu relacionamento com meus filhos.


— Conheço você. Você se entregou a Carlo por­que ele estava preparado para lhe dar o que eu não lhe daria. Agora ele está morto e em breve você estará procurando outro homem para substituí-lo. Sem dú­vida, Carlo temia que se você voltasse a se casar, seu novo marido pudesse não se interessar pelos filhos dele, e queria protegê-los.


— Eu nunca me casaria com um homem se achas­se que não iria amá-los como se fossem seus.


— Não mesmo?


Anahí suspeitou saber o que ele pensava.


— Você ainda não perdoou sua mãe, não é? Bem, não sou igual a ela, Alfonso. Amo meus filhos...


— Chega! Isso não tem nada a ver com minha mãe.


Anahí não ia discutir com ele. Qual o sentido da­quilo? Seria como tentar quebrar granito com as mãos. Mas sabia ter razão. Alfonso julgava as mulheres pelo fracasso da mãe, e condenava todas. Queria acreditar que todas as mulheres eram capazes de abandonar os filhos por dinheiro, porque precisava acreditar nisso; pois pensar direito significava aceitar que a própria mãe o abandonara devido à sua incapacidade de me­recer o amor maternal. Ele falava sobre suas convic­ções como se fossem verdades escritas em pedra, e Sasha sabia que em sua cabeça, em seu coração, elas eram. A seus olhos, ela já estava condenada, e perma­neceria condenada. O que ele acreditava não podia ser alterado, porque ele assim o desejava.


Tinha aprendido em sua muitas vezes difícil e do­lorosa jornada de amadurecimento e aceitação do próprio passado... E, acima de tudo, aprendera que era impossível trilhar para outro a jornada de auto-conhecimento e cicatrizar as feridas em seu lugar.


Alfonso havia decidido sacrificar a habilidade de amar e ser amado usando como proteção um orgulho amargo que não permitia que ele percebesse o desejo sexual feminino motivado por nada além da mais sór­dida forma de interesse.


Carlo podia ter acreditado estar agindo corretamente, mas Anahí desejava que ele não tivesse trazido Alfonso de volta à sua vida — e, mais importante, à vida dos filhos. Eles eram tudo para ela. Não havia nada que não fizesse para protegê-los, nenhum sacrifício.


— Você não precisava concordar com o pedido de Carlo — forçou-se a dizer. — Por que o fez? Meus fi­lhos não significam nada para você.


Alfonso podia perceber a hostilidade na voz dela. Olhou para os dois meninos. Anahí tinha razão, é cla­ro: eles não significavam nada além do sangue dos Herrera correndo em suas veias. A reação inicial, ao ouvir a intenção de Carlo, fora recusar. Por que assu­miria o peso da responsabilidade dos filhos do primo, principalmente quando sabia o tipo de mãe que ti­nham? Era óbvio o que Carlo tentava fazer. Estava falido, cheio de dívidas, os filhos eram muito crian­ças para se defenderem e não podiam contar com a mãe para protegê-los. Ela se venderia para o primeiro homem que pudesse sustentá-la. Tudo isso deve ter passado pela cabeça de Carlo, como passara na sua. Então, Carlo o procurara, em nome dos filhos, saben­do que, moralmente, Alfonso não poderia rejeitar o apelo do sangue dos Herrera.


Desde então, entretanto, Alfonso tivera mais tem­po para refletir sobre a situação. Havia se convencido de que ao aceitar o papel de tutor podia livrar-se da obrigação de produzir herdeiros com todos os incon­venientes legais envolvidos. Os filhos de Carlo eram Herrera. Tinha decidido passar um tempo com os meninos para avaliar se valia a pena criá-los como seus herdeiros. Se valesse, então, como tutor, os edu­caria exatamente como faria com os próprios filhos, para se tornarem herdeiros do vasto império e fortu­na. Quanto a Anahí...



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



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  • franmarmentini Postado em 16/07/2014 - 16:27:42

    amei tanto essa fic* meu deus ela chegou ao fim ;( mas tudo bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei o final maravilhoso para os dois...fiquei super emocionada :)

  • edlacamila Postado em 16/07/2014 - 00:08:46

    Aaaaaaain q perfect amei *-*

  • vondy4everponny Postado em 16/07/2014 - 00:05:09

    AAAAAAAAAAAH , amiga to chorosa com este final lindo. To melancólica hoje e ai tu vem e me posta uma final de fic linda desse jeito? AWN, eu definitivamente AMO suas webs *----*

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:26:17

    Que lindo o final<3, tem outra fic em mente? Posta o link se tiver criado alguma pra favoritar

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:22:30

    Muito lindo los A, deviam contar pros gêmeos que vão ganhar uma irmãzinha. Postaaaaaa mais!!!!!!!!!!

  • camile_ponny Postado em 15/07/2014 - 22:58:42

    Onw que esse casal cara! Haha eu não quero que acabe não faz isso Jessica diz que vc vai postar outra diz pra mim! (Choramingando aqui) esses gêmeos, esse dois agora esse bebê a não é pra acabe comigo né não?! Kkk essa fic é perfeita! Posta amanhã em! Rum. ;D

  • franmarmentini Postado em 15/07/2014 - 08:02:49

    amei amei ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mas não queria que terminasse poxa ;/

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 00:36:00

    Como o Poncho mudou, tá muito fofo, que lindo estão grávidos.<3 muito linda essa fic.Postaaa mais!!!!!!!!

  • edlacamila Postado em 15/07/2014 - 00:09:25

    Cm assim ultimo cap.? Jaaaaa???? Nn quero :' ( outro baby?? *-* aaaaai postaaa <3

  • vondy4everponny Postado em 15/07/2014 - 00:04:02

    MANA, essa sua web é perfeita! Nossa, to chorosa kkkkkkk, sério! Foi o capitulo mais lindo até agora, mas sei que amanha tu vai destruir meus feelings porque tu é dessas amiga. Nem acredito que já está acabando :/ Aguardando ansiosa o final! Beijos <3


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