Fanfic: Mestre do Prazer(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
— Isso é o que você diz. Mas aposto que ainda iria para a cama comigo, dependendo do preço.
A dor foi instantânea e brutal, fazendo-a recuar e tentar escapar, as narinas dilatadas e os músculos da garganta contraídos.
— Foi você quem me ensinou a separar as emoções, tratar sexo como uma atividade física sem ligação com qualquer sentimento emocional. Então, ouso dizer que se quisesse fazer sexo com você teria que deixar de lado o desprezo que lhe dedico para conseguir ir para a cama — concordou incisiva. — Mas não quero, nem preciso usar meu corpo como moeda de troca.
— Por quê? Encontrou outro homem para substituir Carlo antes que o corpo dele esfriasse?
Que dor cortante, dilacerante, era essa? Ele não a queria, tinha cessado de desejá-la quando ela começou a pedir, sem sucesso, um papel permanente na vida dele. Ele se lembrava da voz macia, com uma falsa emoção, repetindo:
— Eu amo você Alfonso e você sabe que me ama, embora recuse dizer.
— Você está enganada — respondera, e estava sendo sincero. — Não amo ninguém. A capacidade e o desejo de amar foram expulsos de mim por meus pais adotivos. Os mesmos pais adotivos que passaram a dizer que me amavam quando eu fiquei rico. Você diz me amar, mas o que realmente quer é que eu a mantenha permanentemente em minha vida porque sou rico e você é pobre. O que você ama é o que lhe dou.
— Não é verdade — protestara. Mas, é claro, ele sabia que não devia acreditar nela.
Ele a olhava agora quando ela dizia, orgulhosa:
— Não. Ao contrário de você, eu me desvencilhei do passado. — Levantou a cabeça com altivez. — Sou formada e tenho um MBA. Tenho qualificações para conseguir um trabalho e um salário para manter a mim e meus filhos. — Só rezava para que isso fosse verdade.
Alfonso teve que lutar contra o sentimento que se apoderava dele. Por que estava tão zangado e ressentido com o pensamento dela trabalhar para se sustentar e ser independente dele?
— Você não pode me enganar com sua suposta dedicação maternal — retaliou. — Se fosse a mãe que pretende ser, Carlo acharia necessário me designar como tutor dos filhos? É óbvio que no final ele reconheceu exatamente o que você é e quis proteger os meninos.
Anahí levantou a mão sem raciocinar, mas ele reagiu rápido, segurando-lhe o braço. Antes que ela pudesse adivinhar o que ele planejava fazer, ele a puxou para os braços e a beijou, como se a punisse. A pressão da boca na sua feriu-lhe a suavidade dos lábios quando lutou contra a dominação. Mas foi a mordida que lhe deu no lábio inferior que a fez sentir o gosto de sangue na língua. Ele a empurrou com tanta força que ela quase caiu, os olhos cruéis como os de um assassino enquanto passava as costas da mão no lábio cortado.
— Vagabunda! — disse brutalmente, virando-se e descendo as escadas, deixando-a de pé olhando-o, numa mistura de gelo e fogo, medo e vontade, ódio e... E o quê?
O contrário de ódio era amor, e ela não o amava. Cobriu os olhos com as costas das mãos, chocada ao ver que voltavam encharcadas de lágrimas.
Parte do charme do hotel era ser ainda, de várias maneiras, uma casa particular, admitiu Anahí no quarto da suíte do último andar que Carlo insistira em manter separada do hotel e não ser ocupada por mais ninguém.
No andar de baixo, havia outra suíte espaçosa e três menores. Os outros quartos do hotel ficavam onde originalmente era o estábulo da casa. As salas de recepção eram decoradas e mobiliadas como quartos de uma casa particular. Nos fundos da casa, construíram uma sala de jantar e um terraço no qual ficava a piscina. Seria muito fácil para um homem com a fortuna de Alfonso transformá-lo novamente em uma casa particular. E, certamente, seria bem mais confortável do que a semi-fortaleza nas montanhas, antiga residência do avô.
Ela e Carlo ocuparam quartos separados durante todo o casamento. O dela dava para o mar e era decorado em cores muito suaves: azul e verde-água, e tecidos naturais. Precisava falar com Maria sobre o almoço. Pegou o telefone.
Completada a ligação, despiu o vestido de linho e foi para o banheiro limpar o corte na perna. O tempo que passara com os meninos ao ar livre começava a lhe dar um tom bronzeado, substituindo a palidez adquirida pelas infindáveis horas à beira do leito de Carlo. Mal olhou para o espelho. A cabeça começara a doer em conseqüência da tensão e pressão da manhã.
Por que, por que Carlo tinha feito aquilo? Ele devia saber o que lhe causaria. Sempre prometera que nunca iria...
Mas é claro que ela sabia o motivo de ele ter agido daquela maneira. Fora o jeito encontrado para garantir o futuro de Sam e Nico. E quanto a ela? Ele realmente achara que ela se submeteria a ser sustentada por Alfonso? Acreditara que Alfonso o faria? Vai saber os pensamentos que passavam pela cabeça de um homem à beira da morte.
Automaticamente, limpou o pequeno corte, mas a cabeça estava em outro lugar. O vestido estava com uma leve mancha de sangue seco. Foi até o quarto de vestir e pegou uma calça jeans e uma camiseta no closet.
Adoraria tomar um banho, mas os meninos deviam estar famintos.
Lá embaixo, na cozinha, os meninos e Maria, que cozinhava para eles durante a estada no hotel, estavam reunidos em volta de uma mesa grande, arrumada e limpa.
— Olha, mamãe, Maria vai fazer um bolo com esses ovos de Flossie e Bessi — anunciou Sam orgulhoso.
Flossie e Bessie eram as galinhas dos meninos — outro fundamento da determinação de Anahí de criar os filhos de uma maneira prática. Esse fundamento em especial envolvia participação ativa em terem consciência do que era uma boa alimentação, de onde vinha e como devia ser cozida.
— Vamos fazer brownies de chocolate depois do almoço.
— Boa idéia — anunciou uma voz masculina inesperada e, no que lhe dizia respeito, indesejada. Involuntariamente, o olhar voou para sua boca. O lábio parara de sangrar, mas estava inchado. — Brownies de chocolate? Uma de minhas sobremesas favoritas.
O que estava acontecendo com ela? Por que não conseguia parar de olhar para a boca de Alfonso? Se não parasse, ele notaria, e aí... Será que Maria e os meninos podiam sentir sua tensão, a antipatia e a desconfiança com que ela e Alfonso enchiam o aposento? Ficou surpresa por reagir à presença dele desse jeito.
Já tinha 28 anos, ora bolas, não 17, e não era tão vulnerável a ponto de estar totalmente subjugada à sexualidade dele e à sua própria imaturidade.
Mas o fogo interno estava presente. Podia ser disfarçado, mas não podia escondê-lo de si mesma. Raiva, rejeição, pânico, correram-lhe pelas veias como as lavas de um vulcão. Por que isso estava acontecendo?
Tinha vivido dez anos sem ele. Anos durante os quais vivera feliz e segura. Anos nos quais celebrara em segredo a libertação das emoções e desejos destrutivos que a ligaram a ele — sentimentos que não pudera controlar, mas ele sim, usando-os para mantê-la escravizada. Não havia nada que não fizesse para agradá-lo, nenhum prazer mais intenso do que o prazer de agradá-lo. Mas esse anseio agora era uma lembrança indesejada, de que assim como ele sabia como excitá-la, também sabia como satisfazê-la. O sexo entre eles tinha sido desarvorado e quase compulsivo. Como um homem podia ter o poder de afetá-la assim? Não era possível.
Tentou se concentrar na mesa. Uma alimentação saudável proporcionava uma boa digestão, e isso requeria contentamento. Seu apetite já traía seu estado de ansiedade diante da presença de Alfonso.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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O que ele estava fazendo na cozinha? Ela já havia ligado para Maria para alertá-la que teriam um convidado inesperado para o almoço e ela respondera que Alfonso já tinha ido à cozinha se apresentar e explicar que ficaria no hotel. O hotel estava oficialmente fechado desde antes da morte de Carlo, depois da descoberta do quão pr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 69
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franmarmentini Postado em 16/07/2014 - 16:27:42
amei tanto essa fic* meu deus ela chegou ao fim ;( mas tudo bem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei o final maravilhoso para os dois...fiquei super emocionada :)
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edlacamila Postado em 16/07/2014 - 00:08:46
Aaaaaaain q perfect amei *-*
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vondy4everponny Postado em 16/07/2014 - 00:05:09
AAAAAAAAAAAH , amiga to chorosa com este final lindo. To melancólica hoje e ai tu vem e me posta uma final de fic linda desse jeito? AWN, eu definitivamente AMO suas webs *----*
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iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:26:17
Que lindo o final<3, tem outra fic em mente? Posta o link se tiver criado alguma pra favoritar
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iza2500 Postado em 15/07/2014 - 23:22:30
Muito lindo los A, deviam contar pros gêmeos que vão ganhar uma irmãzinha. Postaaaaaa mais!!!!!!!!!!
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camile_ponny Postado em 15/07/2014 - 22:58:42
Onw que esse casal cara! Haha eu não quero que acabe não faz isso Jessica diz que vc vai postar outra diz pra mim! (Choramingando aqui) esses gêmeos, esse dois agora esse bebê a não é pra acabe comigo né não?! Kkk essa fic é perfeita! Posta amanhã em! Rum. ;D
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franmarmentini Postado em 15/07/2014 - 08:02:49
amei amei ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii mas não queria que terminasse poxa ;/
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iza2500 Postado em 15/07/2014 - 00:36:00
Como o Poncho mudou, tá muito fofo, que lindo estão grávidos.<3 muito linda essa fic.Postaaa mais!!!!!!!!
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edlacamila Postado em 15/07/2014 - 00:09:25
Cm assim ultimo cap.? Jaaaaa???? Nn quero :' ( outro baby?? *-* aaaaai postaaa <3
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vondy4everponny Postado em 15/07/2014 - 00:04:02
MANA, essa sua web é perfeita! Nossa, to chorosa kkkkkkk, sério! Foi o capitulo mais lindo até agora, mas sei que amanha tu vai destruir meus feelings porque tu é dessas amiga. Nem acredito que já está acabando :/ Aguardando ansiosa o final! Beijos <3