Fanfics Brasil - 4 Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 4

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Ele podia sentir a ferida ardendo como se estivesse aberta. A história deles era uma página da vida que ele nunca fora capaz de virar. As mulheres anteriores e as posteriores nunca conseguiram deixar marcas. No balanço de contas de sua vida, ela constava como um débito. O destino agora lhe dava a oportunidade de saldar o orgulho ferido.


Uma vez recebido o capital e os juros do débito que ela tinha com ele, uma vez revertido o passado e a forçado à posição em que ele a abandonaria — pois nada mais salvaria seu orgulho, — então deixaria cla­ro que não havia lugar para ela na vida dos filhos e, certamente, na dele. Alfonso não previa nenhum pro­blema real. Conhecia Anahí. Ela era hedonista e vo­luptuosa, só desejava sexo e dinheiro. Não era tolo de acreditar que podia simplesmente obrigá-la a fazer o que ele queria. No minuto em que desconfiasse dos planos, se agarraria aos meninos, determinada a não deixar escapar o passaporte para sua fortuna. Precisa­va ser sutil e ardiloso.


E se ela recusasse abrir mão dos filhos...?


Se fosse tão tola, cedo perceberia o erro cometido.


— Não, mas isso significava muito para Carlo — respondeu Alfonso, com frieza, à pergunta de Anahí. — E minha palavra significa muito para mim. Levando em conta que lhe prometi agir como se fossem meus, isso é exatamente o que pretendo fazer.


O quê? Como se fossem dele? O choque deixou Sasha fora de si. Por que não previra isso? Sabia o quanto Carlo amara os filhos, assim como sabia como as raízes da Sardenha, a importância da família e a honra estavam entranhadas. Se Carlo tivesse con­tado o que planejava, poderia ter feito algo, qualquer coisa — não importava o quê. Pedir, implorar, exigir que não agisse assim. Ele sabia dos sentimentos de Alfonso em relação a ela, o quanto a desprezava. E também sabia...


Respirou fundo. Não pensava a respeito disso há anos. Não se permitira, desde que deixara furtivamente a cama de Alfonso na pálida luz do alvorecer, enquanto ele dormia sem conhecer suas intenções. Não levara nada com ela ao deixar o iate — nem as roupas caras nem as jóias, só o passaporte. E dinheiro suficiente para chegar ao hotel onde Carlo estava hospedado, para entregar seu futuro nas mãos dele. Tinha 18 anos e Carlo mais de 60. Não era de admirar que um mês depois, quando eles se casaram, tivessem pensado que ele era seu pai. Entretanto, não se importara. Tudo que lhe im­portava era estar protegida.


Viu Alfonso olhar os meninos e reagiu imediata­mente ao que o instinto maternal interpretou como uma ameaça. Estendeu a mão, na tentativa de impedi-lo de se aproximar deles. Mas, antes que pudesse tocá-lo, Alfonso virou-se, segurando-a pelo punho. O corpo dele estava tenso como o de um caçador, um predador, esperando que ela tentasse escapar para destruí-la. Um arrepio a percorreu ao reconhecer os sinais familiares da própria excitação. Como isso po­dia estar acontecendo? Já tinham se passado dez anos desde a última vez que Alfonso a tocara. O nasci­mento dos gêmeos havia inundado seus sentidos e emoções com outro tipo de amor, fazendo-a esquecer tudo que sentira por Alfonso. Ou assim pensava.


Como podia um simples toque surtir tal efeito? Como ele podia fazê-la sentir-se assim — o frio no estômago, o tremor das pernas, o suor escorrendo pe­los cabelos e a adrenalina espalhando-se pelas veias? Era uma cilada de sua imaginação, só isso. Não o de­sejava. Como poderia? Mas o desejo carnal crescia e distorcia seu raciocínio. Excitação e raiva, atração e aversão, toda a alquimia sexual doce e selvagem do passado compartilhado a invadiu.


Ela se sentira assim da primeira vez que o vira. Só que naquela época a erupção em suas entranhas não tinha sido encoberta pela dor ou pelo conhecimento. A atração física a deixara encantada mesmo antes dele tocá-la, e quando ele a tocara... Fechou os olhos, não querendo se lembrar, mas era tarde. Podia ouvir a própria voz gritando o nome dele, enredada no pró­prio intenso prazer, os olhos arregalados de surpresa enquanto ele se curvava na cabine principal do iate, olhando-a ao mesmo tempo em que o toque experien­te dos dedos a levava ao orgasmo. Seu primeiro or­gasmo! Ele tinha esperado até o tremor de seu corpo cessar antes de lançar-lhe um olhar de triunfo que se tornaria tão familiar, e dizer lacônico:


— Talvez seja a hora ideal para dizer seu nome... Ela abriu os olhos rapidamente. O rosto queimava com as lembranças do seu comportamento. Tinha apenas 17 anos, lembrou-se, trêmula. Uma criança cuja cabeça estava cheia de sonhos. Acreditava saber tudo que precisava. Agora tinha 28 anos, uma mulher que sabia o suficiente para se dar conta de como o passado havia sido perigoso, e a sorte que tivera de escapar dele e de Alfonso. Estava livre disso. Disso, dele e de tudo que ele despertara nela.


Sentiu a intensidade do olhar de Alfonso concen­trado nela, fazendo-a tremer. Ele não podia adivinhar seus pensamentos, o que estava revivendo. Era ma­dura o suficiente para não se trair. Entretanto, o an­seio dentro dela se recusava a esmorecer. Não podia se controlar, nem ao olhar, atraído pelo corpo dele, pelo pescoço, pela pele bronzeada sob a camisa pólo. O torso musculoso, o pêlo escuro descendo até a bar­riga. Seu olhar acompanhou seus pensamentos pa­rando onde a mão e os lábios repousavam de forma tão íntima e agradável no passado. Ainda podia se lembrar da carne masculina rija e sedosa, o movi­mento suave respondendo a seu toque ávido...


O que estava fazendo? Afastou as recordações. Queria engolir em seco, umedecer os lábios, mas ti­nha medo de fazê-lo caso... caso o quê? Caso Alfonso adivinhasse seus pensamentos e a sujeitasse ao tipo de possessão sexual selvagem que no passado ela jul­gava tão excitante? Ali, com os filhos a menos de dez metros de distância?


— Solte-me! — ela tentou se desvencilhar.


— Tem certeza de que é isso que quer? Antiga­mente você implorava pelo meu toque. Lembra-se?


Não podia evitar. Estremeceu com violência.


— É, estou vendo que sim — ele a provocou, sol­tando-a.


A pele ficou fria longe do contato. Não devia se permitir pensar nisso.


— Deixe-me avisá-la, Anahí, caso tenha esqueci­do. Conheço você. — Ele estudou-lhe o corpo com um desprezo que ela sentiu vontade de esbofeteá-lo.


— Sou a mãe dos gêmeos e é só assim que você deve me conhecer de hoje em diante — retrucou. Es­tas palavras se dirigiam a ele ou a ela?


Ele soltou o braço tão rápido que ela quase perdeu o equilíbrio, e depois virou de costas. Ela estreme­ceu. Como podia ter sido tola a ponto de amá-lo? Mas o amara. Desesperada e incondicionalmente, torcen­do para que ele correspondesse a seus sentimentos, acreditando poder trocar sexo por amor. Que idiota! Mas não era mais assim.


Ainda sob o efeito do choque, viu Alfonso olhar para os meninos. Não conseguia deixar de pensar na atro­cidade cometida por Carlo. Mas os homens da Sar­denha eram diferentes dos outros. Viviam sob um diferente código: numa sociedade paternalista em que o direito de comandar as vidas das famílias era absoluto.


Quando Carlo contou a história da mãe de Alfonso, percebera que ele não compartilhava de seu espanto e achava natural o avô de Alfonso ter tentando casar a filha à força com alguém escolhido por ele.


— Não me admira ela ter fugido — comentara. Carlo ficou zangado.


— Ela teve sorte de ser perdoada pelo pai e por ele ser poderoso e ter persuadido Luigi a se casar com ela, apesar da humilhação a que ela o submetera.


— Mas obrigá-la a casar com um homem que não amava...


— Era seu direito como pai.


— E forçá-la a abandonar o bebê? Não pode achar isso certo, Carlo.


— Não, certo não, mas Giorgio era um homem or­gulhoso e o chefe de nossa família. A pureza da linha de sangue Herrera era uma questão de honra para ele e aceitar como neto uma criança cujo sangue...


— Mas ele acabou aceitando Alfonso...


Carlo inclinou a cabeça, aceitando seu argumento, mas Anahí reconheceu que ele era tão antiquado quanto o avô. Suspeitava que ele só tivesse contado a história do nascimento de Alfonso porque, apesar do que ele fizera com ela, Carlo ainda sentia o dever de apoiar o primo em segundo grau. Ele podia ter lhe dado proteção, dinheiro e seu nome, mas ainda era um Herrera. Assim como os filhos. Carlo nunca se esquecera disso, nem ela deveria — embora por dife­rentes razões.


Alfonso ainda estava olhando os meninos.


— Não faz sentido apresentá-lo a eles. Afinal, você não vai representar um papel digno na vida de­les, certo? — desafiou-o.


— Pelo contrário, pretendo dar prioridade às mi­nhas obrigações como tutor, motivo pelo qual estou aqui. Quem sabe como podem ser afetados pelas cir­cunstâncias da vida?


Tinha respondido sem mesmo fitá-la.


— Eles sentem falta de Carlo, mas a morte dele não os afetou...


Alfonso virou-se para encará-la.


— O dano ao qual me refiro não é causado pela morte do pai, mas pela vida da mãe.


Ficou gelada.


— Não tem o direito de dizer isso.


— Tenho todo o direito. Eles são meus pupilos. É meu dever legal e moral protegê-los.


— De mim? Sou a mãe deles! — Fechou os pu­nhos com tanta força que as unhas machucavam-lhe as palmas das mãos.


Ele virou lentamente para encará-la, os olhos de águia tão impassíveis quanto pedras.


— Você pode ser mãe, mas também é uma mulher que adora o estilo de vida que só um homem muito rico pode proporcionar. Quando esse tipo de homem paga para usar seu corpo, não vai querer ser interrom­pido pelas necessidades de dois garotos de 9 anos. Aos olhos da maioria das cortes de Justiça, uma mãe dessas seria considerada negligente e não mereceria esse nome.


Ela quase podia sentir o veneno nas palavras.


— Só porque sua mãe o abandonou...


— Não fale dela.


Anahí nunca se sentiu mais zangada ou mais ame­drontada.


— Decidi que para o bem de meus pupilos eles de­vem permanecer aqui, na ilha que era a casa do pai, até resolver o que é melhor para o futuro deles.


— Você não tem esse direito.


Anahí estava com medo e lutava para não demons­trá-lo, reconheceu Alfonso. As veias do pescoço late­javam como um pássaro preso lutando para se liber­tar. Ele quase podia sentir as ondas de pânico e medo passando-lhe pelo corpo. E, certamente, reconhecia o horror nos olhos.


— Eles são meus filhos — insistiu. — Meus fi­lhos.


— E meus pupilos, de acordo com a lei tradicional da Sardenha. Essa é uma sociedade patriarcal, como bem sabe.


Anahí sacudia a cabeça.


— Não pode fazer isso. Não vou permitir.


— Não pode me impedir. — Ele deu um sorriso frio. — Não tem como contratar um advogado. Não tem dinheiro. Carlo está morto e você precisa encon­trar outro homem para sustentá-la. Um que, como Carlo, seja cego e não veja o que você é. Não tente negar — disse, antes que ela pudesse protestar. — Afinal, foi por isso que se aproximou de mim... e por isso se afastou. Não é mesmo?


Ele lançou a pergunta de forma quase casual, mas Anahí não se iludiu. Nada que Alfonso fazia era casual ou sem objetivo. Mesmo sabendo, não conseguiu im­pedir de trair a agitação quando lhe respondeu:


— Foi tudo um erro.


— Seu erro — concordou.


— Não, não foi... Faz muito tempo. — O que ela estava fazendo? Não precisava dar explicações e sim se proteger contra o desprezo que ele sempre sentira por ela. Alfonso era perigoso: sempre fora, sempre se­ria, e agora ela tinha as duas melhores razões do mun­do para não voltar ao passado como uma mosca atraí­da pela luz que acabaria por destruí-la.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários da Fanfic 69



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  • franmarmentini Postado em 16/07/2014 - 16:27:42

    amei tanto essa fic* meu deus ela chegou ao fim ;( mas tudo bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei o final maravilhoso para os dois...fiquei super emocionada :)

  • edlacamila Postado em 16/07/2014 - 00:08:46

    Aaaaaaain q perfect amei *-*

  • vondy4everponny Postado em 16/07/2014 - 00:05:09

    AAAAAAAAAAAH , amiga to chorosa com este final lindo. To melancólica hoje e ai tu vem e me posta uma final de fic linda desse jeito? AWN, eu definitivamente AMO suas webs *----*

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:26:17

    Que lindo o final<3, tem outra fic em mente? Posta o link se tiver criado alguma pra favoritar

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:22:30

    Muito lindo los A, deviam contar pros gêmeos que vão ganhar uma irmãzinha. Postaaaaaa mais!!!!!!!!!!

  • camile_ponny Postado em 15/07/2014 - 22:58:42

    Onw que esse casal cara! Haha eu não quero que acabe não faz isso Jessica diz que vc vai postar outra diz pra mim! (Choramingando aqui) esses gêmeos, esse dois agora esse bebê a não é pra acabe comigo né não?! Kkk essa fic é perfeita! Posta amanhã em! Rum. ;D

  • franmarmentini Postado em 15/07/2014 - 08:02:49

    amei amei ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mas não queria que terminasse poxa ;/

  • iza2500 Postado em 15/07/2014 - 00:36:00

    Como o Poncho mudou, tá muito fofo, que lindo estão grávidos.<3 muito linda essa fic.Postaaa mais!!!!!!!!

  • edlacamila Postado em 15/07/2014 - 00:09:25

    Cm assim ultimo cap.? Jaaaaa???? Nn quero :' ( outro baby?? *-* aaaaai postaaa <3

  • vondy4everponny Postado em 15/07/2014 - 00:04:02

    MANA, essa sua web é perfeita! Nossa, to chorosa kkkkkkk, sério! Foi o capitulo mais lindo até agora, mas sei que amanha tu vai destruir meus feelings porque tu é dessas amiga. Nem acredito que já está acabando :/ Aguardando ansiosa o final! Beijos <3


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